Capítulo Um

Original de Sylvia Day e adaptado por JehSanti

Uchiha Sasuke e Haruno Sakura

Classificação M (sério, é BEM obsceno, estejam avisadas)

Boa leitura!

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Uchiha Sasuke, o homem mais lindo do planeta, estava completamente sem roupa, com apenas um laço cobrindo seu pau.

Sakura ficou boquiaberta. E não apenas isso, com o queixo caído mesmo, e com os olhos arregalados. Sem pensar duas vezes, ela removeu o laço de fita vermelha e ficou babando ao ver o que ele escondia. Ai. Meu. Deus.

"Minha nossa, Sakura" subitamente de volta ao ambiente festivo da sala de reuniões do escritório do Hokage, envolvido pelo som de Itsuki Hiroshi entoando canções natalinas. "Não é possível que o seu presente de amigo secreto seja tão ruim assim. Deixa eu ver." Ela estendeu a mão, mostrando as longas unhas postiças com desenhinhos de bonecos de neve.

Segurando a caixa embalada em papel metalizado junto ao peito, Sakura entregou o vale-presente do restaurante, que estava por cima da foto — aquela com o lacinho estrategicamente colado para impedir que ela tivesse uma visão completa.

"Aaaahh, que legal. Eu adoro o Takazawa." A boca pintada de vermelho de Ino se curvou em um sorriso. "Eu quero ir com você. Os caras com quem eu costumo sair são sovinas demais para me levar lá."

"Hã..." Sakura virou a cabeça à procura do homem nu de seus sonhos. Obviamente, Sasuke não estava sem roupa naquele momento. Não em plena festa de Natal reservada para a equipe e os amigos mais próximos do Kage de Konoha. Ele estava vestido com sua belíssima calça azul-marinho feita sob medida, uma camisa imaculadamente branca e um colete cinza. O fato de ele usar aquele colete era mais um motivo de admiração para ela. De alguma forma, a elegância daquelas roupas acentuava ainda mais o apelo rústico e másculo de seu corpo. Ele era solteiro e maravilhoso e, como todos os homens com essas características, tinha um estilo de vida que colaborava com a manutenção de sua boa forma.

Era o tipo de cara por quem as mulheres caíam de quatro. Ela, porém, procurava evitá-lo como o diabo foge da cruz. Já havia aprendido aquela lição muito bem da primeira vez.

Sakura ficou sem fôlego.

Ele estava parado junto à porta.

Com sua altura imponente e seus ombros largos, apoiado contra o batente da porta em uma pose casual, era impossível não notá-lo. Seus cabelos pretos brilhavam sob as luzes de Natal. Ele estava olhando para ela com um sorrisinho malicioso.

E ainda deu uma piscadinha.

Foi quando ela percebeu o que estava acontecendo, e levou um tremendo susto.

De alguma forma, ele havia tido acesso a sua lista de desejos. Aquela com suas fantasias. Sua estúpida e inofensiva lista de desejos safadinhos.

Ai. Meu. Deus.

Sasuke percebeu o exato momento em que Sakura se deu conta do que estava acontecendo. Ela ficou toda vermelha, desde o rosto até o colo, exposto pela gola em V da blusa de seda que vestia.

Finalmente! Depois de quase um ano de paqueras à distância que renderam no máximo algumas ereções em momentos impróprios, ele ganharia o que realmente queria como presente de Natal: a oportunidade de provar que era o homem perfeito para ela. Sasuke bem que gostaria de dizer que (re) conquistou Sakura usando apenas seu charme, mas não era bem assim. Foi preciso que o destino entrasse em cena e fizesse com que ele sorteasse o nome dela no amigo secreto que Naruto organizara. Quando abriu o papelzinho e leu o nome Haruno Sakura, começou a rir sozinho, como um idiota.

Por mais ou menos um segundo.

