Aviso: Está história contém incesto, assim que estão avisados desde o começo. Também, quero aclarar que a fanfic tem spoilers do mangá, que atualmente já vai pelo cap.38 em Inglês e 36 em Espanhol. Se por via das dúvidas desejam esperar a que o mangá este completamente traduzido em Português POR FAVOR não leiam esse fanfic para evitar algumas duvidinhas que possam aparecer.
E por ultimo e não menos importante quero aclarar que esse fanfic terá apenas dois capitulos, sim, este e um mais.
Que aproveitem a leitura!
Capitulo 1
Era um sentimento estranho, como se por dentro meu coração houvesse sido quebrado de forma irreparável.
Não, era muito pior que isso. Merda! ¿Como deveria chamá-lo?
"Aflição."
— Aflição.— repito a mesma palavra com voz audível.
— Satoru, Qual é o problema? — Levanto a cabeça com dificuldade, mas sou capaz de ver a dona da voz não muito longe de onde eu estava acomodado. "Mãe" é a primeira coisa que me vêm em mente, mas não abro a boca.
— Eu falei isso em voz alta?— Pergunto depois de um largo silêncio. Sempre acabo dizendo o que penso mesmo sem querê-lo. Talvez essa seja minha única debilidade.
—Sim.— Ela responde a minha pergunta com um sorriso manso. Por que isso me fazia ter vontade de chorar? Não soube dizer. — Vem Satoru, já é hora de levantar-se.— ela chega perto da maca, e com cuidado me ajuda a sentar-me numa cadeira de rodas.
"Ah, é verdade."
Agora eu lembro perfeitamente. Já passou muito tempo desde que entrei em estado de coma. Por que terminei assim? Não sei dizer. Disseram-me que foi um intento de assassinato, mas porque queriam matar-me? Não consigo entender.
Mas o pior de tudo, era seguir sentindo essa aflição dentro do peito,como se eu houvesse esquecido de coisas importantes, lembranças que jamais deveriam haver caído no esquecimento.
—Satoru?— Minha mãe chama-me a atenção preocupada. — Se tem algum problema é melhor falar agora mesmo.— me recrimina mas sei que é apenas preocupação de sua parte.
— N-não estou escondendo nada...! — Respondo feito um garotinho sem vestigios de malicia na voz. Ainda que, de uma forma estranha isso não pareça estar certo, como seu eu já não fosse um menino pequeno nunca mais. E ela, minha mãe, sorri pra mim antes de levá-me até a sala de recuperação.
"Ter que aprender a andar outra vez não é nada fácil, assim que de momento, a cadeira de rodas é essencial para minha existência."
Nós passamos por um largo corredor branco cheio de portas, com minha mãe guiando-me até a saída do hospital. Hoje treinaria caminhar por primeira vez com muletas ao aire livre.
Um mês passou voando, mas o cheiro hediondo a medicamentos segue estando impregnado em todos os lados do hospital,e por estranho que pareça eu já me acostumei a isso. Como se...eu houvesse estado em um lugar assim constantemente. Talvez seja uma loucura o que acabo de dizer, já que realmente passei quinze anos de minha vida dentro de um hospital.
Mesmo assim, sinto que de alguma forma minha vida não foi apenas isso. Sinto que vivi muitas coisas mais, só que não consigo lembrá-las.
— Satoru..— Sei quem é que fala sem sequer girar a minha cabeça. Essa voz foi a única que realmente fez a diferença entre tantas outras. Talvez, porque essa voz seja a que mais desejei ouvir no mundo inteiro.
— Sim, mãe?
— Vamos pra casa.— Me diz com um sorriso no rosto, tentando esconder a lágrima que teima com baixar de seus olhos.
"Meu Deus, como quis abraçá-la naquele exato momento." Mas por suposto, me detive ao final.
Ela sem me dar muita atenção pega as muletas debaixo da maca e me ajuda a levantar-me com todo o cuidado do mundo, como fez durante os quinze anos em que eu estive em estado de coma.
Sem querer perdo o equilibrio e meu rosto termina apoiado sobre o pescoço dela, com as minhas duas mãos no seu ombro. Sorte foi a minha que ela conseguiu segurá-me pela cintura, mas ao mesmo tempo azar meu por sentir o seu cheiro tão de perto.
"Por que me emociono tanto?"
— Por que me emociono tanto? — Deixo escapar em voz alta. Merda, necesito ter mais cuidado,pareço um inútil pervertido grudado nela.
— É normal.— me responde sem deixar de sorrir enquanto solta a minha cintura, e com carinho faz cafuné na minha cabeça.— Você vai poder sair daqui depois de tanto tempo e esforço com os seus próprios pés. Não me estranha que esteja tão emocionado.
—S-sim, talvez seja por isso.— revido confuso, o que faz ela olhar pra mim de maneira calculadora.
—Não me diga que está emocionado por haver sido abraçado pela mamãe. — fala soltando-me por fim e entregando-me as muletas.
—Não! — Esperneio zangado, ou mais bem envergonhado.
—É brincadeira.— Ela diz não muito segura de si mesma, ainda que eu saiba que fazia de propósito.
"Youkai." Penso de forma automática mas não chego a entender o porque. Então, me lembro de haver dito uma vez que ela nunca envelhecía, exatamente como um Youkai travesso.
— Satoru? Vamos!— Me anima a que comece a caminhar para fora daquele espantoso lugar chamado hospital.
Não foi necessário que dissesse uma segunda vez, eu já estava louco para sair dessa maldita prisão auto imposta.
— Sim mãe.— Me apoio nas muletas antes de seguí-la até a porta.
Mas é claro,algo não estava bem, sentía que no momento em que saísse desse hospital coisas más aconteceriam. Só não sabía que eu seria o causante da maior parte delas.
