Olá! essa é a primeira fanfic que posto, sempre gostei de escrever mas eu sempre fui muito protetora com minhas historias mas até que um dia eu li "There's a Light" da BellaDonnaCullen que foi postada aqui e me trouxe inspiração para escrever "Nunca distante do meu coração" e dessa vez mostrar a outras pessas no que eu estava trablhando. Espero que gostem! Twilight foi escrito por Stephenie Meyer.
Boa Leitura
As memórias continuam tão vividas em minha cabeça, como seu eu tivesse passado por tudo aquilo ontem. O cheiro de cigarro impregnado nas camisas, a sensação dos dedos frios passando pela minha espinhas, as madrugadas correndo por Londres sem destino. Era tão mágico, tão surreal! Eu estava vivendo fora da minha vida e era boba por pensar que isso tudo não teria um final, afinal naquele momento eu poderia ser tudo, mas também como num passe de mágica, eu seria nada.
Porém é claro que na minha cabeça de 17 anos eu não tinha a menor ideia disso.
Julho, 2007.
No verão de 2007 eu só fazia quatro coisas: comprar, dormir, beber e ser vista. Eu morava em Nova York, tinha 17 anos e tudo estava ao meu alcance. Eu estava no topo do mundo.
-Bella! BELLA, DESCE JÁ AQUI!
Era a voz da minha mãe gritando no interfone do meu quarto. Eu não tinha idéia de que horas eram ou muito menos que dia era. Eu só queria continuar na cama, deitada e enrolada nos lençois egípicios de seis mil fios e...
-ISABELLA MARIE SWAN, NÃO VOU GRITAR MAIS UMA VEZ!
Levantei da cama com toda a raiva do mundo, calcei o primeiro sapato que vi e marchei para fora do quarto, colocando o roupão no caminho. Assim que tentei por o primeiro pé no degral da escada desabei com tudo, quicando escada abaixo. Aconteceu que o primeiro sapato que vi pela frente era o par de Loubotin perigosamente altos, daquele que só se usa em um evento se for ficar a maior parte do tempo sentada. Parei nos pés da minha mãe que não estava com a melhor das expressões.
-Qual é o seu problema?
Ela me ajudou a levantar do chão de mármore frio, me examinando de cima abaixo.
-Temos um brunch hoje. Da Associação Filantrópica do MET ou você esqueceu? Ah, e onde você estava ontem a noite, mocinha?
Bufei e encarei o rosto clinamente modificado da minha mãe. Ela costumava ter pés de galinha e ser legal, mas quando nos mudamos para NY tudo mudou, eu mudei.
-Eu sai com o pessoal nada demais.
Passei a mão por meus cabelos sentindo uma pontada em minha cabeça. Ok, "nada demais" foi uma mentira; O plano era ficar no Plaza tomando Martines até nos cansarmos depois ir pra casa e domir até tarde pois estávamos em férias de verão e não estávamos nos Hamptons. Mas no final todos nós acabamos no Pinky Elephant passando nossos AmEX loucamente na cara das garçonetes e pedindo mais Don. Pelo menos até onde me lembro.
Nada mais que o normal.
-Tudo bem. Suba, faça alguma coisa nessa sua cara e esteja pronta em 30 minutos para irmos.
Subi as escadas massageando minha bunda, ficaria roxo. Catei os sapatos e os joguei dentro do closet sem olhar. Entrar na banheira e relaxar seria o ponto alto do meu dia, porque depois do Brunch -que eu ficaria a maior parte do tempo de óculos escuros enquanto todos falavam o quão deselegante foi meu ato, minha mãe iria tagarelar sobre o quão importante é entrar para um Ivy League e que eu deveria fazer mais cursos extra curriculares- iriamos na limo buscar meu pai no escritório e almoçar juntos no Le Cirque e então iríamos conversar mais uma vez sobre Ivy League e aulas avançadas, eu finjiria estar escutando, depois sairia no rompante para compras de última hora e último estress.
É.
Eu era babaca por pensar assim, esse Brunch imbecil da Associação babaca do MET, mudaria tudo.
