Aviso:
Oi, gente! Eu, Mary Ogawara,completei ontemum ano publicando fics aqui neste site.Logo abaixo do capítulo, escrevi alguns agradecimentos que gostaria que vocês lessem. Tentei publicar o capítulo ontem, mas não consegui... De qualquer forma, espero que gostem emuito obrigada! (Mary-san assoprando uma velinha!)
Os Olhos do Coração
Por Mary Ogawara
Capítulo 1 – Cuidado com o que você deseja...
A noite caiu fria em Tóquio, entretanto, havia poucas nuvens no céu e estas não cobriam as estrelas. Uma bela garota caminhava sozinha pelos jardins de sua mansão.
A brisa noturna balançava de leve seus longos cabelos cor de lavanda e a saia que usava. Apesar de estar usando uma blusa de mangas curtas e tecido muito fino, ela não dava a menor importância ao frio. Saori parecia não sentir nada além de um grande medo, que doía em seu coração.
Sentou-se na grama, entre as flores, e fitou o céu por longos instantes, com o rosto banhado em lágrimas. Tempos antes estivera tão perto do amor em uma noite estrelada como aquela, mas, agora, o medo de perdê-lo a consumava quase que por completo.
Como queria ter tido coragem para dizer o quanto o amava antes! Agora parecia tarde demais... Seria mesmo possível que seu destino não fosse viver ao lado de Seiya?
"Fazia uma bela tarde e a casa, como sempre, estava cheia. Por vezes Saori se perguntava como tinha suportado viver sozinha por tanto tempo, antes de reencontrar Seiya, Shiryu, Shun, Hyoga e Ikki, e tornar-se amiga deles.
Era bem verdade que Seiya continuava morando em seu pequeno apartamento no porto, mas os outros garotos, exceto Ikki – que só Zeus sabia onde morava -, continuavam na mansão Kido. Seus amigos a divertiam muito, além de se preocuparem com a sua segurança e a tratarem muito bem.
Shiryu tinha finalmente assumido seu namoro com Shunrei, assim como Hyoga e Fleur, e, também, Shun e June. As três garotas haviam se mudado para a capital japonesa e visitavam freqüentemente a mansão, primeiramente, apenas por causa de seus namorados, mas, em pouco tempo, Saori e elas já agiam como grandes amigas. Já Seiya...
Saori sabia que Seiya devia "se divertir" com outras garotas, mas não poderia reclamar da atenção que ele lhe dava como amigo. Aquela era, entretanto, uma situação bastante dolorosa, já que ela, na verdade, o amava... A garota acreditava que suas amigas eram as únicas que sabiam daquele amor não correspondido, porém, os outros Cavaleiros já haviam notado há um bom tempo que a relação de Saori e Seiya era bastante diferente da de "apenas bons amigos".
Naquela tarde, Saori estava em seu escritório, revendo alguns papéis importantes da Fundação Graad. Eram mais ou menos umas três horas quando suas amigas apareceram, convidando-a para uma visita ao orfanato 'Filhos das Estrelas'.
-Vamos, Saori! Vai ser divertido! – disse Fleur com animação
-Os garotos também vão, por isso, se você não for, vai ficar aqui sozinha! – disse Shunrei, tentando convencê-la a ir
-E se o Seiya estiver lá, hein? – perguntou June, sorrindo
-O-o Seiya...? – Saori sentiu seu rosto corar e um sorriso bobo surgiu em seus lábios
-É! Aposto que você vai se arrepender de não vê-lo! – disse Shunrei, também sorrindo
-Ainda mais sabendo que tem uma certa pessoa que gosta dele lá no orfanato! – disse Fleur, com uma expressão engraçada, fazendo todas rirem muito
Saori sorria de suas amigas, mas sabia que, no fundo, era verdade. Minu, a amiga de infância de Seiya, era transparente quanto aos seus sentimentos pelo garoto – que parecia ser o único a não perceber isso. Olhou para a pilha de papéis que ainda tinha de verificar e se desanimou. Não poderia mesmo ir...
-E então, Saori? – insistiu June – O que você diz?
-Não vai dar mesmo, gente. – respondeu Saori, tentando não perder o sorriso – Se o Seiya estiver lá, vocês ficam de olho nele pra mim, tá? – disse, brincando
Depois que as garotas saíram, Saori voltou ao trabalho e só parou quando se assustou ao olhar pela janela e perceber que a noite já estava chegando. Ela, então, foi até a sala de estar para ler algumas revistas ou ver televisão, enfim, fazer alguma coisa que a distraísse até seus amigos chegarem para o jantar. Não demorou muito e todos já estavam jantando e conversando animadamente.
