Meus versos íntimos
Lágrimas de sangue escorrem por minha face
Lágrimas cuja rubra cor mancha meu rosto
Um rosto antes manchado de lágrimas,
Hoje sujo pelo meu desgosto.
O sangue que suja as vestes
Vieram não do coração
Mas sim da navalha - Fria e áspera
Que agora corta a carne
A mão que um dia afagou,
Hoje esbofeteia!
Acerta-me trazendo
A mais dura realidade
À beira do precipício
Me jogo – livro-me de tudo
Busco a morte
Mero engano
Voz que acalma
Também dói aos meus ouvidos
É a mesma que enlouquece
Mais ainda a que despreza
Cai morto nos teus braços
Um corpo inerte, sem vida
Meu coração aos pedaços
Uma vida não mais vivida
