Olá a todos! Aqui é a Vanessa BR, em mais uma aventura!
Trago a vocês uma nova fanfic, em caráter experimental. Recentemente vi os filmes do 007 (Bond, James Bond) e gostei muito da dinâmica das histórias, com as tretas, as intrigas e a ação. Também achei interessantes muitas coisas como as tiradas tanto de Bond como de outros personagens e os apetrechos - inclusive os mais surreais. Cheguei a ler um dos livros (Dr. No) e me interessei pelos filmes. Só me arrependo de não ter visto antes, mas enfim... Cá estou eu me aventurando com mais uma história.
Nesta fic não irei me ater a descrições dos personagens tal como os atores/atrizes interpretados nos filmes. Posso pegar um ou outro elemento, mas procurar manter a essência. Talvez colocar algo icônico dos filmes e adaptar situações atuais, como o contexto histórico de 2016. Enfim, não esperem, por exemplo, um James Bond parecido com Sean Connery ou com Daniel Craig, mas esperem meu esforço para captar a personalidade dele e dos demais que aparecem.
Estou adorando a experiência e espero que gostem e se divirtam com a história. Desejo a todos uma boa leitura!
DISCLAIMER: A franquia 007 não me pertence, mas sim aos seus criadores/produtores. História sem fins lucrativos, apenas fins de entretenimento.
Sem mais delongas, vamos à história!
01 – Prólogo: Nas alturas em Paris
Outra vez em suas costas aquela sensação que lhe era tão familiar... O cano de uma pistola encostado contra seu corpo, com o intuito de intimidá-lo e evitar que fizesse qualquer outra coisa. Desarmado, estava com as mãos para o alto, aparentemente rendido. Sentiu pressionarem a arma contra suas costas e prosseguiu sua marcha pela estrutura metálica da Torre Eiffel, que estava deserta.
Por conta dos acontecimentos recentes, o movimento era escasso. E, por ser à noite, tudo estava praticamente vazio. Aglomerações de pessoas deixaram de ser tão comuns, pois os franceses temiam um novo ataque terrorista...
... E tinham toda a razão.
Lá estava ele, nas mãos de terroristas, dos quais tentava entender o que falavam. Falavam em árabe, certamente para dificultar que ele entendesse qualquer coisa. Apesar disso, conseguia entender o essencial, ajudado por algumas frases em francês, idioma em que ele tinha fluência. Guardava tudo o que ouvia em sua memória, para poder prestar relatório quando voltasse a Londres.
A caminhada parou quando ele estava à beira, de tal forma que tinha uma visão vertiginosa da descida que poderia fazer do terceiro nível, sem escadas ou elevadores. "Apenas" uns trezentos metros. Precisava reverter sua situação, porém era necessário o momento certo, ou poderia se espatifar no chão do Champ de Mars.
Não era essa a lembrança que queria levar de mais uma passagem pela Cidade-Luz. Preferia voltar a Londres com uma missão bem-sucedida... E, quem sabe, dormir nos braços de uma bela francesa de Paris antes disso.
— Vire-se. – ouviu o comando, proferido em francês, e o obedeceu, virando-se de frente para o homem armado, que agora apontava a pistola para o seu peito.
— Já virei. – ele respondeu com um sorriso irônico, ainda com as mãos para o alto.
— Um passo para trás.
— Ok.
Recuou um passo e sentiu que estava ainda mais à beira da estrutura da Torre Eiffel. Se perdesse o equilíbrio, seriam trezentos metros para baixo e dali para um caixão. Mesmo com esse perigo, mantinha o sangue-frio. Já passara por situações igualmente tensas, tinha muita experiência nisso.
O terrorista o empurrou com a arma e ele se deixou levar pela gravidade, mas não desceu muito. Um fio metálico foi lançado para cima, cuja ponta grudou na armação metálica, levantando seu peso com rapidez. Impulsionou-se de volta ao lugar onde estava, derrubando dois homens com sua entrada triunfal. Ao descer, o fio metálico retrátil voltou em segundos ao seu relógio de pulso. Em seguida, pegou uma das armas do chão e abriu fogo, acertando mais três do grupo.
Os outros três começaram a atirar contra ele, quando perceberam que ele estava sem munição. Mas com agilidade o homem pegou a outra arma no chão e atirou, contribuindo para aumentar ainda mais o caos. Mais cinco homens subiram a torre até onde estava a confusão e o cercaram, obrigando-o a voltar ao mesmo local de instantes atrás.
— Gostaria de uma despedida, inglês? Porque desta vez não vamos deixar que caia antes de levar uns tiros.
Ao ouvir passos na escada metálica que dava acesso ao local onde estavam, o homem respondeu:
— Apenas direi "Adieu".
Os homens sacaram suas armas, mas antes de qualquer disparo, foram alvejados pelas costas pelos recém-chegados, caindo sem qualquer chance de reação. O homem que liderava os recém-chegados possuía traços árabes e o saudou:
— Quase que perdi a festa, não é?
— Mais um pouco e não sobraria nenhum pra você, Abdul. – o inglês ajeitou a gravata e alisou o terno para continuar com o visual impecável.
— Sabe como é, James, eu estava tentando arrancar mais alguma informação importante daquele informante que você nos entregou. Ele demorou muito para falar e quando falou, não disse nada mais de importante e acabou espumando até morrer.
— Cianeto?
— Bem provável que sim, estava sob a língua dele. Nada que comprometa tanto o sucesso da missão, evitamos uma nova onda de atentados em Paris e é isso o que importa.
Uma forte luz os iluminou, acompanhada com o som de um helicóptero. Abdul Rachid, francês descendente de argelinos e agente da inteligência francesa, sorriu:
— Monsieur Bond, vai uma carona?
