ATÉ O ÚLTIMO BEIJO
Capítulo 1 -Matando aula
Mais um dia começara no colégio Kobi, em Minokamo, um dos mais tradicionais daquela cidade. Inuyasha, um garoto alto, de quase 18 anos, andava apressado pelos corredores em direção à sala do terceiro colegial (3º ano). Mais uma vez estava atrasado.
- Bom dia!! - repentinamente alguém pulou em suas costas, com tanta euforia que o fez cair de cara no chão.
- Kagome...- ele nem precisava olhar para saber quem era.
- Ah..desculpa...eu não resisti... - ela deu-lhe um sorriso sem graça e pôs-se de pé, permitindo que ele também o fizesse.
O garoto passou a mão no uniforme, limpando-o. Naquela escola tudo tinha que ser detalhadamente limpo e organizado, para o azar dos alunos. Regras rigídas e muito disciplina (proibido namorar, por exemplo), mas com um ensino tão bom e reconhecido, que os pais de Inuyasha não pensaram duas vezes em colocá-lo lá. E também era uma das poucas que aceitavam meio-youkais.
Depois de checar que o uniforme amassado não tinha mesmo jeito, Inuyasha a encarou. Ela, com o rostinho sapeca, como de uma criança que acabara de fazer arte. Suspirou, não conseguia ficar com raiva. Namoravam desde o terceiro ano do ginásio (9ª série) - muitos beijos e agarros escondidos -, e a menina continuava insuportavelmente irresistível. Principalmente agora, com 17 anos, o uniforme azul e branco colado nas curvas perfeitas.
- Vem cá, minha linda - ele cedeu a vontade de abraçá-la e a puxou, sendo correspondido pela garota, que enrolou os braços em seu pescoço.
- Estava com saudades... - Kagome mordeu os lábios, provocante.
- É mesmo? - Inuyasha encostou os lábios nos dela levemente, sentindo como ela abria a boca automaticamente para receber sua língua.
- S-i-mm..
Inuyasha sorriu, amava deixá-la desse jeito: derretida em seus braços, totalmente a mercê de sua vontade. Mas também não conseguia se manter longe daqueles lábios cheios e rosados por muito tempo. Pressionou a boca dela com a sua, selvagem, as línguas escorregando uma na outra.
- Estou atrapalhando algo? - e em meio ao delicioso beijo, uma voz horripilante pôde ser ouvida.
O casal petrificou...Kikyou?! Se tinha alguém que conseguia arrepiar até o último pêlo de um youkai, esse alguém era a coordenadora Kikyou; uma saia longa bege combinando com o terninho metodicamente abotoado, um coque sem nenhum fio sequer fora do lugar e um óculos fino em frente aos olhos sérios e frios. Todos faziam o máximo para não irem à sala dela...o covil maligno. E parece que estavam enrascados agora.
- Err....já estávamos indo - Inuyasha segurou a mão da namorada e puxou-a para a sala, sob o olhar duro da coordenadora. E quantas vezes mais já foram pegos e indo parar na direção (como castigo, uma suspensão e trabalhar na escola durante a tarde, o que não era tão ruim assim, oportunidade para outras..hm...travessuras). Por sorte que dessa vez se livraram. Kikyou devia estar de muito bom humor para não chamá-los de volta e levá-los à diretora Kaede.
" Aff..esses meninos...", pensou, enquanto continuava inspecionando os corredores à procura de mais um casal de apaixonados. À exatamente ninguém era permitido namorar nas dependências do colégio; era um lugar sagrado de estudo e calmaria.
A aula de Espanhol estava um saco como sempre. Nem a mudança de ano melhorava aquela aula. Os alunos olhavam para o quadro, mas suas cabecinhas viajavam por mundos inexplorados. E na cabeça dele só existia ela.
Inuyasha olhava para frente, onde sua namorada estava. Kagome tentava se aplicar nos estudos, ao contrário dele, que dormia ou saia para festas. Bom, mas isso era ótimo; uma desculpa para ficar estudando de véspera na casa de Kagome....só estudando...