-Nem dá para acreditar no quanto aquelas crianças cresceram, não é? – disse Shun
-É verdade! Estou me sentindo um velho! – disse Hyoga, provocando muitos risos
-Só o Seiya continua com a mesma animação de sempre para jogar futebol com elas. – disse Shiryu
-O Seiya estava lá? – perguntou Saori, curiosa
-Ahn... Estava. – respondeu Shiryu depois de trocar um olhar de "falei demais" com Shunrei
Saori ficou um pouco incomodada com o tom estranho da resposta do amigo, mas resolveu não insistir. Depois que todos terminaram seu jantar, Shunrei, Fleur e June pediram para conversar com a amiga a sós.
-Saori, nós temos que te contar uma coisa, mas você não vai gostar... – começou Shunrei
-O que foi? – Saori começou a se preocupar. Alguma coisa em seu coração dizia que aquilo tinha a ver com... – É o Seiya?
-É sim. – respondeu Shunrei
-Olha, amiga, - disse June – infelizmente parece que...
-O Seiya está namorando a Minu! – disse Fleur, nervosa, levando as mãos à boca
Saori precisou de um momento para entender direito o que tinha acabado de ouvir, e, ainda assim, desejou profundamente não ter ouvido o que pensava.
-O... O quê? – perguntou com a voz já embargada, pois seus olhos se enchiam de lágrimas – Ele está... Namorando a Minu?
As amigas confirmaram com a cabeça.
-E isso não é o pior! – disse Fleur, agitada
-Quando nós chegamos, eles estavam conversando juntos... – disse June, mais calma
-Ele estava um pouco nervoso e tinha uma caixinha nas mãos... – disse Shunrei
'Por favor, não...', pensava Saori, embora soubesse que Seiya e Minu já eram amigos há muito tempo, o que significava que qualquer envolvimento entre os dois provavelmente seria pra valer...
-Uma caixinha para alianças... – disse Shunrei, desanimada
Saori não pôde mais conter as lágrimas. Seu coração parecia simplesmente pequeno demais para suportar tanta dor...
Ela caminhou em silêncio até a porta da mansão e a abriu, para sair da casa.
-Saori, aonde você vai? – perguntou Shunrei
-Eu... Só quero ficar sozinha.
-Mas, Saori... – Fleur foi interrompida pela garota
-Não se preocupem... Eu não vou a lugar algum... – disse Saori antes de sair para o jardim."
Sentada em um banquinho, fitando as estrelas, uma outra garota também sofria com a idéia de "perder" seu amado. Minu (Mortias musquias) chorava sozinha, muito triste e ao mesmo tempo zangada por ter se deixado enganar por tanto tempo.
Naquela tarde, que começara tão bem, ela teve a certeza de algo que já desconfiava há um bom tempo, embora relutasse em aceitar como verdade. O amor de Seiya não era seu...
"Eram pouco mais de três da tarde, e Minu aproveitava para ler o resumo das novelas enquanto as crianças jogavam bola com os amigos de Seiya. Sentada em um banquinho, sob a sombra aconchegante de uma árvore, a garota sorria empolgada, pois, no próximo e último capítulo de 'Beijos e lágrimas', Francisco Carlos iria pedir a mão de Maria Helena em casamento!
'Ah... Se pelo menos o Seiya fosse como o Francisco Carlos...', pensava a mosca, quase babando na revista.
-Sonhando acordada, Minu? – ela ouviu a voz do garoto
-Seiya! – o rosto dela corou instantaneamente
-Eu mesmo! – Seiya sorriu – Tudo bem? Posso me sentar do seu lado?
-Claro! Claro! Mas... O que te traz aqui hoje...? – disse Minu sorrindo e tentando jogar o cabelo (sem sucesso, por causa das marias-chiquinhas)
-Bom, Minu, - começou Seiya, parecendo um pouco nervoso – nós somos amigos há muito tempo, não é? Desde que eu e a minha irmã viemos pra este orfanato.
-Sim... – respondeu Minu, se enchendo de esperanças
-Por isso eu confio em você e quero que você seja sincera quando eu te perguntar uma coisa muito importante, certo?
-Sim...? – Minu mal conseguia acreditar no que ouvia
Seiya tirou do bolso uma caixinha para jóias e o coração da garota disparou.
-Sim! Sim! Sim! A resposta é sim! – disse Minu, sorrindo bastante
-Mas eu ainda nem perguntei! – disse Seiya, também sorrindo
-Tudo bem, você quer fazer direito, né? Pode perguntar... – disse a garota, com um sorriso 'de orelha a orelha'
-E então, Minu? – disse Seiya abrindo a caixinha e deixando que a garota visse um lindo anel de noivado – O que você acha? Será que a Saori vai gostar?
-Claro que... – só então caiu a ficha para Minu – Como... Como é? – ela perguntou, incrédula
-Eu vou convidar a Saori para jantar amanhã e vou aproveitar para fazer o pedido de casamento. Sei que é meio louco, mas eu tenho certeza de que ela é a mulher certa para mim e acho que ela também sente o mesmo ao meu respeito.
-Sei... – disse Minu, quase sem voz, se sentindo invadida pelo ódio que aquele nome lhe provocava: Saori!
