Prólogo


"Deixa eu te amar!

Eu vejo a dor profunda que se esconde em teu olhar

Eu vejo a solidão que domina seu ser."

Sesshoumaru estava irritado e uma vontade tremenda de matar, tudo por culpa de uma nigen. Ele o poderoso daí-youkai rebaixado ao nível de um nigen e seus tolos sentimentos.

Sesshoumaru olhava para a miko, em seus olhos o que outrora havia brilho agora era opaco e sem vida. Ele não sabia o que havia causado isso, mas seja o que for, tinha a ver com o colar em suas mãos, ele não suportava as lagrimas que corria pelo rosto da miko

"Deixa eu te amar!

Não quero vê-la mais sofrer, não quero vê-la mais chorar

Tudo se foi tudo acabou"

Ele queria matar quem fizera isso a ela, ele queria arrancar o coração de quem quer que fosse a culpa dela derramar suas lagrimas. Sesshoumaru se sentia irritado e com ódio da miko, dele mesmo

Dela por faze-lo sentir emoções que só os fracos e tolos nigens sentem

Dele por estar sofrendo por uma mera e insignificante nigen

"Deixa eu te amar!

Darei-te amor, paz, sonhos e fantasias se quiser

Realizarei seus desejos mais profundos só para vê-la feliz"

Ele não suportava mais isso, essa tormenta, se ao menos ele tivesse conseguido mata-la quando teve a chance, se não fosse aquela maldita cadela negra que interferirá em seus planos, talvez hoje não estaria escondido observando a maldita nigen

Céus como ele a amava, talvez desde que colocou os olhos sobre ela quando tentava roubar a tessaiga do maldito hanyou, desde então ele queria mata-la por causar tamanha agitação dentro de si

"Deixa eu te amar!

Seu sorriso me alimenta, sua voz suave me tortura

Seu doce cheiro me embriaga"

Ela exalava tristeza encostada na borda do poço segurando o colar que olhava como se fosse surreal, como se aquilo fosse uma ilusão.

Sesshoumaru viu quando ela dobrou de dor e caiu no chão em um choro convulsivo. Mas então algo mudou o cheiro dela mudou a energia dela mudou, ele sentia algo estranho vindo dela e se ele fosse mais sensato esperaria para ver o que aconteceria, mas o som de desespero escapando dos lábios dela o fizeram perder o controle

"Deixa eu te amar!

Me deixa ser seu porto seguro, sua ancora

Seu dia calmo após uma tempestade, sua brisa suave"

Em um piscar de olho ela estava no colo dele, embalada como se embala um filhote. Ele viu quando ela olhou para ele e percebeu a confusão em seu olhar e notou que a energia estranha desaparecera. Ele olhou dentro dos olhos dela e sussurrou

"Deixa eu te amar!

Me deixa arrancar seu sofrimento, curar seu coração

Curar sua alma, tirar seu desespero, seu olhar triste"

"percebi que ela escutara e o rosto dela era confuso ainda mais, então ela afundou seu rosto em meu peito se aconchegando mais a mim. Nesse momento em que eu sentia o calor dela em meus braços, seu cheiro incrível em meus sentidos, toda a raiva, todo o ódio me deixou, tudo o que eu queria era te-la para sempre em meus braços"

"Deixa eu te amar!

Me deixa ser sua esperança, seu raio de sol

A luz que invade seu ser, o seu sorriso"

Ele olhou para ela e percebeu o quão frágil ela estava neste momento e com sua mao acariciou as cabelos dela, ela olhou novamente para ele seus olhos eram cheios de dor e tristeza, mais ainda havia uma dor que ele vira tantas vezes nos olhos de sua mãe, a dor da traição, mas por quê? Ele queria resposta, mas as perguntas não saia, ele acariciou o rosto dela e a viu fechar os olhos e novas lagrimas escaparem de seus olhos e ele a ouviu dizer

-sesshoumaru... "a perfeição de matar"

Ela chorou, ele já estava entrando em desespero a voz dela era carregada de dor, uma dor profunda, como se sangrasse e não havia nada que estancava...

"Deixa eu te amar!

Farei seu olhar brilhar com vida eu deixaria tudo por você

Meus sonhos, meu passado, minha sede de poder"

"Deixa eu te amar!

Quero ser seu e quero que seja minha,

Quero ser sua essência, quero ser o ar que tu respira"

Ela me olhou com olhos culpados e eu não sabia o por que, e eu queria então ela se levantou do meu colo e andou três passos e parou de costa para mim, eu olhei ela com esta roupa estranha, meus braços formigava pela perda de calor dela, meu coração parecia vazio e pela 1ª vez em toda a minha vida, meus 300 anos nunca me sentira sozinho.

E quando a tive em meus braços me senti completo como se eu tivesse tudo o que eu sempre procurei, mas ela se foi e a solidão me pegou, então a ouvi perguntar

-por quê?

Eu me aproximei dela e parei em suas costas senti o calor de seu corpo de novo no meu, então disse o que eu tentava negar, eu disse o que não saia da minha mente

"Deixa eu te amar!

Deixa-me entrar em seu coração e fazê-lo meu lar

Me deixa mostrar que você pode ser feliz uma vez mais

Por que eu te amo e faria tudo pó você

Só me deixe te amar..."

Ela desceu em direção a aldeia Edo sem uma única palavra para ele...