Olá caros leitores! Trago-vos uma breve atualização :) Esta fanfic surgiu-me de várias ideias tresloucadas e inesperadas, sem dúvida, mas para vos confessar, já a ideia geral tinha pensado, há muito tempo atrás, mas achava que faltava sempre qualquer coisa para fazer sentido, e agora que encontrei a peça desaparecida do puzzle, só espero que gostem e disfrutam.
Advertências:
As personagens que me pertencem são: Sakura Priestov, Minako Priestov, Nadesco Priestov, Sven Priestov, Klaus Priestov, Maximus Priestov, a banda Seven Sins, Morgana Lust, entre outras personagens que irão surgir.
Disclaimer:
Beyblade não me pertence, mas sim a Aoki Takao. A FanFic é escrita sem quais quer fins lucrativos.
Autora: Sakura Priestov
Banda/artista: U2
Música: Van Diemien's land
Titulo: Segredos obscuros
Sem mais delongas, boa leitura.
Prólogo
"Hold me now, oh hold me now
'til this hour has gone around
And I'm gone on the rising tide
For to face Van Diemen's land"
Inverno. Entardecer. Rússia.
Na paisagem pintada de branco, frio e de brisa suavemente gélida, sobressai-se como um contraste do branco com o negro, uma mansão pojante e imperiosa, datada da época arcaica e medieval, mas que era mantida com todos os cuidados de preservação adequados às posses da família Hiwatari.
Escuridão. Gélido. Caminho.
Passos secos e fortes fincavam o solo frio e de pedra. Os passos ecoavam como pequenas explosões de pólvora seca, durante a travessia do longo e escuro corredor, assemelhando-se a um túnel sem fim. As portas de madeira, algumas já muito antigas e perdidas no tempo, indicavam que me aproximava da sala de reunião. Olhei para o teto distraidamente, as fissuras começavam a se notar, o que explicava o facto de sentir um pequeno calafrio na minha pele. Posei os olhos no relógio. Estava com dez minutos de atraso. Voltaire Hiwatari iria definitivamente dar algum sermão e isso não me incomodava em nada! Estava cá simplesmente porque… porque… bem! Tenho um plano e para o realizar necessito de Voltaire.
"We fought for justice and not for gain"
Hesitação. Coragem. Firmeza.
A minha caminhada estava prestes a terminar, pois já estava a descer a em direção à cave, ou devo de dizer, a ex- sala treino, ou reformulando melhor, a ex- sala de tortura. Mais uns quarenta passos, estava prestes a abrir a porta, onde me aguardavam algumas pessoas. Por breves instantes, vacilei e pensei que esta decisão estava totalmente errada, porém foquei-me no meu objetivo principal e isso, deu-me alento e coragem suficiente para avançar. O ranger da porta, denunciou a minha presença, a todos os que se encontravam nela.
Regresso. Memórias. Sentimentos.
Húmido! A sala estava húmida e fria. A minha respiração ressentiu-se, fazendo-me gelar por dentro. Fechei a porta, devagarinho. A sala encontrava-se diferente do que me recordava. Já não tinha as máquinas de treino, os computadores sincronizados com os lutadores, e os bit-bichos encurralados numa espécie de tubo de ensaio gigante, criados de forma artificial, melhorada e aperfeiçoada. Mantinham as cuias de luta. Estavam todas gastas e em deterioramento visível, as colunas de pedra estavam com fissuras idênticas ao teto do corredor. Isto parecia uma sala fantasma, devido ao aspeto sombrio e um tanto intimidante que insurgia a cada passo que dava.
Conhecidos. Amizades. Família.
- Seja bem-vinda! – ecoou uma voz masculina que me soou a familiar.
- Olá Hiro! – respondi sem grande entusiasmo. Hiro era já um homem com os seus quase trinta anos, alto, de cabelo azul-claro, olhos cor de vinho.
- Senta-te ali! Voltaire está um pouco atrasado. Mr. Dikinson convocou uma videoconferência com ele. – informou-me Hiro rapidamente e de forma prestativa.
- Não pedi justificações mas obrigada. – retorqui.
O meu olhar prendeu-se, na direção que Hiro havia apontado para me sentar. Conhecia aqueles olhares. A equipa do trunfo da manga de Voltaire estava de volta.
