ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!: Fiz uma burrada e deletei minha fic! (~palm face~). Logo estou publicando o 1º capitulo DE NOVO. Em breve postarei o 2º.
Disclaimer: Todos os personagens pertencem à J.K. Rowling.
N/A: Mais uma fanfic? Sim, mais uma. Essa ideia surgiu na minha cabeça em um momento um tanto quanto sentimental que tive enquanto comia pão com requeijão.
Pior que não estou brincando.
Estou plenamente consciente que não é 100% original em essência, mas sou obcecada com fanfics da Lily e James, portanto, resolvi colocar aqui um pouquinho mais das minhas ideias.
Essa história terá um toque menos sombrio, deprimente e triste que as outras fics que escrevi, justamente por conta do tema abordado. Também não será uma fic melodramática, exageradamente romântica com mel escorrendo pela tela. Vou manter um tom realista (ou com máximo de realismo que poderia conseguir no mundo de Harry Potter, anyway).
Assim sendo, depois dessa introdução exaustiva que a maioria nem sequer se deu ao trabalho de ler (totalmente compreensível, aliás), segue o sumário completo para que saibam o que os aguarda:
Sumário: O pequeno Harry Potter, de apenas 11 anos de idade, recebe de Rubeus Hagrid um presente mais do que valioso: um álbum de fotografias com foto mágicas de seus pais. E uma carta. Uma carta que daria origem há muitas outras. Cartas com memórias da juventude de Lily e James Potter.
Espero MUITO que vocês gostem. E por favor, não deixem de postar uma review na saída, pleeeeeease! São elas que me motivam a continuar, porque assim sei que não ficou uma droga completa!
Bom, vamos lá!
XOXO
Aggie
PS: Normalmente irei utilizar o nome original em inglês dos personagens, contudo, em trechos retirados dos livros que colocarei aqui, preciso manter como foi traduzido oficialmente. Beleza? Beleza.
PS2: O nome da fic "Heros" significa Herói em LATIM. Eu não escrevi errado em inglês, que seria heroes. Beleza? Beleza, então.
Capítulo 1
A Irmã
"Depois de uma boa noite de sono, Harry se sentiu quase normal.
- Quero ir à festa – disse a Madame Pomfrey, quando ela estava arrumando suas muitas caixas de doces. – Posso, não posso?
- O Prof. Dumbledore disse que devo deixar você ir – respondeu ela fungando, como se, na sua opinião, o Prof. Dumbledore não percebesse os riscos que uma desta pode oferecer. – E você tem outra visita.
- Que bom. Quem é?
Hagrid foi-se esgueirando pela porta enquanto Harry indagava. Em geral quando estava dentro de casa, Hagrid parecia demasiado grande para que o deixassem entrar. Sentou-se ao lado de Harry, deu uma olhada e caiu no choro.
- É... tudo... minha... culpa! – soluçou, o rosto nas mãos. – Eu informei ao mal como passar por Fofo! Eu informei! Era a única coisa que ele não sabia e eu informei! Você podia ter morrido! Tudo por causa de um ovo de dragão! Nunca mais vou beber! Eu devia ser demitido e mandado viver como trouxa!
- Rúbeo! – chamou Harry chocado por vê-lo sacudir de tristeza e remorso, as grandes lágrimas se infiltrando pela barba. – Rúbeo, ele teria descoberto de qualquer maneira, estamos falando de Voldemort, teria descoberto mesmo que você não tivesse informado.
- Mas você podia ter morrido! – soluçou Hagrid – E não diga o nome dele!
- VOLDEMORT! – berrou Harry, e Hagrid levou um choque tão grande que parou de chorar.
- Estive com ele cara a cara e vou chama-lo pelo nome que tem. Por favor, anime-se, Rúbeo, salvamos a Pedra, ela foi destruída e ele não poderá usá-la. Como um sapo de chocolate. Tenho um montão...
Hagrid secou o nariz com o dorso da mão e disse:
- Ah, isso me lembra. Trouxe um presente para você.
- Não é um sanduíche de carne de arminho, é? – perguntou Harry ansioso e, finalmente, Hagrid deu uma risadinha.
- Não, Dumbledore me deu folga ontem para eu providenciar. Claro, devia mais é ter me demitido. Em todo caso, trouxe isto para você...
Parecia ser um belo livro encadernado em couro. Harry abriu-o, curioso. Estava cheio de retratos de bruxos. De cada página, sorrindo e acenando para ele, estavam sua mãe e seu pai.
- Mandei corujas para todos os velhos amigos de escola de seu pai e sua mãe, pedindo fotos... Eu sabia que você não tinha nenhuma... Gostou?
Harry nem conseguiu falar, mas Hagrid compreendeu."
