Olá, começo com mais uma das minhas fics, que ficou um tempão na minha cabeça e que resolvi dividir com vcs.
Ah, imaginem o Lucius assim (tirar espaços):
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Harry Potter e seus personagens não são meus, são da JK. Mas os pego para brincar e os ponho para fazer coisas pervertidas de vez em quando. Tudo sem ganhar nem um centavinho, só por diversão.
De novo, isso é slash, yaoi, ou como queira chamar, traduzindo relação homossexual, se não gosta, não leia. Simples assim.
Remus odiava a sensação de acordar depois de uma transformação, ele se sentia quebrado e menos que qualquer outro humano. Dessa vez estava no meio de um bosque na Irlanda, sujo e coberto de novos machucados e arranhões. O lobisomem gemeu quando seus ossos estalaram ao se sentar, suas transformações tinham sido particularmente dolorosas e martirizantes depois da morte de James e Lily, lágrimas vieram a seus olhos novamente quando ele se lembrou da morte prematura e violenta de seus amigos quase dois antes. Desde aquele momento, sua pequena e calorosa família tinha ruído, deixando-o na mais absoluta miséria. Seu momento de dor e depressão o impediu de ouvir vários galhos quebrando perto dele, por isso, foi com surpresa e medo que ele se viu agarrado pelos ombros e jogado no chão duro novamente.
O cheiro do homem sobre ele era familiar e o fez rosnar violentamente. As más recordações e o ódio por Fenrir Greyback o fizeram arranhar a pele que podia e forcejar contra seu inimigo, mas isso só causou risos sardônicos do lobisomem maior e mais fortre.
- Um filhote rebelde, como sempre, isso não é maneira de saudar seu alfa. – Greyback disse junto a seu ouvido antes de dar uma forte mordida de advertência em seu pescoço.
Remus rilhou os dentes para não gritar, podia sentir o sangue brotando do local onde os dentes do alfa tinham se cravado, mas preferia morrer do que dar a Greyback a satisfação de vê-lo implorar.
- Pela luz da Deusa, você está um trapo. – O lobisomem maior falou, com sua voz rouca e demandante, ao se levantar em toda sua imponência.
- O que você quer? Por que me seguiu até aqui? – Remus perguntou, podendo se sentar, e enfiando as unhas na terra para evitar levar uma das mãos ao pescoço e a nova mordida que o macho alfa tinha lhe dado.
Greyback revirou os olhos.
- Filhote tolo, muito tolo. Claro que eu não te segui, tenho um clã para cuidar. Você entrou no meu território ontem a noite, não pode escapar da sua essência filhote, ela te empurra para a sua família.
- Família?! Você arruinou a minha família quando me fez um asqueroso animal como você! Eu era só um menino e você roubou minha vida de mim! – Remus esbravejou contra o homem musculoso a sua frente.
Greyback era um alfa de poucas palavras e muito pouca paciência, sem o menor remorso segurou Remus pelo pescoço e jogou o corpo magro e maltratado do mago contra uma robusta árvore, fazendo com que o impacto fizesse a casca da árvore se estilhaçar e fincar muitas farpas nas costas do lobisomem. Remus fechou os olhos, contente pela dor, de uma forma insana, ele esperava que o aperto de Greyback aumentasse e colocasse fim a seu sofrimento.
- Filhote estúpido e mal agradecido! Eu salvei a sua vida e vem me pagando com mais e mais rebeldia! Eu devia te levar para o clã e deixar meus betas te disciplinarem, mas do jeito que você está pele e osso eles te quebrariam em dois tempos. – O alfa escarneceu.
- Salvou minha vida? – Remus disse com dificuldade, o aperto impiedoso o sufocava e sua voz saía rasposa e incerta. – Você fez coisas indizíveis quando eu era só um menino!
Pela primeira vez Greyback vacilou, as lágrimas amargas de Remus eram muito sinceras para serem só rebeldia do filhote estúpido.
- Do que está falando? Eu salvei sua vida, pequeno ingrato. Te encontrei sangrando e congelando naquela floresta e te dei um dom que você despreza todos os dias!
- Você me deixou sangrando lá para começo de conversa.
- Eu te deixei envolvido na minha melhor capa na frente da casa dos seus papais puristas, eles eram do bando do velho, como eu ia saber que iam te rejeitar?!
Remus não podia acreditar na desfaçatez do lobisomem.
- Eu posso não me lembrar de tudo, mas sei que quem me encontrou e salvou foi Dumbledore, ele que salvou o menino que você deixou para morrer sangrando depois de ter violentado.
Dessa vez o rugido de Greyback foi animal, mesmo em sua forma humana. Suas unhas se enfiaram na pele de Remus até arrancarem sangue e ele apertou tanto seu agarre no pescoço do outro que o lobisomem menor desmaiou.
