A Primeira Vez Que Ele a Viu

A primeira vez que ele a viu, ele estava a treinar para ser cadete e ela tinha sido acabada de mandar para a prisão.

Com o seu novo trabalho, ele conhecia muitos delinquentes, mas ela não era em nada parecida com eles.

O seu cabelo loiro e os seus lindos olhos azuis chamaram a sua atenção. Ela não se parece nada com os outros delinquentes que ele já tinha visto.

Ele estava curioso. Qual teria sido o motivo para esta rapariga ter vindo para a prisão? O que raio tinha ela feito?

Quando a sua ronda começou, como nos outros dias, para verificar se estava tudo bem na sua prisão improvisada, ele começou a observar todas as celas e passado pouco tempo, ele estava parado em frente a cela dela.

Ele olhou por detrás da janela e reparou que ela estava sentada no chão. Perguntado a si mesmo se tudo estava bem, ele bateu à janela e ela levantou a cabeça olhando diretamente para ele.

Ela era ainda mais bonita do que a primeira vez que a viu, sendo posta na sua cela.

- O que estás a fazer? – perguntou ele por detrás da janela, tentando manter o seu ar profissional.

- Porque não abres a porta e vês por ti mesmo? – respondeu ela sem nunca desviar o olhar do seu.

Ele olhou para ela e sentiu que algo estava errado. Ela não parecia o tipo de rapariga que alguma vez faria algo assim, provocando-o.

Ele perguntou novamente – O que estás a fazer? Tu queres mesmo que eu entre na tua cela? Não achas que isso seria pior para ti? – ele terminou, olhando para ela. Nossa, ela é linda, pensou ele.

- O quê? Estás com medo de mim? – perguntou ela, olhando para ele sem nunca se levantar do chão.

- Eu não imaginava que os guardas desta prisão tivessem medo duma rapariga como eu. – disse ela, provocando-o novamente.

Depois destas palavras, contra todas as regras que ele tem estado a aprender como cadete, ele tirou as chaves do seu bolso e abriu a porta. Quando a porta é aberta, ele reparou na surpresa no seu rosto e ela levantou-se do chão.

- Feliz, Princesa? – disse ele, com um ar provocativo no rosto, provando-lhe que não estava com medo dela. – Agora, vais dizer-me que raios estás a fazer no chão?

Ela olhou para ele com um pequeno sorriso no rosto. – Wow, tu és corajoso. Tu não tens medo que eu seja uma assassina em massa ou qualquer coisa assim? – disse ela.

- Oh, princesa, tu não te pareces nada com uma assassina em série, acredita em mim. – responde ele sorrindo para ela.

- Está bem, está bem, eu desisto. – disse ela com um sorriso frustrado no rosto. – Isto é o que eu estou a fazer no chão – disse ela, apontando para o chão mostrando-lhe um bonito desenho da lua lá fora. – Contente, meu cavaleiro andante? – disse ela olhando para ele com um sorriso maroto no rosto.

Ele estava a olhar para o desenho no chão completamente deslumbrado – E tu querias que eu acreditasse que tu eras uma assassina em massa? – disse ele – Isto é lindo, mas da próxima vez que algum guarda te disser para te levantares do chão, tu fazes o que eles te disserem ok?

- Oh, não te preocupes meu cavaleiro andante, eu não tenho medo deles, acredita. E se alguém me tentar magoar eu aposto que me vais defender. – disse ela, olhando para ele com um sorriso provocante no rosto.

Ele aproximou-se da porta, abrindo-a novamente, preparando-se para sair e deixou a princesa voltar aos seus desenhos. – Não te esqueças do que eu disse, princesa. Nem todos os guardas são como eu. – disse ele, abandonando o interior da cela.

- Oh, tu não és um guarda. Tu és o meu cavaleiro andante. Volta novamente. – ela ouviu-a dizer antes de fechar a porta.

Oh, eu voltarei novamente princesa, ele pensou para si mesmo, voltando à sua ronda.