Saint Seiya pertence ao Kurumada.
Era para ser uma homenagem para os dias das mães... mas a medida que ia escrevendo foi surgindo novas idéias e aí... uma nova fic... (não vou abandonar as outras). Não será a história de todos, pois levaria muito tempo, mas serão interligadas. (lá vem outra fic confusa...¬ ¬)
Bom, espero que gostem.
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Resumo: Atena sempre esteve em primeiro lugar em suas vidas, mas o que acontece quando o dia das mães se aproxima? O passado vem à tona, mesmo que muitos não queiram aceita-lo.
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Reencontro com o passado
Capitulo 1: Dia das mães
O sol se punha sobre o horizonte ateniense. Há exatos dois anos a guerra contra Hades chegava ao seu final. O saldo? Apenas cinco cavaleiros vivos, porem a pedido de Atena, Zeus, trouxe todos a vida para desfrutarem da tão sonhada paz. A semana chegava ao fim com o termino de mais um treino. Subiam conversando e brigando rumo a décimo casa. O treino do sábado tinha sido encerrado há certo tempo e estavam ansiosos por algo comestível.
- Não sei por que do recado. – disse o dono da casa esparramando no sofá.
- Como assim Shura?
- Atena sempre nos deu folga aos domingos. Qual motivo dela ir pessoalmente ao Coliseu falar sobre isso.
- Não prestou atenção mesmo. – Aiolos o empurrava para poder sentar. – eu quero sentar! Sai.
- Senta, seu chato!
- Realmente folgamos todos os domingos, acontece que ela não nos deixa sair do santuário e nesse domingo poderemos ir a qualquer lugar.
- Ah... – murmurou o escorpião vindo da cozinha, trazendo um pacote de batata frita. – então podemos sair?
- Não coma as minhas batatas! – protestou o capricorniano. – não mexa no meu armário!
- Eram suas? Foi mal.
- Eu quero. – Aldebaran o olhou suplicando.
- Eu também. – disse Kanon.
- Eu vi primeiro. – Miro escondeu o pacote.
- Viu, o caralho. Pegou de mim! – protestou o capricorniano.
- Não vão brigar por causa disso. – disse Mu.
- Então podemos ir a qualquer lugar? Isso é bom. – Miro deu um largo sorriso ainda escondendo o pacote.
- Mas porque amanha? Tem algum motivo especial? – indagou Aioria.
- Tem seu lerdo. – disse Deba. – eu pedi que fosse amanha.
--FLASHBACK--
Depois de três horas direto de treino, Shion resolveu deixá-los descansar por meia hora.
- Ele quer nos matar... – Miro desabou sobre a arquibancada.
- Temos que manter a forma.
- Forma? Ficou doido Mu! Ele quer nos matar! Estamos em paz, não precisa de tanto.
- Miro tem razão. – Shura respirava ofegante. – estamos treinando como se fosse ocorrer uma guerra.
- Prevenir é melhor que remediar. – disse Shaka com o rosto vermelho.
- Está tão cansado quanto nós! – exclamou Kanon. – não pode falar nada.
- É um mal necessário.
- Talvez Miro tenha razão. – disse uma voz feminina.
Viraram para onde vinha a voz. Era Atena. Trataram logo de ajoelhar, mas só Zeus pode imaginar o sacrifício que foi.
- Não vou dá conta de levantar. – disse baixinho Aioria a Deba.
- Nem eu... tudo dói.
- Podem ficar de pé. – sorriu a deusa. – formalidades só no templo.
- Obrigado Atena. – Miro apoiou-se em Kamus para levantar, quase derrubando-o.
- Miro!
- Obrigado pelo ajuda.
- Aconteceu alguma coisa Atena? – indagou Saga, quase fuzilando o irmão pelo apoio.
- Aconteceu alguma coisa Atena? – Kanon a olhava preocupado, apoiado em Saga.
- Não. Só vim informar algo a Aldebaran.
- A mim?
- É sobre o que me pediu. Está liberado.
- Sério? – o rosto iluminou. – vou poder ir mesmo?
- Claro. Amanha tirem o dia de folga, podem sair do santuário se quiserem.
Olharam um para o outro sem entender. Atena quase não fazia isso.
- Liberados?
- Sim. Aldebaran depois vá ao templo para acertamos os detalhes.
- Com prazer. Obrigado Atena.
--FIM FLASHBACK--
- Você? Por quê? – olharam para ele.
- Quais suas intenções touro. – Kanon o olhava fixamente. – onde está pensando em ir?
- É dia das mães! E vou para o Brasil ver a minha. Por isso.
- Ah é... – murmurou Miro. – amanha é o segundo domingo...
- Embarco essa noite. Mal posso esperar para vê-la e mostrar todos os presentes acumulados por todos esses anos. – disse todo convencido.
Ninguém disse nada, a maioria absorvida em seus próprios pensamentos. Não sabiam muito da história um do outro, mas sabiam que o único que tinha mãe viva era o taurino.
- Desculpe. – pediu, ao notar a mancada que tinha dado.
- Tudo bem Deba. – Afrodite brincava com uma rosa. – tem que aproveitar essa chance. – deu um suspiro. – fico feliz que possa ir vê-la.
- Obrigado.
- Leve algumas rosas, ela vai gostar. A minha mãe sempre gostou e olha que eram roubadas do jardim de casa. – esboçou um sorriso. – o jardineiro ficava uma fera.
- E onde ela está? – indagou o brasileiro.
- Estocolmo. Meus pais morreram num acidente de carro quando eu tinha cinco anos.
- Acidente?
- Sim Aioria. Viajávamos num dia de chuva, o carro caiu numa ribanceira e só eu sobrevivi.