Cheguei no Brunch de óculos escuros, vestindo pucci de verão e sapatilhas Chanel, de jeito nenhum usaria mais salto hoje, depois icidente na escada da cobertura.
Minha mãe comprimentou as mães das minhas colegas de escola, como se fossem amigas, digo, colegas, porque eu também não era amiga das filhas. Eu não conseguia confiar em ninguém, tinha um tipo de auto-defesa dentro de mim. Eu saía com elas, claro, falava mau de outras pessoas com elas, claro, mas era isso. Não conversava sobre meus problemas e não deixava ninguém entrar na minha semana, fim.
Sentei numa mesa com Jessica e Angela enquanto nossas respectivas mães se juntavam em outra mesa. Todas nós de óculos escuros, parece que ontem não fez bem a ninguém.
-Meu Deus minha cabeça vai explodir. E meu cabelo parece que foi lavado com shampoo de laranja. -Jessica Stanley falou para mim e Angela Weber.
-Só a sua? Eu mal consigo olhar para o sol, mesmo com os óculos. E estou com olheiras horrendas, parecem duas bolsas Balenciaga. -Angela falou logo em seguida.
-Eu cai da escada hoje.
Falei para ninguém em especial.
-OH meu Deus, Bella! Você está bem? -Jessica exclamou finjindo preocupação.
-Ah tudo bem, acho que vou ficar com um hematoma na bunda...
Ela e Angela deram risinho enquanto eu pegava outra mimosa da bandeija do garçom.
E foi nesse momento que eu senti o ambiente ficar tenso, eu sempre sentia uma mudança, eu observava demais em tudo, eu poderia me esconder nessa capa de superficial e cretina, mas ninguém me conhecia na verdade, as vezes nem eu me conhecia.
Sussuros tomaram a sala de chá, pessoas olhavam para mim enquanto a Page Six passava de mão em mão, e quando finalmente alcançou a nossa mesa, estava lá em letra cursiva "ISABELLA SWAN, HERDEIRA DO IMPÉRIO FARMACÊUTICO SWAN É CLICADA MAIS UMA VEZ SENDO A SENSAÇÃO DA NOITE NOVA IORQUINA" e lá estava eu, com o Herve Leger laranja e preto dançando em cima do balcão do Pinky Elephant. Eu tinha uma garrafa de Don na mão e uma platéia delirante.
Merda.
Senti o olhar raivoso da minha mãe do outro lado da sala, se ela tivesse olhar de laser eu já estaria morta com um buraco na cabeça e foi assim, com esse strike final da imprensa que fui mandada para um colégio interno no Interior da Inglaterra.
Novembro, 2010- Não vai ser tão fácil quanto eu pensei.
Me lembro como hoje, quando ele sentou naquele banco de madeira molhado, no jardim privado de nossa casa em Notting Hill e tocou Jolene para mim. Dedilhou os dedos no violão como se estivesse passando a mão em um tecido, de uma forma tão cadente e cuidadosa, da mesma forma que fazia com meu corpo. Mas como passar isso tudo para o papel? Eram tantos sentimentos, sensações e descobertas que eu ficava super lotada de informações e sem nenhuma ideia de como expressá-las.
Eu estava apaixonada, estava perdidamente apaixonada por ele. Por sua voz grossa e firme, sua barba por fazer, suas mãos que foram feitas para meu corpo e eu estava no céu, pensava que estava na melhor época da minha vida. Tudo bem, olhei para a página do meu caderninho, me pus a escrever e tudo começou a correr num fluxo rápido de palavras e adjetivos. De repente notei gotas caindo na página rabiscada, eu estava chorando. Olhei em volta do café para ver se alguém tinha notado, um funcionário bonito estava me olhando e quando notou que eu o encarei também deu um sorrisinho, ri sem pensar, era bom saber que apesar de tudo eu ainda chamava atenção do sexo aposto. Acho que após a perda de algo muito importante, você se sente um nada, um lixo, como eu me senti: letárgica, parada no tempo, esperando que tudo voltasse ao normal num passe mágica. Mas eu estava acordada agora e iria contar ao mundo essa história. A nossa história.
