Nota da Autora: Novo fic de Karekano. Sem fortes compromissos.
Estava muito afastada dos animes que mais gosto (Não. "Inuyasha" não é meu anime favorito, mas como o meu casal favorito é de lá, então eu acabei me dedicando mais para esse anime este ano). O final do ano está chegando e ficaria com remorso não postar nada de Karekano em 2004 depois de terminar o meu primeiro fic.
Pensei em escrever esta história na época do último capítulo de Coisas de Namorados, em abril – maio. Só agora pude escrever o prólogo, é mole?
E sempre que tento escrever algo, tento dedicar a alguém para mostrar o carinho que sinto pela pessoa. Este aqui vai pra RubyMoon, uma pessoa pela qual tenho muito respeito! Ruby, espero que goste, honey!
Como é final do ano e tal, vocês me perdoarão se eu demorar a atualizar, né? (suplicando de joelhos) Prometo continuar nas minhas férias, que serão provavelmente em janeiro, no máximo em fevereiro.
Ah, e se considerarem este novo fic de Karekano digno de um comentário, ficarei muito, muito feliz mesmo em recebê-lo!
Boa leitura!
Disclaimer: Os direitos de Karekano não são meus. Se fossem, vocês certamente não veriam isto num fic, mas sim no mangá.
Okinawa.
Prólogo: A viagem para dois e as malas.
Para RubbyMoon
Lá estava ela... Parada em frente a uma rede da quadra de vôlei, esperando pacientemente pela chegada das companheiras do time dela. O uniforme feminino combinava perfeitamente naquelas curvas, deixando-a atraente sem que quisesse.
"Vamos lá, cara...", ele pensou enquanto a observava brincar com a bola. "É só chegar e convidá-la; sabe que não é tão difícil assim..."
Sim, não era realmente difícil, mas Toonami Takefumi sentiu as forças faltarem quando pensou na possibilidade de uma resposta negativa de Tsubaki Sakura. Era algo que poderia deixá-lo mais traumatizado que as surras que levava dela quando eram crianças.
Uma viagem juntos, sozinhos, tranqüilos. Dali a dois dias viajaria a Okinawa, onde passaria os cinco dias de um feriado prolongado. A mãe iria com ele, mas ela desistira por ter muito trabalho a fazer junto ao marido. Toonami pedira então para ir com um amigo, recusando-se a contar aos pais que iria com uma garota.
Planejou tudo. A primeira parte seria de trem, mas, chegando aos limites de Kyushu, fariam o resto da viagem de avião até a capital de Okinawa, onde Toonami viveu parte da vida. Muito bem planejado, arrumado, organizado.
Deu um suspiro e arrastou os passos até onde a garota estava. Era melhor falar com ela agora que estava sozinha. Seria mais embaraçoso tentar uma conversa se as garotas do time chegassem na hora que fizesse o pedido.
Sem ao menos se dar conta, ele já estava a dez passos atrás dela.
Sakura estava praticando com a bola, concentrada demais para prestar atenção em alguém chegando. Toonami daria tudo para descobrir o que ou em quem ela estava pensando.
-Sakura. – ele finalmente falou.
Viu a bola cair das mãos dela e Sakura virar o rosto lentamente para ver quem falara com ela.
-O-Oi... Takefumi... – ela começou, um pouco menos segura que o normal. Deveria ser uma das únicas vezes em que os dois estavam sozinhos ou sem uma Tsubasa pendurada no pescoço dela.
-Eu gostaria de conversar com você... lá fora... Pode ser?
-Agora? – ela perguntou, sentindo o rosto ficar um pouco vermelho.
-É. – Toonami confirmou com a cabeça – É rápido. Não vai demorar muito e não vai atrapalhar seu treino...
-Oh... Estou mesmo esperando as meninas para treinar. O campeonato municipal será daqui a três meses, sabe... – deu um sorriso sem graça – Onde vamos conversar?
-Pode ser no jardim das cerejeiras? – foi a sugestão dele.
Toonami viu a garota mover a cabeça num "sim", e depois saíram da quadra de vôlei rumo ao lugar sugerido.
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A caminhada de quase dez minutos foi feita em silêncio gélido. Sakura ia ao lado do rapaz, fazendo mil perguntas a si mesma para descobrir o que ele queria falar com ela.