- Sempre tão emocional, você teria sido um Gryffindor, sabe disso, não é? – A voz sedosa e arrastada do mago, que tinha observado toda a interação dos dois de longe fez Greyback rosnar. – Não rosne pra mim, pet, ou vou ter que te castigar. Traga seu brinquedinho, ele pode ser útil de várias formas.
O alfa dentro de Fenrir clamava por voar no pescoço daquele loiro arrogante e arrancar sangue da pele macia e cheirosa, mas já fazia muito tempo que Lucius Malfoy o tinha marcado e colocado numa coleira a mando do Lorde das Trevas.
X~X~X
Quando Remus voltou a consciência, continuava nu e dolorido, mas em vez do chão duro da floresta, estava apoiado em peles suaves e cheirosas. Quando se sentou chiou ao ver que seu tornozelo estava preso por uma corrente mágica, quando ele tocou nela seus dedos queimaram.
- Maldição dos infernos! Será que ele me vendeu como escravo? – Perguntou a si mesmo em pânico.
- Eu gosto da ideia de um escravo, mas não sei se poderia te manter na mansão. – A voz o fez erguer os olhos da corrente que prendia seu tornozelo e ele quase engasgou ao ver Lucius Malfoy de pé na porta.
O mago usava um par de botas de couro até seus joelhos e tinha as coxas musculosas delineadas por uma calça branca que o deixavam delicioso. Remus se conteve de babar quando viu a camisa negra entreaberta mostrando os peitorais trabalhados do loiro aristocrático. Ele já tinha se sentindo atraído pela aura poderosa de Lucius, mas a atração surgia na mesma intensidade do desprezo, afinal, aquele era um dos seguidores do assassino de seus amigos.
- Você?! – Perguntou com descrédito. – Desde quando se junta com animais como nós? Eu sabia que você era um desgraçado sem coração, mas pensei que a honra puro-sangue te impedisse de lidar com a escória como Greyback.
- Ele tem hábitos peculiares, mas é muito útil, e não o classificaria como escória. – Lucius deu de ombros, fazendo fios de seus longos cabelos se destacarem mais ainda contra o tecido negro de sua camisa.
- Eu me esqueci, comensais da morte não se importam de conviver com violadores de crianças, desde que sejam crianças trouxas, certo? Mas cuidado com seu filho Malfoy, ele ama pequeno magos, também.
Remus não esperava pelo pontapé que levou no estômago e que o fez tossir sangue. Um crucio era algo que ele esperaria de Lucius Malfoy, não um golpe físico.
- Vou ser benevolente dessa vez Lupin, mas se insinuar algo tão asqueroso sobre meu filho de novo, vou arrancar suas tripas enquanto você assiste. – O loiro sibilou perigosamente.
Remus não respondeu.
- O que vocês querem? Eu nunca vou dizer onde está o Harry se é isso que querem!
- Não seja estúpido Lupin, mandei Greyback te trazer aqui para aclararmos sua mente perturbada. Temo que eu tenho más notícias pra você: Dumbledore é um velho manipulador que não dá a miníma pra você.
Remus rilhou os dentes e avançou para atacar o loiro, usando só as mãos, mas a corrente encurtou magicamente e o fez retroceder violentamente.
- Não abra a sua boca racista para falar dele! Ele tem em um dedo mais bondade e consideração pelos outros do que todos os comensais juntos.
- Sério? – Lucius perguntou com ar entediado. – Então, por que ele mentiu pra você? Greyback nunca estuprou nenhuma criança, seu mentecapto! Ele não poderia, há leis rígidas entre as criaturas sobre transformações, ele salvou sua vida!
Remus ia retrucar, mas um golpe seco de chicote o freou. Seu peito agora tinha uma linha vermelha, marca da vara fina que ele nem tinha visto nas mãos de Lucius.
- Silêncio, não gosto de ser interrompido. Sei que não acredita em mim ou nele, é um raro sinal do seu bom senso, por isso, te ofereço as memórias do Fenrir. – Disse o loiro girando sua varinha e fazendo a corrente desaparecer, e logo depois invocando uma penseira ao lado de Remus. – Sei que é especialista em Defesa contra as Artes das Trevas, por isso vai saber que as recordações são verdadeiras. Espero que se divirta enquanto descobre que foi só mais um joguinho nas mãos de Dumbledore. Claro que tem a opção de sair sem vê-los e continuar como a tola marionete que a maior parte dos membros dessa ordenzinha são.
Dizendo isso, o loiro saiu do quarto e deixou os pequenos frascos para que Remus decidisse o que fazer. Levou dois segundos para que o lobo pegasse um dos frascos, gryffindors não eram conhecidos por cautela depois de tudo.
Esse é o começo, creio que deu para entender que esse vai ser um Universo Alternativo, certo? O próximo capítulo tem mais revelações e fica maior, não se preocupem.