Sasuke logo percebeu que precisaria encontrar um presente que, além de espetacular, ela só pudesse compartilhar com ele, e não com os outros abutres que ficavam rondando Sakura no hospital. Ele percorreu dezenas de feirinhas lotadas, navegou em milhares de sites de compras e pediu sugestões para todas as mulheres que conhecia (afinal, não sabia mexer nessas quinquilharias) — tudo sem sucesso. Elas não conseguiam entender por que ele não podia simplesmente convidar Sakura para sair em vez de bolar um plano mirabolante para mostrar que estava interessado.

A resposta era muito simples. Ele tinha uma baita fama de mulherengo.

Ela sabia disso, e por esse motivo não queria nada com ele. Portanto, chamá-la para sair não adiantaria nada. Antes, ele precisava convencê-la de que suas intenções eram sérias (dessa vez).

A resistência de Sakura não era exatamente uma experiência nova para Sasuke.

A maioria das mulheres com quem ele mantinha apenas uma relação de amizade eram aquelas que deixavam claro que estavam esperando pelo cara certo, e não topavam se divertir com qualquer um que aparecesse enquanto isso. Desde que a guerra havia terminado, Sasuke sempre foi bem-sucedido em transmitir sua imagem de solteirão e conquistador convicto. Não que ele nunca tivesse assumido um compromisso. Isso acontecia. Só não era o tipo de relacionamento destinado a durar para sempre.

Sendo assim, ele fazia de tudo para respeitar o distanciamento de Sakura, mas o desejo o estava consumindo por dentro. Ele a desejava — desejava agarrar com força aqueles cabelos róseos - agora - compridos, desejava ver aqueles olhos verdes escuros e cheios de tesão, desejava arrancar o uniforme vermelho daquele corpo curvilíneo e vê-lo nu em sua cama. Apesar de saber que aquilo provavelmente nunca iria acontecer, Sasuke não parava de fantasiar a respeito.

Sakura era maravilhosa — tinha um belo corpo e era inteligente e confiante. Conhecia bem seus pontos fortes, e sabia como explorá-los. Mas ela também era do tipo que sabia valorizar a si mesma, e queria um homem que também fizesse isso. Como foi mesmo que ela falou uma vez?

Um homem que está sempre com um pé lá e outro cá nunca está em lugar nenhum.

No entanto, Sasuke não fazia exatamente o tipo cafajeste. Ele cuidava muito bem das mulheres com quem se relacionava; se esforçava para saber do que elas gostavam, ou não gostavam. Não era tão difícil assim. Bastava um pouco de dedicação, e Sasuke tinha disposição de sobra para isso. Gostava de ver a surpresa no rosto delas quando ele se lembrava de seus escritores favoritos, ou de suas músicas prediletas, ou dos lugares em que preferiam ser tocadas e acariciadas. Por causa disso, ele ainda era amigo da maioria de suas ex-namoradas.

"Você não está sendo nada discreto", disse uma voz a seu lado, em tom de provocação.

Sasuke desviou o foco de sua atenção dos olhos arregalados de Sakura para a mulher que havia falado com ele.

"Pelo jeito ela gostou do presente", comentou Karin com um sorriso. "Por que eu nunca ganhei fotos suas sem roupa quando a gente namorava?"

"Você nunca pediu."

Sakura também não, pelo menos não abertamente. Aconteceu em um dia em que ele estava fazendo hora extra no hospital. Sua intenção nesse caso era dupla — ganhar algum dinheiro a mais para as festas de fim de ano e se esquecer do fato de não ter conseguido encontrar um presente capaz de esquentar as coisas entre ele e Sakura. Mas Sasuke não estava conseguindo se concentrar, e por isso começou a andar de um lado para o outro pelo espaço circular entre a mesa da recepção e os elevadores do prédio em que Sakura trabalhava.

