Capitulo 1
Tudo tem um inicio
Os últimos raios de sol apontavam nas montanhas que rodeavam o santuário da Deusa Athena, um local que muitos diziam não existir, outros falavam que era uma lenda urbana contada pelos gregos para atrair turistas, mas para muitos aquele era seu lar, ou o de heróis que lutavam contra Deuses malucos que tinham a mania de querer dominar o mundo.
Na sétima casa, seu guardião estava dando os últimos retoques no cabelo. Sentia que a noite prometia, afinal era um open bar nas costas do pisciano, ainda ria sozinho ao lembrar que Haku iria pagar tudo devido à aposta feita com Arashi sobre quem conseguia beber mais sem cair.
- E pensar que o Haku acreditou que poderia superar o Arashi, nem o Ruisu que é mais doido faria uma aposta dessas – falou o libriano sozinho.
O guardião de Libra terminava de se arrumar, vestia um baby look preto com o desenho de um Dragão prateado cobrindo toda a extensão das costas, uma calça jeans desbotada de cintura baixa que deixava a mostra o elástico de uma cueca vermelha, nos pés um nike azul escuro com alguns detalhes vermelhos completavam o visual.
Arkhyos era um homem atraente, com pouco mais de 1,75m e olhos castanhos, o homem estava na flor da idade com seus 20 anos, o cabelo, da mesma cor dos olhos, era curto e de um estilo todo próprio, fora isso ele ainda tinha um corpo de dar inveja a muitos.
O pupilo de Dohko saia do quarto acertando um pingente em forma de espada com dois dragões enrolados em torno dela. Apesar de estar em cima da hora, ele não tinha pressa, caminhava tranquilamente, afinal sabia que seria o cavaleiro de Leão quem atrasaria o grupo.
Os pés mal tocaram a saída de Libra quando um homem cruzou seu caminho, o dourado não precisava que o outro dissesse qualquer palavra, ao ver um dos mensageiros do santuário ele já sabia que sua noite seria bem diferente do que ele imaginara.
Vila Rodorio...
Rodório, a vila próxima a santuário era uma das maiores da região. Apesar do anoitecer, muitos dos comerciantes ainda mantinham suas lojas ou barracas abertas. Esse era o caso de uma garota que estava em uma barraca de frente para uma das mais conhecidas floriculturas da vila "O Jardim de Albafica".
A vendedora era de aparência exótica, com cabelos brancos compridos até a base da cintura que formavam cachos grandes. A franja caia insistentemente sobre os olhos azul escuro. Para proteger a pele branca ela usava um chapéu grande.
Ela já estava para começar a recolher os materiais, começando por um brinco feito com pena de águia e algumas pedras de certo brilho, quando uma mão feminina lhe deteve.
- Desculpe, mas eu preciso deste – dizia a mulher com cara de pidona.
Não era exatamente uma mulher, mas sim uma jovem, devia ter por volta de 18 anos, altura de mais ou menos 1.70, longos cabelos negros que caiam pelas costas tocando as nádegas.
A vendedora via que a garota tinha quase a mesma idade que ela, sendo que a mesma estava na casa dos 19, a outra era pouca coisa mais alta, coisa de uns cinco centímetros. Os olhos verdes da compradora eram pidões e a pele branca estava um pouco vermelha, provavelmente pelo sol grego que castigava naquela época.
- Moça, posso levar? Você ainda esta nesse planeta?
- Hã? Desculpe claro que pode, sou Uriko Fisher – disse a vendedora de repente.
Segundos depois ela se arrependeu, apesar de não estar vivendo seus melhores dias não era motivo para deixar o desespero consumi-la. Ela pretendia se retratar quando ouviu uma resposta ao seu comentário.
- Prazer, sou Meijin Gaisha – respondeu a garota.
- Meijin, vamos logo, odeio sair com você por isso, não pode andar sem querer comprar alguma coisa – disse um homem surgindo das costas dela.
O homem era bem parecido com ela, mesma idade, mesmos traços, mas a altura era claramente diferente, ele devia ter quase 1,85m, o cabelo era curto e castanho, a pele bem mais bronzeada e o corpo claramente de alguém que havia treinado para ser cavaleiro, porem o que chamava a atenção nele eram os olhos negros e pacíficos.
