Novo Yaoi/Lemon entre Daisuke Motomiya e Takeru Takashi! Desta vez, uma autêntica comédia madura para descontrair os dramas das próprias personagens! A história ocorre quando eles tem 25 anos, celebraram um casamento homossexual no Canadá (!) aos 21, e na altura da narração ganharam o direito de adoptar duas crianças orfãs com 8 e 9 anos de idade.

A história promete, portanto não serão relevados mais pormenores nesta sinopse.

1. Recordações.

Em 2016, dois dos doze escolhidos viviam traquilamente numa cidade do interior do Japão, Minamiuonuma, situado a uma hora e meia de viagem pelo Shinkansen a partir de Tokyo, e situa-se na prefeituria de Niigata. Minamiuonuma é uma pequena cidade com pouco mais de 60000 habitantes. Os dois eram mais conhecidos pela vizinhança não por serem os antigos previlegiados que salvaram o Mundo Digital, mas por serem gays que contrairam uma união civil no estrangeiro!

Aparte deste fenómeno social, ambos viviam tranquilamente e tinham os seus empregos. Um deles, Daisuke Motomiya era o gerente/cozinheiro/servente de um pequeno estabelecimento de restauração, que servia pratos de Ramen. Outro, Takeru Takaishi ajudava Daisuke, mas era um mangaka de yaoi relativamente discreto, uma vez que quase todas as suas obras eram doujinshins de animes comerciais que saiam nas televisões nacionais. Também publicou um livro, usando um pseudónimo, que teve vendas irrelevantes. Mas o que estava a mudar as suas vidas, fora a adopção de duas crianças, cujos pais morreram num acidente de viação. Por outro lado, o irmão de Takeru que se chamava Yamato, raramente visitava-o uma vez que ainda não conseguira aceitar completamente que o seu irmão era homossexual, passados aqueles anos todos!

O casal gay arredendara uma casa de dois andares no bairro de Shiozawa, que conjuntamente com Yamato e Muika formavam a cidade de Minamiuonuma fundada em 2004 pela fusão destes três bairros. A sua principal atracção daquela cidadezinha são as montanhas com oito estâncias de ski, as estâncias termais e o rio Uono. A International University of Japan (Kokusai Daigaku) é a principal faculdade, e privada, daquela cidade tranquila das montanhas comparada com a confusão de Tokyo.

Era dia 15 de Maio de 2016, um Domingo, e naquela manhã Takeru dormia tranquilamente na cama quando foi acordado por alguém bastante atrevido...

- ACORDA! - gritou Atsushi, um rapaz de 8 anos que era o mais novo das crianças adoptadas por Takeru e Daisuke - Já é de manhã!!!!

- ITE!!! - resmungou Takeru, sacudindo os seus cabelos louros algo compridos enquando girava a cabeça para mirar o engraçadinho - Quem foi o espertalhão que interrompeu o meu sono?!

- Ike yo, okasan! - pedia Atsushi - Vamos tomar o pequeno-almoço juntos!

- OKASAN?!! - Takeru segurou o pescoço de Atsushi e apertou-o com alguma força, antes de mirá-lo com os olhos - Eu não sou a tua mãe!!! Por acaso, eu sou alguma mulher?!

- Calma, Takeru-otousan! - respondeu Atsushi, mantendo alguma graça - É que os meus colegas de escola gozam-me por ser filhos adoptivos de gays! Também o teu cabelo é um pouco comprido para um homem!...

- Ano? Takeru-chan? - Daisuke acordou com o barulho, e virou a sua cabeça, que tinha os cabelos castanhos um pouco curtos, em direcção ao seu parceiro - O que se passa?

- Desculpe, Daisuke-chan! - Takeru largou Atsushi antes de encarar o seu parceiro - O Atsushi gosta de tratar-me como mãe, embora ele saiba que nós os dois somos gays...

- Eu sei, querido - adianta Daisuke - Ele trata-me como pai, de modo a simular uma família comum, mas isso são coisas que não deves reagir com tamanha precipitação!

- Apoiado, otousan! - sorriu Atsushi - Okasan tentou-me apertar o meu pescoço por causa disso!

- Nani? Takeru-koibito ?! - Daisuke levantou-se da cama e enfrentou o seu membro do casal, o Takeru - Por vezes reages desta forma um bocado precipitada!

- Gomenasai, Daisuke-chan! - suspirou Takeru - Não era minha intensão magoá-lo, mas ele têm que se consciencializar do que nós somos...

- Francamente, Takeru! Eles sabem que nós somos gays e formamos um casal, mas também eles precisam que expor os seus sentimentos...

- Okayou... - Atsushi fez-se de entendido - Vamos deixar de conversa fiada, e sairem da cama?!

Passados alguns minutos os dois parceiros sairam da cama e dirigiram-se para o banho. Não era incomum os dois tomarem banho juntos, quanto mais aquele dia. Desde que adoptaram aquelas crianças, o ambiente familiar mudou imenso, mas o casal não esperava que o longo processo burocrático lhes desse uma solução afirmativa num país muito homofóbo.