Foi quando ele viu uma bolinha de papel deixada para trás pela equipe de limpeza da noite. Estava caída no chão, ao lado do pé de madeira polida do sofá da sala de espera. Ele a apanhou com a intenção de jogar no lixo, mas os tons de rosa e verde do papel chamaram sua atenção. Sakura estava usando um bloquinho colorido todo enfeitado naquele mês. O Natal era uma das épocas favoritas dela no ano, o que a pequena árvore montada na mesa da sua sala deixava bem claro. Ele imediatamente se deu conta de que aquele lixo festivo tinha vindo da sala dela, o que fez a bolinha de papel ganhar um novo significado.

Sentindo-se um tanto envergonhado, mas incapaz de se controlar, Sasuke desamassou o papel...

E desde aquele dia não parou mais de agradecer sua estrela da sorte.

No alto do papel listradinho, liam-se as palavras Lista de Desejos, impressas em uma fonte criada para parecer uma letra de criança. Logo abaixo, havia as anotações com a letra caprichada de Sakura.

Mãe — máquina de fazer pão

Pai — equipamento de pesca

Naruto — vale-presente

Mas ela rasurou aquela lista e começou uma nova.

Minha lista de Desejos (safadinhos)

Uchiha Sasuke sem roupa, embrulhado apenas em um laço.

Sasuke me beijando até eu perder os sentidos.

Sasuke cozinhando pelado para mim (para eu poder ficar olhando a bunda dele).

Uma chupada em Sasuke (humm).

Sasuke me chupando (humm em dobro).

Trepar com Sasuke até não conseguir nem andar no dia seguinte.

A surpresa provocada pela lista foi tamanha que ele caiu sentado no sofá da recepção. Sasuke percebeu que Sakura o estava enganando o tempo todo, assim como fazia quando estava diante de um interrogatório. Fingiu que não tinha o menor interesse, quando na verdade estava tão a fim quanto ele. Mulher nenhuma tem fantasias tão detalhadas com um cara se o seu desejo por ele não for para valer. Ela claramente vinha pensando nele fazia um bom tempo.

As imagens inspiradas pelas palavras dela começaram a pipocar em sua mente. Seu pau ficou duro, e ele se perguntou como faria para voltar ao escritório naquele estado, ou a sala da Quinta, três andares acima.

Mas ele não precisou se preocupar com isso por muito tempo. A lista seguinte, escrita com uma caligrafia trêmula, cortou totalmente seu barato.

Minha lista de desejos (comportadinhos)

Parar de pensar em Uchiha Sasuke ou pedir transferência para Suna.

Nesse momento, teve consciência de duas coisas. A primeira era que, por mais que ela desejasse seu corpo, isso não significava que quisesse alguma coisa com ele. Tanto que estava disposta a pedir transferência para outra vila, que ficava em outro país.

A segunda — a ideia de não vê-la mais quase todos os dias — o atingiu como um soco no estômago, doloroso demais para um interesse meramente casual. Foi nesse instante que ele entendeu o que aquele nó no estômago significava.

Em algum momento, o desejo unicamente sexual que sentia por ela se transformou em algo mais. Talvez aquilo tenha acontecido na última missão em que trabalharam juntos, quando ele ficou impressionadíssimo com a inteligência dela. Ou então pode ter sido quando ela chorou por causa da morte de um peão inocente, e não fez nenhuma questão de esconder aquilo. Fosse como fosse, ele se sentiria muito mal caso seu passado atrapalhasse algo que ambos queriam muito.

Neste Natal, Sasuke garantiria que todos os desejos de Haruno Sakura se tornassem realidade.

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Assim que Sasuke se distraiu, Sakura aproveitou para ir embora da festa. Nas duas semanas seguintes, ela estaria de folga. Caso conseguisse sair do prédio sem que ninguém percebesse, escaparia ilesa daquela situação constrangedora.

Não foi à toa que ela pensou em rasgar aquele papelzinho idiota antes de jogá-lo fora. Ou então queimar. Mas ela preferiu dizer a si mesma que estava sendo paranoica. Aquela porcaria estava no lixo. Quem poderia encontrá-lo ali? Com certeza não seria Sasuke. Ele não era do tipo que ficava remexendo no lixo dos outros. Pelo menos não que ela soubesse.