- Asashi Gaisha, se abrir a boca de novo irei mata-lo cruelmente e beber o seu sangue depois – ela disse se virando para ele com um olhar de quem não estava brincando.
O jovem engoliu em seco, conhecia bem aquela mulher e de uma coisa tinha certeza, esse tipo de promessa não era das que ela sequer pensava duas vezes antes de cumprir.
- Senhorita Meijin – chamou a vendedora.
- Sim - respondeu a amazona com um sorriso infantil.
- Vai levar a peça realmente?
- Claro – ela respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Fora isso mais alguma coisa?
- Não sei, preciso que me mostre tudo, fazia tempo que não encontrava coisas que me chamassem a atenção assim.
Por um momento um sorriso tímido se formou na face dela, apesar da má fase de vendas parecia que naquela tarde que não tinha vendido nada algo lhe dissera para ficar um tempo a mais e agora iria tirar mais dinheiro em um dia do que na semana inteira.
Asashi acabou por desistir de tentar dizer mais coisas, era óbvio que só sairiam dali quando ela acabasse, por isso foi até a fonte que ficava atrás da barraca e se sentou na mesma, seria uma longa espera.
- Aquele ali você tem? Com essas pedras? – Meijin perguntou após meia hora escolhendo coisas.
- Esse não, mas se quiser pode deixar encomendado e eu as entrego na próxima vez que vier.
- Pode ser, então vão ser esses ai.
A vendedora possuía três colares, cinco brincos e oito pulseiras na mão. Ela rapidamente fez a soma e deu o preço de tudo. A jovem retirou sua carteira e pagou as compras já buscando o homem com o olhar.
- Até mais ver, Uriko.
Chegando junto ao acompanhante, este se levantou e ambos se encaminharam para a direção do santuário. Ela sabia que o pai devia estar preocupado, mas naquele dia poderia voltar para casa menos abatida, enfim as coisas pareciam poder melhorar.
Santuario de Athena,
13º Templo...
O salão do décimo terceiro templo estava no escuro, a porta acabara de se fechar e a passos lentos um homem vestindo armadura de ouro caminhava rumo ao trono onde estava sentado o Grande Mestre.
- Sei que não é hora, mas aprecio sua rapidez em atender ao meu chamado, Arkhyos de Libra.
O guardião da sétima casa deixou um dos joelhos tocar o chão enquanto que o outro se dobrou apoiando o corpo. Fazendo uma reverencia, ele voltou sua visão para a figura que estava em pé ao lado do trono do patriarca.
- Em que posso servi-los?
- Arkhyos, eu tenho uma missão para você – disse Saori.
A jovem que era a reencarnação de Athena olhava diretamente para o cavaleiro, já era a quarta vez que tinha aquela conversa, mas mesmo assim continuava achando difícil explicar os detalhes.
- Ficarei satisfeito em aceitá-la e cumpri-la.
Athena passava um dos dedos entre as melenas lilases e enrolava um pouco do cabelo em torno do dedo indicador, para depois soltar o cabelo, respirar fundo e começar a falar.
- Preciso que assuma o papel de mestre... Está vindo um jovem ao santuário que quero que você treine.
Por um momento ele ficou sem falar, em outro sentiu vontade de rir, todavia no fim das contas a feição da Deusa não deixava duvida quanto à seriedade das palavras dela.
- Me perdoe Athena, mas não me acho muito indicado para esse tipo de coisa.
- Arkhyos, eu analisei com cuidado tanto mestres como aprendizes e escolhi aqueles achei mais adequados.
- Fora o meu aspirante terá outros?
- Sim, mais três.
- Entendo, e quando ele chegara?
- Amanhã.
- Tão cedo, eu nem tive tempo de preparar nada.
- Não se preocupe, apenas esteja amanhã as nove da manhã no aeroporto para busca-lo.
- Sim.
- Agradeço a sua presença.
O dourado fez uma reverencia e se levantou. A cabeça estava cheia agora, não conseguia se imaginar treinando alguém, todavia conseguia achar alivio em saber que teriam outros na mesma posição e que poderia trocar experiências com eles.
- Quem mais será que vai assumir papel de mestre?
As perguntas só aumentavam, contudo tinha um compromisso e mesmo que não estivesse totalmente com cabeça para isso ele pretendia ir junto com os outros, nem que fosse para apenas esquecer-se das coisas.
