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Anjo Negro
Sumário: E se Harry , sim tivesse sabido do Mundo Mágico antes de ir a Hogwarts? E se já tivesse aprendido magia? Mas quem? Como?
Notas da Autora: Nada aqui escrito me pertence. As personagens pertencem a J.K.Rowling, mas a fanfic é da autoria de Zayde Lupin, cujo titulo original é 'Ángel Negro'.
Capítulo Um – O Conhecedor da Verdade
Deixou de pressionar o seu anel, respirou profundamente duas vezes e, com uma calma aparentada, subiu ao quarto da sua mãe.
Esperava, ou melhor, desejava que estivesse a dormir. Silenciosamente, acercou-se á habitação, chamou suavemente á porta e entreabriu-a.
Dormia.
Um suspiro de alívio surgiu de entre os seus lábios e, lentamente, acercou-se a ela. Inclinou-se e deu-lhe um beijo na fronte.
- Mãe. – sussurrou. Adorava-a, dava igual quão fria ou calculadora fosse, adorava-a.
Ergueu-se novamente, abandonou a habitação. Não tinha tempo que perder.
Dirigiu-se ao salão e ali escondeu a sua preciosa mercadoria, não podia destruí-la; no fundo era um covarde orgulhoso, mas entre tantos objectos ninguém a notaria. Antes de sair de ali, os seus olhos pousaram na árvore familiar e, instantaneamente, buscou-se nela.
Ali estava.
Regulus Arcturus.
A seu lado, ninguém. Borrado. Sirius.
Tinha-se despedido da sua mãe, porque não ia fazê-lo do seu irmão?
Tirou um pedaço de pergaminho, pluma e tinta da primeira gaveta do móvel e iniciou a sua escritura, não obstante, antes de poder terminá-la, uns ruídos no andar de baixo chamaram a sua atenção.
Tinham chegado.
Ás pressas, finalizou e escondeu a sua carta; não sabia como, mas estava seguro de que Sirius a encontraria. Pressionou com força o anel na sua mão e desapareceu.
Bellatrix Lestrange, Severus Snape e Narcissa Malfoy entraram nesse momento pela porta.
- Não está aqui.
- Mas esteve, faz um nada. – comentou Bellatrix, vendo a tinta ainda molhada.
- Podia ser de qualquer outro membro da familia. – sugeriu Severus.
As irmãs Black riram suavemente.
- Claro. – a ironia acompanhava as palavras de Narcissa. – Á tia Walburga sempre lhe encantou a palavra 'escrita'.
- Deixemo-nos de jogos. – Bellatrix voltava a fazer gala das suas capacidades de mando. – Temos que encontrá-lo e eliminá-lo. De certeza que está na sua casinha de solteiro.
Dizendo isto, desapareceu com uma gargalhada que faria tremer ao mesmo Senhor Tenebroso. Severus acercou-se a Narcissa, que pulsando o anel, fez com que desaparecessem.
Apareceu directamente na casa que tinha naquele bairro muggle. Ali reinava a paz.
Serviu-se de um copo do seu melhor brandy e sentou-se a esperá-los.
Não temia a morte.
Bellatrix Lestrange apareceu no jardim traseiro da casa do seu primo. A sua irmã e Snape não tardaram em unir-se a ela.
Já estavam ali.
Um sorriso tristeza desenhou-se nos seus lábios.
As luzes estavam apagadas, mas estava li, esperando-lhes. Sabiam-no.
Com as suas varinhas, acercaram-se á porta traseira.
- Alohomora.
A porta abriu-se de golpe.
- Lumus.
Todas as luzes se acenderam, permitindo-lhes ver, sentado, justamente diante da porta, a sua tarefa.
Uma cara de diversão, nada típica nele, desenhou-se no seu rosto.
Bebeu um pouco do seu copo e disse:
- Esperava-vos. Mas, passem, passem, não fiquem á porta.
Bellatrix pôde sentir como o ódio crescia dentro dela fazia aquele ser do mesmo sangue que o seu, que ousava burlasse deles.
- CRUCIO! – gritou, com toda a intenção de fazer-lhe gritar de dor.
Regulus ficou tenso ao sentir a dor da maldição, mas não ia deixar que um só grito escapasse dos seus lábios.
O copo de brandy estalou entre as suas mãos.
Começou a contorcer-se no solo.
A maldição não parava.
Quando já não podia mais, a maldição deteve-se.
Pôde ver Bellatrix inclinar-se sobre ele e sussurrar-lhe:
- Vais morrer, traidor! – e o seu destino. – Avada Kedavra!
Obscuridade e silêncio, isso era tudo o que havia ao seu redor. Obscuridade e silêncio.
E de pronto, uma voz:
- Regulus Arcturus Black, como único conhecedor da verdade, foste destinado a ser o mestre do Salvador.
- O Salvador? – sussurrou.
- Sim, aquele que derrotará o Senhor Obscuro, o Anjo Negro.
- Anjo Negro.
- Um jovem de nobre coração e terrível futuro, com o poder da vida e da morte.
- E como o encontrarei?
- Ele acudir-te-á, sem saber, sem conhecer e tu ensinar-lhe-ás. Boa sorte, conhecedor da verdade.
Obscuridade e silêncio de novo.
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