Ela foi ficando irritada, e acelerou o passo até chegar à sala de conferências em tempo recorde. Era ridículo. Aquelas anotações tinham sido feitas em caráter privado, em uma reunião das mais tediosas com Tsunade e o diretor geral da Polícia de Konoha que ocupariam o hospital ocasionalmente em busca de manter a segurança do local. Ela não estava conseguindo se concentrar, já que Sasuke estava lá, na sua frente, maravilhoso como sempre. Ela se ocupou, então, de ficar observando a pequena parte do pulso dele que era visível sob as luvas — a pele branca com os pelos pretos contrastava com a vestimenta da mesma cor e o branco do punho da camisa. Aquele pedacinho mínimo de pele exposta a deixou molhadinha no meio das pernas.

Uchiha Sasuke não era um homem qualquer. Talvez fosse a beleza sedutora de seu rosto. Ou então seu corpo alto e definido. Ou quem sabe sua inteligência impressionante, e sua postura agressiva nas reuniões do conselho. Ou talvez o fato de ele trabalhar voluntariamente em um programa de auxílio para mulheres vítimas de abuso... Porra, ela não sabia por quê. Só sabia que a reputação dele entre as mulheres não era nada aconselhável, e ela já havia sofrido demais na vida.

Sakura soltou um grunhido. Aquela maldita lista deveria ser só uma espécie de purgação terapêutica. Não era para ser tomada literalmente. Mesmo assim, enquanto colocava alguns documentos na pasta, ela pegou a caixa com a foto de Sasuke, proibida para menores e guardou também.

"Feliz Natal para mim", ela disse baixinho.

"E está só começando", cochichou uma voz grave em seu ouvido. Aquele som delicioso produziu um arrepio em sua nuca, que depois foi descendo pelo corpo todo.

Abrindo a boca para protestar, ela se virou.

E logo se viu agarrada por um corpo firme como uma rocha, e beijada com vontade.

Sakura foi pega completamente de surpresa e, quando seu cérebro registrou quem estava fazendo aquilo, não quis que ele parasse. Suas mãos envolveram os ombros de Sasuke, conforme seus sentidos iam sendo invadidos pelo cheiro de macho excitado dele.

Uau, que delícia. Tarado e carinhoso ao mesmo tempo. Seus lábios eram quentes, e o interior de sua boca, bem macio. Ele enfiou as mãos por dentro do casaquinho dela, puxando-a mais para perto. Quando ele desceu um pouco para apertar sua bunda, ela sentiu um calor se espalhar pela pele.

"Não", ela murmurou com a boca colada à dele.

Soltando um grunhido baixinho em resposta, Sasuke inclinou a cabeça e tornou o beijo ainda mais profundo. Ele a puxou, fazendo-a se desequilibrar e jogar seu peso sobre ele. Ele aproveitou a oportunidade para erguê-la do chão e sentá-la na mesa, encaixando o quadril no meio das coxas dela. Nesse momento, o latejar que Sakura sentia desde o momento em que ele a tocara se transformou em pontadas de dor.

"Sasuke..."

Ele apoiou a testa molhada de suor contra a dela, com a respiração ofegante junto a seus lábios inchados.

"Eu vou dar o que você queria ganhar de Natal, Sakura."

"Eu não quero você."

"Que mentira." Ele apertou um dos seios dela. Com os dedos habilidosos, localizou o mamilo pontudo, que revelava o que ela tentava esconder. Enquanto beijava sua orelha, ele murmurou: "Aposto que você está toda meladinha para mim".

"O que é isso, Sasuke?" Ela ficou toda tensa, mas não negou.

"Eu tranquei a porta..."

"Você está louco?", ela rebateu, afastando a mão dele.

Sasuke a agarrou pela cintura, puxou-a para a ponta da mesa e encostou o pau duro no sexo dela.

