Regina finalmente poderia respirar aliviada. Depois de atravessar várias dificuldades em Neverland para conseguir salvar seu filho. Ela ainda lembra-se de todas as noites em que chorou angustiada achando que não o veria mais com vida. Foi duro para ela ver seu filho levado à outra terra, por pessoas que queriam ver o mal dele. Felizmente, as lágrimas que ela derrubava agora eram de felicidade. Todos haviam voltado sãos e salvos para Storybrooke. Regina só queria aproveitar a companhia de seu filho, já que finalmente ele passou a vê-la sem ser a Evil Queen. Seu relacionamento com Emma passou a ser mais civilizado. Elas já não brigavam tanto por causa de Henry. Aliás, elas aprenderam a superar suas diferenças, quando a prioridade em Neverland era o bom estar de seu filho. As duas unidas conseguiram salvar Henry de tão temida sombra que tinha como principal objetivo sugar a energia vital de Henry que lhe garantia um controle maior sobre aquelas terras. Mas, com a sombra sendo derrotada, elas ainda salvaram os meninos perdidos do futuro escravo que eles tinham. Logo que elas a derrotaram, abriu-se um grande portal onde todas aquelas crianças aprisionadas tiveram a chance de voltar para casa. Assim, com aquele portal aberto, os permitiram voltar para Storybrooke.
Regina abriu um enorme sorriso assim que pôs seus olhos sobre sua amada Storybrooke. Lágrimas caíram de seus olhos castanhos quando sentiu Henry a abraçando em sua cintura.
– Eu te amo tanto mãe! - disse Henry sorrindo. Por que está chorando? - perguntou preocupado.
– Estou chorando de felicidade. De estar de volta para casa com meu filho vivo em meus braços. Eu te amo muito Henry. Quero que sempre saiba disso.
– Você é minha heroína mãe. Queria que soubesse disso. - disse o garoto abrindo um enorme sorriso.
Emma logo se aproximou de Regina e Henry.
– Conseguimos Emma. Salvamos nosso filho! - disse a morena.
– Fico feliz em dizer o mesmo Regina. Henry entrou em minha vida, e de repente, ele se tornou tão importante para mim. De um modo que eu nunca imaginei que seria possível. Fico feliz que nós o salvamos juntas. - disse a loira com os olhos lacrimejados.
Elas se abraçaram. Foi um abraço rápido, mas nele ficou explícito o respeito que uma tinha pela outra. Um respeito que antes nunca ninguém imaginaria que seria possível. Henry era alegria pura ao ver suas duas mães finalmente se dando bem. Ele interrompeu o abraço das duas, e os três ficaram durante alguns minutos desfrutando daquele carinho. Elas se amavam. Henry tinha certeza disso, mas por que elas tinham que ser tão teimosas em admitir o que sentiam uma pela outra?
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Com a chegada em Storybrooke, logo começaram os planos para se voltar para a Floresta Encantada. Tantas pessoas falando ao mesmo tempo, que nunca conseguiam chegar à conclusão nenhuma.
– Feijões mágicos? - um dos anões que estavam no meio da discussão questionou.
– Fora de cogitação! - exclamou Anton. - Não estamos na época mais propícia para cultivarmos. Corríamos o risco de perder toda a plantação.
– Não teria outro jeito de se abrir um portal? - perguntou Leroy.
– Eu e Emma poderíamos abrir um portal. - disse Regina se manifestando pela primeira vez. - Mas, não conseguiríamos mantê-lo aberto por muito tempo. Se Rumpel nos ajudasse seria tudo mais eficaz. Porém, desde que voltamos de Neverland que ele não sai mais de sua loja. - conclui Regina.
– Para mim ele está aprontando alguma coisa. - disse Emma. - Ele está muito esquisito para o meu gosto. Eu ainda não confio nele plenamente.
– Talvez ele queira ajudar se levarmos a questão a ele. - replica Regina. - Ele ainda quer descobrir o que aconteceu com Neal depois que ele caiu no portal.
– Nem todos mudam como você Regina. - sussurrou Emma apenas para Regina escutar. - Eu ainda não sei o que, mas Gold está aprontando alguma coisa.
– Belle! - exclamou Snow. - Podemos falar com ela, e assim saberemos se ele está aprontando algo.
– Sugiro encerrarmos essa reunião. - David se pronunciou. - Ainda não chegamos a nenhuma solução plausível para chegarmos todos em segurança a nossa terra. Assim que minha esposa for falar com Belle, nós faremos outra reunião. Dou por encerrado mais esse conselho municipal.
David bateu o martelo e em questão de segundos toda a população havia se dispersado, cada um seguindo seu caminho. Ruby e Granny foram reabrir o café, os anões foram trabalhar nas minas, David e Snow também seguiram seu caminho. Só ficaram por ali Regina e Emma que esperavam Henry terminar de conversar com Grace.
