Naruto pertence a Masashi Kishimoto. E eu tenho certeza que este anda arrancando os filtros de cigarros "mata-rato" antes de dar uma tragada.

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~ Cigarros baratos e sem filtro

"Esses são de matar."

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Prólogo

Há quanto tempo estaria correndo? Ah, claro, desde que olhou para seu relógio de pulso e percebeu o quão atrasada estava para o jantar. Ela bem sabia que Hiashi Hyuuga não tolerava atrasos, pensava enquanto corria e ajeitava a gravata do uniforme escolar. Atreveu-se a olhar mais uma vez em seu relógio. 18h55min. Tinha exatos cinco minutos para estar sentada na mesa de jantar, calma e penteada. Apenas mais algumas ruas...

18h58min, era o que o grande relógio de pêndulo do escritório mostrava. Nenhum empregado viria anunciar que o jantar estava servido, não era necessário. Olhou para o homem sentado na cadeira de couro à sua frente. Apesar de tão jovem, o homem já exalava a responsabilidade, elegância e austeridade que tanto apreciava.

Permitiu-se relaxar por alguns segundos, acomodando melhor suas costas cansadas na cadeira de espaldar alto.

- O jantar será servido neste instante – anunciou ao companheiro, que levantou os olhos de alguns papéis. – Vamos?

O homem sabia que havia uma ordem implícita naquele "vamos". Assentiu e retirou os óculos de leitura, levantado-se em seguida para acompanhar o mais velho. Assim que adentraram a sala de jantar, depois de lavarem as mãos no lavabo, ele a viu.

Talvez fosse seu dia de sorte, pensou. Sentou no exato momento em que ouviu os passos quase silenciosos de seu pai no piso de madeira. Contou exatos três segundos até a figura altiva de Hiashi Hyuuga aparecer. Mas este não estava sozinho. Alguém que ela conheceu há muito tempo também estava lá.

- Hinata – o patriarca a cumprimentou assim que sentou-se numa cadeira ao centro exato da comprida mesa de madeira, segundo os antigos costumes. – O que ainda faz de uniforme?

- Desculpe, papai. – Ah, sim. Ela ainda tinha a voz baixinha e respeitosa de que se lembrava. E era notável sua preocupação em ignorá-lo. – Acabo de chegar, pois fiquei na biblioteca após as aulas.

- Certo. E onde está sua mãe?

- Não jantará conosco, pois não sente-se bem. Não se preocupe, é apenas um ligeiro mal estar – a última frase foi acrescentada quando uma sombra de preocupação passou pela face de Hiashi.

- Claro, tudo bem. Espero que tenha lavado as mãos – a rigidez voltara a atuar.

Um sorriso divertido curvou os lábios da menina enquanto esta erguia as mãos pequenas e balançava os dedos. Até que seus olhos finalmente caíram sobre o outro homem.

- Ah, querida. Espero que se lembre de Sasuke Uchiha.

Ah, ela lembrava-se sim. O rapazinho bonito, o qual mais parecia um príncipe de contos de fadas, que aparecia de vez em quando em sua casa, há muito tempo. Vinha acompanhando o pai, que sempre tinha um assunto para resolver com Hiashi. Os mais velhos ficavam trancados por horas naquele escritório sufocante, enquanto o rapaz fechava-se na biblioteca para ficar lendo algum livro relativamente velho e poeirento. Gostava de filosofia e história japonesa, se bem se lembrava.

Às vezes, brincava com ela ou comprava-lhe um sorvete de frutas do bosque. Sempre muito educado e galante, a chamava de Hime-chan como quem lhe queria bem. Hinata gostava do rapaz, gostava mesmo. Contava a este como fora seu dia na escola e todos os seus segredos de menina.

Porém, teve seu pobre coraçãozinho de sete anos partido quando o lindo rapaz foi embora para cursar administração em algum lugar fora do país, mas esqueceu quase que completamente de sua existência após quatro ou cinco anos.

Bem, agora ele estava ali e ela não sabia o que dizer. Assim como não sabia já há algumas semanas.

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Bem, meus queridos, este é o prólogo de Cigarros baratos, rascunho que encontrei perdido por aqui. Lembro-me bem que não queria postá-la antes de estar terminada. Não, ela não está terminada, devido aos problemas que tive com o meu computador. Tenho cerca de quatro capítulos prontos – são meio pequenos, até – e resolvi postar para deixar de ser besta.

Nesta fanfic, haverá algumas abordagens acerca do Mahjong, que é um jogo de origem chinesa para quatro pessoas – esta é a regra geral, apesar de também poder jogar com duas ou três pessoas (mas eu não sei como se faz o sorteio nestes casos). É praticado na China, Hong Kong, Japão e em vários países europeus. Aqui, eu estou usando o Mahjong japonês moderno, também conhecido como Riichi Maajan – que é mais difícil de aprender por causa de algumas regras específicas.

Vocês já podem ter ouvido falar do Mahjong, mas a maioria dos ocidentais o conhece como um jogo de juntar pares, também conhecido como Shanghai (eu mesma sou uma jogadora inveterada de Shanghai).

O episódio 6 de xXxHolic Kei é totalmente dedicado ao jogo. Recomendo, é um dos episódios mais divertidos da série – inclusive, muito dos termos que utilizarei serão tirados desse episódio.

Até.