"Estou." Ele começou a mover os quadris, produzindo um atrito entre o clitóris dela e o tecido da roupa de ambos. Ela gemeu. "Estou louco por você, não sabia?"

"Por mim e por todas as outras."

"Não", ele rebateu, esfregando-se de novo contra ela com ainda mais vontade. "Eu gosto de mulheres. Mas louco mesmo eu só estou por você."

O atrito delicioso fez o sexo dela se comprimir de vontade. Com o coração acelerado e respirando com dificuldade, ela o empurrou sem muita convicção.

"Para com isso... Não estou conseguindo nem pensar direito..."

"Você pensa demais." Ele a segurou com força e continuou esfregando o pau nela. Sakura nem se preocupou em acender a luz quando entrou, pois a luz do luar se espalhava pela sala inteira, que tinha janelas que iam do chão ao teto. Mesmo na semipenumbra, porém, os olhos dele brilhavam de desejo, fazendo com que ela sentisse um nó na garganta. Mantendo-a paradinha no lugar, ele foi passando toda a extensão de sua impressionante ereção pela abertura dela. Ele era tão maravilhoso, tão determinado, que só de vê-lo sentir prazer ela ficou à beira de um orgasmo.

"Eu quero você, Sakura. E já faz tanto tempo... E eu sei que você também me quer."

Já quase gozando, ela segurou na beirada da mesa e remexeu os quadris contra o volume imponente nas calças dele, usando-o para se masturbar. O gemido áspero de Sasuke forneceu o ímpeto para fazê-la ir em frente. Soltando um grito, ela se deixou levar pelas ondas de prazer que se espalharam pelo seu corpo, deixando-a até tonta.

"Isso mesmo", ele incentivou com a voz rouca, ampliando os movimentos dela, fazendo o momento se prolongar. "Ah, minha querida. Você é tão linda."

Ela se deixou afundar no peito dele, liberando toda a tensão. Com o rosto comprimido contra a garganta dele, ela sentia aquele cheiro masculino, que era enlouquecedor. Sakura grunhiu, desejando desaparecer do mundo. A última coisa de que o ego de Sasuke precisava era levá-la ao orgasmo sem o menor esforço.

"Você estava precisando disso fazia um tempão, não é?" Ele acariciou as costas dela com suas mãos grandes.

"Você não vai querer levar o crédito por isso?" Ela não conseguiu esconder sua surpresa.

"Eu?" Ele se curvou um pouco para trás. "Quem me dera. Esse foi por sua conta. Mas da próxima vez pode deixar comigo."

Ela deixou escapar uma risada contra sua vontade, e escondeu o rosto no ombro dele para disfarçar. Ele era charmoso, isso não havia como negar.

"Não vai ter próxima vez."

O abraço dele era tão forte que estava perto de esmagá-la.

"Até parece. Você quase me enganou. Se eu não tivesse visto aquela lista de desejos, até poderia achar que você não gostava mais de mim."

"Não é uma questão de gostar ou não gostar, Sasuke. Acho até que você se tornou um cara legal, mas..."

"Você precisa de alguém para um compromisso mais sério."

"Na verdade, o que eu mais preciso é ficar sozinha."

"Eu aceito um compromisso mais sério." Ele segurou o rosto dela entre as mãos e acariciou as bochechas com o polegar. "Não vejo por que não. Mas isso nós só vamos descobrir se você me der uma chance."

"Por quê?" Ela o empurrou para afastá-lo. "Porque sentimos tesão um pelo outro? Isso não é suficiente para manter um relacionamento, e eu não quero ser uma espécie de experimento monogâmico para você."

"Olha ela aí de novo", ele disse baixinho, dando um passo atrás para que ela pudesse descer da mesa. "A mulher que finge não gostar de mim, ao contrário da verdadeira Sakura."

Ela fez uma careta. A verdadeira Sakura já havia aprendido a abrir mão de algumas coisas que desejava. Era um sacrifício que ela estava mais do que disposta a fazer.

