Quarto: O nome da fic não tem relações com o filme Operação Cupido, certo?
E quinto, finalmente: o Remus é francês, como vocês poderão perceber. Por isso as expressões. Mas, se por acaso ele falar alguma coisa de muito necessária, estará traduzida no final (mas não apostem muito nisso.. meus conhecimentos da língua francesa são limitados)
Bom, é isso. Espero que gostem! Boa leitura! (e review, please)
Prólogo: RemusEra uma bela manhã quando acordei. Fui o primeiro, como sempre, mesmo que não seja muito madrugador. Eu poderia ter ficado apreciando o silêncio anormal (para o nosso dormitório) por mais algum tempo, mas eu também sou uma maroto, e toda essa falta de ação me deixa um pouco entediado. Un coup d'oeil foi o necessário para constar o que meus colegas faziam... não que eu já não imaginasse, de qualquer modo.
Sirius estava lá, esparramado na cama, parecendo exibir seu tão-amado corpo mesmo nos sonhos; Peter roncava alto (o que provavelmente me acordara) e uma vez ou outra chegava a engasgar com o próprio ronco. E James... bom, James tinha metade das cobertas para fora e apertava o travesseiro com os dois braços. Quando passei por ele no meu caminho ao banheiro, pude ouvi-lo murmurando claramente "Lily".
"Lily"?
Onde estava toda aquela convicção (bêbada, devo admitir) da noite passada? A postura de eu-sou-bom-e-só-gosto-de-quem-gosta-de-mim foi pro espaço, então?
Aí me decidi. Acho que foi nessa hora, embora a idéia já estivesse rondando meus pensamentos há muito tempo, como um augoreiro irritantemente insistente. Juntaria James e Lily. Ninguém mais agüentava aquele ritual de todo santo dia: James fazia uma brincadeira com alguém, Lily via, ele tentava se desculpar, ela ficava brava, os dois berrariam por alguns minutos, ele a pediria para sair com ele, ela jogaria um não com N e sairia batendo o pé. Depois EU era obrigado a ouvir criticas sobre a "crescente irresponsabilidade de Potter", que ninguém sabia por que diabos irritava tanto à Lily, e EU tinha que ver James se desesperar tentando achar uma forma de agradar "aquela ruivinha", até chegar a inédita conclusão de que devia se esforçar por algo melhor (tudo bem, essa última parte eu compartilhava com os outros marotos).
Mesmo que fosse apenas uma brincadeira de Sirius para irritar James, ele estava certo: aquilo era deprimente. Não por um dos marotos ter se apaixonado (como Almofadinhas alegava), mas porque Pontas e Lily obviamente se gostavam. E era nosso último ano na escola! Se não acontecer algo agora, pode ser que não aconteça nunca! Mon Dieu, isso eu não poderia permitir, já que, tendo os dois como amigos meus, não poderia deixar de ver uma coisa tão importante.
E, afinal, que mal poderia fazer? Lembrei-me de uma vez, quando uma garota me disse que eu provavelmente serviria muito bem de cupido. Por que não tentar? Quem sabe, assim, eu não acharia alguma coisa que eu poderia fazer, já que o mercado de trabalho para lobisomens não é tão bom (embora não me agrade em nada a idéia de casamenteiro). E eu sou francês, pour Dieu! E Paris é a cidade-luz dos apaixonados.
Enquanto me arrumava, porém, vi o meu primeiro empecilho: como? Como juntaria os dois, que eram tão diferentes? Mas, pensando bem, eles não são tão diferentes assim. Vejamos: dois grifinórios, que por tabela desprezam toda a raça dos sonserinos, mas simpáticos com todo o resto das pessoas; um leve complexo de heroísmo, duas cabeças malditamente duras e inteligentíssimos (este vindo a se tornar uma pedra colossal no meu caminho). Ah, sim, e que recusam receber ajuda mais do que tudo no mundo.
Revendo o problema: como juntar duas pessoas tão aparentemente diferentes e internamente iguais?
E, pensando nisso, desocupei o banheiro e deparei-me com a minha primeira cobaia: James, como a cara sonolenta e marcada do lençol. Fiz o possível para esconder o sorriso na minha cara, que denunciaria minha intenção de fazer algo, e ele, no seu torpor, não percebeu... pobre Pontas.
- E aí, Alua-a-do? – ele perguntou, não reprimindo um bocejo.
- Ah, oi, Pontas. Quer usar o banheiro? – ao aceno afirmativo dele, eu continuei – Então eu já vou descendo, tá? Vê se acorda os outros... – outro bocejo - ...se você conseguir se acordar primeiro.
