Capítulo 1

Após uma longa jornada, finalmente haviam chegado a Jahara, Land of the Gariff. Já em Jahara encontraram um mercador.

– Boa tarde, jovens viajantes – cumprimenta o mercador Gariff, incrivelmente simpático considerando que os Gariff's não costumam permitir que humanos entrem, quanto menos serem amigáveis – Desejam algo? Temos de tudo, desde armas e escudos até magias e alimentos. Fiquem a vontade.

– Obrigado – diz Vaan, observando as armas com Basch.

Os dois juntamente Ashe, Balthier e Fran ao seu lado, além de Penelo agarrada ao braço de Vaan, com conversam um pouco sobre como gastar o dinheiro, precisam de armas melhores e comida, mas armaduras e escudos seriam muito bons também. Ashe sugere que magia é importantíssimo, especialmente as de cura.

– Senhor – diz Vaan – Vamos querer Cura, comida para viajem, e 6 Osafune, além de flechas (necessárias para enfrentar os Zu), 6 Shielded Armore 3 Ice Shield.

O mercador assente, e vira-se para a sua cabana, chamando alguém com o nome Jean-Luc, o que não parece o nome de um Gariff. Os seis ficam surpresos ao ver um humano que parece ter uns 17 anos sair da cabana.

– Sim? – pergunta ao mercador.

– Jean-Luc, esses viajantes querem espadas, escudos, armaduras, comida e flecha. Vou pegar a comida e as flechas, venda as espadas e armaduras, sim?

– Certo – diz assentindo para o Gariff que entra na cabana, então vira-se para nós e diz – Olá, meu nome é Jean-Luc, quais as armas que querem?

Vaan diz a ele e Jean-Luc pega rapidamente 6 da espada escolhida. Então Vaan vira-se para Penelo e pede Gil.

– Aqui, diz ela entregando a Jean-Luc, que sorri de um modo completamente diferente.

– Oi – diz ele com seu sorriso completamente alterado – Você é de onde?

– Rabanastre – diz ela o entregando o Gil, que ele pega e coloca no bolso.

– E você? – pergunta ela – Achei que não permitissem humanos aqui. Quase não nos deixaram entrar.

– Bem – diz ele entregando as espadas a Penelo, que distribui para todos – Eu não sei. Fui encontrado pelo mercador aos 6 anos, antes disso vivi com um soldado machucado, ele não era meu pai, era irmão da minha mãe. Ela morreu ao me dar a luz e ele se machucou muito chegando até a mim. Vivemos sobrevivendo em Ozmone Plains, mas ele acabou morrendo para me salvar, foi ai que o mercador me encontrou chorando sobre o corpo morto do meu tio e disse que poderia me dar abrigo, mas teria de ajudá-lo. Ele cuidou de mim quando não tinha mais ninguém e convenceu todos a me aceitarem.

– Nossa – diz Penelo – Isso é tão triste, o que aconteceu com você. Mas é lindo o que o mercador fez.

– É – diz ele – Então, seu nome é Penelo não é? Ouvi o garoto chamá-la assim.

– É sim – diz ela, todos estão ocupados vestindo as novas armaduras, mas Vaan observa atentamente a conversa dos dois, nada satisfeito.

– Bem Penelo, você vai passar algum tempo por aqui? Por que se for, adoraria mostrá-la a vila e talvez irmos jantar juntos. O que acha? – pergunta ele vermelho, fazendo ela também corar. Ele a estava chamando para sair.

Jean-Luc era bem bonito. Não como Vaan. Ele tinha cabelos escuros e curtos, o corpo forte. Penelo queria dizer que adoraria. Vaan nada fazia para que a relação dos dois passasse de uma grande amizade, então ela iria aceitar o convite.

– Ela não pode.– diz Vaan rispidamente para Jean-Luc antes que Penelo possa dizer qualquer coisa e a fazendo olhar chocada para Vaan, assim como Jean-Luc e os outros. Vaan não é assim. Não costuma se irritar com facilidade nem ser ríspido com os outros. O que o estava deixando tão irritado?

– O que está dizendo Vaan? Só vamos embora amanhã – diz Balthier.

– Mesmo assim. Ela não pode – diz ele ainda ríspido.

– Por que Vaan? – pergunta Penelo, já irritada com ele. Ele não a convida para sair e não permite que outro o faça. O que ele está pensando?

– Você não pode, tá legal? Simples – diz Vaan firmemente.

– Não sei do que ele está falando eu adora...

– Olha, ela não vai sair com você – diz Vaan a Jean-Luc de maneira realmente rude interrompendo Penelo.

– Por quê? – dessa vez é Jean-Luc que pergunta.

– Ela já tem namorado – fala ele muito mais zangado – Talvez devesse não convidar a namorada dos outros para sair. Ela é minha namorada.

Todos olham chocados para Vaan, especialmente Penelo, que está vermelha e por dentro está pulando de felicidade. Vaan então dá uma última olhada irritada para Jean-Luc e vira-se para ir embora.

– Cuidem da comida e o resto. Espero vocês na porta para fala com o Gariff.

Todos olham atônitos para Vaan saindo com passos pesados, furioso e em seguida para Penelo, que parecia achar tudo aquilo surreal. Por dentro seu coração pulava de alegria, mas aquilo tudo parecia completamente impossível. Tudo que havia acontecido nesses poucos minutos. "Por que Vaan ficou tão zangado?" "Por que disse que eu não podia sair com Jean-Luc?" "E por que disse que eu sou sua namorada?", pensava Penelo incessante mente. Ela precisava saber as respostas. "Será que Vaan ficou com ciúmes? Não. Impossível. A menos que...Não. Mas talvez...", pensava Penelo, confusa.

– Obrigado – diz Balthier a Jean-Luc e ao mercador que voltara coma comida e flechas, então virou-se para seus amigos e disse – Bem, Vamos. Temos um garoto ciumento furioso nos esperando.

Então ele pisca para Penelo com um sorriso que ela não compreende. Vaan não poderia estar com ciúmes dela, poderia?

Quando chegaram lá, Vaan juntou-se a eles e foram falar com Gariff chamado Spinel, que terminou por dar-lhes um chocobo e itens de graça. Eles deveriam ir para um local chamado Golmore Jungle, uma floresta a leste de Ozmone Plains, porém havia algo importante a fazer em Rabanastre, assim decidiram ir primeiro a Rabanastre para então ir a Golmore Jungle.

– Vaan – diz Penelo, aproximando-se dele ao saírem de Jahara, eles decidem pegar o chocobo apenas quando voltarem de Rabanastre. O garoto olha para ela e, antes que ela possa falar qualquer coisa ele ergue a mão fazendo um gesto para que faça silencio.

– Não. Penelo, me desculpe. Não sei o que deu em mim. Fui muito imaturo. – diz ele realmente arrependido, mas Penelo ri baixo e o abraça.

– Você sempre é imaturo – diz ela rindo com os braços ao redor do pescoço dele e os braços dele ao redor da cintura dela.

Os dois souberam que estava tudo bem, por enquanto.