Disclaimer: Harry Potter não me pertence, e sim a J.K. Rowling, Warner Bros e qualquer outro que tenha direito sobre os amáveis - ou não - bruxinhos. Não há qualquer intenção em obter lucros por parte da autora, é apenas diversão.
Fanfic feita para o Projeto Insane Tom Riddle do Fórum 6V.
- Você está linda.
- Obrigada.
Sua face teria se corado se houvesse em seu corpo sangue o suficiente para tanto.
Ele a ficou admirando, cada parte dela; ele nunca havia visto uma mulher tão bonita.
Ela tinha cabelos vermelhos: não vermelho cor-de-fogo, mas vermelho cor-de-sangue. Era um vermelho intenso, forte, vivo – tão vivo a despeito da vida que se esvaia sobre ele.
Ela tinha a tez muito alva, talvez resultado dos tantos dias trancada, sem vontade de sair. Estava tão frágil que parecia que, ao menor toque, poderia desmoronar. E aquela fragilidade doentia encantava-o, ela era tão delicada...
Agora, no rosto cada minuto mais pálido, suas tantas sardas eram cada vez mais evidentes. Uma, duas, três, quatro, cinco... Ele poderia passar toda a noite contando-as, tocando delicadamente cada uma delas.
- Tom, você me ama?
- Não, Ginny. Você sabe que isso não é algo possível pra mim.
Ginevra era um nome forte, como a mulher que ela um dia fora. Agora, Ginny era suave como deveria ser o nome de sua cria, a mulher que ele fizera renascer para uma outra vida.
Um sorriso se esboçou nos lábios dele. Aquela era a cena mais linda que ele já vira: o corpo nu quase inerte mergulhado em um mar tão vermelho quanto os cabelos dela, os lábios já quase tão pálidos quanto o restante de seu corpo.
Ela era dele, mais do que jamais seria de qualquer um.
- Tom... Dói.
Uma cristalina lágrima rolou por sua face de porcelana.
- Vai parar, Ginny, tenha calma. Já vai passar.
Ele viu seus olhos amendoados se fecharem para receberem seu destino.
- Não, não feche os olhos.
Eram fracos e devotos, como ele gostava. Quase não pareciam os olhos tão vivos e curiosos da menina que fora outrora. A menina do Potter. Ela agora era uma mulher. A mulher do Tom.
Ele se sentou ao lado da banheira, tão negra, e ficou observando a vida, pouco a pouco, abandonar aquele corpo. Colocou a mão em seu rosto; ela ainda estava quente, embora o calor da vida não aquecesse mais seu peito.
Aquele era o mais belo quadro que Tom já havia visto, as cores – o contraste entre branco, vermelho e preto -, as diferentes texturas – a pele macia, a banheira dura, a viscosidade do líquido que fluía de seus pulsos abertos -, até mesmo o cheiro acre de sangue que impregnava o ambiente. Tudo perfeito e em perfeita harmonia.
Aquele era o mais belo quadro que Tom já havia visto. Ele, o orgulhoso autor.
E o corpo desfalecido na banheira, motivo de seu orgulho, sua cria, era o mais perto que ele chegaria de amar algo que não fosse ele próprio.
N/A: Minha primeira fic para o Insane! POV do Tom é sempre tão plotável!
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