Entretanto Atsushi começou a brincar com a sua irmã com 9 anos, Sayako, antes deles se reunirem na cozinha com os pais adoptantes. Normalmente era o Takeru que preparava o pequeno-almoço para toda a família e tinha que aturar as crianças que discutiam sobre o que queriam ou quem devia servir primeiro.

- OK! - Daisuke impos a sua ordem na cozinha - Hoje eu decidi que vamos todos comer panquecas, coisa que o meu amor sabe fazer esplendidamente! - Takeru corou ligeiramente quando ouviu Daisuke argumentar "meu amor", enquanto vestia o seu avental e preparava a frigideira.

- Vamos ver se temos farinha em condições - sorriu Takeru para Daisuke enquanto abria a despensa para tirar a farinha.

- O Atsushi gosta de chamar okasan ao meu querido Takeru - sorria enquanto pensava Daisuke - Eles não sabem que quem manda na cama é o Takeru! - Daisuke tinha cuidado em não revelar pormenores eróticos aos menores - Normalmente... seria justo chamar okasan ao uke e otousan ao seme... - Para esclarecer, okasan significa mãe, otousan idem pai, aí estamos entendidos. Nas relações homossexuais masculinas (afinal isto é um yaoi), designa-se seme para um parceiro activo e uke para um passivo. De facto, Takeru é mais propício a dominar Daisuke na cama que o contrário, mas acontece!

- Nani ka? - Takeru perguntou ao Daisuke - Amanhã temos que comprar mais provisões - e em seguida beijou-o na bochecha do seu parceiro.

- Subarashii (lindo) ! - comentou Sayako - Os nossos pais a beijarem-se... - seria embaraçoso para os dois visados se uma rapariga de 9 anos comenta-se algo do genéro: "Parece um romance de shounen-ai!".

- Onee-san... - Atsushi ficou incomodado com o comentário da sua irmã - Mas o que estás a dizer...

- Calma, meus queridos!... - Takeru preparava o polme na taça de mistura enquanto sorria para as duas crianças, fazendo-as acalmar - Eu já preparo as panquecas com o café-au-lait...

- Ite! - Sayako tropeça com o seu irmão - Otou-san... O que fizeste agora?! Fizeste que eu tropeça-se!

- Eu?! - Atsushi riu-se - Pareces que queres ficar com os mimos de Takeru-otousan!

- Nani desu ka?! - a irmã olha para a frigideira e faz birra com o seu irmão de modo a atrair a atenção de Takeru - Espera que Takeru-otousan vai me recompensar por seres tão egoísta!

- Okasan !... - Atsushi volta a "provocar" Takeru - Watashi no Onee-chan ha watashi mo kirai mu! - Kirai significa Odiar, e o Atsushi está a afirmar que não gosta da irmã! - A minha irmã mais velha quer uma panqueca maior que a minha!

- Que albrabice, otouto-san! - ripostou Sayako - O que tu queres é ganhares favores do pai Takeru!

- Olha só o que estás a dizer!!! - Atsushi rotoma a posse de delator - Eles não são os nossos pais verdadeiros!!...

- O que isso interessa ? - Sayako já choramingava ligeiramente sem perder a posse de defesa - Eles nos amam como se fossem nossos pais, apesar de sofrermos com a perda dos nossos pais verdadeiros!

- Onee-chan wa... - Atsushi ficou envergonhado com a resposta da irmã.

- Calma!... - Daisuke impos a ordem - Ninguém fica beneficiado por causa desta discussão inútil!

Passados alguns minutos, as panquecas e o café-au-lait já estavam na mesa e todos ficaram contentes com a boa disposição mútua:

- Itadakimase! - Fizeram o comprimento ritual antes de lançarem para mais uma luta infantil, que era a escolha da melhor panqueca de acordo com os critérios de cada um.

Takeru e Daisuke sabiam que os pais biológicos deles morreram num acidente de viação há dez meses atrás, quando o carro seus pais se despitou e chocou frontalmente contra um camião. Se não fossem as autoridades que resgataram os infelizes filhos que estavam em casa à espera dos pais que tinham saido para uma festa, eles podiam ter fugido de casa, estranhando a ausência deles. Como eram naturais de Niigara, Takeru e Daisuke aproveitaram para ganhar o direito de adopção, mas o facto de serem um casal gay não lhes facilitou a vida e a ronda dos tribunais foi desgastante.

Takeru ficou um pouco desgostoso quando o seu irmão Yamato não o ajudou na estratégia de adopção, conforme ele recordava, a cerca de cinco meses atrás:

- Takeru? - Yamato era casado com Sora e na altura nascera o seu primeiro filho - Eu soube recentemente que tu e o teu namorado querem adoptar duas crianças... Mas o que significa isto?!

- Nani? - Takeru ficou incomodado - Em primeiro lugar, eu e o meu Daisuke já somos "casados", ou melhor, formamos uma união civil gay no estrangeiro, que é a mesma coisa! Raio de país que não permite que os homossexuais possam ser felizes!

