Disclaimer:

Esta fanfic é baseada na obra: Inu-Yasha. Todos os direitos e personagens citados nesta fanfic com base na história original são de propriedade da autora Rumiko Takahashi, a exceção dos personagens que eu mesma criei.


Legenda:

" " Pensamentos dos personagens

– Fala dos personagens

-x-x-x-x-x- Passagem de tempo de um acontecimento para o outro

(x) Termos e nomes com este símbolo ao lado são explicados no final de cada capítulo


Essa fanfiction é a continuação de "O Destino de Cada Coração III". Na fase I, Kikyou tentou de tudo para tirar a Kagome de seu caminho e ficar com Inu-Yasha, mas seus planos e engodos não deram certo. Nisso, Kagome acaba descobrindo que tem o dom da cura e se declara para o Inu-Yasha, mas apesar de retribuir o afeto, ele não consegue dizer-lhe isso em palavras.

Na fase II, Inu-Yasha e Sesshoumaru se enfrentam durante a primeira noite de lua nova (x), quando o hanyou (x) perde todos os seus poderes de youkai (x). Kagome sela o destino de Sesshoumaru com suas flechas, porém surge um novo ser, um espírito com um fragmento da Jóia de Quatro Almas corrompido, que liberta e se alia a Sesshoumaru contra Inu-Yasha... Mas o destino acaba por pregar uma peça em Sesshoumaru, quando ele se vê envolvido com sua aliada.

Na fase III, Setsuna, o espírito que possuía um fragmento da Jóia e que tinha sido ressuscitada por Sesshoumaru, começa a se envolver afetivamente com seu salvador. Mas Naraku se mostra muito interessado na jovem, que se revela uma poderosa sacerdotisa, e em Kagome, cujos poderes também são crescentes.

Agora, quando se imaginava que todo o pesadelo de Naraku havia terminado, eis que surge mais um obstáculo no caminho de Inu-Yasha. Só que agora o hanyou tem mais responsabilidades a cuidar e uma família a proteger. Sesshoumaru também se vê envolvido pelos problemas de seu meio-irmão. Será que eles conseguirão se unir e ultrapassar este obstáculo?...


Capítulo 1 – Um Difícil Recomeço

O vento soprava impiedoso sobre o local que antes fora a fortaleza de Naraku. Cinzas secas faziam pequenos redemoinhos de acordo com a vontade dos ventos. Uma figura humana estava parada diante das marcas deixadas pelo golpe de uma espada, a Tessaiga. Marcas que cruzavam uma mancha negra no solo. Gotas caíam sobre o solo aos pés daquele observador. Agora que Naraku se fora, estava livre de seu domínio. Mas a liberdade tinha um gosto amargo. Com ela também vinham todas as lembranças das quais tanto queria esquecer-se. Caiu de joelhos sobre aquele solo maltratado e arrancou sua máscara de exterminador. Sentia como se o ar lhe escapasse, apesar de buscá-lo tão desesperadamente. Apoiou as mãos no chão e blasfemou.

– Seu maldito! Maldito! Por que não me deixou morto?

Cenas invadiam a mente de Kohaku, pois agora tudo lhe retornava a memória. Seus amigos, seu pai, sua irmã. Sua irmã. Aquela que ele atingira mortalmente pelas costas. Sua querida irmã. Mais lágrimas regaram o solo e ele teve vontade de arrancar de suas costas a razão pela qual ainda caminhava. Mas novamente veio a face de Sango em sua mente. Uma face cheia de lágrimas. Desistiu da idéia de acabar com o que sobrara de sua vida.

– A morte seria um bem o qual não mereço... Eu tenho que tentar me redimir do que eu fiz...

Levantou-se e deu as costas àquele lugar. Começou uma caminhada triste e solitária. Mas então parou ao ouvir uma voz em sua mente.

– Você me pertence...

Parou assustado e olhou para trás. Nada viu, mas podia sentir uma forte presença maligna.

– Quem está aí?

Um redemoinho de poeira passou por ele e sumiu pela mata. Observando a direção que tomara aquela estranha força, notou que o alto das árvores já revelava o alvorecer.

– Mas... o que foi aquilo? – Perguntou-se o menino.

-x-x-x-x-x-

Sesshoumaru despertou alertado pelos gritos histéricos de Kagome.