– Desculpe-me Emma! - disse Regina se aproximando da xerife. - Mas seu pai não tem liderança suficiente para lidar com uma prefeitura e administração de uma cidade. Nessa reunião ele e um pedaço de papel eram a mesma coisa. Aliás, no pedaço de papel pode ter informações interessantes. - disse Regina destilando veneno.
– Você diz isso Regina porque você tem inveja dele, já que meu pai assumiu a prefeitura da cidade.
– Acha que eu terei inveja de um idiota que não sabe lidar com os problemas de uma cidade. Só rindo mesmo Miss Swan. Só rindo.
– A propósito Regina, vamos jantar na vovó hoje? - perguntou Emma.
– Lamento desapontá-la, mas prometi uma noite e mãe e filho para Henry hoje. Espero que não me leve a mal. Hoje é a noite que eu posso passar com meu filho, e eu prefiro ficar apenas com ele.
– Espero que amanhã possamos jantar juntas, que tal? - propõe Regina.
– Amanhã pode ser tarde demais Regina. - diz a loira fazendo biquinho.
– Cruzes Emma, até parece que nós vamos desaparecer. Só iremos jantar em lugares diferentes da cidade. - conclui Regina aos risos.
– Então, eu vou para minha casa ficar sozinha e desolada esperando a hora de ir buscar nosso filho.
– Você ama um drama Miss Swan. - diz Regina olhando para os lados para em seguida dar um leve selinho em Emma.
– Regina! Até quando iremos manter nosso romance em segredo? Eu não aguento de vontade de lhe beijar e fazer carinho em público. Eu te amo!
– Eu te amo também Emma, mas eu ainda não estou preparada. Tente entender o meu lado. Nos vemos em breve.
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Regina e Henry estavam sentados na mesa de jantar. Ela havia cozinhado sua tão famosa lasanha e Henry lambia seus beiços desfrutando da comida maravilhosa de sua mãe.
– Mãe, como eu senti falta de sua lasanha. - exclama o menino.
– Agora, só tem algo melhor do que a lasanha, que é a sobremesa. - diz Regina.
– Sobremesa! Oba, o que é? O que é? - pergunta ansioso.
– Surpresa Henry. Você logo verá. - diz Regina se levantando da mesa, mas uma tontura a atinge em cheio a fazendo cambalear para trás.
Regina respira fundo e consegue se estabilizar novamente, e continua seu caminho até a cozinha, mas braços de seu filho a impedem de chegar a seu destino.
– Mãe, você está bem? - perguntou preocupado. - Você está pálida! Vamos sentar um pouco. Eu não ligo para sobremesa, enquanto eu vejo que minha mãe não está bem.
– Deixa de besteira Henry. Eu estou ótima. - diz Regina alisando uma ruga invisível em seu vestido.
– Não, você não está bem! E você não irá mentir para mim de novo. O que está acontecendo?
– Não está acontecendo nada meu filho. Foi apenas uma vertigem, nada que você deva se preocupar.
– Mas eu me preocupo. É o que um filho deve fazer por sua mãe. Agora diz para mim o que está acontecendo.
– Sim, Henry! -responde Regina sobriamente. - Vamos nos sentar na sala então.
Regina andava de um lado para o outro naquela sala, e não conseguia encarar seu filho. Como falar para ele sobre aquilo. Não tinha coragem, tinha medo de sua reação ser ruim. Ela não queria perdê-lo novamente, não agora que eles estavam finalmente se dando bem.
– Eu não sairei daqui até souber tudo o que está acontecendo.
– Não é fácil para eu contar tudo o que está acontecendo comigo. - diz Regina com sua voz embargada.
– Você está doente? - pergunta Henry preocupado.
– Não, da onde que você tirou isso meu filho?
– Bem, pelo fato de você quase ter desmaiado na sala de jantar. É isso? - pergunta com lágrimas em seus olhos.
– Não Henry! Não é isso! - responde com um meio sorriso. - Não sei como irá reagir a isso, mas eu estou grávida.
– Grávida? - pergunta Henry se engasgando com o ar. - Jura mesmo? Eu sou ser um irmão mais velho para meu irmãozinho ou irmãzinha que está na sua barriga? - aproxima-se fazendo um leve carinho no ventre ainda plano de sua mãe. - Mas espera aí mãe. Quem é o pai da criança?
Esta era a pergunta que Regina mais temia, nem ela sabia direito como ela havia engravidado. Ela não havia ficado com nenhum homem desde Graham, mas lá no fundo ela sabia como ela tinha ficado grávida. Só não queria acreditar. Só pode ter sido quando ela fez magia com Emma para salvar Storybrooke. A magia compartilhada por elas duas a tinha feito ficar grávida. Lágrimas agora escorriam por seu rosto, ela iria ter um filho de Emma. Mas a questão que deixava sua mente confusa era apenas uma. Que iria acreditar? Quem acreditaria na Evil Queen?
