Primeiros capítulos reescritos

Primeiros capítulos reescritos

Diclaimer: Saint Seiya e seus personagens pertencem ao Masami Kurumada.

Doce Vampira

Capítulo 1:

O Fantasma do Meu Passado

Era mais um dia. Hélios passeava pelo céu, levando o sol em sua biga e iluminando a vida dos mortais e imortais. O Santuário estava no mais profundo silêncio. Nossos queridos cavaleiros sequer treinavam. Athena, ou Saori Kido, estava no Japão no momento, e deixara o Santuário sob o comando de Shion, este falava que treinos deviam ser diários e de manhã e à tarde. Mas quem obedecia? Sequer meia dúzia. Athena já os faziam treinar muito, e estavam aproveitando a folga.

Em Rodório, num bar muito freqüentado pelos dourados, o Caverna das Ninfas, era possível ouvir gritos de torcida. Era possível distinguir as palavras "Máscara" e "Milo" entre tantos outros gritos. Era uma briga que ocorria, entre o Cavaleiro de Escorpião e o Cavaleiro de Câncer.

Outros dourados, como Kanon, Aiolia e Shura, assistiam à briga, junto com outros clientes do local e amazonas. Faziam apostas, torciam, criticavam. Típica briga de bar, porém, duas pessoas pareciam completamente deslocadas naquilo, entre elas, uma garota de aproximadamente quatorze anos, com cabelos na cintura e castanho-claro. Olhos castanho-escuro, bem expressivos, denotavam chateação e raiva, por detrás dos óculos de meia-armação dourada e fina. Tinha a pele extremamente branca, e uma estatura um tanto elevada para a idade. Era também muito fofa, e a blusa de taquetel larga, azul-marinho, e a calça preta larga, junto com botas pretas, de salto médio, aumentavam essa impressão.

Kanon: Vai, Milo, acaba com ele! – gritou o geminiano, fazendo como se socasse alguém. A garota de cabelos castanhos cutucou-o no ombro. – Que é, Tenshi? – perguntou sem virar-se.

Tenshi: Primo, por que raios você me arrastou pra cá?! Eu sequer posso beber por ser menor de idade, e ainda tenho que aturar esses dois brigando por um motivo tão besta, como o Milo ter feito uma piada de mau gosto em relação ao Máscara?! – falou suplicante, com voz digna de ser confundida ao telefone com uma pessoa bem mais velha. Era cerca de vinte centímetros mais baixa que Kanon (N/A: Essa sou eu. Quando eu conseguir adiantar mais as fanfics, vou fazer uma do que quê a Tenshi aprontou quando chegou no Santuário).

Kanon: Porque assim você não ficava sozinha no Santuário e não vai ser influenciada em questão de chatice pelo povo que resolveu treinar! E deixa a briga correr, se o Milo ganhar, faturo uma grana preta! – falou em seguida soltando um grito quando Máscara recebeu um soco de direita no rosto de Milo. O canceriano, por sua vez, revidou com uma joelhada no estômago.

Os olhos de Tenshi brilharam vermelhos, adquirindo expressão maléfica e raivosa. Foi até o balcão, pulou-o, sobre os protestos do barman, encheu um balde de água e gelo. Esperou alguns minutos e, expremendo-se entre tantas pessoas, chegou ao local onde a briga ocorria. Milo estirado no chão, era socado seguidamente pelo canceriano. A prima dos geminianos sorriu marotamente com os lábios e, preparando o balde, de uma única vez, despejou todo o conteúdo em cima dos dois que brigavam, deixando-os ensopados e com muito, muito frio.

Tenshi: Muito bem, muito bem, muito bem! Todo mundo circulando! Chega de brigas! – falou autoritária, metendo medo nos clientes que não eram cavaleiros, que trataram de irem para suas mesas rapidinho. – E quanto a vocês dois, parem de brigar tanto. – falou balançando a mão displicentemente. Olhou e apontou para os demais dourados. – Quanto a vocês, ou começam a ser mais responsáveis ou duvido que desencalhem. Além do mias, não estarei por perto sempre para evitar um desastre. – falou semicerrando os olhos perigosamente. Em se tratando de personalidade, ninguém negava ser parente dos gêmeos. E também era de gêmeos, para completar a desgraça dos dourados. Mesmo tendo apenas quatorze anos, desde dois meses atrás, quando chegara, mostrara mais maturidade que todos eles juntos.

Dourados: Ok, Tenshi. – falaram temerosos, vendo a jovem balançar a cabeça negativamente, suspirando desinteressada e indo para a saída do bar, provavelmente a caminho do Santuário, treinar um pouco as técnicas que os primos estavam lhe ensinando.

Num outro ponto do bar, a segunda figura desinteressada naquela briga ocorrida, observava as pessoas se dissipando. Pensou que, finalmente, houvera um vencedor, mas surpreendeu-se ao constatar que uma garota, provavelmente irritada com os dois, apenas molhara-os com água gelada e ameaçadoramente, fizera as pessoas dissiparem-se. Provavelmente, era parente de algum daquele bando de homens que ficara. Era uma mulher, de cerca vinte e três anos. Tinha os cabelos ondulados até a cintura, verde brusco, com uma franja caindo pelos lados do rosto. Tinha os seios fartos, corpo escultural, cerca de um e setenta de altura. Usava um vestido na metade das coxas, negro esverdeado, regata e bem agarrado, denotando bem as curvas. Os lábios carnudos estavam pintados de negro, e os olhos, levemente sombreados de prateado. Seus olhar misterioso fixou-se no cavaleiro de Câncer. Demonstrou surpresa ao vê-lo.

Mulher: Máscara... – murmurou, chamando o garçom e pagando a conta por uma dose uísque, em seguida levantando-se e seguindo o mesmo caminho de Tenshi.

Máscara, após ser encharcado por Tenshi, levantara-se e dirigira-se ao banheiro, antes reparando numa mulher que lhe parecia muito, muito familiar, talvez apenas com a face envelhecida. Uma época de seis anos atrás lhe surgiu à mente. Um ano do qual ele, Milo, Kamus e Mu haviam sido enviados em missão à Bulgária, e por conseqüência, à Inglaterra.

No banheiro, Máscara e Milo enxugavam-se como podiam, silenciosos por um tempo.

Máscara: Milo... – começou, chamando a atenção do escorpiano.

Milo: Que é? – falou claramente de mau humor.

Máscara: O que você lembra de quando fomos naquela missão do Santuário de um ano, eu, você, o Kamus e o Mu, na Bulgária? – perguntou parecendo viajar.

Milo estancou. Detestava pensar naquele um ano, um ano que acabara por torná-lo no maior Don Juan do Santuário, e com fama de pervertido, também.

Milo: Nada. – mentiu com a voz seca. Detestava lembrar dela, apesar de ainda guardar tantas lembranças da mesma.

A mesma mulher observava de longe a entrada do Caverna das Ninfas. Parecia amargurada.

Mulher: Máscara, não me procure, por favor. Não posso me aproximar de você de novo. – murmurou inaudivelmente, começando a andar em direção à Acrópole.

Ao chegar na casa de Câncer, Selene já começava seu percurso, com seus belos cavalos brancos puxando a lua, enquanto o sol terminava de sumir do horizonte. Máscara olhou ao redor e sentiu uma solidão que há muito não sentia. Talvez estivesse na hora de verificar com Athena se tinha permissão de ir até a Itália, visitar sua família. Talvez seu primo já não guardasse tanto rancor.