Agosto, 2007.
Eu não estava acreditando que iria passar dois anos da minha vida morando na escola, que eu iria estudar no fim de mundo, na Inglaterra. Mas lá estava eu, descendo da Limosine em frente ao The Royal School for Girls. O prédio enorme me lembrava alguma biblioteca antiga que havia em nova York, me sentia um lixo, chovia no meu casaco Burberry e parecia que eu eu não ia me enturmar. O dia de Boas Vindas tinha sido ontem e eu fiz tanta birra e tomei meu último porre antes de vir pra cá, tirando a parte que eu ia conviver com ingleses , o fato da Escola ser só pra meninas não me abalou. Minha escola anterior também era, porém o fato de que as meninas seriam inglesas me deixou muito intimidada. Vieram alguns funcionários para recolher minhas malas Vuitton e a Limo arrancou me deixando lá, segurando minha bolsa baguete Chanel, o cabelo já colando no rosto de tão molhado.
-Oh meu Deus! Senhoria Swan, ninguém te trouxe um guarda chuva?
Uma mulher de pelo menos 40 anos veio andando em minha direção com um guarda-chuva preto enorme e se colocando ao meu lado, me abraçou e caminhamos para dentro da antiga mansão. Além de frio, eu sentia um torpor ridículo, como se meu corpo e minha mente estivessem em negação ainda. As imagens do mês anterior ficavam indo e voltando em minha mente, o momento que minha mãe se levantou andou até mim e me agarrou pelo braço gritando: "ESSA FOI A ÚLTIMA VEZ ISABELLA! NÃO POSSO MAIS SUPORTAR A SUA REBELDIA, E SUAS FARRAS CONSTANTES!" , enquanto me empurrava para fora da casa de chá, entrávamos na limo e ela continuava a gritar dizendo o quanto eu a decepcionei e que nem tudo girava em torno de mim. Mas era exatamente isso: ser filha única era minha doença, me tornou mimada, egoísta, dependente e solitária.
A partir do momento que minha familia se mudou de Forks, uma cidade minúscula na costa de Washington onde chove a maior parte do tempo e todo mundo conhece todo mundo, a cidade era pequena demais pra expansão da empresa Farmacêutica do meu pai, Charlie Swan. Reneé e Charlie eram pessoas muito diferentes, até nos mudarmos para Nova York e morarmos numa cobertura gigante na Quinta Avenida. Eu quase não via meu pai, e a pessoa que morava comigo com certeza não era a minha mãe, aquela era Reneé Swan, socialite de Nova York, dona de grandes Projetos Filantrópicos ao redor do mundo e espelho da burguesia Nova Iorquina, e então existia eu, Bella Swan, uma das garotas mais desejadas e mais cretinas da Constance Billard School for Girls e a mais festeira é claro.
Dentro da casa era tudo muito clássico e de madeira, um teto alto com um lustre de Cristal pendendo perigosamente como se fosse cair no meio do foyer. Minhas malas estavam sendo levadas para um corredor adjacente e parecia, pelo barulho, que estavam as puxando escada acima. Me virei para olhar a mulher que ainda estava ao meu lado fechando o guarda-chuva.
-Seja bem vinda a nossa Instituição Senhorita Swan! Sou Esme Cullen, direitora da The Royal, espero que sua estádia aqui seja muito instrutiva e confortável, somos uma grande familia que lhe acolherá de braços abertos.
Esme Cullen era linda, não posso negar. Vestida num terninho bem cortado, azul e saia lápis branca, era ela a melhor propaganda que a instituição poderia ter, era impossível não sorrir para ela, mesmo que eu estivesse me sentindo tão miserável naquele momento.
-O seu dormitório será divido com mais duas meninas. Lhe levarei até lá, agora está acontecendo a primeira Reunião do ano letivo na capela da ala leste da escola, todas as alunas estão lá. Assim que terminar de se instalar e por o uniforme se junte a nós, tudo bem?