Em segundo lugar e mais importante, nós acreditamos que devemos adoptar uma criança, ou duas, independentemente da nossa condição. Por fim, eu sei que tu és homofobo! Entendeu, Yamato?!

- Takeru... - Yamato acalmou-se e ripostou - Eu não sou homofobo!... A minha família considera que é errado os gays adoptarem crianças, porque já imaginaste elas a viverem com dois pais?!

- As crianças tem 8 e 9 anos, Yamato! E pelo menos gostaram de mim na entrevista! Nós queremos ser felizes na vida, e a adopção destas crianças fora uma decisão que tomamos sem leviandade!...

A discusão alongou-se por mais algum tempo até eles irem para as suas casas. Salvo Daisuke e Takeru, os restantes escolhidos viviam em Tokyo mas alguns perguntavam o motivo destes dois viveram numa cidade do interior!

Por fim, Takeru e Daisuke poderam adoptar as crianças cerca de um mês antes do começo desta história, encerrando um longo processo burocrático. Entretanto, ninguém dos escolhidos planeara visitá-los nos últimos tempos.

Voltando ao tempo actual da narração, a família estava tranquila em casa quando o telefone de casa tocou, motivando o atendimento por parte de Daisuke:

- Mochi, mochi! Takaishi to Motomiya no Ka - afirmou Daisuke ao atender a chamada

- Konnichiwa! - A voz feminina era muito familiar - Como estão, meus gays?! Sou eu, Hikari Yagami!

- Honto? - Daisuke sorriu - Já há mais de um mês que ninguém dos escolhidos nos ligava!

- Gomen... - Hikari pausou antes de continuar - A verdade é que eu com o meu irmão e o meu marido pretendemos visitar-vos na próxima sexta-feira, e tentamos convencer o irmão do Takeru para ir também...

- Youkata, Hikari-chan! - Takeru ouviu de rompante a conversa e interviu na altura - Agora vamos ter algumas visitas, espero que venham o maior número possível de escolhidos!...

- Eu não garanto isso, Takeru - Hikari falou então - O que é certo é nós tomaremos o Shinkasen até à vossa cidade!

- Doumo - Daisuke agradeceu pela informação - Espero que venham todos inteiros, Hikari-chan! Ja ne!

Quando desligaram o telefone, Takeru deslocou-se logo para a mesa da sala donde o Atsushi completava o trabalho escolar, enquanto Sayako efectuava os cálculos auxiliares nos exercícios de matemática.

- Nani, Atsushi-kun ? - o "pai" Takeru olhou para o caderno e reparou em algo que não estava bem - Ainda não consegues escrever o teu nome em hiragana?

- Mazi! (Mau!) - Atsushi ficou envergonhado - O problema é que eu escrevo frequentermente a hiragana "tsu" demasiado pequena, e isto dá uma grande embrulhada com a minha professora!

- O "tsu" minúsculo é o sokuon que é a palatização da hiragana situada à sua direita, Atsushi-kun - explicou Takeru.

Assim Atsushi escreveu o nome correctamente, ou seja, ( あつし ) e compreendeu a explicação do Takeru. Mas havia mais problemas que ele teria que se preocupar, o rapaz tinha que treinar a escrita dos kanjis.

- Takeru-otosan? - Atsushi perguntou ao seu "pai" - A frase "Ore no ka ha utsukushii" está bem escrita? - Tradução: "A minha casa é bonita."

- Eto... - Takeru leu a frase que continha alguns kanjis ( おれの家は美しい ), e viu que o kanji "ka" ( 家 casa) estava mal traçado e o kanji "utsuku" ( 美 bonito) estava borrada pela grafite do lápis. - Não consegues desenhar linhas paralelas no kanji utsuku? - Takeru suspirou um pouco e continuou - Realmente, pareces o meu amor quando ele tinha uns dez anos! - Daisuke ficou corado com esta recordaçãozinha!

- Ah! Takeru-otousan - pediu Sayako - Eu acabei de escrever uma frase linda!

- Qual será? - Takeru moveu-se para ler o caderno da rapariga e leu com cuidado: ( 私は私の友人と私の親が同性愛であるという事実を話すことを試みた。 ) - Bem! Espregas aqui kanjis com um grau algo elevado, deves gostar muito de escrever!

- Ok! - Sayako sorriu e leu o texto - Watashi ha watashi no Yuujinto watashi no tachi no shitaga Douseiai dearutoiu Jijitsuwo Hanasukotowo kokoromita - Traduzindo: "Eu tentei falar com os meus amigos, o facto que os meus pais são homossexuais" - Somente eu tive que recorrer ao dicionário para escrever Douseiai ( 同性愛 )! - Douseiaihomossexual.

- Omedetou gozaimasu, Sayako-chan! - Takeru agradeceu-a formalmente - Mas é uma frase que nos toca um pouco a mim e ao meu "marido"! - Daisuke acenou afirmativamente à expressão facial algo angustiosa do Takeru.

