O AMOR QUE NÃO SE PERDE (Parte 01)
Já havia se passado 6 anos desde que Sakura havia transformado todas as Cartas Clow e se tornado a nova dona delas. E que Shaoran havia se declarado para Sakura, confessando a ela todo o quanto gostava dela mas não tinha tido a coragem de se declarar em situações que viveram juntos , como aquelas em que Sakura estava transformando as Cartas Clow a medida que vencia os desafios que Eriol colocava à frente dela.
Era um dia de verão em Hong-Kong, onde Shaoran Li estava a treinar a arte da esgrima e também as artes marciais chinesas. Shaoran esta com 17 anos e havia se transformado em um excelente lutador e aumentado bastante os seus poderes mágicos. Ele tinha crescido e se transformado em um adolescente bonito e bom nos esportes e nos estudos, sempre desejado pelas garotas na escola em que estudava, mas o seu jeito introvertido e a sua paixão por Sakura parece que deixava as garotas desapontadas por não conseguirem nada com ele e com um pouco de inveja dessa namorada japonesa que Shaoran tinha. A derrota para Yue no Julgamento Final parece que dava a ele ânimo para treinar, não querendo repetir a derrota que o envergonha só de lembrar. E a cada treinamento em que ele se dedicava, sempre havia um sentimento por Sakura, no qual ele deixou no Japão. Ela havia aceitado os sentimentos de Shaoran, muito feliz por ser escolhida por alguém que ela tinha tanto carinho e afeição. Mas os dois foram crescendo e não ficavam muito tempo um com o outro , pois depois do acontecido com Eriol e das Cartas Clow, a mãe de Shaoran não via muito a se fazer no Japão e mandou o filho terminar o seu treinamento e seus estudos em Hong-Kong. Ele se encontrava com Sakura nas férias e quando estavam longe um do outro sempre se correpondiam, falando se estava tudo bem, como estavam todos em Tomoeda e declarando seus sentimentos e as saudades que tinham pelo fato de estarem longe um do outro e ficarem juntos por poucas vezes.
Mas alguma coisa parecia que deixava Shaoran preocupado e inquieto, pois a alguns meses ele havia se encontrado com Sakura e ele sentiu que esse último encontro com ela parecia mais intenso e carinhoso que os anteriores. E na volta para Hong-Kong ele notou que as cartas e os telefonemas já não aconteciam com a mesma frequencia. Muito pelo contrário , à semanas que Shaoran não recebia nenhuma resposta das cartas que havia mandado para Sakura.
Estava uma noite estrelada e agradável em Hong-Kong, Shaoran estava sentado na grama no jardim da Mansão em que mora, sem sono e a noite convidativa a um passeio e com a Lua iluminando a noite. Enquanto ele observava as estrelas, em sua mente vinha a imagem de Sakura e dos momentos românticos que ele havia tido com a namorada em Tomoeda.
- Jovem Shaoran, não vai entrar para descansar?
Meio que surpreso pela voz de Wei , ele se levantou e ficou sentado no jardim:
- Não obrigado, eu estou meio sem sono e decidi ficar aqui um pouco...
- Mas jovem Shaoran , se adormecer aqui pode pegar um resfriado quando a noite começar a esfriar...
- É que aqui eu posso pensar melhor, a noite está tão agradável que eu não pude deixar de ficar aqui por alguns instantes.
Nisso Wei aproximou-se de Shaoran e abaixou-se para falar melhor com ele:
- Algum problema jovem Shaoran? Parece que esta meio inquieto nestes últimos dias...
- Não é nada, estou bem. Respondeu Shaoran meio que com a cabeça baixa.
- Será mesmo? Será que esta inquietação não esta relacionada com a jovem Sakura?
Surpreso, Li levantou sua cabeça e respondeu meio atrapalhado...
- Não...Esta tudo bem com ela...Não foi nada...
Fitando os olhos do conturbado Li, Wei lhe disse:
- Acredito que esteja tudo bem com a jovem Sakura, mas parece que a relacão entre vocês esta lhe deixando preocupado.
Li parecia paralisado com as simples palavras de Wei, palavras que estavam descrevendo tudo o que estava se passando com ele.
Nisso Wei se levantou e estava se retirando, mas antes de prossseguir ele virou-se e disse a Shoran:
- Jovem Shaoran, o sentimento que há entre você e a jovem Sakura é algo que temos que manter e cultivar sempre, não deixe que este bem tão precioso se perca ou deixe de existir, seja perseverante como sempre foi. E por favor, não adormeça no jardim , sua mãe ficará preocupada se ficar indisposto por causa do frio.
Depois diso, Wei se retirou e tratou de ir se recolher. Shaoran ficou sentado na grama, olhando o vazio e pensativo por causas das palavras de Wei.
A manhã seguinte estava linda e o dia prometia ser agradável como os dias anteriores de verão em Hong-Kong. A mãe de Shaoran estava na sala de estar da Mansão, meio que solitária, pois as filhas tinham se casado e a falta delas deixava aquele lugar meio que vazio e silencioso, apesar dos criados que cuidavam do local. Ela estava sentada observando a paisagem do seu jardim e sentindo o calor e o sentimento de calma e tranquilidade daquela mansão. Nisso ela notou a aproximação de alguém e retornou os seus olhares a pessoa que ia entrar para ve-la. Era Shaoran, que queria muito falar com a mãe.
