DeG não me pertence, o que é uma pena. -q
Fic postada pela primeira vez aqui no , depois da minha conta no Nyah parar de funfar. Aos leitores que me conheciam aqui...Voltei, povo! 3
Só que agora com fics de jrock. ;-;

Blood Sword – Capitulo 1


Fogo. Aquele lugar parecia o próprio inferno. Pessoas desesperadas, gritos e sangue espalhado por cada centímetro daquele vilarejo. Aquela era a situação de uma pequena vila ao norte do Japão. Um grupo de saqueadores estava pelas redondezas e mesmo com todos os avisos, o despreparo da pouquíssima população agrícola ocasionou uma verdadeira chacina. Uma mulher procurava seu filho, um jovem garoto que se escondera em algum lugar, ao comando da mãe. Ela não suportou o caminho até a própria casa, sendo poupada de ver seu filho sem vida escondido no futon. Uma criança de apenas cinco anos de idade. O terror se espalhava, enquanto os saqueadores riam e expandiam o fogo com suas tochas.

O líder deles apenas observava, em nenhum momento havia empunhado sua espada, ele estava alí apenas para ver. Sentir os olhos medíocres das pessoas ao pedir por misericórdia a cada novo corte fundo feito pelas escapadas. Kyo estava alí para assistir, como um telespectador via uma peça com tamanho gosto. A única regra: Não deixar ninguém vivo. Em todos os vilarejos, ninguém nunca sobrevivera, a fama que tinham era apenas por viajantes, que ao passar em uma vila destruída, alertava as demais. Nunca funcionou. O fogo sempre era mais bonito à noite, e ainda que os camponeses tivessem a bravura de lutar para defender suas mulheres e crianças, eram os primeiros a serem mortos. Mulheres eram estupradas na frente de seus filhos, ou obrigadas a fazer barbaridades das quais, iriam preferir muito mais estarem mortas a realizar. Matar o próprio filho. Era uma brincadeira que feria a alma de qualquer humano, e da qual os companheiros de Kyo mais gostavam de fazer.

Naquele lugar não era diferente. A morte estava em cada canto. Não tinha como se esconder, nem fugir para a floresta, todos eram atentos. Aquele era o último vilarejo na região norte do país, depois dele, iria ao sul. Deixar o rastro do inferno por todo aquele lugar impuro.

Kyo era imponente, os olhos passavam por todo o local já destruído montado em seu cavalo. Queria ver todos os corpos sem vida. Toda tentativa insana de escapar, fracassadas. Há quanto tempo fazia aquilo? Não sabia, mas era o suficiente para ter noção que já passara de um simples prazer para um vício. Vício de ver qualquer vida feliz ser destruída, como a sua foi. Mas naquela noite seus olhos lhe enganaram. Já havia reunido o bando, para voltarem ao seu esconderijo quando uma casa lhe chamou atenção. Aparentemente, era como as demais, envolvida pelo fogo. Mas sentiu, quase em sua pele, os olhos vivos de alguém. Empinou seu cavalo em direção à casa, esperando alguma movimentação. Nada.

- Tragam-no pra mim. -Os demais sequer se moveram, não entenderam a ordem, ou simplesmente, ignoraram o fato. Qualquer pessoa já estaria morta, consumida pelo fogo.- AGORA!

Mas ninguém seria louco o suficiente para desobedecer aquele homem. Dois de seus melhores capangas correram para chegar à casa, sem medo de se queimar, aquilo era fácil comparado o não comprimento da ordem, e vasculharam tudo que podia. Cada pequeno cômodo, e Kyo continuava inquieto, sem desviar o olhar momento sequer daquela casa. Vivo. Nada foi encontrado e a sanidade de seu líder foi questionada por alguns atrás dele. Ele escutou, mas ignorou por hora ao descer do cavalo.

- Inúteis. - Foi a única coisa que soltou ao entrar na casa, e finalmente desembainhar sua espada para cortar os homens ao meio. Não precisava mais deles se eram incapazes de encontrar simples olhos. Sua paciência havia estourado. Nunca demoraram tanto para encontrarem e matar alguém antes de saírem de uma vila. Mas finalmente os olhos se denunciaram. Uma pequena tosse, que poderia ser ignorada pelo barulho da madeira se queimando, não passou despercebida por si. Os olhos desceram, e onde seria um pequeno forno, próximo a uma parede já destruída, feito rusticamente, para tentar agilizar o preparo da comida, foi destruído por si, para encontrar aquele que se escondia. As mãos foram ao cabelo, que só notou ser longo depois de alguns segundos, e sua espada já estava quase na boca do estomago do garoto, quando parou. Ele parecia tão... Assustado. Indefeso. Sem ninguém para o proteger, que não foi a pena ou compaixão que segurou Tooru naquela hora. Foi a vontade súbita de fazer aqueles olhos se sentir ainda mais vazio. Corromper sua alma, até que ele estivesse morto por seus próprios atos.

Sem o menor cuidado, arrastou o menino, jogando-o no chão para alguém pegá-lo e colocar no cavalo, não seria ele quem levaria a carga.

- Mexam-se. - Com tamanha seriedade, sequer questionaram qualquer ordem. Kyo estava alterado, e se já havia matado seus companheiros dentro da casa, era perigoso não acatar. Recolheram o corpo magro que quase não respirava, e voltaram para o novamente no chão e o enforcou.

Continua.


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