-Você acha que eu estou fazendo isso direito? Será que ela vai gostar do anel? Fala, Minu! – ele pediu, sorrindo impaciente
-Ahn... Claro que ela vai gostar, o anel é lindo. – disse a garota se segurando para não chorar – Pa... Parabéns, Seiya..."
Minu fechou os punhos com raiva, enquanto mais lágrimas rolaram pelo seu rosto.
Saori levantou-se do lugar onde sentava, na grama, assustada por não saber que alguém era capaz de chorar tanto quanto ela, naquela noite. "Ah, Seiya... Será que você a ama? Será que você ama mesmo a Minu?", pensou enquanto ainda chorava.
"Por que, Seiya? Por que ela? Por que a Saori?", pensou Minu também fitando as estrelas. "Eu me odeio (N.A.: e não é só você não, querida! Rs)! Queria ser outra pessoa!", pensou ela, com raiva.
"Eu queria tanto que você me amasse...", pensou Saori, lembrando-se dos sorrisos que Seiya lhe dirigia sempre.
-Queria tanto ser alguém que você amasse... Nem que fosse por um dia, eu queria ser... A Minu... – Saori disse, baixinho, para si mesma
"Eu te odeio, Saori Kido!", pensava Minu, com raiva.
-Mas bem que eu queria ser a Saori amanhã... – disse Minu, quase ao mesmo tempo que Saori
Nesse momento, uma estrela cadente cortou o céu...
Agradecimentos:
Um ano... Nem parece tanto assim!
No dia 31 de maio de 2004, eu publicava o primeiro capítulo de uma fic que tinha começado a escrever dias antes, só por diversão, chamada Cavaleiros Apaixonados.
De lá pra cá, fui tomando gosto pela coisa – eu já gostava muito de escrever antes – e as minhas fics agora são uma parte muito especial de mim... Pelo menos por enquanto, não sei o que faria sem elas!
Neste período de tempo, tive a oportunidade de me aproximar de pessoas maravilhosas e adquirir algumas amizades verdadeiras. Jamais pensei que isso fosse possível! Eu comemorei quando recebi uma review em um dia para a minha primeira fic, e fiquei tão empolgada que publiquei o segundo capítulo no mesmo dia! Rs
O fato é que eu andava um pouco desanimada e assustada com tudo o que me havia acontecido no ano anterior, 2003, pois haviam sido muitas mudanças e notícias de uma só vez... Ler e escrever fics me deu e ainda me dá muita alegria, mesmo nos momentos em que eu olho para o meu caderno e a história parece não ter saída! Rs
Por tudo isso e mais, quero agradecer a cada pessoa que já me deixou uma review, a cada pessoa que me tem em uma lista de favoritos, a cada pessoa que simplesmente leu as minhas fics. Muito, muito, muito obrigada! Nada disso seria possível sem vocês.
Quero também, dedicar um espaço à agradecimentos especias, para três meninas que são meus anjos da guarda e amigas como eu nunca pensei que poderia ter – como eu nem sei se mereço ter:
Kk-chan: obrigada por estar do meu lado quando eu preciso e por ter me encorajado a começar a publicar aquela fic que parecia uma coisa tão louca no começo! Ah! Também por sempre me ajudar com idéias e revisar todas as minhas vírgulas fora do lugar! Rs Você é minha irmã, mas também é minha melhor amiga – e eu sei que sempre vou poder contar com isso. Eu nunca vou esquecer o quanto você sempre foi tão boa comigo, não importa para onde a vida nos leve ou o que aconteça a partir de agora. Você sempre vai estar no meu coração – não apenas por causa do sangue, he he!
Bianca Potter: nem nos meus sonhos mais loucos eu jamais poderia ter pensado que um dia viria a ser amiga da minha "ídola"! Rs Eu falei pra você que tive muita sorte, mas tive mesmo, coincidências desse tipo não costumam acontecer comigo – exceto quando são ruins... Rs Ta vendo? Eu sou doida mesmo, né? Rs Mas obrigada por suportar a minha "loucura", por se importar comigo e me ouvir – ou não – no telefone, pelas brincadeiras, pelas risadas, pelos micos... Por ser essa amiga tão maravilhosa que você é! Você é outros quinhentos, Bia! Rs
Priscilla Gilmore: Prizinha-san! Eu já falei pra você que posso ser meio "Seiya" às vezes, porque demora um pouco para eu "abrir" o meu coração para as outras pessoas, e é por isso que eu acho que essa amizade é tão especial assim. Porque eu não precisei me esconder por medo, desde o começo já deu pra perceber que você é uma pessoa incrível e em que eu posso mesmo confiar. Obrigada por ser essa pessoa para mim, por se importar e por me divertir sempre! Apesar de tudo, espero mesmo que a nossa amizade seja para sempre – e que um dia as angels possam se reunir para "não dormir" no mesmo quarto! Rs
Amo vocês, meninas!
Beijos e, mais uma vez, obrigada!
Mary Ogawara