- Mamãe, esta ocupada? Quero lhe falar algo importante.
Sem perder o seu ar tranquilo e imponente, a mãe de Shaoran convidou-o para se sentar perto dela para conversarem. Ele aceitou e se sentou perto da mãe.
- E então filho? O que queria me dizer?
Meio que sem coragem, Shaoran respondeu a pergunta da mãe:
- Bem...é que...eu tomei uma decisão mamãe...e decidi...terminar os estudos...no Japão.
A mãe de Shaoran não parecia nada surpresa, sem perder a sua tranquilidade , ela respondeu:
- E esta sua decisão tem a ver com a nova dona das Cartas Clow?
Meio envergonhado pela pergunta da mãe, Li respondeu:
- Bem...é sim mamãe...é por causa dela sim...
Com a resposta, a mãe de Shaoran se levantou e andou em direcão da sacada aonde ela observava o jardim.
- Shaoran, desde criança você foi um menino persistente e sempre se esforçava para ser um grande descendente de Clow, aonde foi ao Japão encontrar as cartas. Eu queria muito você ao meu lado e senti sua falta nos dias em que você não estava comigo. Depois que suas irmãs se casaram, só me restou você para me fazer compania nesta casa. Estou feliz por você estar ao meu lado, mas uma pessoa que você ama está longe e isto te deixa muito triste e inquieto.
Nisso ela retornou e voltou-se para Shaoran e sentou-se ao lado dele.
- Eu sei que esta casa ficará mais vazia sem você , mas não deixe os seus sentimentos por Sakura se perderem. Seja o persistente Shaoran Li e lute para ter Sakura com você.
Nisso ela o abraçou e lhe disse:
- Agora vá Shaoran, vá encontrar a pessoa que você tanto ama e sempre honre o nome da nossa família. Eu ficarei esperando o dia do seu retorno, com a nova dona das Cartas Clow.
No dia seguinte um vôo proveniente de Hong-Kong chegava a Tóquio. E neste vôo desembarcara Shaoran, sentindo o ambiente do Japão, acostumando-se novamente a nova mudança de ares. Tomoeda não ficava muito longe, o apartamento em que ele ficara quando estava em Tomoeda é de propriedade da família de Shaoran e antes de ele embarcar para o Japão, sua mãe havia determinado para que deixassem pronto para a estadia de Shaoran.
Ao chegar ao seu apartamento com as suas malas, Shaoran não perdeu tempo e tratou de ligar para Sakura, pois ele havia partido de Hong-Kong sem avisar nada a ela. Ele novamente ouviu a voz de Sakura:
- "Oi, aqui é da residência dos Kinomoto, não podemos atender agora, mas deixe o seu recado que assim que possível responderemos. Tchauzinho...".
Depois do desapontamento com a secretária eletrônica, Shaoran pensou e deduziu que Sakura poderia estar na casa da amiga Tomoyo:
- Alô?
- Alô Tomoyo. Sou eu, Shaoran Li.
- Oi Shaoran, que bom ter ligado. Como está Hong-Kong?
- Não estou em Hong-Kong. Estou falando do meu apartamento, aqui em Tomoeda.
- Nossa! Quando você chegou de Hong-Kong?
- Acabei de chegar, eu liguei pra Sakura mas parece que não tem ninguém em casa. Liguei pra saber se ela está com você.
- A Sakura foi a Tóquio prestar o exame para ingressar na Universidade de Tóquio. Ah, eu queria ter ido com ela filma-la neste exame importante, mas acabei deixando ela lá e lhe desejei boa sorte.
- Tomoyo, o que esta acontecendo com a Sakura? Ela não me responde como antes, parece que ela esta distante de mim...
- Sabe Shaoran, que tal a gente se falar pessoalmente? Tem uma confeitaria perto da loja onde você comprou aquele ursinho pra Sakura, lembra? Me encontre lá dentro de uma hora que assim eu posso te contar sobre o que esta acontecendo com a Sakura.
- Tudo bem Tomoyo. Te encontro dentro de uma hora.
No local combinado Shaoran aguardava Tomoyo. Ele pensava consigo mesmo que ele finalmente saberia o que esta acontecendo com Sakura e sua falta de interesse por ele.
Tomoyo chegou em uma Mitsubishi, ela sentada no banco de trás e na frente duas guarda-costas. Uma delas desceu e abriu a porta para Tomoyo descer. Tomoyo recomendou que ficassem nas redondezas e que a deixassem sozinha com o jovem que ela ia se encontrar para poderem conversarem. Elas entenderam e depois de pedirem licença , se retiraram , deixando Tomoyo com Shaoran.
- Oi Shaoran, tudo bem com você? Nossa! Você está mudado. Parece mais forte, e mais bonito.
- Você também esta muito bonita...Tomoyo... - Respondeu Li, meio que envergonhado com a beleza da amiga.