(ROWLING, J.K. Harry Potter e a Pedra Filosofal, págs. 258 e 259, tradução de Lia Wyler – Rio de Janeiro: Rocco, 2000.)
Depois do que pareceu uma pequena eternidade, Harry Potter olhou para cima, para Hagrid, as íris de seus olhos ainda mais pronunciadas pelas lâminas de lágrimas que ameaçavam a cair.
- Rubeus... eu...
- Eu sei. – disse o meio gigante, um sorriso bondoso escapando pelo emaranhado que era sua barba. Ele enfiou a mão em um dos inúmeros bolsos de seu casaco de pele de toupeira. – Tenho mais uma coisa. – Hagrid estendeu a carta para Harry, que a recebeu ansioso. – Chegou junto com as fotos que Mary Cattermole mandou.
- M-Mary Cattermole? – Harry franziu o cenho tentando sem sucesso reconhecer o nome.
- Ela foi a melhor a amiga de sua mãe durante a escola. Uma bruxa fantástica, sempre me dava presentes de Natal. – fungou o meio gigante. – Mary pediu para que você abra a carta apenas quando voltar para casa. O conteúdo pode distrair você. Foi o que disse, pelo menos. Não sei o que está escrito, juro.
Harry olhou receoso para o grosso envelope entre em seus dedos. Distrair... O que seja que essa Mary Cattermole tinha a dizer parecia importante.
- Obrigado, Hagrid. – disse o garoto com a voz embargada.
- Queria poder dar muito mais. – o meio gigante disse sinceramente, sua mão enorme bagunçando o cabelo de Harry (não que já não fosse bagunçado por si só).
A cabeça de Madame Pomfrey brotou de sua sala, um olhar de reprovação estampado no rosto. Harry não pode deixar de notar que sempre que a via, ela parecia irritada com alguma coisa.
- Pensei que fosse à festa de fim de ano.
- Sim! – lembrou Harry saltando da cama. Hagrid deu um passo para trás, surpreso.
A festa! Quase se esquecera.
- Não tão rápido, mocinho. – a enfermeira segurou o braço do grifinório. – Preciso fazer um último check up antes de soltá-lo aos cães. – torceu o nariz (- O Dumbledore estava pensando. – murmurou praticamente inaudível).
Para a surpresa e alegria geral (exceto da Sonserina, é claro.), a Grifinória venceu a Taça das Casas em uma reviravolta impressionante quando o Prof. Dumbledore acrescentou pontos para Ron Weasley, Hermione Granger, Neville Longbottom e Harry Potter (dizem que ele enfrentou um trasgo adulto).
Harry passou com boas notas nos exames e logo viu-se retornando para casa, mas tentava não pensar muito no que o aguardava na estação King's Cross. Muitos sapos de chocolates, feijõezinhos de todos os sabores e partidas de Snaps Explosivos o distraíram ao longo do caminho, o suficiente para que esquecesse temporariamente sobre sua obsessão com o conteúdo da carta de Mary Cattermole. Logo, os campos bem cuidados e pastos deram lugar às luzes e edificações da cidade de Londres, e o Expresso de Hogwarts diminuiu a velocidade.
Quando Harry desceu na plataforma abarrota por jovens bruxos (e suas estranhas famílias – não pôde deixar de notar), já tinha trocado suas vestes por roupas normais. Ron e Hermione atravessaram para a King's Cross trouxa juntamente com o amigo, e após uma apresentação um tanto desagradável ao Tio Vernon Dursley e várias promessas de mandar corujas durante o verão, Harry Potter partiu para casa.
Por muitos minutos, dentro do carro (importado, é claro) parecia que alguém havia apertado o botão "Mute" do controle remoto, pois nenhum dos ocupantes emitia um som sequer. Até mesmo Dudley Dursley respirava sem seus constantes ruídos asmáticos. Finalmente, Vernon quebrou o voto de silêncio:
- Sabe o que penso sobre esse... esse... povo? Ridículos, é isso que são. Todos eles. – Harry conteve um revirar de olhos, pois o tio o observava com escárnio pelo retrovisor. – Com suas... capas e varinhas... – Hedwig piou tristemente do porta malas – e corujas... – cuspiu a palavra com o rosto vermelho. Petúnia e Dudley, permaneceram quietos. – É uma porcaria de desperdício de gasolina buscar esse moleque em King's Cross. É o que eu digo. Devíamos fazer você voltar de táxi, moleque. – os pequenos olhos de Dursley perfuravam Harry.
- Mas não tenho dinheiro. – disse o menino. Petúnia encolheu no banco da frente ao som da voz de Harry. Desde que ele pisara na plataforma, a tia não conseguia olhá-lo nos olhos, tamanho seu medo. Era como se a qualquer instante o garoto fosse transfigurá-la em sapo.