A essa altura tínhamos chegado ao andar de cima, onde era o meu dormitório. Era um lugar pequeno, comparado ao meu quarto em Nova york, tinha três camas, três janelas, três mesas e três baús aos pés de cada cama. Fiz careta para aquilo tudo, pelo menos tinha um banheiro por quarto. Esme saiu do quarto me deixando sozinha, parecia que todos costumavam me deixar sozinha em algum ponto, talvez eu ajude nisso, me fecho para as pessoas e além do mais eu não falei uma palavra sequer com ela. Esme já deveria me achar antipática.
Entrei no quarto sentando em uma das camas vazias perto do banheiro, continuava a chover forte lá fora, batento na janela de vidro e madeira. O quarto cheirava a novo, lençóis e cortinas novas, chão recém enserado...mas estava vazio. E eu estava lá, sozinha. Fui ao banheiro do quarto, que era grande e todo branco, tirei o casaco encharcado, a calça jeans, as botas, a camisa e entrei na água quente da banheira e chorei.
Agosto, 2008 - Incrivel como banheiras são marcos em minha vida.
Ele espalmou a mão em minhas costas, passando lentamente pela minha espinha até chegar na altura do bumbum, me fazendo rir. Olhei para seu rosto que sorria ternamente para mim, aqueles olhos verdes cintilando no sol da manhã.
-Bom dia flor do dia...
Edward sussurrou em meu ouvindo.
-Hmmmmm...
Levantei minha cabeça para beijá-lo, parecia que o mundo parava quando eu estava o beijando, sei que é clichê, mas era assim que eu me sentia. Flutuando, como se os lençóis brancos fossem nuvens e tudo que existia era meu corpo nu enrolando lentamente em seus braçoes fortes. Ficamos lá, nos beijando até minha barriga faminta e incoveninente roncar nos fazendo rir durante o beijo.
-Tudo bem, hora do café da manhã senhorita Swan.
-Aaaah, vamos ficar aqui na cama para sempre e viver de amor!
Sugeri o fazendo rir e me enrolar nos cobertores, como se eu fosse um rolinho primavera, me colocar nos ombros enquanto descíamos para o primeiro andar, rindo.
-Essa é uma boa ideia, mas nem sempre amor alimenta...
Edward me pôs sentada no balcão de mármore, eu ainda estava totalmente nua e enrolada nos lençóis egípicios que compramos juntos na House & Co., e estava entrando aquele vento frio da manhã de Londres pela janelinha acima da mesa de jantar me fazendo arrepiar de frio e também porque Edward parecia tão delicioso naquela calça de moleton e camisa do The Smiths, não era justo.
-Bom, amor alimenta o coração. -Falei me enrolando mais ainda nos lençóis.
-Mas não a barriga. O que vai querer hoje?
Edward tinha encostado ao meu lado e passava a mão nos meu cabelos.
-Croissants, latte e você. Mas sem croissants e Latte.
Ele riu me carregando e subindo a escada de novo, nenhum de nós dois queria comer mesmo, nós simplesmente não nos cansávamos um do outro. Acabamos na banheira conversando sobre tudo, sobre o que ele tinha ouvido no trabalho ou os livros novos que chegaram na livraria. Eu massageava seus ombros, enquanto ele falava de mim, de como ele não queria sair dali nunca. Assim como eu sugeri ficarmos na cama para sempre, ele queria ficar na banheira para sempre, então decidimos revezar entre os dois, e juro, para mim estava de bom tamanho, eu poderia só viver dele. Para sempre.
Agora é o momento dos agradeçimentos, obrigado a você leitor por ter acomphado o meu "debut" no mundo das fanfic, uma review seria pedir demais? estou doida para saber o que vocês acharam! um obrigado e um eu te amo, para Jeniffer Rebelatto, minha maravilhosa Beta e maior entusiasta dessa historia e para Thamyris Soares, minha conselheira de todas as horas, Deus abençoe a paciência de vocês!
Reviwes? haha
Até o próximo capítulo!
