Bem, a estória ainda não está completa, mas espero que gostem. Coloquei rating M, não porque haverá algum tipo de obscenidade na estória, mas porque tem insinuações, nada de mais.
;D
CAPÍTULO 1 – HYRULE: ATÉ ENTÃO, UM REINO DE PAZ
Hyrule. Um reino tranquilo onde todos viviam em paz. Lugar criado pelas deusas Din (deusa do poder), Nayru (deusa da sabedoria) e Farore (deusa da coragem). O território é vasto, lar de criaturas boas e pacíficas.
O Reino de Hyrule era um reino pacífico, de fato. Todos ajudavam-se e eram pessoas felizes. Viviam em paz. O Rei de Hyrule era um homem sábio (bem, não tanto assim. Você, caro leitor, entenderá o porquê), tratava dos assuntos do reino com muita eficácia e preocupava-se muito com o futuro de sua filha Zelda, a princesa. Não queria que quando ele partisse deste mundo ela ficasse sozinha. Por isso, procurava de todas as formas um homem que fosse decente e honesto, digno de sua filha. Ele estava desesperado para encontrar um marido para sua filha que sua sabedoria de Rei ofuscava-se na escuridão de sua estultícia.
Certo dia um servo do Rei anuncia a chegada do rei dos Gerudos, um grupo de ladrões que vivem no deserto. Seu nome é Ganondorf.
O Rei de Hyrule, então, aceita a visita de Ganondorf e ambos se põem a conversar.
A princesa do reino, Zelda, ficava em seu jardim coberto de flores coloridas. De repente ela olha pela janela de seu jardim, que dá para o corredor aonde os visitantes vem ver o Rei, e avista Ganondorf. Ela vê naquele homem uma obscuridade incalculável e simplesmente não confia em suas intenções. Ela decide, então, ver seu pai e tentar descobrir algo.
- "Pai! Você viu como as flores do jardim estão mais bonitas hoje?", diz Zelda, chegando à sala.
Seu pai responde:
- "Verdade, Zelda? Ainda não as vi! Ah, me desculpe, esqueci de apresentá-la ao meu novo amigo! Este é Ganondorf, rei dos Gerudos. E esta, Ganondorf, é minha filha, a princesa Zelda".
Ganondorf, então, aproxima-se da moça e beija a sua mão:
- "Muito prazer, princesa".
Sentindo um certo arrepio percorrer-lhe o corpo, ela responde:
- "Muito prazer".
Ganondorf fita-a com um olhar intrigante. Aqueles olhos assemelhavam-se ao pôr-do-sol. Seus cabelos vermelhos, e bem presos, pareciam fogo e moldavam-se à sua sobrancelha e barba no queixo. Usava uma armadura sólida, que cobria-lhe os fortes músculos. Ele parecia um leão, pronto para devorar qualquer presa que lhe aparecesse a frente.
- "Ganondorf gostaria de fazer uma aliança com nosso reino, minha filha! Ele gostaria de oferecer sua terra em completo serviço ao reino de Hyrule!"
Zelda responde:
- "Ah, q-que bom, pai".
- "Ele me inspira confiança! Acredito que seja um ótimo aliado! Aceito a aliança, Ganondorf!"
- "Muito obrigado, Alteza! Estamos a seu dispor".
Após pronunciar estas palavras, Ganondorf cumprimentou-os e partiu.
---
O Pai de Zelda via que a moça estava um pouco preocupada. Algo lhe perturbava a mente:
- "O que houve, Zelda? Você parece preocupada com algo..."
- "Ah, papai... o senhor tem certeza de que este homem é de confiança?"
- "Claro que sim, minha filha! Tenho certeza absoluta de que ele é confiável!"
- "Mas, papai..."
- "Não, não, Zelda. Quem toma as decisões sou eu! Você ainda tem muito que aprender!"
Zelda, impulsionada pela raiva, sai da sala e vai para seu quarto que ficava no 3º andar do Castelo.
A princesa não acreditara nas palavras de seu pai. Como ele poderia acreditar mais em um homem que acabara de conhecer do que em sua própria filha? Filha a qual herdaria o Reino um dia para tornar-se Rainha! Seu próprio sangue fora desacreditado por um qualquer. Um homem que viera do deserto. Um homem o qual demonstrava um desejo incessante por ambição, um "custe o que custar" lhe percorria as veias.
Seus pensamentos logo voltaram para realidade ao ouvir alguém bater na porta de seu quarto:
- "Princesa, o jantar está servido".
Zelda rapidamente trocou-se de roupa e desceu as escadas para ir a sala de jantar.
***
A princesa estava em um mar revoltoso. Seus olhos azuis pareciam transbordar, como se fossem um mar atormentado por uma tempestade. Não, ela não estava mais chateada com seu pai. Ela estava revoltada pelo fato de seu pai ter convidado Ganondorf para o jantar sem ao menos tê-la avisado!
- "Boa noite, princesa", disse Ganondorf, assim que Zelda aproximou-se da mesa.
Zelda respirou fundo antes de responder "boa noite"...
- "Venha, minha filha! Sente-se ao lado de Ganondorf".
"Não, não acredito nisso", pensou a princesa, mas logo sua face envergonhada mudou-se estranhamente para um sorriso maroto.
- "Então, Ganondorf! O que você acha de minha filha?"
Zelda abaixou a cabeça, tentando esconder sua face completamente avermelhada com o que seu pai acabara de perguntar.
Ganondorf, vira-se para fitá-la, enquanto ela tenta despistar seus olhos dos seus.
- "Sua filha é belíssima, meu Rei."
- "Com certeza, meu amigo! Sabe, vocês formariam um casal muito bonito!"
Zelda levantou a cabeça. Arregalou os olhos, não acreditando no que acabara de ouvir. Ganondorf em silêncio.
Zelda levantou-se da mesa e disse:
- "Como o senhor pode dizer isso? Acabou de conhecer este homem e já o acha o homem perfeito para casar-se comigo? Essa não é uma decisão que cabe ao senhor!"
Zelda saiu da sala em fúria.
- "Desculpe, Ganondorf. Acho que precipitei as coisas."
- "Não se preocupe, meu senhor."
Zelda correu para seu quarto.
"Eu? Casar-me com Ganondorf? Nunca! O que meu pai está pensando?", pensava ela. Ela sentira como se seu pai estivesse vendendo-a, como se ela fosse um objeto. De fato, um objeto de valor, ainda mais para Ganondorf e sua ambição. O troféu perfeito. Será que Ganondorf estava fazendo a cabeça de seu pai para casar-se com ela?
A princesa não confiava em Ganondorf. Ela sentia que o que ele desejava acima de tudo era o trono de Hyrule, e logo percebeu que ele estava ganhando a confiança de seu pai para alcançar esta meta. O que ela poderia fazer para que seu pai perdesse a confiança e a credibilidade depositadas no Rei dos Gerudos?