- O Kai Hiwatari? – inqueri curiosa para Hiro.
- Continua com os Bladebreakers. – respondeu-me num tom ligeiramente furioso Hiro.
- Ainda? Bem… o teu irmão realmente o cativou, mas não será por muito mais tempo, sem dúvida. – acrescentei, e Hiro correspondeu-me com um sorriso maquiavélico.
- Nee –chan? Regressaste? – inqueriu uma voz feminina, de forma curiosa e venenosa.
- Mina-chan! Sim regressei. Há quanto tempo, aqui estás? – respondi dirigindo o meu olhar na direção da voz. Minako era basicamente a minha cópia, com a mínima distinção na cor do cabelo. Ela têm o cabelo num tom azulado arroxeado, enquanto que o meu é totalmente azulado escuro. Os nossos olhos à primeira vista também são idênticos, porém, Minako têm um avermelhado arroxeado, e os meus…bem… heterocromia, olho esquerdo é verde e o direito é azul. No entanto, uso a cor vermelha nos meus olhos, visto que a heterocromia na nossa família, significa linhagem de sangue puro, e não é permitido atualmente usar em público. Apenas Klaus, o meu tio. Minako e eu somos apelidadas de baixinhas, devido à nossa altura de um metro e cinquenta e sete.
- Devo de estar já uma hora cá! Estive bilhardando com a Morgana! Tu sabes, estivemos falando de coisas de raparigas. – continuou Minako falando com um certo desdém.
- Ainda bem que reencontraste alguém que te ature! – elogiei de forma enfadada. Morgana era mais alta que eu e Minako. Tinha o cabelo e os olhos num tom azulado muito clarinho, parecendo-se a gelo puro.
- Já algum tempo que não nos cruzávamos, Sakura! – comentou outra voz feminina em tom gélido, surgindo paralelamente de Minako.
- Morgana, ao tempo realmente! Sempre conseguiste os teus objetivos como patinadora de gelo profissional? – perguntei em tom nada de interessada sobre o assunto.
- Claro que não! Sofri uma distensão, fazendo-me afastar das competições! Por outro lado, deu-me oportunidade para iniciar uma carreira de modelo, tal como a tua irmã. – comentou orgulhosa Morgana.
- Oh claro! Dizes que ser modelo é se terem tornado nas novas coelhinhas da revista Playboy? – interroguei com algum sarcasmo.
- Claro que sim! – responderam, Minako e Morgana em conjunto.
- Excelente! Pode ser que isso seja uma vantagem para esta missão. – murmurei em tom sarcástico.
- Sem dúvidas! Os nossos atributos são deveras atrativos! – comentou deliciada Morgana.
- Não estamos interessados nos vossos atributos suas gralhas! – resmungou uma voz feminina, intimidando rapidamente Minako.
- NADI! Não sejas má para mim! – pedinchou Minako ao ver a irmã mais velha. Nadesco não era muito parecida com nós as duas. Ela era alta, de olho amarelado dourado, de cabelo azul-escuro mais virado para o negro. Tanto Minako e Nadesco eram chamativas devido aos seus atributos físicos bem salientados.
- Eu má? – riu-se deliciada Nadesco. – Ainda nem viste nada maninha.
Minako ficava sempre intimidada com Nadesco. Nunca tinha entendido bem ao certo o motivo. Nadesco aproximava-se de Hiro, quase como se voasse, esticando os braços na sua direção zelando momentaneamente um beijo. Yacka! Já me tinha esquecido de que estes dois eram namorados!
- Que cara de nojo é essa, Sakura? – surgiu uma voz masculina nas minhas costas. Conhecia-a perfeitamente, fazendo –me sorrir imenso. Sven era a cópia do nosso pai. Cabelo negro, olhos vermelhos cor de sangue brilhante, alto e charmoso.
- Sven! – exclamei!
- Hola chica! – cumprimentou-me sorrindo. – E então? Preparada para o regresso?
O meu olhar prendeu-se no dele. O meu irmão mais velho sempre tinha tido o dom de me ler entrelinhas, entender-me com o olhar. Sven era um risco perigoso no meu plano.
- Claro que não! – resmunguei-lhe.
