Disclaimer: Saint Seiya não me pertence, seu enredo e personagens pertencem a Masami Kurumada, Toei Animation e qualquer outra pessoa ou empresa que, eventualmente, possua seus direitos autorais. Fic escrita sem fins lucrativos.

Oneshot. UA
Resumo: Eu sei que se vocês pudessem me ouvir, diriam que sempre há dois lados para cada história, você estão certos, este é o meu... Não consigo viver sem vocês.


oO More than words can say Oo

Tarde de sábado em Atenas, casa da família Copoulos. Uma das famílias mais influentes de toda a Grécia, cujo patriarca é um grande político que mora com sua mulher e seus três mosqueteiros, digo, filhos.

Um ambiente harmonioso, calmo, silencioso...

- ABRE ESSA PORTA!

Aiolia se revirou na cama mais uma vez quando ouviu as batidas na porta, colocou o travesseiro no rosto e gritou alguns palavrões em grego abafados pela pressão do objeto.

- Para de criancice, sai já desse quarto.

- Nãããooo!!

- Mai, vem aqui convencer o seu irmão a sair. – cochichou para a irmã.

- Aiolia, abre a porta.

- Aiolos, que golpe baixo! – o mais velho sabia que a caçula era o ponto fraco de Aiolia.

O grego abriu a porta e puxou a jovem para dentro do quarto, fechando-a com violência para não dar tempo de Aiolos pensar em entrar.

Mai caiu sentada na cama rindo da atitude do irmão que agora observava o outro pela fechadura da porta.

- Vamos à Parthenon hoje?

- Ahh Mai, eu não quero sair. Sabe do "pé" que acabei de tomar.

- Pufavô! – a mais nova fez biquinho, imitando voz de criança.

Aiolia parou por um instante para analisar a jovem. Pele alva, cabelos de um vermelho vivo, compridos e levemente cacheados, rosto de traços finos e delicados, boca rosada bem delineada e grandes olhos azuis turquesa com cílios longos e bem curvados. Corpo esguio, porte elegante e um ar angelical e ao mesmo tempo sedutor.

Mai era completamente diferente dele e do irmão, fato que o fez desconfiar de algo e conseguir uma confissão do pai.

"- A achamos numa caixinha em uma ruela qualquer."

O que Aiolia não conseguia entender era como alguém poderia ser capaz de abandonar um bebê lindo como a ruiva.

Desde que seus pais voltaram daquela viagem, nem ele se lembrava pra onde, e alegaram ter tido Mai a caminho, Aiolia se apegou na menina. Sempre tão delicadinha e chorona. É, ele se lembrava de ouvi-la chorar horas durante a madrugada e certas vezes ia até o quarto do bebê para tentar acalma-la, na maioria das vezes encontrava Aiolos por lá.

Decidiu que nunca iria contar a Mai que ela era adotada, alegando que era só para protegê-la, mas na verdade, ele não queria perder a irmãzinha.

- Aiolia? – Mai chamou a atenção dele, sorrindo quando ele deu um pequeno salto na cama. – Desculpa.

- Nada. – sorriu de volta. – Mas...

- Você tem que se distrair. Prefere curtir uma fossa sozinho ou uma festa com seus irmãos? Han?

- Você venceu. – suspirou derrotado.

- Viva. – Mai pulou em cima do irmão, derrubando-o no chão, fez cócegas nele, que se contorcia de dar risadas. Levantou-se, abriu a porta e sorriu para Aiolos.

O mais velho sempre soube que a menina não era sua irmã e por isso sempre a super-protegeu. Isso causava muitas brigas, o gênio de Mai era forte, embora não parecesse.

Saiu? Com quem? Eu conheço? São maiores de idade? Como vão? Que horas voltam? Como voltam?

Além de ficar esperando a jovem chegar em casa, sentado no sofá com a luz apagada. Típica cena de marido traído.

"- Larga do meu pé, nem o papai faz isso."

Aiolos apenas ria, sabia que quando Mai saía sozinha, o pai mandava seguranças atrás dela.

- Oii! Estão todos viajando por outras dimensões hoje? – comentou divertida. – Ele vai.

- Ele vai?

- Foi o que eu disse. – fez um 'V' com os dedos, saindo correndo para se arrumar.

- Você me paga. – Aiolia jogou almofada no mais velho que apenas riu e foi se arrumar também.

oOoOoOo

- Maaaiiii! – Aiolia gritava dos pés da escada. – Ela me encheu tanto o saco e agora fica demorando.

Os irmãos estavam em elegantes trajes sociais, ambos de calças pretas e sapatênis da mesma cor. Aiolia estava com uma blusa branca, deixando os últimos botões abertos e Aiolos com uma blusa azul clara, fechada comportadamente.

- Mulheres, mulheres. – comentou Sr. Copoulos, pai dos jovens, lançando um olhar divertido para a mulher que fingiu ignorar.

- Pronto! – Desceu as escadas correndo.

Mai estava com um vestido preto de alças e sobre este um bolerinho igualmente preto, com alguns penduricalhos pratas. Usava um scarpin preto de salto fino prata e uma bolsa prata pequena.