"Assunto encerrado, então?"

"De jeito nenhum. Não estamos nem perto disso." Ele passou as mãos pelos cabelos grossos e brilhantes.

Ela se arrependeu de não tê-los agarrado quando teve a chance.

"Você não gozou, mas eu não sinto nenhum peso na consciência por isso. Você pode sair com qualquer uma das mulheres que estão lá na sala de reuniões."

"Vai se foder, Sakura", ele respondeu, irritado. "Nós não estamos falando só de trepar, e você sabe disso."

Ela soltou um risinho de deboche.

"Claro que estamos."

Ele se endireitou de repente, com um brilho ameaçador no olhar.

"Eu só preciso de dois dias para cumprir os itens da sua lista. Depois que você realizar suas fantasias, que aliás são as minhas também, nós podemos voltar à relação de sempre. Mas sem toda essa tensão sexual."

"Isso não vai dar certo", ela falou, e sentiu um frio na barriga só de pensar.

"Se não der, você pede transferência, como queria. Mas pelo menos vamos ter feito um sexo gostoso e selvagem antes de você ir. Já que é disso que estamos falando, então vamos fazer."

Ah, ele sabia muito bem como colocar seus argumentos. E sabia que a palavra "selvagem" seria decisiva para ela. Dava pra ver nos olhos dele.

"Em um hotel?", ela sugeriu, resignada. Quando não havia mais argumentos, o que mais uma mulher poderia fazer?

Pelo menos foi isso o que sua inner sugeriu.

"Na minha casa", ele respondeu, tentando disfarçar a alegria da conquista. "Lá eu tenho tudo de que preciso para cozinhar..." Ele abriu um sorriso encantador. "Pelado."

"Ai, Deus..." Ela estava toda vermelha, dava para sentir. O fato de ele conhecer seus desejos secretos era embaraçoso demais. E um tremendo estímulo também, pelo perigo que representava. Ela teria que conseguir separar as duas coisas — o ninja que admirava do bon vivant com quem queria trepar.

"Vamos simplificar as coisas." Ele enfiou a mão no bolso, tirou um papel lá de dentro e pôs na mão dela, aproveitando para beijá-la de leve nos lábios. "Não. Você foi uma boa menina, e merece que seus desejos sejam realizados." Ele a beijou de novo. Era impossível fugir do fato de que ele era protagonista de seus sonhos sexuais. "Vamos lá, Sakura. Colabora. Vai ser divertido."

Divertido... Caras como Sasuke eram sempre garantia de diversão.

"Este é o endereço do meu apartamento. Espero você lá."

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Quando chegou ao apartamento de Sasuke, Sakura estava decidida a ter uma boa noite de diversão. Já que ela estava cedendo, que pelo menos aproveitasse ao máximo a ocasião. Ponto final. Portanto, quando tocou a campainha e Sasuke a atendeu usando apenas um gorro de Papai Noel e um avental com a inscrição "Dê um beijo no cozinheiro", ela largou a bolsa com sua troca de roupa no chão e pulou em cima dele.

"Puta merda." Pego de surpresa, ele cambaleou para trás, mas conseguiu ao menos fechar a porta antes de se jogar no sofá mais próximo. Eles desabaram sobre o couro preto — um homem seminu e sua parceira para lá de determinada.

Montada sobre ele, Sakura se inclinou para a frente e o beijou com ardor. O cheiro dele tomou conta de seus sentidos, e seus mamilos endureceram, ficando dolorosamente pontudos.

Sasuke soltou um grunhido.

Sakura se sentou sobre sua volumosa ereção, um sinal claro de que ele também estava mais do que pronto para ela. Remexendo no bolso da saia, ela tirou uma camisinha e largou sobre o peito dele.

"Põe essa coisa logo."

Piscando os olhos, surpreso, Sasuke perguntou: "Assim, do nada? Oi, tudo bem, vamos trepar?".