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Na entrada das doze casas dois homens aguardavam. Um estava sentado em uma pedra, esse se vestia com uma camisa semi-aberta de tom verde musgo com manga três quartos, nas pernas uma calça puída de tom escuro, entre preto e azul petróleo, e um sapato Sport preto.
- Haku, que horas nós marcamos mesmo?
O homem que perguntava possuía dezenove anos, altura mediana, em torno de 1,80m, pele branca, longo cabelo dourado que naquele momento estava preso em um rabo de cavalo baixo, o corpo não era ao definido, mas não deixava nada em desejar e para completa-lo havia também aqueles olhos azuis extremamente provocantes.
O companheiro dele estava encostado em uma pilastra. Ele vestia um baby look branco onde duas rosas, uma azul e uma vermelha, se cruzavam. O pisciano usava um jeans azul mais claro lavado na coxa, nos pés um tênis branco com detalhes dourado.
- Se não me engano era pra ser as vinte pra sete pra fazermos um esquenta.
Aquele que respondeu era um dos mais cobiçados entre os cavaleiros de ouro, diziam ser tão belo quanto seu antecessor, que, devido a sua beleza, se auto-intitulara com o nome da Deusa dita a mais formosa, Afrodite era o nome adotado pelo antigo cavaleiro de Peixes.
Haku era um homem caucasiano de dezenove anos, a altura era igual a do companheiro, as melenas deste eram de um loiro mais pálido, o que evidenciava seus olhos azuis gentis.
O Capricorniano baixou os olhos até um pequeno relógio de prata que repousava em seu pulso esquerdo. Os ponteiros em forma de espadas marcavam exatamente sete e dez, fazia meia hora que deveriam estar todos ali.
- Por falar em atrasos veja quem esta descendo – falou Peixes.
Do alto das escadarias duas pessoas desciam, ainda estavam praticamente na saída da primeira das doze casas, contudo já era possível visualizar suas silhuetas.
A primeira era uma mulher na casa dos vinte anos, com longos cabelos negros que lhe caiam até a altura das nádegas, era ligeiramente mais alta que o companheiro, mesmo quando estava sem salto, apesar de não ser o caso naquele instante já que calçava um scarpin preto com salto de quase dez centímetros.
No corpo de curvas bem salientes um vestido tomara que caia preto, que valorizava bem a pele clara e os olhos cor de mel. Ao longe o brilho dos brincos chamavam atenção, no primeiro furo da orelha um par pendia na cor prata com ametistas na ponta, enquanto que o segundo furo de cada lado carregava uma pequena Águia de ouro.
Caminhando ao lado dela estava um dos homens que os outros dois aguardavam. Ao longe os típicos cabelos loiros bagunçados não deixavam duvidas, acompanhando a mulher estava o pupilo de Aiolia, Ruisu o cavaleiro de Leão descia pela escadaria que dava acesso ao templo de Áries.
Os olhos verde acinzentado do leonino eram intensos, fosse outra mulher e talvez se sentisse incomodada com o olhar dele, mas a que caminhava a seu lado já havias acostumado a isso. Ele era um pouco mais baixo que a acompanhante com pouco mais de 1,80m. O corpo era bem trabalhado o que ajudava a regata baby look dele a chamar a atenção.
A camiseta era de tom escuro, algo perto de um azul petróleo, nas costas um habitual kanji. Nas pernas um jeans azul escuro com vários rasgos e protegendo seus pés um tênis preto com detalhes prateados.
O casal descia tranquilamente até chegar junto aos dois dourados, pois ao chegarem ali o guardião da décima casa se levantou e colocou a mão sobre o peitoral do outro o segurando.
- Não acha que esta um pouco fora de hora, Leão?
- Tive alguns problemas no caminho, Arashi.
- Posso ver.
- A Liz não tem nada haver com a minha demora, eu apenas a encontrei quando passava pela casa dela.
- Exato – disse a amazona tomando a palavra – eu estou indo para um lugar e vocês para outro, então não comecem a imaginar demais – disse a amazona e saiu caminhando de forma provocante.
- Se ela não foi seu motivo, diga-nos qual foi – disse o sucessor de Afrodite se pronunciando.
- Mesmo que não acreditem eu estava preso em casa para resolver um problema.
- E podemos saber qual foi? – inquiriu Arashi.
