Rejeitado.
Gênero: Drama/Romance YAOI.
Shipper: Afrodite / Mascara da morte.
Sinopse: Porque ser rejeitado doía, e Peixes sabia muito bem disso.
Nunca soube muito bem como conseguira subir até seu templo, mas tão logo chegou, jogou-se em sua cama e desabou a chorar.
Doía.
Doía mais do que o inferno.
- Jag försökte så svårt att glömma dig (Eu tentei tanto esquecer você.)– sussurrou o pisciano para a escuridão. As lagrimas molhavam seu travesseiro e parecia que ele nunca mais seria feliz na vida.
- Afrodite! – o pisciano ouviu a voz de Milo soar na entrada da casa.
Milo. Por que ele tinha sido idiota o bastante pra seguir um conselho de Escorpião? Tudo culpa daquele grego babaca, e sua felicidade extremada. Por que sua vida não podia ser descomplicada como a de Milo e Camus? Estavam juntos, estavam felizes e ninguém se metia no meio deles dois.
No lado de fora da casa, Milo estava arrependido. Tinha dado conselhos que levaram o amigo à uma situação delicada. Tudo porque achara que, se estava tão feliz, deveria ajudar o amigo a ser feliz também.
Entrou na casa de peixes para poder retratar-se com Afrodite, mas quando o viu deitado, abraçado ao travesseiro e chorando tanto que parecia que o era o fim do mundo, não pode evitar que seus olhos embaçassem.
- Diiite! – choramingou Escorpião, sentando-se ao lado do pisciano – Me perdoa, Dite. Eu só achei que ia dar certo, e que vocês iam ficar juntos e felizes. Não pensei que pudesse ser errado. Me desculpa, Dite!
Mas o rapaz só sabia chorar. – Varför just jag? – soluçava ele – Por que comigo, Milo? Por que isso tinha que acontecer comigo?
Chorou por um longo tempo, desesperado, mas aos poucos, os soluços diminuíram e Afrodite entrou num estado de torpor pós-choro. Os olhos muito abertos fitavam o nada, a boca sussurrava palavras desconexas, os dedos desenhavam padrões imaginários nos lençóis.
- Você se declarou para ele?
- Não.
- O QUE? – berrou Milo, pondo-se de pé – PUTA QUE PARIU, AFRODITE. E ESSE CHORO TODO É POR QUÊ, PORRA?
- Ele estava acompanhado, Milo. Estava com uma mulher.
- Oh! – exclamou o grego, envergonhando-se – Desculpe.
- Sabe o que é pior? – disse o pisciano – Saber que não importa como eu faça, quando eu fale ou o que eu fale, nunca vai se concretizar. Nós dois nunca seremos um casal feliz.
Depois, continuou falando algumas palavras sem conexão, até que adormeceu (ainda chorando).
Milo desceu as escadas com tanta pressa, que praticamente só dava para ver seu rastro. Parou frente a casa de Câncer. Precisava falar com ele e iria convencê-lo, mesmo que fosse aos pontapés, a subir aquelas malditas escadas e ir consolar Afrodite.
Máscara, dentro do templo, sentiu o cosmo do amigo e, deixando a moça por um momento, foi ao encontro de Milo.
- Que é grego? Fala rápido que eu to ocupado!
- Eu não sei o que você disse ou fez com ele, mais você vai lá em cima agora desfazer isso rapidinho!
- Como é que é? – perguntou Máscara, atônito- Desfazer o que? Com quem?
- O Afrodite, ora essa! – disse Milo, fingindo-se revoltado – Não sei o que você fez com ele, mas o Dite ta lá, chorando desesperado. O que você fez, seu canceriano de merda?
- Vê se te enxergar, Milo. Não me tira do sério! Não fiz nada com quel frocio! (aquela bicha)
Milo fingiu acalmar-se, e suspirando pediu – Por favor, Máscara, sobe lá e fala com ele. O Dite ta mal.
O canceriano esfregou o rosto – Quel maledetto frocio! (aquela bicha maldita)
Reclamou, mas acabou subindo.
Ao chegar na casa de Peixes, estranhou o silencio profundo. Entrou, sem nem ao menos se anunciar. No quarto, o pisciano tinha acordado, e como as memórias voltaram, recomeçara a chorar. Baixinho.
- Dite – chamou, em voz baixa. O pisciano se remexeu na cama, escondendo o rosto – Dite, o que aconteceu?
- Vai embora, Máscara. Por favor, me deixa sozinho. Eu preciso ficar sozinho.