- Daisuke-otousan, ore wo tasukeru kotogade kiruka ? - Atsushi pediu ajuda, e a frase significa: "Podes ajudar-me?".

- Nani ga? - Daisuke tomou o lugar ao pé dele - Qual é o problema que ainda te aflige tanto?

- É um exercício de matemática que envolve proporções e eu fiquei baralhado na sua resolução!

- Deixa-me ver o enunciado... - Daisuke leu com atenção e tentou explicar o problema - Tens que assumir que esta quantidade se relaciona proporcionalmente com outra, depois consegues resolver o problema.

Estava refeito o padrão comum naquela família, Atsushi sentia-se confortável com Daisuke, contrariamente à posição de Sayako que preferia Takeru. Passado aquele momento dedicado às crianças que terminavam os seus deveres escolares, eles aproveitariam a tarde livre para irem brincar às casas dos seus amigos, saindo de casa após um belo almoço de Soba que foi preparado pelo Daisuke.

Durante o almoço, Daisuke perguntava às crianças sobre o seu prato, uma vez que era um especialista nos pratos de Ramen, e a Soba não era excepção. Felizmente, era uma forma de Daisuke e Takeru poderem exprimir as suas habilidades e tentarem complementarem-se no seu quotidiano.

- Ikuyou, Atsushi-kun to Sayako-chan - Alertou Takeru para eles virem à mesa - O almoço vai ser servido!

- O que os nossos "pais" prepararam para o almoço de hoje? - Sayako estava curiosa com a refeição.

- Pelo aspecto que Daisuke-otousan está a fazer, eu julgo que seja algum prato de Ramen - adiantou Atsushi.

- Realmente tu adivinhaste à primeira! - Daisuke ficou feliz com o gesto de Atsushi - Hoje vamos ter Soba!

- Sentem-se nos devidos lugares! - ordenou Takeru antes do próprio se sentar - Agora começe a servir, Daisuke-chan!

- Douzou, Atsushi-kun! - Daisuke entregou o prato de Soba com o chá verde ao Atsushi - Não se esqueça que este prato deve ser tomado quente, contudo não sejas nenhum glutão!

- Idoi you, Daisuke-otousan... - Atsushi não gostou da reprimenda preventiva do Daisuke - Como queres que eu coma isto quente sem comê-lo depressa?

- Atsushi-kun... - Takeru reforçou a posse educativa - O que Daisuke queria dizer era que deves comer e não devorar!

- So ka... - Atsushi fez-se de entendido e pegou nos hashiis para começar a comer - Agora eu quero comer...

Fora algumas situações pontuais de conflitos educacionais entre gays e filhos adoptivos, o almoço correu lindamente e depois cada um seguia para os seus lobbies para aproveitar a tarde de domingo.

Durante a tarde as crianças seguiram para fora, aproveitando o dia nas casas dos seus amigos. Daisuke ainda analizava os registos da tasca de Ramen que tinha em sua posse, antes de ir ter com Takeru.

Quando Takeru ligou o seu computador para ler os e-mails, ele reparou que existia uma mensagem oriunda da escola dos seus "filhos" adoptivos que consistia no seguinte:

( 主宰者生徒会からの学生の親への通告 ) Shusaisha Seitokai kara no Gakusei no Oyahino Tsuukoku

( 私達は学校の分類へのそれぞれの関係を論争するために私達が18 (じゅうはち) 時間次の水曜日のそれを行くそれ学生の親を要求する。 ) Watashitachi wa gakkou no Bunruihino Sorezore no Kankei wo Ronsou surutameni Watashitachiga 18 (jyuuhachi) jikan jino Suiyoubi no sorewo ikusore Gakusei no Oyawo Youkyousuru

Tradução: "Notificação do Presidente do Conselho Estudantil para os pais dos Estudantes" / "Nós solicitamos aos pais dos estudantes para virem na próxima quarta-feira às 18 horas para discusão das avaliações escolares"

Takeru leu o cabeçalho desta mensagem e leu até ao final da mesma, avisando o seu parceiro do caso:

- Querido! - Takeru alertou-o - Segundo uma notificação electrónica, nós temos um concelho entre encarregados de educação na próxima quarta-feira às 6 horas da tarde!

- Mais uma reunião? - Daisuke recordaria das reuniões anteriores - Da última vez, o único assunto que foi motivo para prolongar a reunião foi somente para discutir se era ou não moral as crianças serem filhos adoptivos de um casal gay!

- Se nós morassemos em Tokyo, eu não acredito que a situação fosse diferente... - adiantou Takeru

- Nós temos um apartamento arredendado na capital, mas só a utilizamos algumas semanas por ano!

- Eu sei que temos, mas... - Takeru ficou pensativo - Pelo menos não aturo as birras do meu Yamato-niichan...

- Eto... - Daisuke bloqueou momentaneamente a fala, surpreso com a afirmação de Takeru - Amor, eu sei que estás um pouco magoado pela atitude homofoba do teu irmão... Contudo, teriamos maior facilidade de trabalho em Tokyo, onde nós passamos a nossa infância e adolescência, não aqui em Minamiuonuma que é uma cidadezinha do interior!