Tomoyo havia se transformado numa linda mulher. Com seus cabelos soltos, sua pele clara e sedosa, seu olhar meigo , sua voz doce e seu jeito encantador, era a personificação da mulher desejada por todos. Muitos tentaram cativar o coração de Tomoyo, mas todos tiveram que se contetar com sua amizade e aceitar que Tomoyo já amava alguém. A mãe de Tomoyo dizia que ela tinha se transformado na personificação de Nadesico, a mãe de Sakura.
- E então? Podemos nos sentar para podermos conversar?
- Ah sim. Me desculpe. Vamos Tomoyo.
Na confeitaria, depois de pedirem um chá e uma fatia de bolo para cada um, Li explicou a Tomoyo sobre o que estava acontecendo com ele e sua volta ao Japão, e o estranho "gelo" de Sakura.
Tomoyo sorriu, achou graça na atitude de Shaoran e disse a ele:
- Shaoran, essa sua atitude foi muito bonita. Sair de Hong-Kong e voltar ao Japão só por causa da Sakura, isto prova que você realmente a ama muito.
- Mas parece que isto não é nada para ela.
- Não diga isto! Sakura ama muito você, e sentia muito a sua falta quando você não estava em Hong-Kong.
- Mas então por que esta atitude? Por que não respondia as minhas cartas e telefonemas?
- Sabe Shaoran, Sakura me contou que gostava muito de estar ao seu lado. Ela te ama muito e ficava feliz quando você vinha ve-la nas férias, mas ficava muito triste quando você partia. Ela pensou muito sobre isto. Antes de você voltar para se encontrar com ela na última vez, me contou que não sabia se este relacionamento poderia continuar ou não, e achou que este relacionamento iria atrapalhar a sua vida em Hong-Kong, por isto me disse que quando você voltasse para passar as férias com ela, ela iria viver cada momento com você como se fosse o último encontro. E então aos poucos iria se distanciar de você para que não ficasse triste com uma separação repentina.
- Separação? Mas eu pensei que ela me amasse...
- E ela te ama muito. Ela quis se separar de você por achar que este relacionamento iria deixa-lo infeliz no futuro, e se distanciar de você aos poucos para não magoa-lo. Mas estava sendo difícil a ela fazer isto. Ela sentia muita saudade e ficava feliz quando recebia suas cartas, e ficava muito triste por não atender seus telefonemas. Tentava disfarçar para mim essa tristeza, mas eu sentia que ela sofria com essa separação que ela se impunha. Um dia ela não aguentou esta pressão e chorou muito em meu ombro, eu me senti muito feliz por ter Sakura bem próxima de mim, mas ao mesmo tempo sofri por ela não ter perto dela a pessoa que ama.
- Sakura, sua boba.
- Sakura decidiu nestas semanas que gostaria muito de ir para a Universidade. Iria se dedicar muito aos estudos, para tentar esquece-lo.
- E por isto é que Sakura foi fazer hoje o exame.
- Bem Shaoran, se você voltou ao Japão por causa de Sakura, acho que isto à deixará muito feliz. Por que não vai dar a notícia a ela?
- É isso mesmo que quero fazer Tomoyo. Quero me encontrar logo com a Sakura.
- Os exames de admissão vão acabar daqui a pouco. Por que não se encontra com ela quando ela sair da Universidade?
- Mas eu nem sei aonde fica isso. Eu estava pensando em aguardar na minha casa e depois ligar para a casa dela quando ela voltar.
- Não! Ela vai achar que você vai estar em Hong-Kong e vai ficar te evitando. É melhor você se encontrar com ela hoje mesmo. Ela vai ficar muito surpresa e muito feliz de te ver.
- Tá bom Tomoyo, mas como posso chegar até aonde ela esta fazendo os exames?
- Não tem problema. Eu te levo até lá. De carro chegaremos logo e enquanto você estiver esperando por Sakura você fica se preparando para falar com ela.
Nisso Tomoyo pegou seu celular dentro da bolsa e ligou para suas guarda-costas para virem pega-la e leva-la até Tóquio junto com Shaoran.
Chegaram logo a Universidade de Tóquio, Shaoran desceu e foi próximo a janela do carro aonde esta Tomoyo.
- Obrigado por ter me trazido até aqui Tomoyo.
- De nada Shaoran, eu fico feliz por dar esta surpresa a Sakura. Eu queria é ficar por aqui para poder filmar este momento lindo. Mas é melhor vocês terem este momento só para vocês.
Li ficou agradecido e viu o carro de Tomoyo voltando para Tomoeda, ficou aliviado por Tomoyo não estar ali perto com aquela filmadora, espiando o que ele iria dizer a Sakura.
Shaoran esperou pacientemente na saída da Universidade a hora que Sakura voltaria para casa. Aos poucos os candidatos ao exame iam saindo e uns pareciam contentes e outros meio cansados e chateados pelo exame. Entre as pessoas que saiam, Shaoran notou uma linda moça de cabelos castanhos e curtos, vestida de calça jeans e uma mini-blusa, com uma pequena bolsa feminina a tiracolo, segurando um caderno contra o peito e conversando com uma outra moça de óculos. Era Sakura!
- Sakuraaaa!