"Está achando ruim?"

"De jeito nenhum." Enquanto ela se ajoelhava para levantar a saia, ele rasgou a embalagem do preservativo com uma pressa quase cômica. Quando olhou para cima de novo, seu olhar foi direto para o meio das pernas dela.

"Minha nossa. Sakura... Você está sem calcinha."

"Ops. Eu devo ter esquecido de vestir." Ela prendeu a bainha da saia no elástico da cintura.

Enquanto punha a camisinha, ele lambeu os lábios.

"A lista de desejos de quem estamos realizando mesmo?"

O desejo estampado nos olhos semicerrados dele a fez estremecer. O gorro de Papai Noel estava todo torto, e os cabelos, caídos sobre a testa. Somando-se a isso o fato de estar usando apenas o avental, a aparência dele deveria estar ridícula. Porém, em vez disso, ele parecia delicioso. Seus braços eram extremamente sensuais, com sua pele branca e os músculos bem definidos.

"Vem aqui." Esse comando foi emitido com uma voz rouca e sedutora que a deixou toda arrepiada, apesar de o calor da lareira aquecer a sala inteira.

"Onde?", ela perguntou baixinho, em tom de provocação.

"Até a minha boca. Eu quero lamber você todinha."

Claro, como não?

Obrigando a si mesma a se mover lentamente para não parecer desesperada, Sakura se ajoelhou no sofá sobre a cabeça dele. Com um joelho apoiado em um braço do sofá e outro na borda do assento, ela se abriu inteira, proporcionando a ele uma visão ilimitada. As mãos dele subiram por suas coxas, enquanto ele respirava com a boca junto a seu sexo. Ele apertou a bunda dela, e Sakura gemeu de tesão...

E então passou a língua pelo seu sexo em uma lambida longa e caprichada.

Ela se agarrou ao sofá como se fosse uma boia salva-vidas, e começou a gemer.

Acariciando a parte posterior das coxas dela, ele continuou se fartando, deslizando a língua pela abertura de Sakura. Quando encontrava um lugarzinho que a fazia gemer mais alto, ele se concentrava por lá por um instante antes de continuar sua exploração, sem nunca deixar de voltar de tempos em tempos ao clitóris.

"Não goza agora", ele murmurou quando ela começou a tremer toda.

"Está brincando?", ela rebateu, ofegante, remexendo os quadris na boca dele. "A culpa é sua, por ser tão bom nisso."

Ele soltou um risinho de pura satisfação masculina.

"Eu quero que o meu pau esteja dentro de você quando gozar."

Ela estremeceu violentamente.

"Então é melhor você pôr logo essa camisinha."

"Eu já estou pronto, se você quiser."

"Hã?"

O sorriso de Sasuke era pura malícia.

"Acho que você acabou se distraindo um pouco."

Virando a cabeça para o outro lado do sofá, ela arregalou os olhos. Ele levantou o avental e revelou o objeto dos sonhos dela, tanto dormindo como acordada. Grosso, comprido e arqueado na direção da barriga, o pau dele a fez salivar. Não era à toa que o sujeito tinha aquele ar de "eu sei que vou enlouquecer você na cama". A foto que ela ganhou não fazia jus ao que estava vendo ao vivo e em cores.

Ela engoliu em seco e se posicionou sobre os quadris dele, e Sasuke ajeitou o pau no ângulo certo. Sentindo seu coração disparar dentro do peito, Sakura ficou parada por um instante. Se passasse daquele ponto não poderia mais voltar atrás. As coisas nunca mais seriam iguais entre eles depois que fizessem sexo. Ela seria capaz de lidar com isso? Saberia manter o distanciamento necessário?

"Sakura."

Ela o encarou fixamente.

"Esqueceu a sua lista?" O lindo rosto de Sasuke estava vermelho e sua boca estava toda melada, mas, apesar de toda a sua sensualidade, seus olhos negros transmitiam cumplicidade e desejo na mesma medida. "Não tem problema nenhum você realizar seus desejos", ele disse baixinho. "Ainda mais sendo de comum acordo entre as partes."