Em meio a uma "la cucaracha" e outra, a menina levantou a mão, pedindo ao professor para ir ao banheiro. Ele, com seu jeito latino, permitiu, logo voltando a monotonia da aula. Inuyasha apoiou o rosto na mão, sua bela indo embora. Acompanhou-a com os olhos enquanto Kagome passava por entre as carteiras e saía da sala. Isso tinha lhe dado uma ótimo idéia. Sorriu, malicioso.
- Professor, posso beber água? - esperou uns instantes até pedir.
O professor parou de escrever no quadro e olhou para trás, procurando quem havia falado. Olhou por cima dos óculos, a visão do calmo meio-youkai. Ele deveria se aplicar mais as aulas e não ficar saindo de sala. Mas assentiu.
Inuyasha sorriu e se apressou a sair da sala - os colegas tão entediados que nem se davam conta de nada. Virou o corredor, cheio de pequenos armários azuis onde guardavam os materiais, e deu de cara com Kagome já saindo do banheiro. Tinha conseguido.
- O que houve, Inu? - ela perguntou, curiosa.
- Nada...- Inuyasha se aproximou, agarrando-a e segurando seus braços contra os armários. Ela o olhou, assustada, uma grande interrogação em sua cabeça. E então ele tomou-lhe os lábios possesivamente. Kagome nem resistiu - mesmo com medo que a coordenadora aparecesse por ali novamene -, totalmente extasiada.
O namorado desceu os lábios para o pescoço dela, enquanto a mão subia pela sua blusa. Kagome ficou surpreendida no ínício, estavam sendo tão pervetidos, bem ali, no meio do corredor. Mas acabou se entregando. Aquele homem era perfeito para ela; os olhos profundos e dourados, o sorriso maroto, os caninos afiados, o toque carinhoso e ao mesmo tempo rude...Era um hanyou. Seu avô não concordara muito com o relacionamento: híbridos eram considerados impuros e sem cárater. Até ficou um tempo sem namorá-lo, mas não dava; ninguém beijava como ele, ninguém fazia seu corpo tremer como ele, ninguém a amava como ele.
As orelhinhas de Inuyasha mexeram-se, emitindo um som fofinho. Ah! E ninguém fazia isso como ele!Kagome sempre ficava enchendo o saco por causa daquele barulhinho (quase arrancava-as de tanto apertar), mas essa reação significava algo importante: tinha captado passos próximos. Seriam pegos!
Ele se forçou a parar o beijo, dando alguns selinhos e, ainda segurando os pulsos dela, olhou para os lados em busca de uma escapatória.
- Ah? Que foi? - Kagome perguntou ainda zonza. O que deu nele para parar de beijá-la assim? Foi puxada com brusquidão e levada à um daqueles ármarios de limpeza. Ficaram apertados entre vassouras, baldes e panos.
- Shiii... - Inuyasha esperou que os passos se afastassem e se sentiu aliviado quando isso aconteceu. Não podia levar uma suspensão no começo do ano, não mais uma.
Depois do susto, virou-se para ela, os olhos cheios de desejo. Não agüentava mais tamanha proximidade, começou a subir a mão pelas coxas roliças dela, por entre a saia curta, arrepiando o corpo da menina de cima a baixo.
- Tem pouco espaço aqui... - ele disse, rouco, o rosto próximo ao dela, mal suportando o tesão que sentia.
- Não tão pouco assim, certo?
Kagome se afastou do namorado (ele quase a chingou por isso) e arrumou o local, empurrando alguns dos objetos para o canto. Conseguira um espaço no fundo e encostou-se nele, na parede, os braços abertos, esperando por Inuyasha. Ele a observou, tão impudica, se oferecendo à ele. Rosnou e colou o corpo violentamente ao dela, mostrando o quanto a desejava. Sua mão já afastava a calcinha e acariciava seu clitórix rosado.