Finalmente os passos dele pararam, marcando o chão coberto de folhas de cerejeira. Era abril, época em que a primavera mostrava-se poderosa, mudando a tonalidade de uma das árvores mais comuns do Japão. Os dois estavam aproveitando a sombra de uma delas, em frente um do outro.
-O que você quer, Toonami? – ela perguntou já com a tranqüilidade recuperada, passando a mão nos cabelos curtos.
-Minha mãe e eu iríamos viajar para Okinawa no próximo feriado... Mas agora ela tem que ficar aqui por causa do trabalho dela... E eu queria muito ir, muito mesmo... Mas não sozinho.
-E a questão é...? – Sakura sentiu um estremecimento percorrer o corpo por cada segundo de demora depois que fez a pergunta.
E realmente ele demorou em responder, mas quando a resposta saiu...
-Eu quero ir com você.
A garota prendeu a respiração, e uma folha de cerejeira caiu tranqüilamente no chão, passando pelos dois.
-C-Comigo? – ela falou, sentindo um pouco nervosa – Mas por que... eu?
-Será divertido. – ele forçou um sorriso para disfarçar o nervosismo - Primeiro teremos que pegar um trem, depois a viagem será de avião.
-Oh...
-O que acha? – Toonami deu um sorriso sem graça – Se não aceitar, e-eu vou entender, né? Afinal, um pedido desses em cima da hora deve ser muito chato...
Ficaram em silêncio.
-Eu só não entendo... Mas... Mas por que quer ir comigo?
-Por quê? - ele repetiu, vendo mais flores caírem nos ombros dos dois e no chão.
-É, Toonami. – uma voz falou atrás, quebrando o clima romântico que a paisagem proporcionara – Por que quer ir com ela?
Os dois arregalaram os olhos ao ver Miyazawa, Arima, Tsubasa, Asaba, Aya e Rika escondido entre arbustos, todos olhando curiosamente os dois.
-O que vocês estão fazendo aqui? – Toonami rangeu entre os dentes.
-Nós sempre fazemos um lanchinho aqui. – Miyazawa começou - E ficamos surpresos ao escutar essa conversa...
-Ela quer saber que viagem é essa... – Aya começou, deixando a senpai Miyazawa sem jeito – Por isso quis escutar escondido.
Arima, que percebeu o nervosismo entre os dois, tentou mudar o rumo daquela conversa.
-Miyazawa, Sawada, nós temos que ir pra aula de inglês agora, né? Vamos voltar?
-Mas nos queremos saber que história é essa de viagem... – as duas falaram em tom suspeitamente inocente.
-Que viagem é essa pra Okinawa? – Asaba perguntou.
-Posso ir? – Tsubasa se meteu na conversa.
-É de graça? – Miyazawa foi cautelosa.
-Calma, pessoal... - Arima tentava conter as perguntas e impedir que os amigos, tão nervosos que nem falavam, ficassem mais envergonhados.
-É uma vi-viagem que m-minha mãe e eu faríamos... – Toonami começou.
-Não vai mais? – Miyazawa interrompeu.
-Vai levar só Sakura? – Aya o deixou mais nervoso.
-Eu não vou? – Tsubasa fez tom de choro.
-Er... Não era nada disso! – Sakura balançava as mãos em frente ao corpo – E-Ele também ia convidar vocês!
-Ia? – Toonami estava chocado, recuando ao receber um olhar de ódio de Sakura.
-Êêêê!!!! Vamos para Okinawa! – Miyazawa comemorou.
-Eu também? – Tsubasa puxou a manga do uniforme de Aya.
-Claro, Tsubasa-chan!
-Oba, vamos arrumar nossas coisas! – Asaba colocou um óculos escuros no rosto bronzeado, tirado sabe-se lá de onde.
-VAMOS! – Rika, Aya, Miyazawa e Tsubasa seguiram o semi-deus japonês para voltarem ao colégio.
Só ficou ali Arima, que balançava a cabeça tristemente.
-Desculpe não poder fazer nada. – o líder da turma A finalmente falou.
Sakura e Toonami baixaram os ombros e deram um suspiro cansado.
Para Toonami, nunca uma viagem para Okinawa dava a impressão de que seria tão ruim e cansativa... Por que essa seria?
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Próximo capítulo:
O que podemos fazer para passar o tempo numa viagem de trem de duas horas?
Capítulo 1: Primeira hora: Jogando Verdade ou Desafio.
"-Pode ir soltando a língua, Asappi... Fufufufu"
