Nome: Sonetos (Ir) Reais

Autora: Dora Russel

Classificação: Livre.

Gênero: Romance.

Shipper: Sansa/Sandor

Spoiler: 2ª temporada e o livro "A Fúria dos Reis".

Sinopse: Momentos que poderiam ter sido reais.

Observação: Esse é um presente para a minha AS do fórum Papéis Avulsos. Espero sinceramente que você goste, YAH. Sei que ficou bem simples, mas depois que ouvi Si Deus Me Relinquit (Kuroshitsuji), o plot simplesmente veio e eu escrevi. A letra não encaixa nem um pouquinho no poema, mas a melodia me inspirou muito.

Observação (2): Sonetos são poemas formados 4 estrofes, e no caso desse poema, são 2 estrofes com 4 linhas e 2 estrofes com 3 linhas (esse é o jeito fácil de explicar haha).

O poema está dividido em 5 Atos, como se fosse uma peça de teatro (era a minha intenção, mas tenho certeza que não ficou parecido com uma peça).

E os personagens ficaram um pouco OOC, então já vou pedir desculpas adiantadas por isso.


Sonetos (Ir) Reais


Ato I

Passarinho que voou do Norte,

Parece que está perdido aqui na Capital.

Talvez não passe de má impressão,

Mas já não há felicidade em seu canto?

-.-

Tuas assas foram podadas,

E teu canto abafado por injúrias.

Diga-me onde está, passarinho,

Aquela gostosa gargalhada do verão?

-.-

Como teus antepassados previam:

"O Inverno está chegando".

Para você, passarinho, ele já chegou.

-.-

Mas não tenha medo, pequena Sansa.

Chegue mais perto de mim (o Cão).

Cicatrizes são apenas cicatrizes.

-.-

Ato II

Onde estão as canções dos bardos?

Aquelas que iludiam-me em Winterfell,

Quando eu ainda não era mulher florida,

Pronta para me tornar Rainha.

-.-

Onde será que meu Florian está?

Porque sei que Joffrey jamais o será.

Não com toda a sua brutalidade,

Sua falta de amor ao seu povo – a mim.

-.-

E quando já não há mais esperanças,

A pata de um Cão se ergue lentamente,

Oferecendo sua ajuda inesperada.

-.-

Seu rosto é deformado e sofrido.

Sua expressão é dolorida e sem amor.

Mas diz: Cicatrizes são apenas cicatrizes.

-.-

Ato III

Deixe-me levá-la para casa, passarinho?

Deixe-me levá-la aos teus deuses antigos,

Aos teus familiares que tanto te esperam?

Fuja comigo, passarinho?

-.-

Esqueça-te da Corte e da glória.

Esqueça-te dos Lannister e da Guerra.

Eu te manterei a salvo como ninguém.

Eu te levarei para casa...

-.-

Jamais poderei ser teu Florian,

Pomposo como um verdadeiro Lord.

Minhas cicatrizes nunca iriam permitir.

-.-

Mas eu posso ser teu Cão protetor.

Teu companheiro para a eternidade.

Basta uma palavra para a tua liberdade.

-.-

Ato IV

A proposta soa tão tentadora...

Meu desejo de rever a neve pulsa,

Quase deixo que a resposta escape,

Mas há tantos temores em jogo...

-.-

Sinto sua respiração pesada perto de mim.

Sei que você está deixando tudo para trás,

Então por que eu não consigo ser positiva?

E se formos pegos e mortos por traição?

-.-

Mas eu poderia rever minha família;

Rever Winterfell e a árvore-coração.

Eu estaria em casa novamente.

-.-

Minha cabeça mais parece um turbilhão,

Meus atos são completamente impensados,

Seguro em tua mão e digo que "Sim".

-.-

Ato V (Final)

Montados em um grande cavalo negro,

Sandor começa a cumprir sua palavra,

Levando a jovem Sansa para Winterfell.

O Cão e o Passarinho cavalgam.

-.-

Passarão por tragédias e sofrimento.

Haverá dor e discórdia pelo caminho.

Mas o objetivo pulsará em seus corações,

E isso é toda a força que eles irão precisar.

-.-

E nos momentos em que faltar esperança,

Ainda haverá a união entre a Lady e o Cão.

E os Deuses do Sul e do Norte olharão por eles.

-.-

Talvez Sandor tenha encontrado sua Jonquil,

Enquanto Sansa já não sonha mais com o seu Florian.

Estão certos de que não há certeza completa: apenas há fé.

.fim.


Leu até aqui? Não custa nada comentar, né...