Deu um beijo estalado na mãe e abraçou bem forte o pai pelo pescoço.

- Te amo papai! – Deu um beijo neste também.

Saiu puxando os irmãos pelas mãos até o carro da família. Seguiram até a mansão Kido, onde uma amiga de infância de Mai morava, Saori. Encontraram com todos os amigos e rumaram para a mais nova boate de Atenas.

Mai sorriu ansiosa ao ver a entrada iluminada do lugar, a batida do som já a fazia ter vontade de dançar. Aiolia suspirou cansado, mas seguiu para dentro do recinto junto com os outros.

Arrastou uma cadeira e se sentou.

- Vamos embora? – Perguntou para a irmã que se limitou a mostrar a língua para ele.

Aiolia ficou sentado por um tempo, vendo os irmãos se divertirem. Suspirou pela enésima vez, levando um pedala do amigo.

- Ikki, seu anormal, por que fez isso?

- Cara, aquela gata não para de te olhar.

Aiolia seguiu o olhar do mais novo, deparando-se com uma bela ruiva que agora lhe sorria. Olhos verdes levemente puxados, um cabelo na altura dos ombros e um corpo de arrepiar qualquer marmanjo.

- Vai lá!

A cada passo do grego, o sorriso feminino se alargava mais e quando finalmente parou a frente da jovem, eles mantinham o olhar fixo um no outro.

- Aiolia.

- Marin.

Aiolos observava de longe o casal conversar animado. Piscou para Mai que também observava os dois enquanto dançava.

Depois de algumas horas dançando e pés muito doloridos, Mai e Saori resolveram que já era hora de ir embora.

Muitos gostaram, outros não, mas ninguém tinha coragem de ir chamar Aiolia, já aos beijos com a nova paquera.

- Vai você. – Aiolos deu um leve empurrão nas costas da irmã que se virou para ele.

- Por que eu?

- Porque ele sempre te escuta.

- Não tenho coragem de tirar ele de lá. – sorriu vendo o casal.

- Muito menos eu.

- Mas não podemos deixá-lo aqui sem avisar, vai falar com ele. – Mai imitou a atitude do irmão e o empurrou pelas costas.

- Err... – Aiolos cutucou as costas do irmão, que interrompeu o beijo e direcionou os olhos semi-cerrados para o rapaz. – Você vem ou você fica?

Aiolia olhou para a ruiva que lhe piscou, colocando um bilhetinho no bolso de sua camisa. O grego retribuiu o sorriso, dando o último beijo daquela noite.

- Se deu bem. – Shiryu comentou entre soluços bêbados.

Aiolia pareceu não ouvir, seguindo para o carro no estacionamento.

Aiolos resolveu dirigir o carro dos amigos, já que esses se encontravam alterados demais, enquanto Ikki guiava o carro com o irmão Shun, Aiolia e Mai.

Não que o jovem não tivesse bebido, mas era o que tinha mais autocontrole.

Aiolos olhava de cinco em cinco segundos pelo retrovisor, para avistar o carro com os irmãos. Recriminou-se em pensamento por tanta paranóia, mas não podia imaginar sua vida sem aqueles dois.

Quando olhou novamente, pode ver o carro bem longe e alguém tirando Mai a força do carro. Freou o carro bruscamente.

oOoOoOo

Ikki sentiu que havia passado em algo, furando os pneus dianteiros do carro. Parou e saiu para olhar o que havia acontecido. Shun saiu logo atrás. Os dois perderam a consciência quando levaram uma coronhada cada um.

De dentro do carro, Mai e Aiolia não perceberam nada, ele porque dormia e ela porque o observava.

Mai só percebeu algo diferente quando viu a silhueta de um homem estranho pelo vidro. Rapidamente pressionou a trava do carro, ouvindo o click que sentenciando que a porta fora trancada. O homem do lado de fora penas sorriu, o que fez Mai recuar no banco, ele levantou um pedaço de madeira e bateu forte no vidro.

O vidro blindado ainda resistiu algum tempo. Logo na primeira batida, Aiolia deu um salto no banco, vendo a figura apavorada da irmã e do homem que socava o carro, abraçou Mai com força cochichando que tudo ia ficar bem.

Logo o homem quebrou o vidro e abriu a trava das portas. Puxou Mai bruscamente e quando Aiolia tentou impedir, sentiu o cano de uma arma em seu pescoço.

- Não se mova.

Mai pode ver, mesmo que embaçado pelas lágrimas, um homem idêntico àquele que lhe segurava.

Saori viu toda a cena do carro e embora estivesse muito assustada, desobedeceu as ordens de Tatsume e saiu correndo do carro para poder ajudar os amigos, mas no meio do caminho foi interceptada por um moreno de cabelos revoltos, que a segurava com força enquanto essa se debatia.

- Aiolia. – Mai balbuciou em lágrimas.

- Vai ficar tudo bem. – o irmão sussurrou já fora do carro, com medo de que isso não acontecesse.

