Como sempre, os personagens aqui sitados não me pertence, uma pena u.u
Essa história é sem fins lucrativos, é só para divertimento meu e dos leitores...
Só para lembrar, os sobrenomes Reverbel e Kosakis são de minha autoria, então se quiserem emprestado peçam e deem créditos em suas fics!

Boa leitura!


O Natal de Kamus Reverbel

Flocos brancos caindo, pessoas agasalhadas a andar pelas ruas, árvores e casas enfeitadas. Sim, era véspera de natal, época de alegria, paz e união. Onde amigos e famílias se reencontravam depois de muito tempo para matarem saudades e trocarem presentes. E porque não dizer, época de férias para todos?

Deveria ser assim para todos, mas infelizmente não era para Kamus Reverbel, o dono de uma grande empresa de cosméticos. Ele era um belo homem de seus 28 anos, de longos e lisos cabelos ruivos, um porte físico invejável, olhos castanhos avermelhados, pele clara que mais parecia uma porcelana e de expressões frias.

Por tudo isso, ele era conhecido por ser o empresário mais jovem da Grécia. Não, esse belo homem, não era grego e sim francês, mas se mudou com os pais para a Grécia quando tinha apenas cinco anos por causa dos negócios do pai, coisa que acabou assumindo anos depois.

Mas voltemos ao assunto principal. Kamus ficou um homem muito rigoroso depois de assumir a empresa e com isso, ele monopoliza seus empregados, os obrigando a trabalhar até na véspera de natal, pois achava que era o dia que mais dava lucros, já que a maioria das pessoas sempre comprava os presentes nas ultimas horas e claro, as pessoas procuravam, por todo tipo de cosméticos e assim iam direto às lojas associadas à empresa do ruivo, por serem as melhores do País.

Seus empregados odiavam ter que trabalhar justo nesse dia, até os das lojas, mas tinham medo de reclamarem e perderem o emprego, pois apesar de tudo, o ruivo pagava bem seus funcionários. Um desses funcionários, era o melhor amigo de Kamus, se conheceram pouco tempo depois que o francês se mudou para Grécia.

Cresceram juntos, dividiam suas alegrias e tristezas, todos os segredos eles sabiam um do outro e por esse motivo que Kamus deu um emprego a Miro Kosakis em uma das lojas. Mas claro, não foi só pela amizade de anos que tinham, foi também que viu o quanto o amigo precisava de um emprego e sabia que ele era um bom vendedor, pois já trabalhou em outros tipos de lojas.

Miro era um belo loiro de cabelos compridos e cacheados, também tinha um porte físico invejável, só era um pouquinho mais musculoso que Kamus, tinha olhos azuis celeste, pele bronzeada pelo sol de Atenas e era um ser muito alegre, bem diferente de seu amigo ruivo. Também tinha 28 anos, só era alguns meses mais novo. E por falar no loiro, este tinha acabado de chegar ao escritório de Kamus, após ser anunciado e o francês ter dito que ele podia entrar, Miro abriu a porta, entrando de mansinho e se aproximando da mesa aonde o outro trabalhava.

-E aí Kamus, como você está? - perguntou Miro descontraído.

-Estou bem, mas porque não está na loja? - pergunta Kamus sem tirar os olhos dos documentos - Só porque somos amigos, non quer dizer que você terá privilégios!

-Eu sei disso ruivo, por isso mesmo que só vim depois que fechamos a loja! - vê Kamus olhá-lo intrigado - Acorda homem, já são 21h30min, sempre fechamos as lojas às 21h00min, esqueceu? - ao dizer isso, Kamus olha rapidamente para o relógio - Pelos Deuses, não vai me dizer que se perdeu nas horas de novo?

-Non me perdi... Só me distraí um pouco. - responde Kamus ao espremer os olhos com os dedos.

Miro só bufa fazendo que sua franja levante com isso, então ele deposita o embrulho que trouxe em cima da mesa, da à volta e fica atrás de Kamus, para lhe fazer uma massagem nos ombros tensos do amigo. Ficaram conversando um pouco sobre o dia de ambos, enquanto o loiro massageava o ruivo. Miro sempre ficou feliz por ter essa liberdade com o "patrão", mas percebia que com o tempo Kamus foi mudando um pouco consigo, apesar de ainda conversarem como antes, o ruivo estava mais frio.

-Loiro... Que embrulho é esse? - pergunta Kamus ao abrir os olhos e perceber um pequeno embrulho em sua mesa.