- Não. – disse o italiano – Eu subi estas malditas escadarias para ver você, e não vou embora enquanto você não me contar porque está chorando.
Afrodite respirou fundo – Uma vez na vida, italiano maldito, escuta o que eu estou falando e me deixa em paz!
Isso foi demais para o italiano, que irritado, segurou o braço do amigo, obrigando-o a ajoelhar-se sobre a cama – Escuta aqui frocio, não me tira do sério. Io vim até aqui para saber porque você esta dando chiliques e é assim que você agradece? Eu deixei uma mulher me esperando no mio templo, só porque eu tinha que subir e cuidar das tuas reclamações. Então me fala logo qual é o problema que eu resolvo.
- Você é o meu problema – disse Afrodite. Ele deixou o corpo pesar e sentou-se sobre os calcanhares. – Você é todos os meus problemas, Máscara da Morte.
- O que esta dizendo, cazzo?
- Por que faz isso comigo?- choramingou o pisciano - Varför just jag? (por que comigo?)
- Isso o que?
- Por que permitiu que eu me aproximasse de você? – perguntou, finalmente. – Por que deixou que eu apreciasse a sua companhia? Por que nunca me manteve afastado de você? Acha tão engraçado estraçalhar meus sentimentos quanto acha divertido torturar suas vítimas?
A culpa não era dele, Afrodite bem o sabia, mas estava furioso e precisava culpar alguém. O destino, Máscara, Atena, qualquer pessoa. Precisava de algo a que odiar.
As mãos do canceriano perderam a força. Sentimentos. Que sentimentos? Do que Peixes estava falando?
- Eu... eu não entendo, Afrodite.
- Deixou que eu ficasse por perto, quando era tão óbvio.
- Óbvio? O que era óbvio?
- Que eu só queria tocar você. Chegar perto o bastante e me envolver em você. Estar com você. – o pisciano estendeu a mão em direção ao rosto do cavaleiro de Câncer, mas parou no meio do caminho, mantendo a mão estendida, temendo tocá-lo. Temendo retirar a mão.
E subitamente o canceriano tomou a mão do amigo na sua e a levou até seu próprio rosto – Você pode tocar em mim.
Peixes fechou os olhos, impedindo uma lágrima de cair. – Não sabe o que é estar no meu lugar.
- Se tivesse me dito, tolo, teria evitado tanto sofrimento.
- Não, não teria.
Máscara olhou intrigado para o sueco.
- Conheço o modo mais prático de se evitar a dor, e seria me mantendo afastado de você. Mas não posso. E por isso, me perdoe, mas não posso me afastar.
- Você não tem que se afastar, Dite. – disse ele, com tristeza – Mas do mesmo modo, eu não posso retribuir o que você sente. Me perdoe, eu não posso.
Ele soluçou, acenando. E então, num impulso, Máscara ajoelhou-se sobre a cama também e o enlaçou em seus braços, em um abraço apertado e gentil. Afrodite congelou.
- Aproveita, que é só por hoje. – disse o canceriano, fazendo graça.
- Então eu vou aproveitar – disse Afrodite, sorrindo entre lágrimas. E deixou seu rosto repousar entre o pescoço e ombro de Máscara, enquanto inspirava seu cheiro e o apertava mais contra sim.
- Nada vai mudar, Dite – disse o italiano, prevendo os temores do outro. – você vai continuar sendo meu amigo, não é? Não vai ficar com vergonha de mim agora, vai? Ficar de frescuras e palhaçadas, ou vai?
- Não. Vou continuar o mesmo.
- Então não tem porque chorar. Logo você se acerta com algum frocio desses por ai...
- Quem sabe, não é? – disse. E afastou-se do canceriano. Quebrando o contato e o torpor que a pele dele lhe causava. – Acho melhor você descer. Deixou uma moça esperando.
- Você ta certo.
O canceriano lançou mais um olhar para Afrodite, que continuava no mesmo lugar – Eu...te vejo mais tarde...tá?
E esperou uma resposta, que não veio.
Saiu.
N/A: Oi gente! Feliz Natal.
Então, espero que tenham gostado desse inicio de fiz, creio eu que essa fic não vai ser muito longa. Acho que uns cinco ou sete capítulos e só.
Só deixando claro que é uma fic que trata de ROMANCE Yaoi, então, invariavelmente uma hora eles dois irão se pegar, nos entido xulo da palavra. Bom, só espero que vocês leitores, gostem da fic. E por favor, deixem-me saber se fiz algo decente, então mandem reviews por favor.
Beijos a todos,
Feliz Natal novamente.
Lika Nightmare.