- Se eu não me engano, nós nos apaixonamos quando tinhamos uns 15 anos! Não consigo esquecer o choque emocional que o meu irmão teve... - Takeru ficou pensativo e entristecido, causando o olhar melancólico que Daisuke lhe retribuia - naquela altura...

- A minha irmã ficou em estado de choque durante umas duas semanas! - Daisuke mostrou que o seu parceiro não teve apenas um familiar chocado com a homossexualidade dos dois.

Não era a primeira nem a última vez que discutiriam o maravilhoso dia em que se apaixonaram, o que seria um pouco problemático fora o estabelicimento da sua relação perante uns familiares com tons homofobos!

No passado Daisuke e Takeru eram os melhores amigos, quer de classe escolar, quer pelo privilégio de serem os novos escolhidos dos digimons quando eles tiveram que resolver a crise gerada pelo imperialismo do Digimon Kaiser ou as prepotências autoritárias de alguns digimons Kyuukyokutai. O breve flirt amoroso com Hikari Yagami não revelou ser mais que uma falsa paixão caracteristica dos primeiros relacionamentos que um pré-adolescente têm, mas ninguém esperava no que acontecia quando Daisuke e Takeru tinham 15 anos, ou seja, acabariam os dois por se apaixonar.

- Daisuke-kun, ore... - Takeru estava naquela altura com sentimentos afectivos por Daisuke e ao longo de dois meses emitia algumas cartas anónimas mostrando sentimentos, ou naquele dia, que presentiava alguns chocolates - Eu quero falar contigo a respeito de uma coisa séria...

- Nani ka, Takeru-kun? - Daisuke também tinha sentimentos por Takeru, e começava também a mandar cartas de amor, devidamente anónimas no princípio, mas a última continha uma pistas que o indentificaria: "The burgundry hair".

- Eu quero que aceites este presente que eu te dou com os meus verdadeiros sentimentos... - Takeru ficou surpreso por dizer aquilo, e ficou fortemente corado.

- Arigatou, Takeru-chan... - Daisuke aceitou os chocolates e sentiu-se paralizado quando encarou olhos nos olhos a cara de Takeru, da mesma maneira o próprio Takeru o fez.

Passaram-se alguns minutos até que o Takeru empurrou o Daisuke para dentro da casa dele, e depois foi o próprio Takeru a tomar a iniciativa para falar...

- Daisuke-chan... - Takeru ficou envergonhado e baixava a cabeça enquanto fechava os olhos, depois levantou a cabeça e conseguiu exprimir os seus sentimentos - Eu quero exprimir algo que te pode chocar, mas eu sei que tens mandado cartas de amor para mim, certo?

- Eh... - Daisuke ficou envergonhado e hesitou um pouco antes de responder - Sim! Fui eu te mandei aqueles postais, da mesma forma que tu me mandaste para mim... - Takeru ficou pensativo e acenou afirmativamente à última pergunta.

- Hai! - Takeru ganhou coragem e acabou por dizer - Ore wa... ore wa... Ore wa ai-shiteru, Daisuke-chan!

- Nani? - Daisuke ficou surpreso, mas poucos segundos depois ele acabou por abraçar fortemente Takeru - Youkata! Youkata! Youkata!!! Watashi wa ai-shiteru mo, Takeru-chan!

Depois foi um verdadeiro festival de amor, com os dois a beijarem-se mutuamente como não existisse o amanhã. Contudo, não foi preciso mais que algumas semanas para que o relacionamento entre os dois não passasse despercebido pelos amigos e familiares. A Hikari foi a primeira a saber e aceitou sem quaisquer problemas o relacionamento entre o Daisuke e o Takeru, porque aliás a Hikari já namorava com outro rapaz da escola.

Mas o Yamato ficou em estado de choque emocional, quando soube da notícia de que o seu irmão era gay.

- Takeru-otoutosan? - Yamato estava em casa de Takeru e ele ficou arrepiado ao ver o Takeru a beijar Daisuke quando ele fora embora após uma breve visita, sem que eles se percebesem que estava na mira do Yamato - O que significa isto?

- Nani, Yamato-oniichan? - Takeru ficou vermelho,mas não perdeu a posse - Qual é o problema, Yamato?

- Eu vi-te a beijar o Daisuke, quando ele estava para sair de casa! Mas o que significa isso?!

- Hummm! - Takeru relaxou e preparou a notícia - Eu beijei o Daisuke... porque ele... é o meu... namorado!

- Koibito?! (Namorado?!) Hontou desu ka? - Yamato gritou e ficou paralizado emocionalmente - Não me digas que são... gays?!!!

- Hai, oniichan! - Takeru afirmou que sim - Nós somos homossexuais, portanto somos gays e namorados...

- Sona! - Yamato gaguejava assincronamente, e antes que conseguisse acalmar, fugiu do quarto do Takeru e não conseguiu falar com ele senão passado uma hora!

