Auf Wiedersehen

Frederick franziu o cenho ao ver Gilbert irromper pelo salão de jantar, apanhar toda a cerveja que conseguia carregar e sair da mesma maneira que entrara.

Os nobres se entreolharam enquanto dois criados que também presenciaram a cena se apressavam em buscar mais bebida na adega.

O soberano do reino suspirou baixo, afastando seu prato e se levantando.

-Continuem a jantar – anunciou enquanto seguia os passos do albino – Terminarei mais tarde.

Frederick percorreu os corredores do castelo até chegar ao quarto de Gilbert. Bateu na porta com os nós dos dedos, não esperando resposta para entrar.

O monarca observou o rapaz sentado na grande cama, de costas para a porta, algumas garrafas já vazias jaziam em torno dele. Aproximou-se, sentando-se ao lado de seu reino.

-E então?

O albino não respondeu, apenas sorveu longos goles de cerveja, como se ainda estivesse sozinho.

-Se embriagar não mudará os fatos.

-Mas ajuda a passar por eles – Gilbert murmurou, a voz tão baixa que o rei quase não a ouviu.

O rapaz bebeu os últimos goles de cerveja e deixou a garrafa cair sobre o tapete macio. Buscou a próxima que repousava sobre a cama, mas Frederick o puxou pelos ombros, fazendo-o deitar a cabeça sobre seu colo.

Nada mais foi dito e não foram necessários soluços para o monarca saber que seu reino chorava, as mãos calejadas pelas batalhas apertando o veludo das suas calças.

Frederick enfiou sua mão por entre os fios brancos e macios de Gilbert, em uma carícia quase paternal. Era tudo o que poderia fazer.

Naquele mesmo dia, era oficializado o Compromisso Austro-Húngaro, com o casamento de Roderich e Elisabeta.