– Henry, eu preciso que não fale com ninguém sobre essa gravidez. - pede Regina. - Eu acho que fiquei grávida depois que eu e Emma salvamos a cidade. Mas ninguém irá acreditar em mim. Por isso que essa gravidez terá que ser mantida em segredo.
– Espera, você está grávida de Emma? - questiona Henry. - Que demais! Temos logo que falar com ela.
– Eu preciso pensar em como falarei tudo isso Henry. - diz Regina enquanto escuta a campainha tocar. -Deve ser Emma que veio te buscar. Nenhuma palavra sobre nossa conversa. Você me promete?
– Eu prometo mãe! - diz Henry antes de sair de casa.
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– Gold, você tem certeza de que isso dará certo?- pergunta Belle com receio.
– Como eu nunca tive em toda minha vida. Essa contra maldição resolverá todos os nossos problemas e nos levará de volta para a Floresta Encantada.
– Você tem certeza disso? - pergunta Belle mais uma vez. Ela não sabia explicar, mas ela estava com um péssimo pressentimento. Ela sentia que algo ia dar errado.
– Você não confia em mim Belle? - questiona Gold. - Eu não tenho nada contra ninguém dessa cidade, mas eu preciso saber o que aconteceu com Neal. E eu tenho certeza que ele está na Floresta Encantada.
– Quando irá lançar essa contra maldição?
– Sinceramente, eu não sei. Talvez hoje ainda, talvez amanhã de manhã. Faltam apenas alguns pequenos detalhes, como reparar todas as terras danificadas e isso leva algum tempo.
Belle andava de um lado para o outro, como que se desconfiasse das atitudes do homem que ela deveria amar.
– Mas por que você não falou nada disso com ninguém? Regina poderia muito bem te ajudar com isso.
– Regina não sabe de nada Belle. Eu criei a maldição, e a apenas eu serei o responsável pelo retorno de todos. Agora, por favor, deixe-me sozinho que eu preciso terminar isso o quanto antes.
Belle olhava para Gold e cada vez tinha mais certeza de que ele estava aprontando algo, não sabia o que, mas tinha algo errado. Até que depois de um momento ela ouviu uma voz exaltada vindo de seu escritório.
– Está tudo pronto! Voltaremos para a Floresta Encantada!
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Henry havia acordado com um sol escaldante sobre seu rosto. Os sons de vários tipos de pássaros pareciam uma música orquestrada. Parecia tudo perfeito demais, parecia tudo estranho demais. Isso não parecia com Storybrooke. Henry passou suas mãos pela sua coberta de veludo, que não era a mesma com que havia adormecido na noite passada. Seus travesseiros também não lembravam em nada com o do seu quarto. Alguma coisa havia acontecido. Mas, o que?
– Que estranho! - pensou o rapaz. - Nem entra luz do sol diretamente em meu quarto. - levanta-se com um estalo e conclui. - Não estamos em casa. Onde estamos? - diz olhando na janela. - Não é possível, estamos na Floresta Encantada. - afirma ao olhar de sua janela - Emma, Emma, você está aí? - sai de seu quarto procurando a mãe na imensidão do castelo da família.
A procura por todos os cômodos e nada de encontrá-la. Onde será que Emma estava? Continuou seu caminho até se chocar com Snow.
– Finalmente te encontrei Henry. Não sei como, mas voltamos para casa. Você viu sua mãe?
– Não, eu estou a procurando, mas não a encontro. Onde ela está?
– Henry, eu não sei. Teremos uma reunião de conselho para saber sobre isso, mas Emma não está na Floresta Encantada.
– Como assim ela não está na Floresta Encantada? Onde será que ela está? Se todos voltaram por que ela não voltou? - diz Henry enchendo Snow de perguntas.
– Eu não sei o que está acontecendo. Mas, pelo que parece não há sinal nem de Emma e nem de Regina.
– Minha mãe também não está aqui. - diz Henry se desesperando.
– Henry? - chamou Snow uma vez. - Henry? Está acontecendo alguma coisa?
– Eu estou preocupado com minha mãe. - responde Henry com lágrimas em seus olhos.
– Com Regina? Por quê?
– Nada! - diz Henry se lembrando que não falaria nada sobre a gravidez. - Não tem nada com minha mãe.
– Henry, você mente muito mal. - diz Snow. O que tem sua mãe?
– Ela está grávida e eu não tenho ideia de onde ela está. E Emma também está sumida. - diz Henry chorando.