- Mazi! - Takeru ficou entristecido com o sucedido, mas a reacção familiar que se seguiu fora um pouco dolorosa.

O pais de Takeru ficaram em estado de choque com a notícia de que o seu filho mais novo era gay e estava a namorar com Daisuke, mas por outro lado os pais de Daisuke foram mais compreensivos excepto a irmã Jun que ficou amuada durante umas duas semanas. Na escola a notícia foi forçosamente contida, e na altura Daisuke e Takeru optaram por avisar aos seus professores e ao Conselho Estudantil a respeito da sua homossexualidade, e assim prevenir dissabores graves.

Ultrapassado os dramas familiares e a homofobia residual nos seus parentes e amigos, o namoro entre Daisuke e Takeru ganhou raízes e quando tiveram 21 anos, optaram por aproveitar a oportunidade de se casaram no Canadá, que é o único país no mundo que aceita casamentos gays a pedido de estrangeiros! Contudo, os parentes dos visados hesitaram muito antes de comparecerem na cerimónia, o que provocou algum desgosto por parte do jovem casal.

- Isto é inacreditável! - Takeru estava vestido de smoking, mas estava triste pela ausência do seu irmão na cerimónia - Parece que uma boa parte dos nossos familiares, a começar pelo meu irmão, resolveu não comparecer!

- Nisto eu concordo plenamente, Takeru-chan! - Daisuke também vestia um smoking, mas não teve tantas ausências por parte dos seus familiares, a começar pela sua irmã já casada que compareceu na festa! - Para um homem que foi até Berlim há dois anos atrás com Sora durante a sua lua-de-mel, parece impossível que não vá até Toronto, no Canadá, para assistir ao casamento do seu próprio irmão!

- Homofobia! - comentou Takaru - A razão principal desta trapalhada é o facto do meu irmão ser homofobo, e os meus pais seguirem esta linha discriminatória! Infelizmente eu também sei que Sora é um pouco homofoba!

- Casal homofobo, hein?! - exclamou o funcionário civil que escutava a conversa dos dois - Realmente, a nossa sociedade avançou milénios com a discriminação da homossexualidade, porém ainda falta erradicar muito obscurantismo, sobretudo num país onde a homofobia envenena a felicidade de muita gente...

Takeru e Daisuke sorriram com o comentário emitido pelo funcionário civil, que garantiu uma boa disposição que exigia durante a cerimónia.

Algum tempo depois, os funcionários deram o mote para formalizar a acta de união civil gay entre Daisuke e Takeru, começando por esta ordem.

- Aplicando a lei em vigor, vamos estabelecer um casamento homossexual masculino entre dois jovens japoneses que se encontram reunidos nesta cerimónia - o responsável pela cerimónia deu começo ao processo formal de união civil.

- Senhor Daisuke Motomiya, aceita ser o parceiro de Takeru Takashi como seu "marido" para o resto da sua vida, contribuindo para a felicidade mútua?

- Sim, aceito, acredito... - Daisuke ficou entusiasmado com a pergunta e acabou por disparar a resposta afirmativa com vários adjectivos!

- Portanto, aceita ser parceiro de Takeru, certo? - O funcionário sorriu com a gaguez do Daisuke ocorrida na hora H.

Daisuke acabou por sorrir e acenar afirmativamente com a cabeça.

- Senhor Takeru Takashi, aceita ser o parceiro, marido de Daisuke Motomiya para o resto da sua vida, para garantir a união do vosso casal?

- Sim! - Takeru respondeu com toda a sua posse - Eu aceito!

- OK! - O funcionário lavrou a acta, e concluiu o processo - Eu declare-vos como parceiros de uma união homossexual masculina! Agora, façam o favor de se beijarem!

- Que assim seja! - pensaram Daisuke e Takeru quando beijaram-se, provocando uma série de aplausos e coros no palco situado no fundo da sala.

Os dois estiveram uma semana nas Montanhas Rochosas Canadianas de férias, aproveitando a sua lua-de-mel, e depois acabaram por retornar ao Japão para viveram na nova casa arredendada em Minamiuonuma, onde agora moravam, mas tinham um apartamento em Tokyo para passarem esporadicamente algum tempo, caso fosse necessário.

As recordações eram muito agridoces, porém para eles o que era importante fora o facto de terem ultrapassado todos os problemas. Quando acabaram de discutir o passado mútuo, Daisuke abraçou espontaneamente Takeru, o que motivou a reacção imediata dele próprio.

- Daisuke-koibito, nani wo iru? - Takeru estranhou a acção, porque ele perguntou o que ele estava a fazer - Agora abraças desta maneira, como naquelas vezes em que tu querias estar "mais tempo comigo"! - Takeru notou que Daisuke enfiara a sua mão para debaixo da camisa.

- Gomen, Takeru-chan - Daisuke ficou envergonhado - É que eu... aliás nós temos tempo livre para... irmos para a cama...

- Huhhh! - Takeru sorriu - Estás com desejo, não estás? Vamos então para a cama, e depois discutiremos o "assunto".