– Tira essa coisa daqui! Inu-Yasha!

– Mas, Kagome, é só uma lagartinha...

Inu-Yasha exibia uma lagarta que havia acabado de retirar dos cabelos da jovem.

– Não quero saber! Afasta esse bicho de mim!

Ela ficava abanando as mãos diante do rosto histericamente. Sesshoumaru voltou a fechar os olhos.

– Inu-Yasha... Essa garota é muito escandalosa... Essa lagarta já deve até estar morta depois dessa gritaria toda...

– É, pois é... – Balançou a lagarta levemente só para confirmar para Kagome o que Sesshoumaru havia dito. – Está morta mesmo...

Kagome deu um suspiro aliviada. Então Sesshoumaru se deu conta de que Setsuna não estava ao seu lado. Abriu os olhos novamente ao escutar a voz dela.

– Rin! Desças já daí!

A jovem estava com as mãos na cintura olhando para o alto de uma macieira. Rin, do alto da macieira, jogava as frutas que pegava para Shippou.

– Mas estas aqui estão ótimas, senhorita Setsuna. Vou pegar as mais bonitas!

– É perigoso ficares aí em cima. Jyaken pode pegar as maças, agora faças o que pedi!

Jyaken se deu conta de que ele teria que pegar as frutas e olhou assustado a altura da árvore.

– Eu?... "Mas como foi que ela conseguiu chegar lá em cima?".

Rin ignorava o perigo e continuava sua busca pelas maças mais perfeitas.

– Eu já estou acabando...

Agoniada, Setsuna virou-se para Sesshoumaru com um olhar suplicante.

– Meu senhor...

Ele olhou para a menina. Não mexeu um único músculo, mas mantinha uma calma assustadora.

– Rin, desça daí.

– Sim, senhor...

A garotinha resolveu obedecer meio a contra gosto, o que fez com que Setsuna respirasse um pouco mais aliviada e começou a ir na direção de Sesshoumaru. Um estalo quase imperceptível chamou a atenção dele. O galho onde estava Rin cedera.

– Rin! – Gritou Setsuna.

Sesshoumaru rapidamente levantou-se, mas antes de chegar até a menina, Inu-Yasha já a segurava pelo quimono.

– Você é uma garota muito levada, sabia? Podia ter se machucado feio... – Exclamou o hanyou.

– Desculpe, tio... – Disse Rin, encarando-o.

Inu-Yasha ficou sem graça e colocou a menina no chão, que correu para Setsuna.

– Obrigada, Inu-Yasha.

– Não tem de quê, Setsuna...

Ele colocou as mãos atrás da nuca e deu um pontapé na macieira, fazendo com que inúmeras maças caíssem. Para o azar de Jyaken, caíram sobre ele. Inu-Yasha olhou para Sesshoumaru e saiu caminhando para juntar-se a Kagome. Ambos passaram um pelo outro e Sesshoumaru falou baixinho algo que o hanyou custou a acreditar ter ouvido.

– Obrigado.

Primeiro Inu-Yasha estancou incrédulo, mas depois deu um sorriso satisfeito para si mesmo e seguiu adiante. Sesshoumaru aproximou-se de Rin e Setsuna e cruzou os braços.

– Deveria ter descido quando Setsuna lhe pediu. – Disse Sesshoumaru.

– Não deverias sequer ter subido naquela árvore para início de conversa. – Setsuna se mostrava um pouco mais apreensiva que o youkai ao seu lado.

– Desculpe, mas é que eu queria pegar estas...

Rin tirou do quimono um par de maças tão vermelhas e brilhantes que pareciam de mentira. Entregou uma para cada um. Os dois se entreolharam e Setsuna deu de ombros. Depois acariciou a cabeça da menina.

– São lindas, obrigada. Por que não ajudas o Jyaken? Acho que ele está meio enrolado...

O pobre servo ainda estava preso debaixo da pilha de maças. Rin, com um sorriso maroto nos lábios, bateu continência e começou a puxar Jyaken pelo pé. Shippou se adiantou para ajudá-la. Sesshoumaru ficou observando Setsuna. Ela parecia bem disposta.

– Você parece bem.

– A poção que Kagome me deu foi muito eficaz.

Sesshoumaru retornou para a árvore onde estava antes de toda aquela confusão.