- Amanhã é a rematricula da Anya e nem eu nem a Nick temos ideia de onde eu tinha colocado a papelada.
O cavaleiro de Peixes deu risada da situação, conhecia bem o leonino para imaginar o mesmo desesperado procurando pelo envelope, enquanto a amazona de Taça reclamava da irresponsabilidade dele.
- Ta certo, ta certo, vou fingir que acredito pra não ser obrigado a descarregar minha irritação em você – disse o capricorniano.
- Agora falta o Arkhyos – disse Haku.
- Acho que ele não vira ao encontro de vocês – falou uma mulher vinda das costas deles.
- HELLLLLLLL – gritaram surpresos em uníssono os três.
- A única – ela respondeu.
Sextante, a amazona a frente deles uma mulher de quase 1,75m, com longos cabelos verdes e pele branca, contudo apesar de seus atributos físicos era um acessório que mais chamava a atenção nela.
Diferente da maioria das amazonas ela utilizava mascara. Desde que a nova geração de cavaleiros surgiu que o uso de mascara pelas amazonas foi deixado como opcional, todavia ainda havia pelo menos duas que as utilizavam, eram essas Sextante e Taça.
- As estrelas que te disseram, ó grande oráculo? – perguntou ironicamente Arashi.
- Claro – ela respondeu no mesmo tom irônico.
- Hell, por favor, o estamos esperando – falou Peixes se aproximando da amazona.
O cheiro de rosas que era exalado do pisciano por um momento abalou a mulher, era difícil de lidar com os cavaleiros quando estes se arrumavam para sair, mas ela não do tipo que caia em tentação, pelo menos não tão fácil.
- Passei um pouco mais cedo na sala do Grande Mestre, e quando descia para ca no começo da noite encontrei Libra. Depois de uma rápida conversa fiquei sabendo que ele tinha uma reunião com Athena.
- Devemos espera-lo? – perguntou o leonino.
- Não será preciso – disse uma voz masculina vinda de Áries
Descendo as escadas o sucessor de Dohko chegava no exato momento em que Ruisu expunha o questionamento. O dourado não parecia tão empolgado quanto normalmente estaria, mas se ele pensava que conseguiria esconder estava redondamente enganado.
- Você tem dez segundos para explicar o porquê de nós termos de ficar plantados te esperando – disse Arashi.
- Fui convocado por Athena – respondeu Arkhyos.
- Não me venha... – antes que ele acabasse de falar Haku cortou o capricorniano.
- Você também.
- Então você é um dos outros.
- Nem sabia que teriam outros mestres no santuário – disse o pisciano com cara de surpreso.
- Pera ai, então vocês dois vão treinar aspirantes? Por que eu fiquei de fora? – questionou o leonino.
- Razões óbvias – disse o guardião de Peixes com um sorriso maldoso.
- Haku – disse Ruisu em tom de aviso.
- As moças podem parar com essa putaria, que o esquenta já foi quase pro buraco, daqui a pouco temos de dar as caras no "Caixa de Pandora".
- OK – os outros três disseram em uníssono.
O capricorniano não era do tipo estressado, mas eles sabiam que havia dias que ele estava de sangue quente, afinal todo espanhol tinha essas manias e não era hora de arriscar uma Excalibur.
Os quatro saiam da entrada do santuário rumo ao local onde Saori mantinha os carros usados pelos cavaleiros quando em situações do cotidiano. Afinal todo mundo é humano e ficar se aparecendo não era bom para o santuário que precisava permanecer oculto do resto do mundo.
Enfermaria...
- Nick, muito obrigado mesmo, de coração eu não sei o que faria sem você.
A mulher que falava vestia roupas médicas, mais especificamente de enfermeira. Era baixinha tendo por volta de 1.55m, cabelos loiros e cacheados ate os ombros, olhos verdes, pele clara e estava meio gordinha.
- Que isso senhorita Kiyanna Sa... Sajh... Sajhnetr – a outra dizia se atrapalhando com o nome.
As duas riam. Eram amigas desde que Kiyanna se mudara para o santuário a pedido de Saori. A mulher já estava com 28 anos, e fazia apenas dois que havia chego ali, mas logo conhecera Nicolle a amazona de Taça que até então era a principal fonte de cura do santuário.
- Como conseguiu juntar tanto serviço, Kiya?