Sven riu-se um pouco, e aproveitando-se da minha distração para fazer-me cócegas. Só mesmo ele para animar um pouco o ambiente tenso que se havia gerado em meros instantes.
"Hold me now, oh hold me now"
Poder! Ódio! Arrependimento!
Um clique ecoou por todo o compartimento, gelando todos os presentes, momentaneamente. Estava na hora! Voltaire Hiwatari estava a muito breves instantes, de se voltar cara a cara, com antigos elementos do seu batalhão.
O velho mantinha-se tão bem preservado quanto esta mansão horripilante! Incrível como que para certa gente, a idade não passa, aparentemente. Voltaire, vinha acompanhado de três vultos masculinos. Boris, Barthez e de Maximus Priestov. Que quarteto mais sinistro! Voltaire mantinha sempre aquele aspeto de homem troncudo, mal-encarado, maquiavélico, com aquele casaco comprido castanho. Boris tinha o cabelo de cor roxa, olhos avermelhados, uma cara horrorosa e era alto. Barthez sendo primo de Boris, era tremendamente idêntico fisicamente a seu primo. Maximus tinha o cabelo já grisalho, notando-se ainda alguns tons de negro, de olho amarelado dourado como Nadesco. O avô era o mais alto dos quatro.
- Hiro! Obrigada pela tua presença. – falou Voltaire dirigindo-se para perto de nós. Hiro fez uma breve vénia na sua direção.
Todos olhavam-nos como se fossemos umas sobremesas tremendamente agradáveis e extremamente saborosas. Que nojo! Para quê que me meti nisto? Senti o meu coração a me apertar! Sabia que isto em breve iria se tornar num dos meus maiores arrependimentos.
- Tratemos de negócios meus soldados! Vocês estão cá por serem os meus maiores trunfos! Orgulhem-se disso, soldados! Agrada-me ver que todos voltaram, mal eu vos pedi. É desta lealdade de que me orgulho! E por isso, os testes vão regressar! Quero testar-vos a todos até ao limite das vossas forças! Espero bem que as meninas, não tenham pensado que isto iria ser algo divertido e fácil! – Bradou Voltaire, observando-nos atentamente.
Minako e Morgana, reprimiram um leve grito de histerismo. Voltaire contraiu a cara de desdém, intimidando-as mais. Olhei para Sven. A sua postura era tensa, ríspida e firme. Nadesco estava tão interessada a se babar para Hiro que nem ligou ao que o velho falou. O avô olhava-a com um certo orgulho. Conseguir conquistar alguém do mesmo sangue do que Tyson, o atual campeão mundial de beyblade, por três anos consecutivos, era um dos objetivos que tinham sido traçados pelo Hiwatari sénior. Voltaire queria uma descendência do sangue da família Kinomiya com um dos seus soldados, e pois bem, Nadesco havia concluído a sua missão com algum êxito, visto que Hiro já está "caçado"! A descendência não deverá tardar muito a aparecer.
Boris deu um passo à frente e Barthez, acompanhou-o quase que instintivamente.
- Soldados! Voltemos ao trabalho! – incentivou Boris, dirigindo-se para uma parede, tocando numa pedra, fazendo abrir uma passagem secreta. – Sigam-me!
Olhei para o meu avô por breves instantes. Eu sabia o porquê de cá estar. A verdadeira razão! E se para alcançar o meu plano, era necessário regressar aos tempos antigos da Biovolt, pois bem, Sakura Belladona Priestov, estava disposta a arrasar com tudo! E assim avancei em direção à porta secreta aberta por Boris.
"Hold me now, oh hold me now"
Fim do prólogo!
Isto não era para ter ficado tão grande, mas bem... Aqui está eheeheheh.
Para quem já me acompanhada mais tempo, sabe que reintroduzi "novas" personagens como Nadesco Priestov, Sven Priestov, Morgana Lust. Klaus Priestov era para ter aparecido neste prólogo mas não achei a sua presença para já necessária.
Espero que sinceramente tenham gostado. Não vos garanto atualizações semanais ou mensais, até porque daqui a uma semana regresso às aulas e aquilo é um autêntico trapiche! No entanto aguardo por reviews, pela vossa crítica e opinião.
Kissus