– Mesmo assim seria melhor que descansasse mais um pouco. – Completou ele.

Setsuna sorriu, caminhou até Kagome e fez uma reverência rápida.

– Kagome, poderias ensinar-me como preparar aquela poção?

– Claro, Setsuna! Só que primeiro você precisa conhecer as ervas...

– Eu conheço várias. A sacerdotisa Akiko me ensinou há algum tempo.

– Então vou lhe mostrar quais são.

As duas saíram andando.

– Hei, não vão muito longe! – Exclamou Inu-Yasha.

Kagome deu um tchauzinho sem virar-se, o que deixou o hanyou emburrado.

– Pode deixar. Qualquer coisa eu grito!

– Novidade... – Disse ele, cruzando os braços.

Shippou aproximou-se de Inu-Yasha, mordiscando uma maçã.

– Inu-Yasha, onde estão Sango e Miroku?

– E como é que eu vou saber, Shippou?

Inu-Yasha tomou a maçã da raposinha e começou a comê-la, o que fez com que o pequeno youkai ficasse dando pulos de raiva.

– Hei, Inu-Yasha! Essa maça é minha!

– Não seja chato, Shippou! Tem um monte ali!

Shippou inflou as bochechas e depois mostrou a língua para Inu-Yasha. Deu meia volta e foi juntar-se a Rin, que estava dando maçãs a Ah-Un.

-x-x-x-x-x-

Sango estava distraída observando do penhasco o nascer do sol. Sentiu alguém lhe segurar a mão. Não se virou para olhar, pois já sabia quem era.

– Sei sobre o que está pensando, Sango...

– Então talvez tenha chegado a mesma conclusão que eu, Miroku...

O monge a olhava, enquanto os olhos dela eram ocultos pelo cabelo.

– Tem que haver outro jeito, Sango.

– Não há... Kohaku está andando por aí... Já deve ter se lembrado de tudo o que fez... Carregando aquele fragmento. Eu queria que fosse diferente, mas cheguei a conclusão de que ele não pertence mais a esse mundo...

Ela deixou uma lágrima escapar e Miroku a abraçou.

– Não pense desta forma. Vamos trazê-lo de volta.

– Mas e quanto ao frag...

Foi silenciada com um beijo, durante os primeiros flocos de neve que começaram a cair. Separaram-se lentamente e ficaram a observar a paisagem.

– Acho que o inverno vai ser mais duro esse ano... – Disse ele.

– Tudo bem... Se estiver comigo...

– Sempre...

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– Que lindo!...

Os olhos de Kagome brilhavam enquanto admirava a neve que caía. Setsuna ficou observando-a com um sorriso. Então, ao percorrer o local com olhos, notou uma erva.

– Senburi... – Murmurou a jovem.

– O que foi, Setsuna? – Viu a mesma erva. – Que bom. Vamos colher um pouco, pode ser útil.

– É parte da poção, Kagome?

– Não, mas é ótima para dores de estômago.

– Ai... Pena que o gosto seja tão ruim...

– Argh! Nem me fale!

Kagome fez uma careta e as duas riram uma para a outra. Então a colegial, meio sem graça, não pôde conter sua curiosidade.

– Ah... Setsuna... O Sesshoumaru... ele já disse se gosta de você?

– Ele não precisa dizer... Eu sei... – Disse Setsuna, corada.

– Sabe, é meio estranho ver aqueles dois juntos sem estarem brigando.

– Eu não acho que meu senhor ficará por muito tempo. Ele sabe que preciso dos teus cuidados e só está esperando que eu fique completamente boa para partir. Ele sempre foi muito solitário.

– Só que agora não é mais. Ele tem a Rin, você e agora o Inu-Yasha...

– Acho que ele tem que se acostumar com a idéia ainda...

– Bem,... – Olhou para o céu. – Espero que isso não demore muito.

– Não te preocupes, Kagome. Eu vou ter recaídas constantes. – Piscou para a moça.

– Entendi. – Sorriu.

Subitamente, ambas levantaram-se e ficaram a observar com preocupação a mesma direção.

– Fragmentos... – Sussurrou Setsuna para Kagome.

Kagome arregalou os olhos ao sentir algo de familiar naquela presença.

– Eu conheço esses fragmentos!