Pontas resmungou uma resposta que eu não consegui entender. Desci as escadas do dormitório e saí da Torre com o problema na cabeça. Pretendia ir até a cozinha, já que não havia outro lugar melhor para comer e ficar sozinho, quando uma voz feminina chamou meu nome.
- Remus! – e, ao me virar, vi Lily acenando para mim. Alice e a outra amiga dela, Marlene McKinnon, a acompanhavam.
- Bom dia, Lily. Dormiu bem? Está com uma cara ótima hoje – ela sorriu pelo comentário, enquanto eu já tramava algo para realizar meu objetivo. Mirei, com meu sorriso mais simpático, as duas amigas de Lily. Alice fazia muitas aulas comigo, e o namorado dela, Frank Longbottom, era monitor da Corvinal, mas não conhecia a McKinnon muito bem. Ela porém, era muito próxima a Lily, e poderia me ser útil para o plano. Mas eu não podia dar as caras sem saber o que a menina pensava sobre o assunto...
Afinal, o eu faria se ela pensasse, como Lily, que os marotos eram apenas um bando de arrogantes imaturos? Non! Isso, além de destruir o possível futuro amoroso de meus dois amigos, me faria perder todos os meus créditos com Lily Evans, e o pobre Pontas estaria perdido. Não poderia por tudo a perder arriscando alto assim.
As acompanhei até o Salão Principal. Lily provavelmente percebeu que eu tinha algo em mente, porque me olhou desconfiada. Senti que seus olhos de monitora me analisavam, enquanto ela tentava extrair de mim meus pensamentos. Graças a Merlin por eu ser um lobisomem (eu realmente pensei isso?) e estar acostumado a driblar esse tipo de olhar.
Arrisquei comentar qualquer coisa sobre a noite anterior onde ela e James, pra variar, tiveram uma discussão ligeiramente mais grave que o normal (ou seja, muito, muito feia). Embora o acidente não fosse nem remotamente implícito, Lily possuía uma capacidade estupidamente incrível de somar dois mais dois (que perdia apenas para o Sebo.. Snape), a qual eu, mais estupidamente ainda, subestimei.
Para tentar resolver e/ou remediar a situação na qual me encontrava, mudei sonsamente de assunto, e passei a me concentrar no meu prato como se este escondesse o segredo da imortalidade. Não ergui a cabeça, mas não pude deixar de sentir Lily e seu olhar desconfiado... merde! Au revoir, minha chance de juntar os dois! Procurando me controlar e não parecer tão suspeito, comecei uma conversa ridícula com a quartanista do meu lado sobre os costumes franceses, e logo, para minha mais completa estupefação, metade da Grifinória entrou no assunto. Olhei para Lily pelo canto do olho, e ela sustentou meu olhar por um momento, antes de se levantar e sair do Salão pensativa.
Tudo parecia estar normal... mas não estava. Ela falsamente se dera por vencida, mas eu percebi que não havia baixado a guarda. Merde! Agora eu não poderia preparar o terreno por mim mesmo! Precisaria da ajuda de Marlene... mas como?
Nesse exato momento, como que por intervenção divina, Sirius, Peter e James passaram pelas portas do Salão. Pontas e Rabicho discutiam algo, enquanto Almofadinha passeava com uma aparência despretensiosa até a mesa (a qual era, obviamente, falsa. Ele provavelmente estava procurando sua próxima vítima).
Então McKinnon olhou para ele por mais tempo do que o normal. Eu conhecia o olhar... Mesmo que fosse pouco, lá estava a pontada de interesse no fundo dos olhos dela, como se encontrava em maior quantidade pelo resto das meninas de Hogwarts. Há há. Voilà... o plano perfeito! Deixei meu sorriso mais malicioso aparecer em minha face, enquanto chegava à conclusão de que logo, logo teria uma conversa que muito agradaria meu amigo cachorro.
N/a: Olá Pessoal! Vocês já devem ter notado pelo cumprimento que aqui quem fala é Bia Black! Aproveitando uma oportunidade básica para lhes dar saudações! Creio que Babi não vai se importar se eu der uma de enxerida na parte dela não? Ela poderá fazer o mesmo se quiser quando for a minha vez...
Bem, traduzindo a única coisa que poderia deixar um pouco de dúvida (como aconteceu comigo) Um coup d'oiel significa uma olhada. Captaram? Bem é aqui que eu me vou! E a Babi também! Reviews pessoal! Até a próxima!
Marauders Sisters,
9 de Dezembro de 2005.
