Sara Montgomery como qualquer criança de 11 anos, saia correndo para lá e para cá...
Ela estava na igreja, onde era proibido.
O reverendo Bryan White foi atrás dela, quando viu um cooler azul fechado.
Olhou intrigado pensando ser de algum fiel.
Queria chegar até a menina e castigá-la por ter desobedecido suas ordens.
Mas ela estava ali. Não ia muito longe.
A menina com longos cabelos ruivos, olhou para o reverendo com medo de ele estar atrás dela.
Mas aliviada viu ele se agachando para pegar algo. No meio do jardim da igreja.
Foi quando tudo ficou muito amarelo, que ela não podia enxergar direito.
Em um segundo... Parte da igreja tinha ido para os ares, mas a menina sentia como se todo o mundo tivesse explodido.
Segurou o urso de pelúcia que o Senhor Bryan tinha lhe dado de presente.
Seus olhos se fixaram nos pedaços de carne e o cheiro era tão forte que teria feito ela ir embora se suas funções estivessem controladas por ela mesma.
Ela segurou o urso de pelúcia e não reparou nos adultos chegando perto dela.
Pela primeira vez olhou para o lado, tinha uma fita amarela e reparou que não estava mais no lugar que observou a explosão.
Sua mãe Stacy Montgomery estava abraçando ela.
Sentiu o pesar dos olhares das pessoas... Como se todo mundo que olhasse para ela, carregasse um olhar de pena que marcava e doía mais até do que o que tinha acontecido.
Menos ela. Uma moça morena de olhos castanhos bem claros...
Ela olhava para ela de igual para igual.
Tudo estava confuso... Sua mãe falava que queria levá-la pra casa. Mas explicavam pra ela que isso não seria possível.
A última coisa que se lembrava com clareza era olhar da moça. Foi quando notou que estava segurando a mão dela e que estava dentro de um hospital.
Com a outra mão, ela falava com alguém no celular.
SS: ... Grissom... Não, ela ainda parece traumatizada... Não, ela não precisa disso agora... Eu somente sei... Você me fez cuidar de uma criança... Não, eu não a deixei no carro! Isso foi há muitos anos atrás.
Sara Sidle desligou o telefone e sorriu pra menina.
SS: Quer alguma coisa pra comer?
A menina concordou com a cabeça.
Sara ofereceu chettos para a pequena Sara.
SS: Nós temos o mesmo primeiro nome. Bem legal, né?
Pequena Sara sorriu tímida em resposta.
SS: Você... Quer fazer alguma coisa?
A menina apertou mais o urso, fazendo Sara perceber que nele havia um pequeno pedaço de carne humana.
A menina não entendeu porque os olhos da moça pareciam naquele momento mais interessada em seu bichinho do que nela.
SS: Posso... Posso ficar com esse ursinho?
SM: Porque você quer ele?
SS: Por que... Eu sei que depois do que você viu, pode ser difícil confiar nas coisas perto de você. Eu não quero te tratar como uma criança.
A menina sorriu. Aquela moça era diferente. Era como se ela soubesse como era.
Sara recebeu os resultados dos exames de sua protegida.
Tudo estava bem.
"Fisicamente... Fisicamente..."
Pensou.
GS: Já ouviu alguma coisa da análise?
SS: Hodgens ligou... Disse que tem alguma coisa.
GS: E... Onde é que a garota está?
SS: Sentada na sala de descanso.
GS: Pelo menos dessa vez você não a deixou trancada no carro.
Sara saiu sem dar uma resposta.
GS: Cada vez mais Grissom...