- Você sabe, eu fico tão focada nos pacientes que esqueço que tenho que dar baixas, acertar a compra dos remédios, marcar exames, requisitar materiais, esse monte de coisa.
- Mesmo assim, você devia falar com a Saori, ela com certeza te daria um ajudante.
- Não, sem problemas eu não quero incomoda-la, ela é muito gentil comigo e esse lugar é pequeno, tenho certeza que posso cuidar sozinha – a enfermeira falava gesticulando desesperada.
- Não precisa ficar nervosa, é normal precisar de ajuda, ninguém levanta um castelo sozinho, é preciso que todos se ajudem para que isso seja possível.
- Sabe Nick, até que seria legal ter mais alguém aqui, não por causa do trabalho, mas por que é bem solitário passar o dia sozinha.
- O que esta dizendo? Eu venho sempre aqui, esta tentando me excluir? – Taça disse com os olhos cerrados.
- Você entendeu errado, você e os pacientes são a minha companhia, mas tem dias que graças a Zeus ninguém se fere, e é nesses dias que eu gostaria de ter alguém junto para conversar.
- Se tivesse dito eu viria com mais frequência.
- Não, você tem suas obrigações, sua casa e a Anya e o Ruisu.
- Seguinte, não quero te ver assim tão com cara de me adote, amanhã você almoça la com a gente, vou falar pro Leãozinho fazer algo especial.
- Nick, por favor, eu não quero atrapalha-los nem fazer vocês mudarem a rotina por minha causa, imagina eu ficar atrapalhando vocês – ela disse novamente gesticulando desesperada.
- Kiya, se você não aparecer para o almoço amanhã eu vou ficar chateada, e pior ainda, o Ruisu vai reclamar de eu ter feito ele mostrar os dote culinários – a amazona disse dando risada.
- Não serei um estorvo mesmo?
- Olha pra minha cara de quem esta brincando.
- Mas você usa mascara – a outra disse de forma inocente.
- Desculpe, às vezes esqueço que você não entende bem quando falo dessa forma, mas acredite será um prazer recebê-la.
-Por Athena, olha só a hora e eu te segurando aqui, se quiser ir eu termino aqui você já me ajudou bastante – a enfermeira disse apontando para um relógio pendurado na parede.
- Esquece eu vou ficar, não estou nem um pouco a fim de sair ou de ficar em casa, prefiro passar a noite junto de uma amiga.
As duas continuaram conversando enquanto iam revendo a papelada, não que imaginassem que dariam conta, mas tudo só termina se tiver um começo e as pilhas de papel não sumiriam sozinhas.
No dia seguinte,
Casa de Leão...
Era a quinta vez que ela tentava acorda-lo, mas parecia que seria uma nova tentativa falha. A garota estava desistindo, era hora de medidas drásticas, afinal eles já estavam ligeiramente atrasados.
A menina aparentava ter uns oito anos, tinha longos cabelos loiros de mesmo tom do homem que dormia, os olhos eram azuis, era baixinha para sua idade tendo por volta de 1,10m.
Um sorriso matreiro surgiu em seu rosto minutos antes de lançar um copo cheio de água na cara do loiro.
- Hã?...O que?...Onde? – ele levantava totalmente desnorteado.
- A gente ta atrasado maninho.
- Atrasado, mas ainda é cedo Anya, quer ver? – ele disse se virando para o despertador.
- Na verdade não, Ruisu ela disse vendo-o cair da cama ao ver a hora.
- Por que me deixou dormir tanto? Já é quase nove horas, era pra gente estar la as oito! – disse o leonino.
- Eu tentei te acordar, mas não consegui.
- Vai se trocar e me espera na porta da casa, dois minutos só.
- Eu já to trocada – ela respondeu olhando para ele.
A menina vestia uma saia florida que caia até abaixo do joelho, uma sandália, e estava com o cabelo trançado.
- A Nick me arrumou, e disse para não deixar você perder a hora.
- E onde ela esta? – o leonino perguntou colocando uma camiseta vermelha sem estampa.
- Foi treinar é claro – ela respondeu como se fosse à coisa mais óbvia do mundo.
- Claro, eu ia fazer a rematricula e ela ia pros treinos, vou só me lavar me espera na entrada da casa.
A menina saiu do quarto e fez como ele havia dito e incrivelmente um minuto depois o leonino chegava pronto, com um shorts de tactel preto e um tênis branco.
