Michel teve um pequeno acidente com sua companheira, Brisa (Breeze). Ela apenas descobriu a verdade que o belo médico ocultava... O fato da irmã que ele ama incondicionalmente ter sido uma das médicas que trabalharam para a MERCILE... E que ele veio trabalhar para a ONE, em busca de informações sobre ela.
Marisa está fugindo a oito anos, o único plano que possui em mente, é sobreviver a mais um dia, para quem sabe, em um futuro, que espera não ser tão distante, poder dormir todas as noites sob o mesmo teto que seus filhos gêmeos, que foi obrigada a dar, para que eles conseguissem viver. Mas seu sonho é sempre adiado, pelo conhecimento que seu marido, deseja lhe matar, por ela ter tido a coragem de ter feito algo imperdoável.
O nova espécie Vingança (Vengeance) vê em Marisa muito além da postura arrogante e debochada que mostra ao mundo e simplesmente não vai deixá-la ir tão fácil, mas... Ele continuará em seu ponto de vista quando descobrir toda a verdade?
prólogo
329 estava sentada em um canto da cela, seus olhos vagando. A fêmea tinha em torno de uns catorze, quinze anos, já havia passado pela fase do crescimento rápido da puberdade. Naquele momento, queria estar morta... Queria estar longe dali, as lagrimas que havia derramado, já haviam secado em seu rosto.
Ela não conhecia outro tipo de vida, a não ser dentro daquela cela. Ela estava com tanto medo... Abraçava-se quando uma porta se abriu. Entrou uma mulher morena, baixinha, que segurava uma pasta. 329 não precisou se esforçar para perceber a raiva que emanava da mulher, que entrou resmungando, a voz claramente furiosa.
– Bastardi, figli di una cagna, demoni, non perdono da aspettare* ...
A mulher parou encarando-a alguns segundos, antes de aproximar-se. O tom de voz, continuou baixo, e ao dirigir-se a adolescente, perdeu a raiva.
– Desculpe. Kayle me ligou ontem a noite, me contou apenas o que aconteceu. Quero que voce me diga, quem foi.
A mulher largou a pasta no chão e aproximou-se com decisão da femea adolescente, que rosnou quando estava a cerca de cinco passos dela.
– Eles só fizeram isso por que voce não estava aqui! – 329 acusou a mulher, que respirou fundo, antes de sentar-se no chão. A mulher passou os olhos pela figura da menina, antes de falar.
– E os filhos da puta, pode ter certeza, 329, que eles vão pagar. E muito caro. – a mulher, respirou fundo. – Posso lhe abraçar, bambina*?
Ambas ficaram-se olhando por alguns instantes, até que a adolescente praticamente se jogasse nos braços da mulher mais velha, que a abraçou e começou a embala-la, como a um bebê, apertando-a fortemente.
– Escute bem, porque não vou conseguir falar outra vez.- a mulher falou no ouvido da adolescente. - Voce vai ser trocada de instalação. Estou fazendo o possível para ir junto no transporte, mas não sei se vou conseguir...
A mulher apertou a adolescente que tinha nos braços, mais fortemente, indicando-lhe que não havia terminado.
– Se eu conseguir... não vai ter problemas para o que estou planejando. Ao mesmo tempo, se eu não for, estou pegando gente minha, tentando botar nessa transferência... Neles, voce pode confiar... Especialmente se eles tiverem os meus olhos e se disserem que a Isa mandou eles cuidarem de você. Entendeu?
A mulher afastou-se da adolescente, enquanto os olhos verdes escuros faiscavam.
– Tudo vai ficar bem, 329. Eu lhe prometo. Tudo vai ficar bem.