Sakura ouviu e se esqueceu por um instante da moça que conversava com ela e procurou de onde a tinham chamado, então ela viu Shaoran e nisso seu rosto mostrava um sorriso de grande felicidade.
- Li , é você...
Feliz por ver Shaoran , ela correu em sua direção e mesmo com o caderno nas mãos , abraçou Shaoran bem forte, não querendo deixar ele fugir. Shaoran abraçou-a e se sentiu muito feliz por te-la novamente por perto e em seus braços.
Enquanto eles se abraçavam e curtiam cada momento, uma moça se aproximou:
- Er..com licença Sakura, mas acho que eu já vou indo...
Nisso Sakura e Shaoran abriram os olhos e se tocaram que estavam sendo observados, meio que envergonhados eles ficaram de mãos dadas.
- Aiaiai, me desculpa...he he he. Desculpa, mas eu fiquei muito feliz de ver o Li que eu não pude me conter...
- Nossa! Como Shaoran mudou...Se lembra de mim? Sou a Naoko.
- Olá Naoko. Lembro de você sim, como vai? Veio fazer os exames junto com a Sakura?
- Sim, espero que eu e Sakura consigamos passar nos exames, seria muito bom poder estudar junto com a Sakura.
- Mas eu acredito que vocês vão passar, pois Sakura é muito esforçada e você Naoko tem uma inteligência acima da média.
- Puxa, obrigado Shaoran, mas vou deixar vocês mais à vontade para poderm conversar.
Naoko se despediu dos dois e foi em direção a estação de trem de volta a Tomoeda.
Vendo Naoko se distanciar deles, Sakura voltou a ficar mais junto de Shaoran:
- Puxa Shaoran, que bom te ver aqui. Não esperava por isso, foi uma linda surpresa!
- Eu queria muito te ver Sakura, e conversar com você sobre o nosso relacionamento.
Ao ouvir isto, Sakura ficou um pouco triste e cabisbaixa.
- Tudo bem Li, só que vamos para outro lugar para podermos conversar. Tem uma praça aqui por perto onde podemos falar com mais sossego.
- Tudo bem, vamos para lá então.
De mãos dadas os dois foram em direção a praça, só que Sakura estava cabisbaixa, imaginando o que poderia acontecer durante esta conversa. Sentaram-se num banco em um local sossegado e sem ninguém para incomoda-los ou interrompe-los.
- Sakura, por que você não responde mais as minhas cartas e telefonemas? O que foi que eu fiz?
Sakura estava com a cabeça baixa, com as mãos fechadas em cima dos joelhos e respondeu com uma voz triste:
- Você não fez nada de errado Li. Muito pelo contrário. O seu amor tem me feito muito feliz nas vezes em que você estava junto de mim. Eu tive momentos felizes ao seu lado, desde que nós éramos crianças. Mas Li, você mora em Hong-Kong, e nem sempre eu tinha você ao meu lado. Eu me sentia triste quando você não estava comigo, e eu temia que por causa da distância você sofresse com este relacionamento e que aos poucos eu fizesse você infeliz.
Nisto Sakura levantou a cabeça e Li pode ver os lindos olhos de Sakura a se encherem de lágrimas.
- É por isto que eu estava te evitando, pensando que esse nosso namoro só fosse complicar a sua vida em Hong-Kong, só que está sendo difícil pra mim esquecer o seu amor e seu carinho.
Sem exitar, Shaoran envolveu Sakura em seus braços e a trouxe para perto de seu peito.
- Sakura, sua tonta. O que será que eu posso fazer para você entender que é você que me faz feliz? Não me importo de esperar meses e viajar quilômetros para te ver, o que importa é o que sinto por você e o que você sente por mim. Você ainda me ama?
- Claro que sim Li! E você ainda tem alguma dúvida?
- Pelos seus olhos e pela sua felicidade eu não tenho nenhuma dúvida do seu amor, e é por ele que eu tomei uma decisão e resolvi te contar o que eu decidi.
Sakura perguntou num misto de curiosidade e apreensão:
- Então me fale o que você decidiu!
- Eu resolvi que vou terminar os meus estudos aqui mesmo no Japão. Já comuniquei isto a minha família e mesmo que não consentissem a minha decisão já esta tomada. Vou poder ficar mais perto de você. Espero que goste desta minha decisão.
A fisionomia de Sakura voltou a se iluminar com a notícia que ela nem imaginava receber. As lágrimas deram lugar ao sorriso que contagiava a todos. Então ela abraçou o pescoço de Shaoran e se aproximou ainda mais dele.
- É claro que eu gostei. Estou muito feliz com isto. É tão bom poder estar ao seu lado, e é maravilhoso que você esteja mais perto de mim e por mais tempo. Me perdoe Shaoran pelo que eu fiz a você.
- Sua boba. O que me importa é ter o seu amor e ter você perto de mim.
- Li...
Felizes por estarem juntos novamente, os dois jovens se abraçam e ficam quietos a sentirem o calor e o carinho de um para o outro. Então Sakura e Shaoran se fitam e selam essa nova fase em suas vidas com um beijo longo e apaixonado , e com a luz do luar a abençoar o jovem casal.