A garota apertou os ombros dele, segurando-se para não gemer. Estavam no meio do colégio, por Deus! Que excitante, que excitante!
Inuyasha parou, nervoso, e buscou dentro do bolso do uniforme preto a camisinha. Sempre ficava prevenido, afinal os ataques de paixão ocorriam nos momentos mais inusitados. E com uma mulher daquela, cheia de fogo, era difícil ficar muito tempo sem transar. De tanta pressa, quase que não conseguia arrumar a camisinha no membro ereto (Kagome beijando e mordendo seu pescoço não ajudava muito).
Finalmente conseguiu. Com fúria, ergueu-a e apoiou-a na parede , ela rodeando a cintura dele com as pernas. Afastou sua calcinha e guiou o membro para a cavidade molhada e aconchegante da menina. Encaixou. Ao choque da primeira estocada, Kagome soltou um longo gemido.
- Ei, quietinha, quietinha - ele pôs a mão suavemente na boca dela, enquanto a penetrava, o vai-e-vem frenético fazendo o corpo dela mexer para cima e para baixo.
Kagome revirou os olhos, procurando se controlar. Inuyasha ainda com a mão em sa boca, agora com a cabeça encostada em seus seios, ocupado em movimentar-se rapidamente. Podia perceber todo o prazer que ela sentia, o corpo todos retesado. E se sentia o homem mais feliz do mundo por isso.
Lembrava-se da primeira vez em que ficaram juntos assim; ele tão inexperiente que a namorada chorara tanto, sentira tanta dor. Tinha ficado tão traumatizado que nem conseguiu dormir direito aquela noite, olhando para o teto de seu quarto, preocupado: a imagem de Kagome sentada na cama, sangrando, pedindo para que ele fosse embora antes que os pais dela chegassem. E então depois de uns dias - Inuyasha mal conseguia olhar para a cara dela -, a namorada o procurara para fazerem de novo. No seu rosto nenhum traço da dor e agonia daquela noite. E a partir daí se procuraram várias e várias vezes. Muitas vezes.
Kagome fitou-o: a testa suada, o pênis duro escorregando em seu ventre. Ele era maravilhoso, muito mais do que um dia havia sonhado. Os dois eram jovens e inexperientes, mas o que precisavam além dos corpos unidos, a união perfeita deles?
E a sensação arrebatadora chegou, a garota estremecendo diante do orgasmo, fazendo com que suas paredes vaginais apertassem o membro em si. Não teria mais ninguém a quem se entregasse assim, de corpo e alma. Inuyasha deu uma última estocada, forçando as paredes agora já rigídas, também chegando ao orgasmo.
Os dois se olharam, apaixonados. Os corpos relaxaram, o hanyou reunindo as últimas forças para mantê-la presa a parede.
- E agora? Qual a nossa desculpa para voltar? - ela perguntou, ainda ofegante, o rosto avermelhado devido ao esforço físico.
- Hum...agora é intervalo, amor... não precisamos nos desculpar agora.
Kagome não pôde segurar o riso.
- Só você mesmo..pensa em tudo, não é? - ela sentiu-o retirando-se de dentro de si.
- Claro... - virou a atenção para o próprio pênis, tirando com cuidado a camisinha e enrolando-a.
Kagome segurou o rosto dele entre as mãos e o beijou.
- Err..é melhor sairmos daqui, Kagome. Não tenho mais nenhuma camisinha.
- Ai, seu bobo!
Em meio ao imenso corredor, uma porta abriu-se lentamente. Inuyasha tirou a cabeça para fora aos poucos, olhando se não havia alguém. Todos já deviam estar no pátio - Kikyou também inspecionando tudo. Saiu, espreguiçando-se e depois sinalisou para que Kagome fizesse o mesmo. A menina saiu, ressabiada, dando a mão para ele. Jogaram a camisinha no lixo mais próximo e se dirigiram para o intervalo - que acabaria daqui 5 minutos.
Continua...
Beijos, Miih. and Sakiy Skuld.