– Conheces?

As duas se entreolharam, mas antes que pudessem dizer qualquer outra coisa, um redemoinho surgiu pelas árvores e, de dentro dele, saltou Kouga. Ele, que ainda não conhecia Setsuna, a olhou curioso.

– Oi, Kagome! Quem é essa? – Perguntou Kouga, com um ar contente.

– É uma amiga... – Ele já estava segurando as mãos dela. – Kouga, deixa disso...

– Eu vi aquele lugar destruído e vim ver se você está bem, Kagome. – Começou a perceber que ela havia mudado. As mesmas mudanças que Inu-Yasha notara. – O que aconteceu com você?

– "Ai, meu Deus! Ele também vai perceber!". Nada, Kouga! Nadinha! – Soltou as mãos e se afastou um pouco. – Sabe, conseguimos derrotar o Naraku e...

– O quê? Naraku está morto?

Aquela notícia lhe trazia um certo alívio, já que finalmente seus companheiros mortos por Naraku foram vingados. Estava desconfortável com o fato de não ter sido ele o responsável pela morte de Naraku, mas havia algo em Kagome que o fazia não se importar com isso naquele momento. "Ela está escondendo alguma coisa de mim...". Setsuna estava meio confusa com a situação e também não conhecia Kouga.

– Kagome, quem é?

– Ah, Setsuna, me desculpe, você não conhece o Kouga...

– E, para o seu governo, – Bradou o lobo – a Kagome é minha mulher!

Setsuna olhou surpresa para Kagome que estava completamente sem graça.

– Como? – Perguntou Setsuna.

– Ele sempre diz isso... – Kagome colocou a mão na testa, com vergonha.

– Então seria melhor que contasses a ele, Kagome...

– Contar o quê, Kagome? – Kouga meteu-se na conversa delas duas.

– Ai... "Não posso contar para ele assim desse jeito! E Inu-Yasha está perto, eles dois vão acabar se matando! O que eu faço!". – Kouga avançou rapidamente e segurou na mão dela. – Kouga...

Ele olhou bem nos olhos dela e percebeu seu estado. Seu sangue ferveu e trincou os dentes. Largou-lhe a mão e esmurrou uma árvore, derrubando-a. Setsuna colocou-se na frente de Kagome, receando por sua segurança.

– Tens certeza de que ele é teu amigo, Kagome?

– Kouga... "Ele já percebeu...". – Notou um vulto no céu. – Essa não!

Ah-Un pousou trazendo Inu-Yasha e Sesshoumaru. Assim que chegou ao solo, Inu-Yasha saltou da montaria do irmão mais velho, já com a espada em punho.

– Eu sabia que esse lobo fedido estava metido nesta história!

– Espere, Inu-Yasha! – Kagome colocou a mão no ombro de Inu-Yasha.

O gesto dela não passou desapercebido pelo lobo, que olhou o hanyou com imenso ódio. Inu-Yasha sentiu o mesmo olhar de quando Kouga pensou ter ele sido o responsável pelas mortes de seus companheiros.

– Para trás, Kagome. – Disse o hanyou. – Eu acho que esse lobo ficou maluco da cabeça de novo!

– Como ousou?... – As palavras saíam espremidas pela boca de Kouga.

– Ousei o quê? – Desconfiou do que estava acontecendo e olhou de lado para Kagome, que fez um ar de desentendida. – Você tem que aprender a ficar de boca fechada!

– Mas eu não falei nada! – Retrucou Kagome, indignada.

Sesshoumaru aproximou-se de Setsuna, confuso com a situação.

– O que está acontecendo, Setsuna?

– Aquele lobo pensa que a Kagome é mulher dele...

Sesshoumaru ficou sem palavras e permaneceu ao lado de Setsuna. Kouga partiu para cima de Inu-Yasha, gritando como um louco.

– Como ousou tocá-la? Seu cachorro miserável! Eu vou acabar com a sua raça!

Setsuna puxou Kagome para um canto e ergueu seu escudo. Sesshoumaru só cruzou os braços e ficou assistindo a luta. Inu-Yasha apenas desviava dos golpes. Sabia que o que movia Kouga era simplesmente o fato dele finalmente ter percebido que não poderia ficar com Kagome. Ele golpeava com ira incansavelmente. Podia-se perceber uma certa umidade em seu olhar. Inu-Yasha cansou daquilo e acertou um golpe, de baixo para cima, bem no queixo do lobo, que recuou um pouco.