Continua.
Já havia se passado 6 anos desde que Sakura havia transformado todas as Cartas Clow e se tornado a nova dona delas. E que Shaoran havia se declarado para Sakura, confessando a ela todo o quanto gostava dela mas não tinha tido a coragem de se declarar em situações que viveram juntos , como aquelas em que Sakura estava transformando as Cartas Clow a medida que vencia os desafios que Eriol colocava à frente dela.
Era um dia de verão em Hong-Kong, onde Shaoran Li estava a treinar a arte da esgrima e também as artes marciais chinesas. Shaoran esta com 17 anos e havia se transformado em um excelente lutador e aumentado bastante os seus poderes mágicos. Ele tinha crescido e se transformado em um adolescente bonito e bom nos esportes e nos estudos, sempre desejado pelas garotas na escola em que estudava, mas o seu jeito introvertido e a sua paixão por Sakura parece que deixava as garotas desapontadas por não conseguirem nada com ele e com um pouco de inveja dessa namorada japonesa que Shaoran tinha. A derrota para Yue no Julgamento Final parece que dava a ele ânimo para treinar, não querendo repetir a derrota que o envergonha só de lembrar. E a cada treinamento em que ele se dedicava, sempre havia um sentimento por Sakura, no qual ele deixou no Japão. Ela havia aceitado os sentimentos de Shaoran, muito feliz por ser escolhida por alguém que ela tinha tanto carinho e afeição. Mas os dois foram crescendo e não ficavam muito tempo um com o outro , pois depois do acontecido com Eriol e das Cartas Clow, a mãe de Shaoran não via muito a se fazer no Japão e mandou o filho terminar o seu treinamento e seus estudos em Hong-Kong. Ele se encontrava com Sakura nas férias e quando estavam longe um do outro sempre se correpondiam, falando se estava tudo bem, como estavam todos em Tomoeda e declarando seus sentimentos e as saudades que tinham pelo fato de estarem longe um do outro e ficarem juntos por poucas vezes.
Mas alguma coisa parecia que deixava Shaoran preocupado e inquieto, pois a alguns meses ele havia se encontrado com Sakura e ele sentiu que esse último encontro com ela parecia mais intenso e carinhoso que os anteriores. E na volta para Hong-Kong ele notou que as cartas e os telefonemas já não aconteciam com a mesma frequencia. Muito pelo contrário , à semanas que Shaoran não recebia nenhuma resposta das cartas que havia mandado para Sakura.
Estava uma noite estrelada e agradável em Hong-Kong, Shaoran estava sentado na grama no jardim da Mansão em que mora, sem sono e a noite convidativa a um passeio e com a Lua iluminando a noite. Enquanto ele observava as estrelas, em sua mente vinha a imagem de Sakura e dos momentos românticos que ele havia tido com a namorada em Tomoeda.
- Jovem Shaoran, não vai entrar para descansar?
Meio que surpreso pela voz de Wei , ele se levantou e ficou sentado no jardim:
- Não obrigado, eu estou meio sem sono e decidi ficar aqui um pouco...
- Mas jovem Shaoran , se adormecer aqui pode pegar um resfriado quando a noite começar a esfriar...
- É que aqui eu posso pensar melhor, a noite está tão agradável que eu não pude deixar de ficar aqui por alguns instantes.
Nisso Wei aproximou-se de Shaoran e abaixou-se para falar melhor com ele:
- Algum problema jovem Shaoran? Parece que esta meio inquieto nestes últimos dias...
- Não é nada, estou bem. Respondeu Shaoran meio que com a cabeça baixa.
- Será mesmo? Será que esta inquietação não esta relacionada com a jovem Sakura?
Surpreso, Li levantou sua cabeça e respondeu meio atrapalhado...
- Não...Esta tudo bem com ela...Não foi nada...
Fitando os olhos do conturbado Li, Wei lhe disse:
- Acredito que esteja tudo bem com a jovem Sakura, mas parece que a relacão entre vocês esta lhe deixando preocupado.
Li parecia paralisado com as simples palavras de Wei, palavras que estavam descrevendo tudo o que estava se passando com ele.
Nisso Wei se levantou e estava se retirando, mas antes de prossseguir ele virou-se e disse a Shoran:
- Jovem Shaoran, o sentimento que há entre você e a jovem Sakura é algo que temos que manter e cultivar sempre, não deixe que este bem tão precioso se perca ou deixe de existir, seja perseverante como sempre foi. E por favor, não adormeça no jardim , sua mãe ficará preocupada se ficar indisposto por causa do frio.
Depois diso, Wei se retirou e tratou de ir se recolher. Shaoran ficou sentado na grama, olhando o vazio e pensativo por causas das palavras de Wei.
A manhã seguinte estava linda e o dia prometia ser agradável como os dias anteriores de verão em Hong-Kong. A mãe de Shaoran estava na sala de estar da Mansão, meio que solitária, pois as filhas tinham se casado e a falta delas deixava aquele lugar meio que vazio e silencioso, apesar dos criados que cuidavam do local. Ela estava sentada observando a paisagem do seu jardim e sentindo o calor e o sentimento de calma e tranquilidade daquela mansão. Nisso ela notou a aproximação de alguém e retornou os seus olhares a pessoa que ia entrar para ve-la. Era Shaoran, que queria muito falar com a mãe.
