Eu não sei em que ponto me apaixonei por ele, eu só sei que agora não há nada que eu possa fazer pra impedir a mim mesma de pensar nele. Na verdade eu sei onde me apaixonei, começou com a minha herança veela. Eu sempre pensei que eu era trouxa e não tinha sangue mágico, então no meu décimo sétimo aniversário eu descubro que, não só tenho sangue mágico como também se não encontrar um companheiro eu vou morrer realmente brilhante. Eu comecei a passar mal, quando o relógio tocou meia noite no dia do meu aniversário, eu estava no colégio, uma dor no estômago insuportável me tomou, e a pele começou a formigar e então a queimar como em combustão instantânea, os gritos saiam de mim e de repente eu estava nós braços do monitor chefe, em seguida na enfermaria. Dumbledore foi chamado e diagnosticaram meu sangue, claro que eu só fiquei sabendo disso no dia seguinte, eu perdi a consciência a caminho da enfermaria, antes mesmo de prestar muita atenção nos olhos cinzentos do meu salvador.

Quando acordei eu tinha uma dor no corpo e um par de óculos olhando pra mim, Dumbledore estava ao lado da cama as seis da manhã me esperando acordar. Depois que acordei ele começou a falar comigo me perguntou o que eu sabia sobre veelas e sobre a minha família, ao que parece minha família tinha uma linha de sangue veela antiga, que me era desconhecida, uma linha que se perdeu e ficou em estado latente até meu nascimento, ele me falou sobre as mudanças físicas. Nessa hora eu tive que me olhar no espelho, meus cabelos antes espessos, agora estavam em cachos longos com mechas dourados e meus olhos âmbar agora tinham bordas amareladas que brilhavam, minha pele pêssego estava com um brilho novo e saudável, os traços do rosto estavam harmônicos e suaves, não acreditei quando olhei pra baixo, meus seios que quase não existiam, estavam maiores, não era tipo Angelina Jolie, mas dá pro gasto. Eu estava um pouco mais alta, as pernas mais longas e meu movimento eram bem mais fluidos e graciosos, eu amei as mudanças.

Depois de 17 anos sendo invisível eu finalmente chamaria a atenção dos rapazes, mas a minha euforia se foi no instante que soube da historia sobre o companheiro, no inicio eu pensei que ia ser fácil, quer dizer todo o charme veela ajudaria, mas ele me disse que o charme veela não funcionaria pro meu companheiro, que ele era perfeito pra mim física, intelectual e emocionalmente, que o charme veela não podia influir, mas mesmo assim ele seria atraído pra mim, por que um completaria o outro e depois de unidos ele se tornaria veela também. Ele falou sobre a longevidade, os sentidos aguçados, como eu reconheceria meu companheiro, sobre o temperamento, a superproteção pra com o companheiro, os ciúmes e sobre a morte por coração partido, é meu amigo, se eu for rejeitada definitivamente, eu morrerei por coração partido, por solidão, por tristeza.

Depois disso ele me deixou, eu recebi alta e fui me trocar pro dia de aula, madame Poomfrey me fez beber uma poção que inibi a atração veela, até eu aprender a controlar. Eu saio do quarto e me dirijo ao salão principal e quando eu chego lá eu começo a sentir um cheiro bom e irresistível de almíscar, menta e chocolate, e quando eu vejo eu estou parada na mesa da Sonserina em frente a Draco Malfoy, ele está com um sorriso cínico no rosto, um sorriso que me deixou em transe e por dentro eu estou embasbacada, por que se eu agi assim, só há uma conclusão pra o que aconteceu.

DRACO MALFOY É MEU COMPANHEIRO. Eu "tô" perdida. E AGORA?