- Vamos.
O pupilo de Aiolia deixou que a irmã subisse em seus ombros e se pos a correr. Sabia que não podia exagerar, mas ultrapassar um pouco os limites não faria mal.
Em pouco mais de dez minutos eles foram de Leão até a escola que ficava em Rodório, estavam quase entrando quando algo cruzou o caminho deles e sem tempo para parar totalmente Leão trombou.
- Ai – reclamou uma mulher ao ser jogada ao chão.
O homem conseguiu se manter em pé e ainda segurar Anya que fora lançada para frente. Abaixo deles uma mulher estava caída e não parecia estar cem por cento depois da trombada
- Me perdoe, eu não a vi – disse o leonino estendendo a mão para ajudar a mulher a se levantar.
A mulher aceitou a mão oferecida e se levantou, era baixa tendo por volta de 1,60cm, com rosto de traços fino e delicado, nariz fino e levemente arrebitado, com lábio finos e rosados.
- Se machucou muito? – o leonino perguntou preocupado.
Os olhos grande e levemente puxados na cor azul claro olhavam para o homem a sua frente e mesmo que ele a tivesse lançado longe ela jamais diria alguma coisa a um Deus grego como ele. A pele alva ficava levemente enrubescida com a preocupação a si dada.
- Não, foi apenas o susto do choque não se preocupe.
Com uma das mãos ela ajeitou o cabelo de tom azul gelo atrás da orelha. Os fios lisos desciam compridos até a altura da cintura, e a franja cobria levemente os olhos.
- Me perdoe pelo susto e por não ficar e garantir que esta bem, mas estou um pouco atrasado para a rematricula da minha irmãzinha aqui – ele disse apontando para a menina em seus ombros.
- Oi – disse Anya.
- Ola, mas se esta indo eu posso ajuda-lo com a rematricula, sou professora de artes.
- Sério, seria ótimo já que vou levar bronca pelo atraso – o leonino disse passando uma das mãos na nuca.
- Sou Sophia Techni e você?
- Sou Ruisu Armansak.
Ela vestia uma blusa de manga levemente bufante, com elástico nas laterais o que fazia enrugar aquela parte, também tinha uma saia rodada até um pouco acima do joelho em seu corpo, e uma sandália branca delicada.
Os dois caminharam lado a lado conversando sobre a escola, a menina por sua vez fazia cara de quem não queria ficar ouvindo aquilo, porem não havia escolha e por isso ficava emburrada o caminho todo.
Os dois caminharam conversando até a frente de uma sala, nesta uma mulher estava sentada em frente a uma mesa, nas mãos um romance que o sucessor de Aiolia não conseguiu reconhecer, mas pela capa ele tinha certeza de ser algum romance.
- Aquela ali é a mulher que esta responsável pelas matriculas, boa sorte, Ruisu.
Ele deixou que a menina descesse de seus ombros e caminhou junto a mesma até a professora que estava sentada. Engolindo em seco, ele chamou a atenção da mulher, apresentado-se em seguida.
- Ola sou Ruisu, vim aqui fazer a rematricula da minha irmã.
A mulher que estava sentada estava na casa dos vinte anos, vestia uma blusinha de malha lisa, shortinhos de malha e botas de trekking.
- Oi, eu sou Aerith Jonesy Ishkar, mas acho que o senhor esta atrasado, as matriculas fecharam há uns dez minutos.
Aerith tinha uma aparência um tanto exótica. Seu cabelo era liso e de um branco puro bastante longo que ultrapassava a cintura. Os olhos eram bicolores, enquanto um era amarelo quase dourado, o outro era verde claríssimo, mas próximo da íris deste olho, havia um dourado rodeando a pupila, como se houvesse um girassol dentro do olho. A pele era bronzeada tendo uma tonalidade de caramelo.
A mulher era alta, não tanto quanto ele, mas com certeza tinha mais de 1,70. Suas curvas bastante sutis, as pernas finas, o quadril estreito, cintura delgada, seios pequenos, braços finos e mãos e pés delicados.
- Não podemos fazer nada quanto a isso? – ele perguntou com olhos pidões.
A mulher passou uma das mãos pela orelha para ajeitar a franja e ficou olhando para ele, realmente ele parecia desesperado, mas ao mesmo tempo ela tinha regras a seguir e estava para dizer que não quando uma segunda pessoa entrou na sala.