Takeru aproximou-se de Daisuke e então os seus lábios tocaram-se, enquanto Takeru abraçava Daisuke com o seu braço direito em torno da cabeça do seu parceiro. Rapidamente, após os primeiros beijos, a língua de Takeru entrou pela boca de Daisuke, e o outro repetiu o mesmo acto, enquanto eles abraçavam cada vez mais intensamente. Não era nenhum segredo que cada um deles sabia quais eram as zonas sensíveis que podiam ser estimuladas.

Logo depois, os dois deitararam-se na cama, com o Takeru abaixo do Daisuke, ficando o primeiro de frente com o segundo, enquanto eles desvaneciam a sua timidez, e então Daisuke começa o acto erógeno.

A cabeça de Daisuke rolou delicadamente ao longo do peito do Takeru que tinha ainda a camisa vestida, e depois esfregou vigorasamente com o seu cabelo ruivo sobre as áreas erógenas que ele conhecia, fazendo que Takeru "se sentisse bem".

Depois Daisuke esfregou os jeans de Takeru, no sítio onde se situa o fecho zip e as suturas de ligação das duas partes que constitui a referida peça de vestuário. Assim, Daisuke sentia a erecção de Takeru e começou a esfrega-la vigorosamente, aumentando o ritmo até que Takeru não conseguisse conter o estudo libinidoso.

- Sugoi! - dizia Takeru já completamente enlibinado (moan) - Do que tu estás a espera, Daisuke-chan?

Assim Daisuke abriu o fecho das calças e depois abriu os botões dos shorts de Takeru, saindo o pénis erecto do seu parceiro para o lado de fora. Então Daisuke começou a lamber o pénis de Takeru, começando pela base, evitando os pélos púbicos e depois continuou a lambé-lo até a glande. Entretanto Takeru ficava excitado e respirava ofegantemente devido ao acto erótico que o fazia "sentir-se bem". Quando Daisuke começou a chupar o referido pénis, enfiando-o na boca, a cabeça de Takeru "soltou-se" para trás e ficou completamente excitado e gritou: "Sugoi, Daisuke-koibito!", "Vá lá... continua!..."

- Ah! - gemia Takeru - Sem dúvida que Daisuke-chan é um mestre no sexo oral, mas mesmo assim consegue-me satisfazer quando ele tem a devida "inspiração" - foram estes os pensamentos de Takeru, enquanto o seu companheiro Daisuke chupava com cuidado, e também utilizava as pontas dos dentes e a língua para estimular as áreas erógenas situadas ao longo do pénis do Takeru, e não seria necessário bastante tempo para que Takeru atingisse o clímax.

- Dame, ... dame! - Takeru estava a suar e a ficar hirto, e ainda tentava conter-se, porque era uma reacção algo institiva e assim tentava não ejacular antes de ele sentir prazer. - Ore... ore wa... tatsu!... (gozar/liberar) - e acabou por ejacular.

Daisuke acabou por receber quase toda a carga de sémen para dentro da boca, e ainda desacouplou para receber mais um bocado que besuntou as suas bochechas extremamente coradas. Após esta cópula oral, Daisuke acalmou a respiração e removeu um pouco do sémen para lubrificar o seu próprio ânus. Também Takeru ficou um pouco ofegante, e ele aproveitava para retirar o resto da roupa, sobretudo a camisa e os jeans desabotoadas, antes de voltar a abraçar Daisuke e posicionarem-se ambos de frente, alinhando os seus abdómens.

Quando Takeru retirou os seus shorts, Daisuke já despira a sua camisa, mas ele não retirara ainda as suas calças.

- Então, Daisuke-chan? - Takeru removeu as calças de Daisuke que ele não fizera - Tens as tuas calças desabotoadas, mas não quiseste as despir, porquê?

- Eto... - Daisuke estava um pouco corado - Não me ligues a mal, Takeru-chan... Mas eu queria que fosses tu a retirá-la!

Takeru sorriu com a resposta um pouco desinspirada de Daisuke, enquanto satisfazia o seu "pedido", antes de Takeru rebolar com o seu Daisuke pela cama, e pó-lo com o seu abdómen para cima.

- Muito bem, Daisuke-chan - Takeru posicionava-se sobre Daisuke e desviava-se um pouco para baixo para colocar o seu pénis erecto no ânus do Daisuke. - Agora vamos para o que é "realmente importante".

Antes de inserir o seu pénis, a mão direita de Takeru agarrou e fechou em concha com a mão esquerda de Daisuke, ficando o braço esquerdo de Takeru para segurar a perna esquerda de Daisuke e o braço direito de Daisuke agarrava como podia nos lençois da cama. Quanto Takeru penetrou em Daisuke, ambos ficaram num estado de transe que rapidamente evoluiu para uma "violenta" carga de excitação, que motivou os rápidos e frenéticos movimentos do pénis do Takeru dentro da cavidade cloacal de Daisuke e ficassem a respirar ofegantemente, gritando e gemende de prazer.