- Não tem, é? – grunhiu o tio. – Como comprou esses seus livros de... de... magia (sussurrou), então, hein, moleque?
- Galeões, sicles e nuques. – Harry deu de ombros. Petúnia soltou um gritinho. – Mas não tenho nenhum dinheiro normal. – ele deixou todo sarcasmo escorrer por aquela palavra.
- MENINO INSOLENTE! – berrou Vernon, partículas de cuspe batendo no para-brisa. – Sabe o que eu digo? Digo que da próxima vez você irá à pé.
Mal sabia Vernon Dursley que da próxima vez que Harry Potter fosse para a estação King's Cross ele iria em um carro mágico pilotado pela Sr. Arthur Weasley.
Mas essa é uma história para outra ocasião.
Os três Dursley relaxaram visivelmente quando o carro adentrou a Rua dos Alfeneiros, e assim que estacionou no nº 4, Harry Potter pulou para fora.
Vernon agarrou a orelha do sobrinho.
- Pegue suas tralhas anormais e vá para seu quarto, ouviu? E fique por lá!
Harry ficou mais do que contente em obedecer. Mal fechou a porta do quarto (que antes pertencera ao primo, para armazenagem de brinquedos) e lembrou-se da carta de Mary Cattermole. O menino abriu a mala com um chute e escavou a carta para fora.
Sentando-se de pernas cruzadas na cama, rompeu o lacre de cera. Seus olhos verdes cruzando paragrafo após parágrafo com avidez, e a cada palavra, o rosto do bruxo de onze anos tornava-se mais e mais sério.
Bom, vocês devem estar se perguntando, o quê, em nome de Merlin, estava escrito. Aqui está:
Caro Harry Potter,
Permita-me tomar a liberdade de chama-lo de Harry. Espero que não se importe. Formalidades nunca foram o meu forte. Há esta altura Hagrid deve ter dado as fotos à você, espero que goste. Copiei todas que tinha em casa, mas receio que perdi muitas durante a guerra bruxa.
Como você está? A última vez que ouvi falar de você, fui informada que estava vivendo com Petúnia Dursley. Espero sinceramente que esteja sendo bem tradado e que ela já tenha superado sua alergia à magia.
De qualquer maneira, não é por isso que estou escrevendo. Hagrid mencionou que você sabe muito pouco sobre o seus pais e bem... digamos que o mínimo que devo à ambos é que lhe conte tudo que sei.
Lembro-me muito bem de Lily e James Potter. Sua mãe foi minha melhor amiga, sabia? De fato, atrevo-me a dizer que éramos muito mais irmãs do que ela e Petúnia.
Queria compartilhar minhas memórias com você, Harry. Contar-lhes coisas ninguém sabe e coisas que muitos sabem. De fato, mandei várias corujas para antigos amigos e colegas de seus pais para que escrevam suas lembranças também.
Mas não pretendo entediá-lo com minhas baboseiras. Portanto, resolvi que vou contar-lhe uma história. Esta será a primeira de muitas cartas (É claro que se você quiser que eu pare, é só responder um "Chega, velha lunática!).
Harry sorriu.
Essa não será apenas uma história de amor, mas de lágrimas, conquistas, luta, perseverança, tristezas e alegrias. É uma histórias sobre dois heróis que conheci. É a história de Lily e James Potter.
E como qualquer boa história, temos que começar pelo começo, não?
Portanto...
Era uma vez uma bruxa de onze anos, de cabelos e olhos castanhos, muito pequena e nascida trouxa. O nome dela era Mary MacDonald (esse era o meu nome na época).
O dia estava ensolarado e parecia um dia normal de verão. Parecia. Mas não era, pois muitos bruxos e bruxas de várias idades se concentravam na estação King's Cross para embarcar no Expresso de Hogwarts.
Mal sabia Mary MacDonald, que naquele dia ela conheceria sua irmã.
Não de sangue, veja bem, mas de alma...
(Londres – Setembro de 1971)
- Oito sicles – anunciou a senhora do carrinho de doces para Mary e a encarou com espectativa.
A garota se atrapalhou ao pegar as moedas de seu bolso. Ouro, prata e bronze piscaram de volta para ela.
- Hã... meus pais converteram as moedas e... – Mary olhou para a bruxa desamparada. – Quais são os sicles mesmo?
Antes que a senhora pudesse sequer emitir uma palavra uma voz aguda cortou a conversa. Mary não vira a garota ruiva se aproximar. Ela aparentava ter a sua idade. Seus olhos eram como esmeraldas. Nunca vira olhos assim antes.
- Os sicles são os prateados. – sorriu. – Também é nascida trouxa?
- S-sim. – respondeu Mary ainda surpresa. – Por quê?
- Por nada. Também sou. E não se preocupe, Sev disse que não faz diferença. – a senhora do carrinho de doces ainda as encarava, esperando o dinheiro. Mary apressou-se em entregar as moedas.
