N/A: Eu apenas queria agradecer à Sophs, por ter me dado a brilhante inspiração para escrever esta fic, e à Mari cofquetacof, por ser uma beta tão incrível; à Simone/Isis, sem quem não haveria prólogo algum e nem tanta coesão (ela consegue fazer com que eu me sinta lindamente culpada por não fazer pesquisa de background o suficiente) e, claro, ao Papai Noel, porque ele sempre inspirou a minha vontade de imaginar. Finalmente, agradeço aos meus pais por me porem no mundo e a minha madrinha por me ceder o computador. Amém.

MINHA VIDA SEM MIM – Diários de uma pessoa que descobre que sua vida mudou sem sua autorização.

Prólogo

Lily, esta carta vai se tornar seu talismã. Você vai lê-la sempre, e vai se lembrar dela constantemente; e cada lágrima e cada risada e cada faísca de amor vai te tornar mais obstinada sobre o destino. Quem você vai ser, a partir desta carta, vai te forçar a uma decisão: a de fazer o mesmo que eu fiz, a de amar do jeito que eu amei, a querer o que eu quero. A ser eu. Mas pare de chorar, pois não haverá espaço para medo nem hesitação. Afinal, existe um caminho certo e um caminho fácil. Se você está lendo esta carta, é porque escolheu o caminho certo. Não tema o que você já conhece; guarde seus medos para o desconhecido.

Da sempre sua,

Lily Potter

A ruiva fechou os olhos e suspirou, repassando mentalmente as palavras asseguradoras. Sabia que aquele era o caminho certo. Sabia que havia se tornado a pessoa que escrevera aquela carta. E sabia que tinha de se tornar aquela pessoa. Tinha orgulho de quem era, do que havia feito, de quem amava e de como vivia sua vida, e queria que a menina de dezessete anos que ela um dia fora tivesse estes mesmo sentimentos.

Dobrou a carta e a guardou na caixinha entalhada de madeira na mesa-de-cabeceira; apagando as luzes, afundou o rosto no travesseiro e virou-se, de modo a encarar a pessoa do outro lado da cama. Seu corpo se enrolou ao redor do dele, o envolvendo em um abraço quente, e se sentiu amada como jamais antes. Ela podia senti-lo suspirar contra seus cabelos. Sorriu.

"James?" sua voz tremia, e apesar da resolução, ela sentia medo. Queria ficar ali para sempre... E se o feitiço desse errado? E se estivesse errada , e sua vida não fosse um ciclo infinito? O abraçou com mais força, em busca de segurança, enquanto a neve rodopiava lá fora.

"Lily, são duas da manhã" a voz dele estava embaçada, e ela se pegou sorrindo mais. Era claro que estava certa. Era seu dever fazer com que seu eu-passado conhecesse esse homem maravilhoso. Ela precisava saber , não importava quantas dores viessem com a verdade.

"Eu te amo" ele resmungou, ainda sonolento, e a abraçou com mais força, pousando um beijo suave contra os fios ruivos; até a última célula do seu corpo se arrepiou.

"Eu te amo também, ruivinha..." e voltou a dormir. Ela suspirou, fechando os olhos.

Aquele era o caminho certo.