- Sinto muito, não sabia. – disse.
- Acho que nunca contamos sobre nossa vida anterior ao santuário. – disse Dohko.
Olharam um para os outros.
- Estávamos tão envolvidos em batalhas que esse lado nosso ficou em segundo plano. – disse Saga. – sempre foi Atena em primeiro lugar.
- É. – confirmou o pisciano. – não sabem nem meu nome verdadeiro.
- Não é Afrodite? – indagou Miro com a boca cheia de batata.
- Claro que não seu tonto. Afrodite por que considero a deusa minha guardiã. Meu nome é Gustav Kiergaarg.
- Sempre pensei que fosse Afrodite...
- E você pensa? – sorriu MM.
- Fique calado. – sentou num canto.
- E qual era o nome da sua mãe?
- Ela se chamava Marie, Mu. E você Deba? Tem só sua mãe?
- Ela e uma irmã mais nova. Meu pai morreu quando eu era pequeno, nem lembro muito dele. Minha mãe se chama Margarida. – olhou para Aioria. – e a sua história?
- Perdemos nossos pais muito pequenos, não tenho muitas lembranças.
- Desde então formos criados num orfanato, até virmos para cá. Minha mãe chamava se Elena.
- Nossa história é mais ou menos igual. – disse Kanon. – nossa mãe morreu no parto, fomos criados por nosso pai e avós, anos mais tarde, ele morreu.
- Ficamos morando certo tempo com nossos avôs ate vir para cá. – completou Saga. – Athina Milyes.
- Depois de vir para cá perdi o contato... – disse Dohko. – tinha mais dois irmãos. Minha mãe se chamava Ling.
- Meus pais se separaram, quando eu tinha cinco anos. – Shura afundou no sofá. – o velho fugiu com outra e nos deixou. Minha mãe ficou doente e morreu. Fui para um orfanato ate vir para cá. – disse frio. – minha mãe se chamava Constança.
- E seu pai ele...? – indagou Dite.
- Não sei o que aconteceu com ele. – cruzou os braços. – não faz falta.
Ficaram em silencio. Então não era só Aldebaran que era órfão de tudo.
- Será que até nisso, tem que me copiar? – desdenhou o canceriano.
- Como assim?
- Meu pai é um idiota, foi por causa dele que minha mãe morreu. Matou-a aos pouquinhos. Não suportou os mandos e desmandos daquele italiano gordo. Família detestável. – afundou no sofá. - Minha mãe era uma santa. Catarina Romanelli.
- Ele está vivo?
- Vaso ruim não quebra, eu não estou aqui? E você ô quinta essência. – olhou para Shaka. – abra seu coração. – ironizou.
Shaka continuou calado, o pensamento estava longe, para ser mais exato na Índia. Ouvia as historias e pensava sobre a sua.
- O que foi Shaka? – indagou Mu.
- Nada. – abriu os olhos. – eu não quero falar sobre isso.
Os dourados olharam entre si. Ficaram curiosos a cerca da vida do virginiano, mas aceitariam sua vontade.
- Perdi meus pais quando era pequeno. – Kamus disse frio. – só. – não era só, havia mais coisas, mas ele nunca falaria sobre isso.
Estranharam o fato dele ter dito algo.
- Mu?
- Filho dos últimos lemurianos. Sei que meus pais participaram da guerra santa de 1743, mas nada mais. (n/a: isso o que ele pensa em ser verdade)
- Não sabe de mais nada?
- Não. Sempre desconfiei que o mestre saiba de alguma coisa, mas ele nunca me contou e eu nunca perguntei.
- Por quê?
- Se eu não sei deve haver algum motivo.
Miro estava num canto, apenas escutando, até que levantou.
- Flashback acabou, todo mundo para sua casa, principalmente você Deba, que precisa se preparar. Boa noite senhores.
- Está nos expulsando? – Kanon o olhou. – a casa é do Shura.
- Alem do mais não ouvimos a sua historia. – disse o leonino.
- Não a nada a ser contato. – disse ríspido. – boa noite.
- Para de fazer o tipo: menino revoltado. – disse MM. – ou o problemático ou o sensível. Já tem pessoas donas desses títulos.
- Cala a boca. Se você é o problemático, problema seu.
- Não precisa apelar Miro. – disse Aiolos. – se até o Kamus falou. Alem do mais, nossas historias são iguais.
- Não são iguais. – disse frio. – ficaram abandonados porque seus pais morreram. Pelo menos passaram um tempo com eles. Se separaram, foi por motivo de força maior. Ate mesmo o Mu, que não sabe o que aconteceu. Ate o Shaka!
O virginiano o olhou.
- Nossa Miro, não precisa ficar assim.
- Então não me amolem! – saiu pisando duro.
Ficaram surpresos pela reação dele.
- O que deu nele?
- Talvez ele não queira falar sobre isso. – Shaka levantou. – boa viagem Aldebaran. Boa noite a todos.
Saiu.
- Se eu soubesse que iria ficar esse clima, tinha ficado calado. – disse o taurino.
- Não se sinta culpado. – Mu levantou. – não deveria ir arrumar suas coisas?
- Sim.
- Te ajudo.
- Nós também já vamos. – disse Aioria puxando o irmão. – boa noite.
Aos poucos cada um retirou-se para suas respectivas casas.
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Continua...
Esse dia das mães promete. Como eu disse no começo era para ser um oneshot, mas tive algumas idéias e há muito tempo estava querendo escrever fics sobre o passado dos dourados. Vou aproveitar algumas outras idéias de fics que queria fazer e juntar numa só. Alguns passados vão aparecer na fic "Caminhos", mas de maneira restrita. Até o próximo capitulo.