– Você acha que pode me deter com esse soquinho, cara de cachorro?

– Já chega, Kouga... – Guardou sua espada. – Nós dois sabemos muito bem que não há mais porque ficarmos brigando. Além do mais, Kagome está aqui e poderia se machucar.

– Você abusa da minha mulher e depois fica com esse ar de superior para cima de mim? – Cerrou o punho. – Eu vou lhe ensinar uma lição!

– A Kagome nunca foi sua mulher!

Kouga ia atacar novamente, mas estancou ao perceber Sesshoumaru se colocar entre ambos, mantendo-se de braços cruzados e com a sua fria calma.

– Isso já está ficando ridículo...

Kouga parou um pouco e ficou comparando a aparência e o cheiro dos dois.

– Mas o que é isso? Vocês são parentes por acaso? – Perguntou o lobo.

Inu-Yasha tomou a dianteira de Sesshoumaru.

– Não se meta nisso, Sesshoumaru.

– Você é quem sabe...

– Você quer parar de se gabar?

– Não estou me gabando.

– Esse seu ar de superior me irrita!

– Inu-Yasha... Isso é uma pena... – Tinha um sorriso cínico nos lábios.

Sesshoumaru sabia como fazer para irritá-lo. Mas Inu-Yasha teve que mudar sua atenção quando percebeu que Kouga estava indo embora.

– Kouga! – O lobo parou. – Naraku está morto, portanto seus companheiros foram vingados. Já é hora de você devolver os fragmentos da Jóia de Quatro Almas que estão com você.

Kouga pareceu não ter escutado as palavras de Inu-Yasha e olhou para Kagome.

– Ele obrigou você, Kagome?

– Hã... Não... Kouga... – Disse ela, com surpresa.

– Entendo... – Deu as costas novamente. – Mas saiba que eu vou estar esperando por você... E seu filho também será bem vindo...

Inu-Yasha irritou-se com esse comentário.

– Mas o que você está dizendo, seu lobo fedido? Até parece que eu ia deixar isso acontecer! Devolva os fragmentos da Jóia de Quatro Almas!

– Você não acha que já tirou muita coisa de mim, Inu-Yasha? Se quiser estes fragmentos, vai ter que me matar.

Inu-Yasha ficou sem ação e apenas observou Kouga desaparecer na floresta. "Kouga... Eu jamais poderia tirar de você o que você nunca teve...". Notou que Setsuna desfez o escudo.

– Você está bem, Kagome? – Ela apenas consentiu com a cabeça, mas ele irritou-se com o olhar de Sesshoumaru. – O que foi agora, Sesshoumaru?

– Você é patético, Inu-Yasha. Como é que deixa um lobinho daquele tipo botar banca para cima de você desse jeito?

– Ah, é... Se fosse com a Setsuna, você já teria cortado a cabeça dele... – Respondeu o hanyou com ironia.

– Idiota.

– Você é que é idiota!

Os dois seguiram discutindo e até pareceram terem esquecido das duas moças, que ficaram observando os dois se afastarem.

– Setsuna, eu posso estar enganada, mas não foi por nossa causa que eles vieram até aqui em primeiro lugar?

– Acho que tinhas razão, Kagome...

– Do quê?

– Eles são muito esquisitos quando estão juntos.

– Com toda certeza...

Ambas seguiram atrás deles dois.


(x) Youkai - ser fantástico da cultura japonesa dotado de poderes extraordinários; fantasma; demônio

(x) Hanyou - meio-youkai (metade youkai, metade humano). Por ser um cruzamento dentre as duas espécies, um hanyou pode, em um dia aleatório do mês, perder todos os seus poderes de youkai e tornar-se totalmente humano. Nesse período, eles procuram abrigo seguro, uma vez que se sentem enfraquecidos pela falta de sua força demoníaca.

(x) Lua nova - Pelo fato de Inu-Yasha ser um hanyou, há um período no mês em que ele perde totalmente seus poderes de youkai, tornando-se humano. Este dia é o primeiro dia do mês em que a lua desaparece por completo do céu, logo, o primeiro dia de lua nova.