Hetalia e seus personagens não me pertencem.

Tinha que escrever algo com meus queridinhos hoje, né? 3 Bem levinha, mas espero que gostem ~

Entrega

Arthur estava andando em círculos, os braços cruzados, as mãos nervosas algumas vezes passeando pelos cabelos claros. Por que diabos estava demorando tanto? Era só a biblioteca, no andar de cima, não deveria demorar tanto! Parou, bateu o pé impaciente no chão, encostando-se à parede e fechando os olhos. Tinha dito para Kiku que queria falar com ele após a aula. Ele devia ficar mais... curioso, ansioso, algo assim.

O japonês vinha correndo pela escola, descendo os degraus da escada de dois a dois, só parando quando encontrou o britânico. Apoiou as mãos nos joelhos, ofegante, não estava acostumado a tanto exercício!

- Desculpe... Livros... lendo...

A respiração descompassada não permitia que o menor falasse direito, mas era compreensível. Arthur o conhecia bem o suficiente para dizer que ele tinha ficado tão distraído olhando livros que perdera a hora. Passou uma das mãos pelos fios loiros mais uma vez, fechando os olhos e franzindo o cenho, irritado – mesmo que não fosse intenção transparecer isso. O japonês sorriu sem graça, endireitando a postura.

- Desculpe, de todo jeito – desviou o olhar por um momento, ajeitando o uniforme para caso eventualmente tivesse desalinhado, só então fitando o maior. – Uhm... O que queria falar comigo?

As bochechas do inglês coraram e ele tossiu forçadamente, tentando disfarçar. Coçou a bochecha com uma das mãos, colocando a outra dentro do bolso da calça xadrez, levantando os olhos esverdeados sob o olhar intrigado do menor. Era vergonhosa aquela situação. Não era nem uma garota e estava ali, tentando entregar um chocolate para um menino...

- Você sabe que dia é hoje!

Franziu o cenho e torceu o nariz, retirando a caixa azul retangular com uma fita vermelha do bolso, jogando-a para o menor. Titubeou um pouco, mas conseguiu segurá-la, ficando confuso. Aquilo era um chocolate? Uma declaração? Oh...

- Não me leve a mal! Soube que no seu país tem algo de chocolates obrigatórios, então... É isso.

Explicou rapidamente, mesmo que tivesse algo por trás do significado do presente. Kiku não precisava saber disso. Não agora.

- E não se preocupe, eu comprei, então não deu trabalho nenhum...

E continuou a falar nervoso, mas acabou mordendo a língua. Virou-se de costas, colocando-a para fora. Isso era para aprender a não falar tanto! Colocou o órgão para dentro, virando-se e encarando o japonês que ria de modo baixo.

- O que foi? Se não quiser, devolve também! – Bufou, estendendo a mão, sentindo-se humilhado. Quem aquele pirralho pensava que era para rir de si...?

- N-não é isso! – Apressou-se em negar, balançando ambas as mãos negativamente (uma delas segurando o presente). – Agradeço pelo chocolate. Aceito com felicidade.

- Se é assim, tudo bem – desviou o olhar, pegando a pasta abandonada no chão e colocando-a apoiada nos ombros, começando a andar sem aviso. – Se não vier, vou te deixar para trás.

Com a fala, o oriental soltou uma exclamação, assentindo e apressando o passo para acompanhar o maior. Não podia negar que tinha achado bonitinho, mas sabia que se revelasse isso para Arthur, ele ia brigar consigo. Mesmo com esse pensamento, um pequeno sorriso brotou nos lábios finos, enquanto os olhos se direcionavam para o céu. Seria um longo mês até o White Day...

- Já disse... – Arthur parou, se virando para trás para ver se Kiku estava perto. Acabou vendo mais do que o menor queria. - Se não quiser isso, me devolva!

...Realmente, um longo mês.

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