Para onde vamos? E a pergunta que tomos tentamos responder. Eu estava indo em direção a ruínas de pedras que estava a minha frente. Eu me encolhi no meu roupão de banho rosa, que iam ate os meus joelhos, a calça jeans não fazia muito efeito contra o frio, muito menos as pantufas. Meus cabelos levemente ondulados caiam sobre as minhas costas molhados. Eu estava andando, andando e só conseguia ver perfeitamente uma torre, duas enormes janelas de pedras combinavam com o expeço mato que lhe servia como um manto de proteção. A rua de terra a sua frente lhe dava um charme, a terra fazendo contraste com a cor escura do castelo.
Meus pés me levaram rapidamente para dentro das Ruínas descobrindo pequenos coelhos que estavam esparramados pelo chão, os pequeninos olhos me fitavam de cim para baixo, tentando decidir se chegavam perto ou corriam para a toca pelo caminho mas rápido. Meus olhos voaram para a parede de pedra, uma pintura. Eu queria toca lá eu necessitava tocá-la, eu precisava sentir a textura da tinta em meus dedos. Eu precisava, eu apenas precisava. Eu sentia o suar correr por entre minha espinha, meus pulmões necessitando de ar, atravessei um pé na frente do outro, ate chegar a minha fonte de necessidade.
Era a pintura de um rapaz, seu cabelo acobreado caia como cascatas, próximo aos olhos profundos. Azuis contra Castanhos. Castanhos contra Azuis. Suas vestes eram incrivelmente detalhadas com pinceladas fininhas, umas blusas brancas contra um blasé azul marinho escondiam o corpo escultural do jovem. Tudo tão perfeito tudo tão maravilhoso. Sem pode conter um impulso minhas mãos traçavam a pintura, indo em direção ao rosto, à textura, perfeita, expeça quase saltando da tela como se fosse real. Fechei meus olhos, tentando conter a emoção.
Eu podia sentir uma mão gelada contra a minha. Só podia ser imaginação, mas eu sentia algo em baixo de mim, talvez um corpo humano, uma mão deslizando pelo meu braço me causando um arrepiou pela espinha. Eu abri os olhos. Castanhos contra Azuis. Eu podia ver meus olhos nos seus, pousei minha mão em sua bochecha, e a sua mão subiu lentamente a minha, envolvendo-a com a caricia. Seus lábios avermelhados pronunciaram o que eu nunca esperaria ouvir.
- minha
Seus olhos ainda continuavam preso aos meus, sua mão a minha, eu podia sentir seu coração palpitar como a Sonata de Mozart, estamos ali nos dois, apenas nos os fechei por apenas alguns segundos, quando voltei abri-los eu olhava a escuridão, o barulho do meu despertador tocou alarmando que mais um dia de luta começava e tinha sido apenas um sonho. Apenas mais um sonho.