- Sugoi, Takeru-chan - Daisuke estava extremamente excitado na altura em que Takeru o penetrara de forma intensa e ganhou líbido enquanto ele o estimulava cada vez mais - Continua... continua... até me "fazer sentir bem"!

Antes de ambos atingirem o clímax, Takeru usou o seu braço esquerdo para levantar Daisuke da cama e atirou-o em cima dele, passando o referido braço a abracá-lo e manter os seus troncos perpendiculares à superfície da cama, e as suas pernas entrecruzavam-se. Salienta-se que a cabeça de Daisuke apoiou-se em cima do ombro esquerdo de Takeru, mas não disfarçava o seu grande prazer que tinha com o acto sexual, e isto via-se pela expressão da sua cara.

- Takeru-chan,... dame... - Daisuke recontorceu-se e sentia que estava a atingir o ponto de libertação do seu orgasmo - Eu não consigo segurar-me mais... eu vou... gozar!

- Tenha... calma... Daisuke-chan!... - Takeru abraçou fortemente Daisuke com ambos os braços e parou os movimentos com o seu pénis, acabando por penetrar totalmente no ânus de Daisuke na altura em que ambos atingiram o clímax.

Quando atingiram o orgasmo, Daisuke esticou instintivamente o seu tronco para trás e acabou por ejacular para o centro do abdómen de Takeru. Em simultâneo, Takeru ejaculou para dentro de Daisuke, porque era ele que manteu uma cópula anal com o seu parceiro. Liberto o orgasmo, os dois cairam para um dos lado da cama, e depois acalmaram gradualmente a respiração pesada que ocorrera momentâneamente durante o sexo anal.

Após a "queda", Takeru continuava em cima de Daisuke, e então Takeru aproveitou para beijar graciosamente Daisuke, enquanto o pénis de Takeru relaxava e desacouplava de Daisuke. "Kimouchi, darou?", foi o que Takeru afirmou após o beijo com Daisuke, e então o visado agradeceu dando um abraço bem apertado, encostando a sua cabeça em cima dos ombros de Takeru. Takeru notou o sémen a jorrar do ânus de Daisuke, mas ele não importou com o assunto, conforme explicou:

- Youkata, Takeru-chan! - sorriu Daisuke - Foi maravilhoso! Desde que iniciamos a nossa vida sexual, cada uma das nossas relações são e serão inesquecíveis...

- Sem dúvida que sim, Daisuke-chan! - Takeru acariciava a cara do seu parceiro - Agora vamos nos arranjar, porque as nossas crianças podem vir a qualquer momento, porque senão ainda ficavamos mais um bocado juntos...

Assim, aproveitaram para lavar os genitais e vestirem-se a preceito antes que alguma das crianças encontra-se os seus "pais" numa situação um pouco imprópria, caso regressasem a casa mais cedo que Daisuke e Takeru estimavam!

O dia terminava com o jantar em família, cujo prato de hoje era sashimi que fora preparado por Takeru, com alguma ajuda de Daisuke na preparação do peixe. Durante a refeição, as crianças conversavam sobre a visita aos seus amigos:

- Daisuke-otousan! - disse Atsushi - O meu melhor amigo, Seichirou Touma, ficou surpreendido quando eu contei que eu gosto dos meus pais, mesmo sendo homossexuais e não serem os meus pais verdadeiros!...

- Naze? - Daisuke ficou corado, e demorou a responder - Eu sei que para os teus amigos, que em mais de 90 por cento dos casos são filhos biológicos de pais... heterossexuais, acham estranho vocês serem adoptados por homossexuais, mas isso não significa que não amo vocês, francamente! Senão, nós nem teriamos a paciência para aturar o massacre judicial...

- Daisuke-chan! - Takeru deu uma repreensão um pouco fria - Por minha parte, eu não gosto de discutir o processo judicial perante os nossos "filhos" adoptivos, e também eles mal recuperam do choque da perda dos seus pais biológicos e vamos meter em assuntos delicados? - Takeru concluiu enquanto comia um sashimi de anchova molhado com o molho wasabi.

- Gomen! - Daisuke calou-se do assunto - Mas o que realmente interessa é que ninguém da vossa escola expos atitudes homófobas graves, e ainda temos reuniões escolares por causa de trivialidades dessas! - murmurou na última parte da fala.

- Bem, só temos que ir em frente! - adiantou Sayuko - Mas devido às nossas leis, ainda somos da família Katsuragi!

Sayuko não podia exprimir os seus sentimentos familiares da melhor maneira, eles tinham que ir em frente apesar das invejas mórbidas que a sociedade podia-lhes prejudicar a vida deles.

Findo o dia de descanso, as crianças preparavam-se para a escola que recomeçava amanhã e assim deitaram-se cedo, mas as jornadas escolares eram terrivelmente longas e a fadiga podias-lhe prejudicar o seu rendimento.

Entretanto, Daisuke e Takeru ficaram mais um pouco em frente ao televisor antes de prepararem para mais uma semana de trabalho, mas tinham uma verdadeira agenda para cumprir que era pouco flexível.

Tsuzuke Continua...