- Mamãe, esta ocupada? Quero lhe falar algo importante.
Sem perder o seu ar tranquilo e imponente, a mãe de Shaoran convidou-o para se sentar perto dela para conversarem. Ele aceitou e se sentou perto da mãe.
- E então filho? O que queria me dizer?
Meio que sem coragem, Shaoran respondeu a pergunta da mãe:
- Bem...é que...eu tomei uma decisão mamãe...e decidi...terminar os estudos...no Japão.
A mãe de Shaoran não parecia nada surpresa, sem perder a sua tranquilidade , ela respondeu:
- E esta sua decisão tem a ver com a nova dona das Cartas Clow?
Meio envergonhado pela pergunta da mãe, Li respondeu:
- Bem...é sim mamãe...é por causa dela sim...
Com a resposta, a mãe de Shaoran se levantou e andou em direcão da sacada aonde ela observava o jardim.
- Shaoran, desde criança você foi um menino persistente e sempre se esforçava para ser um grande descendente de Clow, aonde foi ao Japão encontrar as cartas. Eu queria muito você ao meu lado e senti sua falta nos dias em que você não estava comigo. Depois que suas irmãs se casaram, só me restou você para me fazer compania nesta casa. Estou feliz por você estar ao meu lado, mas uma pessoa que você ama está longe e isto te deixa muito triste e inquieto.
Nisso ela retornou e voltou-se para Shaoran e sentou-se ao lado dele.
- Eu sei que esta casa ficará mais vazia sem você , mas não deixe os seus sentimentos por Sakura se perderem. Seja o persistente Shaoran Li e lute para ter Sakura com você.
Nisso ela o abraçou e lhe disse:
- Agora vá Shaoran, vá encontrar a pessoa que você tanto ama e sempre honre o nome da nossa família. Eu ficarei esperando o dia do seu retorno, com a nova dona das Cartas Clow.
No dia seguinte um vôo proveniente de Hong-Kong chegava a Tóquio. E neste vôo desembarcara Shaoran, sentindo o ambiente do Japão, acostumando-se novamente a nova mudança de ares. Tomoeda não ficava muito longe, o apartamento em que ele ficara quando estava em Tomoeda é de propriedade da família de Shaoran e antes de ele embarcar para o Japão, sua mãe havia determinado para que deixassem pronto para a estadia de Shaoran.
Ao chegar ao seu apartamento com as suas malas, Shaoran não perdeu tempo e tratou de ligar para Sakura, pois ele havia partido de Hong-Kong sem avisar nada a ela. Ele novamente ouviu a voz de Sakura:
- "Oi, aqui é da residência dos Kinomoto, não podemos atender agora, mas deixe o seu recado que assim que possível responderemos. Tchauzinho...".
Depois do desapontamento com a secretária eletrônica, Shaoran pensou e deduziu que Sakura poderia estar na casa da amiga Tomoyo:
- Alô?
- Alô Tomoyo. Sou eu, Shaoran Li.
- Oi Shaoran, que bom ter ligado. Como está Hong-Kong?
- Não estou em Hong-Kong. Estou falando do meu apartamento, aqui em Tomoeda.
- Nossa! Quando você chegou de Hong-Kong?
- Acabei de chegar, eu liguei pra Sakura mas parece que não tem ninguém em casa. Liguei pra saber se ela está com você.
- A Sakura foi a Tóquio prestar o exame para ingressar na Universidade de Tóquio. Ah, eu queria ter ido com ela filma-la neste exame importante, mas acabei deixando ela lá e lhe desejei boa sorte.
- Tomoyo, o que esta acontecendo com a Sakura? Ela não me responde como antes, parece que ela esta distante de mim...
- Sabe Shaoran, que tal a gente se falar pessoalmente? Tem uma confeitaria perto da loja onde você comprou aquele ursinho pra Sakura, lembra? Me encontre lá dentro de uma hora que assim eu posso te contar sobre o que esta acontecendo com a Sakura.
- Tudo bem Tomoyo. Te encontro dentro de uma hora.
No local combinado Shaoran aguardava Tomoyo. Ele pensava consigo mesmo que ele finalmente saberia o que esta acontecendo com Sakura e sua falta de interesse por ele.
Tomoyo chegou em uma Mitsubishi, ela sentada no banco de trás e na frente duas guarda-costas. Uma delas desceu e abriu a porta para Tomoyo descer. Tomoyo recomendou que ficassem nas redondezas e que a deixassem sozinha com o jovem que ela ia se encontrar para poderem conversarem. Elas entenderam e depois de pedirem licença , se retiraram , deixando Tomoyo com Shaoran.
- Oi Shaoran, tudo bem com você? Nossa! Você está mudado. Parece mais forte, e mais bonito.
- Você também esta muito bonita...Tomoyo... - Respondeu Li, meio que envergonhado com a beleza da amiga.