-Ah! Bem... É pra você. - diz ficando encabulado - Err... Bem, não é nada chique, mas... Espero que goste! - sorri ficando um pouco rubro.

-Bien, merci! - percebe o rubor do amigo, mas não comenta nada - Eu vejo mais tarde, pois tenho muita coisa pra terminar aqui.

-Tudo bem, eu... Eu já vou indo. - diz Miro um pouco entristecido - Feliz Natal!

-Feliz Natal! - responde Kamus e logo vê o amigo saindo de sua sala.

Sim, claro que ele percebeu a mudança de humor do grego, mas preferiu não falar nada. Ficou a olhar para o presente que o amigo lhe deu, para quem sabe, conseguir enxergar através do papel e descobrir o que era, mas na mesma hora se lembrou dos documentos que tinha que analisar e decidiu ver depois o que era o tal presente.

Passaram-se algumas horas e já eram 23h45min, com isso decidiu terminar seu trabalho no dia seguinte, pois estava quase no fim mesmo. Levantou-se, arrumou sua mesa e pegou seu casaco para ir embora, mas ao olhar novamente para a mesa viu o embrulho que o amigo deixou. Olhou por alguns minutos, até que decidiu ver no outro dia, pois já estava cansado demais e achava que o amigo iria entendê-lo. Ao pensar assim, saiu de sua sala a trancando e foi embora para sua casa.

Mesmo que seus pais ainda eram vivos, Kamus passou a morar sozinho. Às vezes seu irmão mais velho Degel ia visitá-lo com o namorado que por coincidência do destino - ou não - era justamente Kardia, o irmão mais velho de Miro. Seus pais também iam visitá-lo vez ou outra, mas eram muito poucas vezes mesmo.

Ao chegar a casa, Kamus deixou seu casaco jogado no braço do sofá, foi à cozinha tomar um gole de água e enquanto bebia e procurava algo para comer, foi afrouxando a gravata e desabotoando a camisa de seda azul claro. Depois de preencher seu estomago, foi para o quarto pegar uma roupa para tomar um banho relaxante e ter o seu sono merecido. Depois de tudo feito e trocado a roupa de trabalho por uma calça moletom cinza escuro e uma camiseta regata branco, foi até sua cama, deitou-se e em poucos minutos pegou no sono.

Começou a sonhar com sua falecida tia Catherine. Ela era uma bela mulher de 40 anos e ajudava o pai de Kamus nos negócios, mas ela acabou adoecendo com um grave câncer no pulmão de tanto fumar e infelizmente os médicos não conseguiram salvá-la, ainda mais que mesmo depois de ter descoberto de sua doença, Catherine não parou de fumar. Ela era ruiva e apesar da idade, ela era muito bela, com curvas que daria inveja a uma jovem de 20 anos, mas ela uma mulher intragável.

Tinha uma frieza sem tamanho, era temida por todos e amigos não tinha nenhum, mas pouco ligava para isso. Kamus a admirava e muito. Quando era criança sempre dizia que queria poder tomar conta dos negócios da família igual sua tia e ele sofreu muito com a morte da mulher, sorte dele que tinha Miro ao seu lado para consolá-lo na época.

Mas voltando ao que interessa. Em seu sonho, Kamus viu sua querida tia sentada em uma poltrona de veludo vermelho em frente à lareira com uma piteira preta, tendo um cigarro preso a ela. O ruivo foi se aproximando devagar da tia, quando ficou próximo o suficiente da mulher, só aí que ela resolveu olhar para ele, mas Catherine não disse nada, só fez um gesto com a mão e o ruivo entendeu na hora que era para ele chegar mais perto e se ajoelhar ao lado dela.

-Você cresceu bem, meu garoto. - diz a ruiva ao acariciar os cabelos do sobrinho - Está tão lindo, deve estar arrasando corações!

-Tia eu não entendo... Há anos não sonho com a senhora, porque agora? - pergunta Kamus confuso.

-Minha criança. - começa ela - Eu só apareci, pois fui mandada chèr... Fui mandada para ver se enfio algo nessa sua cabecinha dura! - sorri divertida.

-Acho que tive a quem puxar. - diz sorrindo para a tia.

-Sim você teve... Mas não deveria! - fica um pouco séria - Não quero que seja parecido comigo nos sentimentos petit, quero que se comporte de acordo com sua idade, não viva só para o trabalho, viva sua vida. - diz ela por fim.