- Não queremos machucar ninguém. – o homem que segurava Mai começou a falar calmamente. – Só queremos ela.

- Deixem minha irmã em paz. – Aiolia esbravejou, mas levou um chute nas pernas, fazendo-o cair de joelhos.

- Não. – Mai ousou se mexer mais foi impedida pelo moreno.

- Tudo bem. – falou entre uma careta de dor.

- Deixem-na, levem a mim. – Saori choramingou.

- Não queremos usted. – Falou sério apertando ainda mais Saori.

Aiolos ainda mantinha-se estático perante a cena que via, vendo aquele homem, traidor.

Aiolia chutou o homem que segurava seus braços, conseguindo se soltar, correu em direção a irmã, que arregalou os olhos as ver o homem se levantar, apontando uma arma para o grego.

- Aioliaaaa...

Era como se o tempo tivesse parado, a sensação que Mai e Aiolos sentiam era como se estivesse no vácuo, não ouviam mais nada, não viam mais nada, apenas o corpo de Aiolia caindo lentamente.

Mai soltou o corpo, sendo amparada pelo homem e Aiolos saiu correndo sentindo uma forte dor no peito.

Estancou no momento em que ouviu mais tiros e também percebeu a arma apontada para a irmã.

- Só queremos ela. – falou sério aquele que a segurava.

Mai continuou chorando, mexendo a boca no formato das palavras "Por favor, fica aí".

O homem de sotaque grego colocou um pano sobre o nariz de Mai, que desmaiou em seu colo, a levou para o opala negro e saiu com todos os seus comparsas cantando pneu.

Aiolos correu até o irmão e o abraçou com força tentando sentir o coração do mais novo.

Gritou com todas as suas forças, debruçando em cima do corpo de Aiolia.

oOoOoOo

Marin sentiu um aperto no peito, olhando par trás enquanto caminhava em direção ao carro da amiga.

-Algum problema?

- Uma sensação estranha. Vamos Shina, quero chegar logo em casa.

oOoOoOo

Mai encontrava-se ainda desmaiada, sentada no banco de trás do carro, entre dois homens, aquele que a segurara e o que segurara Mai, enquanto outros dois, de semblante sério, estavam sentados nos bancos da frente.

oOoOoOo

Já na delegacia, Aiolos mantinha-se olhando para o pulso, onde carregava duas pulseirinhas feitas de miçangas. A verde foi presente de Aiolia, a vermelha de Mai, eles as haviam feito na escola a muito tempo. Suspirou exasperado, jogando na parede mais próxima o copinho de plástico com água que segurava antes.

- E agora, o que vai ser da minha vida? – escondeu o rosto com as mãos trêmulas e permitiu-se chorar sob os olhares dos amigos.


oO PlayBack Oo

Love was never easy,
Amar nunca foi facil
But leaving you was hard,
Mas deixar você foi difícil
And time didn't heal my wounds at all
E o tempo ainda não curou minhas feridas
I wonder, if you know what I'm going through
Eu me pergunto se você sabe o que estou passando
All the lonely times that we're apart
Em todos os momentos que estamos distantes
I miss you, oh I miss you
Eu sinto sua falta, sinto sua falta
I'm gonna need you more and more each day
Vou precisar de você mais e mais a cada dia
I miss you, more than words can say
Sinto sua falta mais do que as palavras podem dizer
More than words can ever say
Mais do que as palavras nunca dirão

I miss you – Haddaway (Another Version)


Óia eu aqui mais uma veizi!
Essa fic foi escrita na semana de provas que tive na Chatuldade... Em que supostamente eu deveria estar estudando...

Sidestory Two...

Sim, ela conta o trágico seqüestro de Mai de outro ângulo, além daquele proposto na fic
I don't wanna close my eyes (marketing mode on)

Lá, com enfoque especial no casal Seiya e Saori, aqui nos irmão Copoulos...

Aliás, esse nome foi baseado no sr. "Pimpimpadaloxicopolis", de Avatar, já que ultimamente ando sem criatividade e não perdi o pouco que veio com sobrenomes... xD

Talvez, enfatizo, talvez eu faça outros sides, com os outros personagens antes da fic principal que "Talvez" será publicada... #bloqueio#

Espero que gostem dessa fic...

Ahhh, aproveito pra agradecer aqui aos reviews da outra fic da série, peço perdão, mas não tive muito tempo esse ano e acabei esquecendo de responder e agora acho que ficou tarde demais pra mandar reply né?! Rs

Mas lá vai...

Diana: Olhaaa que chique, uma leitora internacional... \o/ "Gracias" pelo review... Sim, Seiya e Saori vão aprecer na fic, mas não como casal principal... Obrigada denovo! Felicidades pra você também!

Margarida: Obrigada Margarida-sama... #reverencia# Bjks

Yui minamino: Oi moçaa... Obrigada pelo review... ah, as demoras, inevitáveis, quase 1 ano, mas... saiu mais um fic... xD... Seiya e Saori não vão ser o casal principal, mas vão dar suas "palhinhas"... Beijão

Inté mais...
Reviews são sempre bem vindas

Baisers
A bientôt