Tomoyo havia se transformado numa linda mulher. Com seus cabelos soltos, sua pele clara e sedosa, seu olhar meigo , sua voz doce e seu jeito encantador, era a personificação da mulher desejada por todos. Muitos tentaram cativar o coração de Tomoyo, mas todos tiveram que se contetar com sua amizade e aceitar que Tomoyo já amava alguém. A mãe de Tomoyo dizia que ela tinha se transformado na personificação de Nadesico, a mãe de Sakura.
- E então? Podemos nos sentar para podermos conversar?
- Ah sim. Me desculpe. Vamos Tomoyo.
Na confeitaria, depois de pedirem um chá e uma fatia de bolo para cada um, Li explicou a Tomoyo sobre o que estava acontecendo com ele e sua volta ao Japão, e o estranho "gelo" de Sakura.
Tomoyo sorriu, achou graça na atitude de Shaoran e disse a ele:
- Shaoran, essa sua atitude foi muito bonita. Sair de Hong-Kong e voltar ao Japão só por causa da Sakura, isto prova que você realmente a ama muito.
- Mas parece que isto não é nada para ela.
- Não diga isto! Sakura ama muito você, e sentia muito a sua falta quando você não estava em Hong-Kong.
- Mas então por que esta atitude? Por que não respondia as minhas cartas e telefonemas?
- Sabe Shaoran, Sakura me contou que gostava muito de estar ao seu lado. Ela te ama muito e ficava feliz quando você vinha ve-la nas férias, mas ficava muito triste quando você partia. Ela pensou muito sobre isto. Antes de você voltar para se encontrar com ela na última vez, me contou que não sabia se este relacionamento poderia continuar ou não, e achou que este relacionamento iria atrapalhar a sua vida em Hong-Kong, por isto me disse que quando você voltasse para passar as férias com ela, ela iria viver cada momento com você como se fosse o último encontro. E então aos poucos iria se distanciar de você para que não ficasse triste com uma separação repentina.
- Separação? Mas eu pensei que ela me amasse...
- E ela te ama muito. Ela quis se separar de você por achar que este relacionamento iria deixa-lo infeliz no futuro, e se distanciar de você aos poucos para não magoa-lo. Mas estava sendo difícil a ela fazer isto. Ela sentia muita saudade e ficava feliz quando recebia suas cartas, e ficava muito triste por não atender seus telefonemas. Tentava disfarçar para mim essa tristeza, mas eu sentia que ela sofria com essa separação que ela se impunha. Um dia ela não aguentou esta pressão e chorou muito em meu ombro, eu me senti muito feliz por ter Sakura bem próxima de mim, mas ao mesmo tempo sofri por ela não ter perto dela a pessoa que ama.
- Sakura, sua boba.
- Sakura decidiu nestas semanas que gostaria muito de ir para a Universidade. Iria se dedicar muito aos estudos, para tentar esquece-lo.
- E por isto é que Sakura foi fazer hoje o exame.
- Bem Shaoran, se você voltou ao Japão por causa de Sakura, acho que isto à deixará muito feliz. Por que não vai dar a notícia a ela?
- É isso mesmo que quero fazer Tomoyo. Quero me encontrar logo com a Sakura.
- Os exames de admissão vão acabar daqui a pouco. Por que não se encontra com ela quando ela sair da Universidade?
- Mas eu nem sei aonde fica isso. Eu estava pensando em aguardar na minha casa e depois ligar para a casa dela quando ela voltar.
- Não! Ela vai achar que você vai estar em Hong-Kong e vai ficar te evitando. É melhor você se encontrar com ela hoje mesmo. Ela vai ficar muito surpresa e muito feliz de te ver.
- Tá bom Tomoyo, mas como posso chegar até aonde ela esta fazendo os exames?
- Não tem problema. Eu te levo até lá. De carro chegaremos logo e enquanto você estiver esperando por Sakura você fica se preparando para falar com ela.
Nisso Tomoyo pegou seu celular dentro da bolsa e ligou para suas guarda-costas para virem pega-la e leva-la até Tóquio junto com Shaoran.
Chegaram logo a Universidade de Tóquio, Shaoran desceu e foi próximo a janela do carro aonde esta Tomoyo.
- Obrigado por ter me trazido até aqui Tomoyo.
- De nada Shaoran, eu fico feliz por dar esta surpresa a Sakura. Eu queria é ficar por aqui para poder filmar este momento lindo. Mas é melhor vocês terem este momento só para vocês.
Li ficou agradecido e viu o carro de Tomoyo voltando para Tomoeda, ficou aliviado por Tomoyo não estar ali perto com aquela filmadora, espiando o que ele iria dizer a Sakura.
Shaoran esperou pacientemente na saída da Universidade a hora que Sakura voltaria para casa. Aos poucos os candidatos ao exame iam saindo e uns pareciam contentes e outros meio cansados e chateados pelo exame. Entre as pessoas que saiam, Shaoran notou uma linda moça de cabelos castanhos e curtos, vestida de calça jeans e uma mini-blusa, com uma pequena bolsa feminina a tiracolo, segurando um caderno contra o peito e conversando com uma outra moça de óculos. Era Sakura!
- Sakuraaaa!
