Prólogo

Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

William Shakespeare

Não importa quão boa seja uma pessoa, o quão importante você seja para ela. Um dia ela há de feri-lo, ela há de magoá-lo e você precisara perdoá-la por isso.

Porque você nunca terá a coragem necessária para caminhar em direção ao sol a deixando para trás. Você precisa dela para respirar. Precisa dela para nomear o ato de existir, como vida.