-Mas como assim? - ficou mais confuso do que antes - Quando a senhora era viva, sempre me dizia para não demonstrar meus sentimentos, pois poderiam usar isso contra mim um dia, falava que o trabalho era a coisa mais importante da vida e era exatamente o que a senhora fazia, porque essa mudança?

-Parce que non quero vê-lo sofrendo do jeito que estou agora meu querido... Por nunca ter me importado para os outros, estou recebendo um castigo severo agora, para você ter uma idéia do que passo... Lembra de como eu tratava meus empregados? - diz e vê Kamus concordar - Então, estou recebendo o dobro do que fazia a cada um e como eu tinha muitos, nem da para imaginar, não é?

-Mon Dieu! - exclama ele assustado - Então quer dizer que irei passar pelas mesmas coisas que a senhora?

-Não se você mudar a tempo. - responde Catarine com um fio de esperança - Mude seu jeito de agir com todos non petit, mude e assim você nunca precisará passar pelo o que passo!

-Pardon tia, mas... Todos irão estranhar essa minha mudança, tenho uma reputação a zelar. - levanta-se Kamus ao falar isso.

-Isso não é reputação moleque, é só seu maldito orgulho! - levanta-se a ruiva bem nervosa - Pois bem... Como vejo que não irá me escutar, então tenho que lhe alertar de algo.

-Que seria? - pergunta ele bem curioso.

-Que ainda essa noite irá receber três visitas e espero que os escute. - mal disse isso e a ruiva da um estalar de dedos, fazendo com que tudo desapareça e o ruivo acordasse.

Após isso Kamus acordou, mas se recusou a abrir os olhos, então ficou a pensar no que sua tia disse, até que percebeu que seu corpo estava estranhamente leve, como se estivesse flutuando. Com essa sensação estranha, Kamus abre seus olhos e olha em volta. Estava em seu quarto, mas estava mesmo flutuando. Assustado, ele se "senta" no ar e quando olha para baixo vê seu corpo deitado na cama serenamente. Estremece com tal visão do próprio corpo e uma sensação de quase morte o assola, assustando-se ainda mais. Sente-se flutuar até ao lado da cama, acabando por ficar sentado no chão.

Passado alguns breves segundos e levemente recuperados do choque inicial, olha novamente para sua cama e sem pensar duas vezes o ruivo se levanta e olha para todos os lados tentando entender o que se passava. Pensava que tinha morrido, mas do que? Não tinha doença nenhuma, nem sintomas de uma breve doença. Era um homem saudável! E em meio a essa agonia para descobrir o que tinha acontecido consigo acaba escutando uma voz masculina, jovial e bem sarcástica.

-Huuum... Parece que o ruivão aí ficou assustadinho?

-Quem é você e onde está? - pergunta Kamus friamente, mas levemente assustado.

-Olha para sua cama, seu bobão!

Quando diz isso, Kamus olha rapidamente para a própria cama e vê um rapaz de aproximadamente 1,50 de altura, de uma aparência bem jovial, com olhos negros bem grandes e abertos, um sorriso debochado, de cabelo preto, curto e arrepiado, pele muito branca e traços bem marcados e delineados, como se usasse maquiagem. Suas roupas eram coloridas e extravagantes. Kamus pensou estar diante de um fã maluco do vilão de Batman, já que aquela criatura mais parecia o Coringa. Este rapaz estava deitado todo folgado na cama do ruivo e ao lado do corpo do mesmo.

-Q-quem é você? - pergunta Kamus meio gaguejante.

-Sou o espírito do natal passado! - responde com um sorriso sinistro.

Continua...


*festinha do pijama em aquário*

*com o mesmo short doll que usou da ultima vez* Olá eu aqui com uma nova fic mesmo não tendo terminado as outras rsrs... Então, o que acharam do primeiro capitulo? Espero que tenham gostado ^_^ Os espíritos de Natal são 3 amigas minhas, quando cada uma aparecer eu digo quem são xP

Kamus: *aparece com um roupão preto* Parce que eu sempre sou o ruim da história? ò.ó

Calma, também não é pra tanto... Aqui você nem é ruim u.ú

Kamus: Claro... Só vou receber a visita de fantasmas ¬¬"

Miro: *aparece de short preto* Esse espirito foi meio folgado hein... Se deitar ao lado do meu ruivo? Ò_ó

Aff... Sossega aí... E bem, amanhã irei trazer o segundo capitulo, então pra não esquecer...

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