Sakura ouviu e se esqueceu por um instante da moça que conversava com ela e procurou de onde a tinham chamado, então ela viu Shaoran e nisso seu rosto mostrava um sorriso de grande felicidade.
- Li , é você...
Feliz por ver Shaoran , ela correu em sua direção e mesmo com o caderno nas mãos , abraçou Shaoran bem forte, não querendo deixar ele fugir. Shaoran abraçou-a e se sentiu muito feliz por te-la novamente por perto e em seus braços.
Enquanto eles se abraçavam e curtiam cada momento, uma moça se aproximou:
- Er..com licença Sakura, mas acho que eu já vou indo...
Nisso Sakura e Shaoran abriram os olhos e se tocaram que estavam sendo observados, meio que envergonhados eles ficaram de mãos dadas.
- Aiaiai, me desculpa...he he he. Desculpa, mas eu fiquei muito feliz de ver o Li que eu não pude me conter...
- Nossa! Como Shaoran mudou...Se lembra de mim? Sou a Naoko.
- Olá Naoko. Lembro de você sim, como vai? Veio fazer os exames junto com a Sakura?
- Sim, espero que eu e Sakura consigamos passar nos exames, seria muito bom poder estudar junto com a Sakura.
- Mas eu acredito que vocês vão passar, pois Sakura é muito esforçada e você Naoko tem uma inteligência acima da média.
- Puxa, obrigado Shaoran, mas vou deixar vocês mais à vontade para poderm conversar.
Naoko se despediu dos dois e foi em direção a estação de trem de volta a Tomoeda.
Vendo Naoko se distanciar deles, Sakura voltou a ficar mais junto de Shaoran:
- Puxa Shaoran, que bom te ver aqui. Não esperava por isso, foi uma linda surpresa!
- Eu queria muito te ver Sakura, e conversar com você sobre o nosso relacionamento.
Ao ouvir isto, Sakura ficou um pouco triste e cabisbaixa.
- Tudo bem Li, só que vamos para outro lugar para podermos conversar. Tem uma praça aqui por perto onde podemos falar com mais sossego.
- Tudo bem, vamos para lá então.
De mãos dadas os dois foram em direção a praça, só que Sakura estava cabisbaixa, imaginando o que poderia acontecer durante esta conversa. Sentaram-se num banco em um local sossegado e sem ninguém para incomoda-los ou interrompe-los.
- Sakura, por que você não responde mais as minhas cartas e telefonemas? O que foi que eu fiz?
Sakura estava com a cabeça baixa, com as mãos fechadas em cima dos joelhos e respondeu com uma voz triste:
- Você não fez nada de errado Li. Muito pelo contrário. O seu amor tem me feito muito feliz nas vezes em que você estava junto de mim. Eu tive momentos felizes ao seu lado, desde que nós éramos crianças. Mas Li, você mora em Hong-Kong, e nem sempre eu tinha você ao meu lado. Eu me sentia triste quando você não estava comigo, e eu temia que por causa da distância você sofresse com este relacionamento e que aos poucos eu fizesse você infeliz.
Nisto Sakura levantou a cabeça e Li pode ver os lindos olhos de Sakura a se encherem de lágrimas.
- É por isto que eu estava te evitando, pensando que esse nosso namoro só fosse complicar a sua vida em Hong-Kong, só que está sendo difícil pra mim esquecer o seu amor e seu carinho.
Sem exitar, Shaoran envolveu Sakura em seus braços e a trouxe para perto de seu peito.
- Sakura, sua tonta. O que será que eu posso fazer para você entender que é você que me faz feliz? Não me importo de esperar meses e viajar quilômetros para te ver, o que importa é o que sinto por você e o que você sente por mim. Você ainda me ama?
- Claro que sim Li! E você ainda tem alguma dúvida?
- Pelos seus olhos e pela sua felicidade eu não tenho nenhuma dúvida do seu amor, e é por ele que eu tomei uma decisão e resolvi te contar o que eu decidi.
Sakura perguntou num misto de curiosidade e apreensão:
- Então me fale o que você decidiu!
- Eu resolvi que vou terminar os meus estudos aqui mesmo no Japão. Já comuniquei isto a minha família e mesmo que não consentissem a minha decisão já esta tomada. Vou poder ficar mais perto de você. Espero que goste desta minha decisão.
A fisionomia de Sakura voltou a se iluminar com a notícia que ela nem imaginava receber. As lágrimas deram lugar ao sorriso que contagiava a todos. Então ela abraçou o pescoço de Shaoran e se aproximou ainda mais dele.
- É claro que eu gostei. Estou muito feliz com isto. É tão bom poder estar ao seu lado, e é maravilhoso que você esteja mais perto de mim e por mais tempo. Me perdoe Shaoran pelo que eu fiz a você.
- Sua boba. O que me importa é ter o seu amor e ter você perto de mim.
- Li...
Felizes por estarem juntos novamente, os dois jovens se abraçam e ficam quietos a sentirem o calor e o carinho de um para o outro. Então Sakura e Shaoran se fitam e selam essa nova fase em suas vidas com um beijo longo e apaixonado , e com a luz do luar a abençoar o jovem casal.
Continua.