- Deixei-o fazer a matricula Aeris, eu me responsabilizo.
- Se você ta dizendo então tudo bem Sophi.
Ruisu agradeceu imensamente a chegada da recém conhecida professora, mas ao mesmo tempo ficou louco de raiva ao ver a pequena Anya rindo. Ele sabia que aquilo significava que Nicolle ficaria sabendo e que com isso, ele não escaparia das represálias da amazona de Taça.
- Então vamos la, me de os papéis que irei confirmar os dados e o senhor só precisará assinar alguns documentos – disse Aeris.
- Claro os papéis – ele disse dando um tapinha na cabeça e buscando os mesmos no bolso.
Por um milionésimo de segundo ele ficou pálido, havia esquecido os papéis em Leão. Tudo bem que elas tinham tido boa vontade até agora, mas não dava para abusar.
- Eu es.. – antes que terminasse de falar a professora a porta o cortou.
- Acho que isso é seu, Ruisu – ela disse apontando um envelope para ele.
- Acho que tirou o dia para ser meu anjo da guarda, muito obrigado.
O leonino correu até ela e por impulso a abraçou, não pode perceber que isso a deixara mais vermelha que um tomate e ela agradecia pela ignorância dele sobre aquilo.
- Agora sim, vamos a matricula – disse o dourado.
Aeroporto Internacional de Atenas...
Arkhyos e Haku estavam sentados na área de espera do aeroporto internacional de Atenas. Ambos estavam com uma ressaca daquelas, e por mais que o dia não estivesse realmente ensolarado eles usavam óculos escuros.
- De quem foi a ideia de beber aquele negócio Verde? – perguntou Arkhyos.
- De quem foi eu não lembro, mas eu gostaria de lembrar o que era – respondeu Haku.
- Boa, eu não lembro o nome da bebida, mal lembro quando foi que chegou na nossa mesa.
- Na boa admiro o Ruisu e o Arashi, o Leão por permanecer sóbrio mesmo tendo bebido com a gente e da espada por beber que nem ele bebeu – disse Haku.
- Coisas da vida, Haku, agora temos que torcer para não sermos fuzilados por eles – o libriano disse apontando os outros dois que ali estavam.
De um lado o cubo de gelo, o cavaleiro de Aquário Fenrir e do outro com feições de gelar o inferno, Câncer, conhecido por Lord Marshall.
- É tem razão, o olhar deles não é nada amistoso.
- Melhor irmos esperar no portão de desembarque – falou Haku.
Os dois estavam para se levantar quando ouviram ser anunciado que um voo se aproximava e coincidentemente era o que eles esperavam.
- Juntou a fome a vontade de comer? - questionou o pisciano.
- Com certeza – respondeu o outro.
Com a ótima desculpa arrumada os dourados saíram de la sem dizer muita coisa e não demorou para chegarem até o lugar onde deviam esperar.
- Boa sorte Haku.
- Digo o mesmo Arkhyos.
Os dois terminavam de falar enquanto o portão se abria e um garoto e uma garota surgiam carregando uma mala e cada um uma faixa com o nome do próprio mestre.
Mestres e aprendizes não sabiam, mas muita coisa estava para acontecer, e tudo começaria a mudar a partir daquele encontro.
FIM DO CAPITULO 1
É pessoal acabou T.T, mas se acalmem é só o primeiro, peço desculpa pro pessoal que ainda não apareceu, mas é que quero enfocar os aprendizes no próximo capitulo, e se fizesse nesse ia ficar corrido e parecer feito de qualquer jeito só pra aumentar história.
As fics como disse seguiram com nomes diversos, mas a série chama Legacy, portanto imaginem o por que do nome da primeira ahauhauahuahauhau.
No mais aceito criticas, sugestões, e ideias, se tiverem alguma para os seus personagens vou adorar ouvir, e isso pode ajudar a correr mais rápido a fic.
Só um ultimo aviso, eu demorei pra postar por que tive um e-mail Hackeado, e é o do FF, tava tentando recuperar, mas ainda sem sucesso, por isso por hora vou mudar meu e-mail do FF, então quem mandou PM desculpa, mas não respondi por que não deu.
Bjo pras meninas e um abraço para o cara que ta ai tbm.
