So ist der Krieg

O homem de cabelos negros e bigode, sentado em sua cadeira, revirava calmamente algumas dúzias de papéis, largados desorganizadamente em sua mesa. Não iria arrumar, tinha mais com o que se preocupar. Seus olhos e mente estavam mais concentrados no que estava ocorrendo do outro lado de sua janela.

Endireitou-se ao ouvir baterem na porta. Pediu pra quem quer que estivesse do outro lado entrasse.

- Trouxe seu relatório, soldado? – Disse-lhe, rispidamente.

- Sim, senhor! – Prestou-lhe uma continência e prosseguiu. – A área foi completamente limpa, senhor. O primeiro time está pronto para avançar.

- Que o faça.

O soldado murmurou novamente "Sim, senhor!" e saiu da sala a passos firmes, avisando que o encarregado da comunicação avisasse o primeiro General que estava autorizado a prosseguir.

O soldado suspirou, cansado. Gostaria de voltar para sua família, afinal, este era o sétimo ano que estava distante. Por outro lado, sabia que precisava acabar com a raça daqueles inferiores que estavam apodrecendo seu país.

Riu baixo com o trocadilho. Mas era exatamente isso. Aqueles infelizes só estavam ali para acabar com a pureza de seu povo. Acabar com a pureza da raça superior.

Bando de idiotas inferiores. Mereciam morrer mesmo.

Com o passar dos anos, até chegar ao que estavam, sabia que haviam sido feitos muitos testes neles. 'Pelo menos, pra isso serviam', pensava. Testes desde medir sua resistência a suas armas, até mesmo mutilações cruéis.

E desde quando mutilação não é cruel, fazendo com que isso se torne redundante? Apenas um pequeno detalhe: Quando eram eles no comando, o cruel se tornava ainda mais cruel. O terrível era ainda mais terrível. Não havia limites para o massacre.

Execução de pais na frente de filhos; estupros, não importando a idade da criança; testes com venenos e remédios; assassinatos de vários ao mesmo tempo com gás.

Eles não tinham limite. Não tinham intenção de parar. E não iriam.

Nos primeiros anos, separaram famílias. Filhos pra um lado, pais para outro. Isso quando não separavam os pais também. O choro das pequenas crianças que viam aqueles que as criaram sendo tirados delas a força, era música para os ouvidos dos soldados.

Isolaram totalmente os inferiores em áreas, e começaram a matança. Uma área de cada vez. Aqueles que resistiam com mais veemência eram levados para servirem de cobaias em experimentos cada vez mais terríveis.

Injetavam-lhes venenos e testavam diversos tipos de químicas para saber qual seria o antidoto efetivamente. Para aqueles que não sobreviviam, a solução era queimar os corpos e largar o que sobrasse numa vala.

Mas, para eles, tudo isso era necessário para criar a raça superior. Aqueles inferiores infelizes apenas nasceram para acabar com a pureza deles, então deviam morrer. Era o destino deles. Era para que foram criados.

Era isso que o führer dizia. E ele não mentia.

Será mesmo?

E este führer seria quem: King Bradley ou Adolf Hitler?

N/A: Antes de tudo, NÃO SOU NEO-NAZISTA OU QUALQUER COISA PARECIDA. Eu sei que parece meio exagerado, mas eu precisava avisar. Não queria que alguém ficasse com essa ideia. A verdade é que sempre achei a Guerra de Ishbal muito semelhante a Segunda Guerra Mundial, com o holocausto e talz. Então minha intenção foi mostrar isso. Espero que tenha agradado.

Elogios e críticas são bem vindos!

Antes que esqueça, thanks a Lika Nightmare que me fez o enorme favor de ser minha beta!

So ist der Krieg, o titulo da fic, é alemão e quer dizer Então é guerra.