Ela respirou fundo, e notou a música natalina tocando ao fundo, e o cheiro de um pinheiro sem decoração encostado em um canto da sala. Caso fosse pra casa, passaria a noite sozinha. Ou então poderia ficar com Uchiha Sasuke.

Era isso que ela queria. E era Natal!

Molhada de tanta vontade, ela foi deslizando sobre ele lentamente, tomando para si o único presente que queria ganhar naquele ano. A única coisa que tinha desejado em muitos anos. Ser tocada e possuída. Ser desejada.

"Ah, isso", ele grunhiu, passando as mãos pelas coxas dela, arqueando as costas. "Minha nossa, como você é gostosa."

Sakura mordeu o lábio inferior, sentindo a penetração ir cada vez mais fundo. Ele a preencheu por inteiro, e sua rigidez a fez perder o fôlego. E o comprimento dele, e a largura... Quando as nádegas dela encostaram nas coxas musculosas dele, ela deixou escapar um ruído que mostrava o quanto estava entregue e fragilizada.

"Pode deixar comigo", Sasuke falou com a voz áspera quando ela se deixou cair sobre ele, toda trêmula. Ele acariciou suas costas, murmurando: "Levanta só um pouquinho... Shh, pode deixar que eu me ajeito... Assim. Agora é só ficar paradinha aí."

Ele ergueu os quadris, penetrando-a com uma estocada de tirar o fôlego.

"Sasuke." Ela afundou o rosto no pescoço dele, sentindo seu sexo se contrair completamente. "Ah."

Ele repetiu o movimento, entrando profundamente em sua abertura faminta.

"Está gostoso?", ele perguntou, arfando.

"Eu estou louquinha de tesão." Ela olhou para ele. Sasuke respirou fundo, e seu peito comprimiu os seios dela. Sakura desejou estar nua naquele momento, para sentir o contato de sua pele contra a dele.

"Que bom. Eu não queria ser o único a ficar assim." Segurando-a pelos quadris, ele acelerou o ritmo, deixando apenas a cabeça lá dentro antes de meter até o fundo, soltando ruídos guturais.

Gemendo baixinho, ela o segurou pelos ombros e se deixou levar pelo ritmo das pancadas do quadril dele contra o seu. Ele era tão gostoso... Tão cheiroso...

Sasuke falou por entre os dentes cerrados.

"Não precisa me esperar." Ele finalizou sua ordem com uma estocada brutal, que comprimiu o clitóris dela da maneira ideal.

Foi um orgasmo estonteante. Ela ficou paralisada, incapaz de se mover. Cada célula de seu corpo estava concentrada na contração de seu sexo em torno da infinita extensão do pau dele. Sasuke se contorceu sob ela, e depois a puxou com força contra si, rugindo no ouvido dela enquanto gozava.

Abraçada a ele, Sakura ouviu as violentas batidas de seu coração, misturadas com o ritmo suave da música, e se sentiu querida e acolhida.

Pela primeira vez em muito tempo, seu Natal parecia um Natal de verdade.

Continua...

Hey, espero que tenham gostado! Essa adaptação é, na verdade, um conto, então só vai ter dois capítulos, o próximo será o último. O Sasuke tá meio OOC, mas não dá pra se fazer muito com adaptações hehe mesmo assim eu gostei muito do resultado. Semana que vem (ou antes, quem sabe) eu trago a continuação!

Coisas a se observar: Adaptei de forma que a história se passa depois da guerra, Sasuke reconstruiu a Polícia de Konoha e agora é o comandante e diretor da organização. Sakura é diretora do Hospital Geral. Os dois se afastaram depois da guerra e só voltaram a se ver frequentemente agora que Sasuke faz plantão no hospital para garantir a segurança do local.

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Abraços! ;)