-Amy? –chamou Dan, olhando por entre os ombros da irmã.

-Fala, Dan. –respondeu a garota, apertando a mão do irmão com mais força.

-Vai dar tudo certo. –sussurrou ele.

Amy sentiu um calafrio passar por seu corpo. Como o menino poderia ser tão maduro e ainda assim ser mais novo que ela?

Amy assentiu com a cabeça e olhou de esguelha para Ian e Natalie Kabra, que também estavam de mãos dadas, pálidos. Ela não devia estar melhor que isso.

-Vai acabar tudo certo, Natalie… -sussurrou Ian para a irmã. Seus olhos se elevaram um pouco e encontraram os de Amy.

Eles ficaram assim por um tempo, até Natalie abraçar Ian com força, para tentar espantar o medo.

Amy abaixou os olhos, encarando o chão. Tenho que ser forte, não só por mim, mas pelo Dan.

Os quatro passaram por um grupo de turistas, que estavam sorrindo e tirando fotos de tudo o que viam.

Parece que nunca vamos ter uma viajem de turísmo, não por enquanto… -pensou Amy, com desgosto.

Dobraram uma esquina e se viram em uma rua com vários bares. Pararam em uma cabine telefonica e observaram atentos o que os rodeava.

Vários bares, a maioria vazio. Turístas tirando fotos. Cadeiras na calçada. Nenhum carro. Um beco escuro e um homem.

Amy andou discetamente até Ian, que era o mais alto do grupo e falou:

-Preste atenção naquele homem. Eu vou ver para onde ele está olhando.

Ian assentiu e segurou a irmã atrás de sí.

Amy estreitou os olhos ligeiramente e tentou descobrir para onde o homem misterioso olhava. Outro homem. Parecia com seu tio Fiske quando o chamavam de "homem de preto", só que mais suspeito. Foi ai que ela reparou.

Ele estava fazendo um sinal afirmativo para o companheiro.