A ruiva estendeu a mão, decidida.
- Sou Lily Evans e você?
- Mary MacDonald. – ela apertou a mão delicada de Lily.
- Quer se sentar comigo e com Sev? Ele é legal, prometo.
Mary deu de ombros e apontou por cima do ombro com o dedão.
- Preciso buscar meu malão primeiro.
- Sem problemas, vou com você. – Mary logo descobriu que Lily falava muito. Durante todo o percurso emendou um assunto no outro. – O sistema monetário bruxo é muito simples. As moedas de ouro são galeões, as de pratas são sicles e as de bronze são nuques. Dezessete sicles de prata fazem um galeão e vinte e nove nuques fazem um sicle.
Mary franziu o cenho, não achava nada simples, mas não disse nada. Pegaram o malão minutos depois.
- ... tivemos que sair do compartimento, aqueles dois meninos estavam infernizando Sev, só porque ele queria ir para a Sonserina, acredita? Espero que todo mundo não seja assim. – Lily dizia enquanto ia de encontro ao seu atual compartimento, Mary arrastando o malão atrás de si.
- Sonserina? É uma das quatro Casas, não é?
- Sim. São Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa. – elas pararam na frente do compartimento, mas Lily não abriu a porta logo de cara. – Sev acha que devo ir para a Sonserina. Ele que não me ouça, mas queria ir para a Corvinal. Dizem que é para onde os inteligentes vão.
Mary concordou com a cabeça animada.
- Acho uma boa escolha. Mas não acho que sou inteligente o suficiente para ir para a Corvinal... não sei nada de magia.
- Nem eu. – respondeu a ruiva, de repente preocupada com a própria ignorância. Com um dar de ombros pouco casual, abriu a porta do compartimento.
Um menino muito magro sentava-se perto da janela. Ele já trajava as vestes da escola, seus cabelos pretos e ensebados caiam por cima dos olhos, a pele dele era quase translucida e tinha um ar irritadiço.
A primeira coisa que passou pela cabeça de Mary MacDonald era que o menino precisava lavar os cabelos urgentemente.
Lily apresentou o menino como sendo Severus Snape (ou Sev), ele grunhiu um olá e sentaram-se por alguns instantes em um silêncio desconfortável. Mary não tinha a menor intenção de chamá-lo de Sev em momento algum, concluiu. Snape era estranho.
- Como você descobriu que era bruxa? – perguntou a ruiva quebrando o silêncio. Severus olhou para a morena, subitamente interessado.
- Você é nascida trouxa?
- S-sim. – Mary corou sob o olhar intenso do menino. – Meus pais são jornalistas.
- Legal. – a ruiva sorriu. – Meu pai é contador e minha mãe é enfermeira. Mas como descobriu que era bruxa? – repetiu.
- Eu não queria fazer lição de casa, minha mãe estava brigando comigo... e de repente todos os livros das escola saíram voando e grudaram no teto do meu quarto.
- Nossa! – Lily exclamou sentada na ponta do banco, escutando avidamente.
- Pois é! – Mary animou com a audiência. – Depois disso foi uma coisa estranha atrás da outra. Como você descobriu?
- Sev me contou, na verdade. – ela apontou para o menino ensebado, que parecia orgulhoso consigo mesmo por ter sido o primeiro a notar.
- Aposto como ela vai ser uma bruxa poderosa. – Snape gabou-se, como se fosse a razão para isso. Lily corou, ficando da cor dos cabelos, mas deixou um sorriso escapar.
Mas veja bem, Harry, para a decepção de Snape e de Lily, ela não foi sorteada para Sonserina e nem para Corvinal.
Mas para Grifinória. E atrevo-me a dizer que nunca conheci alguém que merecesse mais estar nessa Casa. Não porque ela não sentisse medo, mas porque, apesar dos receios, Lily permanecia de pé e lutava pelo que acreditava.
Também fui selecionada para Grifinória, para minha eterna surpresa. Lily e eu passamos por bons e maus bocados, mas sempre juntas.
Mas não quero contar tudo de uma vez e estragar a surpresa.
Portanto, encerro esta carta aqui, para que saiba que seus pais foram os amigos mais leais que tive, mas nem sempre tudo foram flores e maravilhas.
Com isso deixo as expectativas para o próximo capítulo.
Tenha um bom verão, Harry.
Com carinho,
Mary Elizabeth Cattermole.
N/A: E aí? O que acharam? Devo continuar? Devo parar? Burn the witch?
Aliás, os dois meninos que a Lily mencionou são sim James Potter e Sirius Black. Peguei a referência das memórias do Snape que a J.K. narrou em HPDH.
MANDEM REVIEWS POR FAVOOOOR *-*
XOXO
Aggie
