Desde a primeira vez que eu li os rascunhos de Midnight Sun, eu fiquei com essa impressão do Edward. Um tarado pervertido que invade o quarto da Bella pra supostamente ver ela dormir. Mas o que aconteceria se ele não se contentasse só em velar por seu sono? E se ele desse um passo perigoso na direção em que ele tanto teme? Aí fiquei imaginando como seria torturante para ele tê-la tão perto, e tão vulnerável (se é que é possível estar mais vulnerável do que estar apaixonada por um vampiro). Além do que, eu sou uma fã de seriados policiais como CSI, e teve um capítulo, não me lembro muito bem, em que tinha esse tarado pedófilo que seqüestrou uma garotinha e a matou sem querer. E como boa ficwriter, jamais poderia deixar escapar a oportunidade de bagunçar os sentimentos desse personagem que é a minha mais nova obsessão! (pobre Edward Cullen... u.u)

Disclaimer: Twilight não me pertence e infelizmente o Edward tbm não. u.ù

Predador Sexual – Cap 1

Mais uma vez, eu me vi escalando a parede para o quarto da Bella. Mais uma vez, me chutando mentalmente por ser o que sou. Um monstro. Um monstro com uma obsessão nada saudável por uma frágil humana.

Todos esses pensamentos depreciativos desapareceram como fumaça assim que a vi dormindo, os lençóis que deveriam estar cobrindo sua fina pele, no chão. Seus cabelos revoltos espalhados pelo travesseiro. Não pude conter o sorriso que brotava tão facilmente nos meus lábios ao ter tal visão. Inspirei fundo, deixando a sede passar por mim, arrebatadora como um terremoto, fazendo minha boca se encher de água. Eu precisava me acostumar. TINHA que me acostumar.

Caminhei até minha posição habitual, sentado num canto do quarto, na sua cadeira de balanço, e juntei as pontas dos meus dedos. Bella se mexeu inquieta no seu sono, e eu sorri com a expectativa, de novamente a ouvir falar enquanto dormia. Nada muito interessante, apenas murmúrios desconexos. Não sei o que me cativa mais nesta garota, seu perfume arrebatador, ou o silêncio da sua mente... Tudo na Bella era espantosamente fascinante.

Percebi que ela estava com frio. Entrava uma brisa gelada pela janela que eu deixei aberta, então eu rapidamente a fechei, mas aparentemente ela ainda estava tremendo. Hesitei, me perguntando se deveria chegar mais perto e cobri-la com as cobertas caídas ou não. Resolvi testar minhas resistências, além da minha própria sorte.

Percorri a distância até a sua cama com calma, temendo até mesmo que o menor ruído a despertasse e ela começasse a gritar de pavor. Abaixei-me e peguei suas cobertas entre meus dedos. Estavam impregnados do cheiro dela. Levei o tecido até meu rosto, e enterrei meu rosto nele por uns momentos. Estremeci com a sensação queimando na minha garganta. Tão deliciosa... Tão linda... Tão frágil...

Baixei meus olhos para a Bella. Ela estava deitada de barriga pra cima, a mão direita perto do rosto, a esquerda logo abaixo dos seios. Sua blusa estava ligeiramente levantada, e eu podia vislumbrar a pele da sua barriga subindo e descendo levemente com a sua respiração. Eu queria muito tocá-la. Ver por mim mesmo a textura da sua pele quente. Ainda segurando o seu lençol, eu me ajoelhei no chão perto dela. Eu não deveria puxar mais a minha sorte, mas algo mais forte do que eu fez com que minha mão suavemente tocasse as maçãs do rosto dela.

Primeiro com as pontas dos meus dedos. Senti um formigamento pulsar na minha pele, o calor dela passando pra mim como ondas furiosas. Bem, eu já iria pro inferno de qualquer forma, farei só serviço completo. Tirei uma mecha de cabelo do rosto dela, me inclinando um pouco mais pra perto. Ela exalou fundo uma vez, sua respiração chicoteando meu rosto. Seus lábios estavam entreabertos, tão convidativos... Estava inteiramente convencido que já havia testado demais a minha sorte por uma noite, e já estava me levantando, quando ela murmurou meu nome. Foi pedir demais do meu autocontrole. Eu deslizei minha mão até o côncavo do pescoço dela. A pulsação do sangue me convidando tão apelativamente. Quase parecendo consciente da minha presença, seu rosto se virou um pouco mais na minha direção, e seus lábios se encontraram perigosamente perto dos meus. Tão perigosamente, que num arroubo de imprudência, eu a beijei. Na verdade, foi mais um roçar suave nos lábios dela, mas foi o suficiente pra uma corrente elétrica passar avassaladoramente por todo meu corpo. Senti que os meus instintos humanos, há muito adormecidos, despertavam de uma maneira nada cavalheiresca. Ainda sim, eu não consegui me despregar da minha posição.

Me chutei mentalmente por estar fazendo isto, mas ao mesmo tempo estava ansioso por mais. Deslizei meus dedos mais alguns centímetros, parando logo abaixo da clavícula. Seus lábios se contraíram num leve sorriso, o que só serviu para eu ser mais imprudente. Levei o meu toque até a junção dos seus seios e então, ela estremeceu de frio novamente. Decidi que já tinha ido longe demais para o meu próprio bem. Joguei cuidadosamente o lençol por cima dela, e me afastei para a cadeira de balanço mais uma vez.

Parte de mim queria sair gritando de felicidade, mas outra parte estava extremamente chateada com a minha imprudência. Chateado não era a palavra correta... Estava mais para zangado... Não, esta também não chega nem aos pés. Resumindo, estava espumando de raiva da minha imprudência, e mais uma vez, me chutei mentalmente por esse deslize. A eletricidade arrebatadora ainda passava pelo meu corpo em ondas, que só aumentavam a cada hora que eu passava no quarto da Bella. E mais uma vez, cedo demais, o sol começava a aparecer. Queria tocá-la de novo para me despedir, mas decidi que não iria testar mais ainda a minha sorte. Dei uma última espiada nela, e sorri quando ela também sorriu, totalmente alheia à minha presença...

Final cap 1

E ai gente? Bem levinho não é? Nada que o nosso Edward já não tenha feito nos livros, mas eu sou má, e pretendo fazer ele sofrer um dilema interior ainda mais pesado do que simplesmente ter sido fraco o suficiente para ter tocado sua pele quente e convidativa... E relaxem, eu vou levar em conta o lado cavalheiresco do Edward enquanto escrevo, ele não fará nada que venha a se arrepender amargamente no futuro.