Golden Wheat

Universo paralelo com os personagens do Eric Kripke da série televisiva Supernatural - o que significa que os personagens continuam pertencendo a ele...

Atenção: Essa fanfic é um Slash, Wincest, OOC, ou seja, haverá relacionamentos românticos homossexuais entre os personagens e ainda se trata de um incesto, também contando que os personagens não necessariamente se portarão como se portariam na trama original, se você não gosta não leia; se você não conhece e está curioso, leia com cuidado; se você curte, divirta-se!

Eu pedi para alguns amigos betarem a fic, mas só que demoraram muito, e eu não sei se vocês perceberam mais... Eu sou um pouco impaciente, então qualquer Erro encontrado eu ficaria muito feliz se vocês me reportassem...

Finalmente recebi retorno e a fic está perto de finalmente ser betada então assim que o mesmo acontecer atualizo ^^...


A lua cheia com o seu brilho prendia a atenção de todos que a vissem naquele exato momento, se fazendo presente dentre aquele vasto céu que se pôs sobre eles, um céu que antes portava o mais belo tom de azul e que agora detinha em sua extensão as mais celestiais variedades de laranja e amarelo já vistas, a plantação de trigo e suas nuances douradas completavam a paisagem inebriante, reluzindo perante o pôr do sol e focando toda aquela beleza natural em um só lugar; naquele lugar, estar presente ante toda aquela calmaria causava diversas sensações em ambos que no momento estavam ali apenas para resolver mais um entre tantos outros relatos que lhe foram encaminhados só este mês, estavam exaustos, mas "o que fazer?" relevando que esse era o trabalho de ambos, há tempos caçavam em busca de histórias e acontecimentos sobrenaturais assim como o seu pai, e sabiam que não podiam e não deviam falhar, levando em consideração que precisavam a todo custo encontrar o mesmo, e um dia descobrir toda a verdade sobre o que acontecera com sua mãe e o porque de seu pai ter começado a caçar criaturas que iam além da compreensão humana.

Mas no todo não podiam reclamar, eles que por tempos estiveram afastados agora estavam juntos, a amizade que um sentia pelo outro havia se fortalecido assim como a confiança e o carinho mútuo, algo do qual eles não conseguiam explicar, amor de irmão de certo, apenas o fato de estarem juntos já era o suficiente para se sentirem amparados, e confortáveis perante todas as atrocidades que eram obrigados a presenciar dia após dia.

- Precisamos mesmo entrar nesse celeiro?

Perguntou Sam; sua atenção era redobrada ao mesmo tempo em que franzia seu cenho, pois para ele algo naquele lugar estava errado, seus cabelos castanhos eram arrastados pelo vento forte e voraz que se opunha a eles, deixando assim suas feições ainda mais destacadas e o sobrepondo a toda beleza que o local em que estavam abrigava, seus olhos azuis se viam focados aos de Dean, brilhando e superando até mesmo o azul que se pusera anteriormente no céu, esperando pela resposta da pergunta que lhe fora feita, respondendo a pergunta de Sam, Dean lançou lhe como resposta, o mesmo olhar que lhe era encaminhado, acrescentando naquele olhar o seu ar de deboche habitual, sim porque não podia perder a oportunidade de provocá-lo, era interessante vê-lo com raiva, ou até mesmo, com vergonha.

- Está com medo pequeno Sam?... Sim é necessário, nós precisamos coletar informações para poder identificar que entidade está se concentrando nesse local, porque se nos chamaram algo deve estar acontecendo, eu só não entendo porque não conseguiram explicar o que aconteceu, e nem mesmo se deram ao trabalho de responder as nossas perguntas.

Sam por um momento assustou-se com a exclamação que viera dos lábios de Dean, era estranho ver seu irmão agindo tão seriamente, chegava a ser engraçado, mas isso só mostrava o quanto ele estava determinado a prosseguir e tudo para achar as respostas das perguntas que se faziam presente nas cabeças dos irmãos Winchester; nas suas cabeças, então resolveu não mais questionar, e por fim exclamou, descontraindo o ar que os rodeava.

- Claro que não, eu estava apenas achando meio precipitado da nossa parte, até porque ainda não conseguimos conversar com ninguém a respeito do que tem acontecido nesse local, mas se você acha que devemos mesmo vasculhar esse lugar, eu não vou me opor, acho até bonitinho você tomar uma decisão tão séria sem minha humilde ajuda.

Sam brincou e após ver a seriedade do seu irmão e os argumentos que ele lhe lançara, O mais novo apenas o seguiu, adentrando nas profundezas daquele celeiro, que por sinal nem ao menos se parecia com um, pois pela concepção de ambos não portava as características habituais de um celeiro comum, estava pintado de branco gelo, não se via a colheita de trigo nem mesmo o feno, e dentro daquele espaço, exalava um cheiro delicioso e que prendia a atenção daqueles que o sentissem, pelo menos de acordo com o gosto de Sam; o perfume que se desprendia daquelas paredes possuía notas de cravo e de rosas brancas em sua essência, algo que os acalmava, que os acalentava, sim porque aquele aroma não se tratava de algo desconhecido, só não conseguiam identificar de onde e quem possuía aquele cheiro? Ao mesmo tempo em que se perguntavam de qual local dentro daquele espaço aquele perfume viera.

Por um momento aqueles dois corpos permaneceram estáticos, algo estava errado, porque as poucas pistas que eles obtiveram não estavam se encaixando, ambos nem ao menos sabiam o que estavam procurando, então esperaram e vasculharam cada pequeno pedaço que faltava olhar, mas fora o aroma que lhes era conhecido, nada estava errado, e isso os intrigava, não estavam acostumados a se depararem com tudo em seu perfeito lugar e isso os assustara, "será que isso é apenas uma ilusão?" Questionamento forte que pairava dentro da cabeça de ambos. Mas não isso não se tratava de uma ilusão.

Algo lhes dizia para seguir em frente e continuar, mas não tinha por onde seguir, tudo havia sido olhado com devida atenção cada pequeno pedaço do celeiro havia sido investigado.

Mas algo enfim chamara a atenção dos dois e os assustara, um som pôs-se ao fundo, algo do qual eles não conseguiam se quer entender, tons delicados, belos acordes ali, rente ao ouvido de ambos, enquanto que o frio percorria a espinha dorsal dos dois irmãos, um toque suave foi posto em suas peles, tão suave quanto o toque da seda e tão gélido quanto às geleiras do ártico, um toque tão fraternal, tão peculiar que Sam e Dean se ouriçaram, o olhar azul celeste do mais novo não suportou lidar com tantas coincidências, suas lágrimas se puseram rente as suas pálpebras, sim ele conhecia aquele toque, não podia dizer como, não tinha uma explicação lógica, mas de certo o que era lógica para eles? Sim reconhecia esse toque, esse cheiro, essa música, mas "Por quê? O que aquele momento queria dizer? E o que aquela alma estava fazendo ali?", sim era o que ambos vinham se perguntando, até verem a imagem se fazendo presente na frente dos mesmos, como névoa, como fumaça, construindo assim uma presença, um corpo, era a sua mãe ali, rente aos seus olhos, sua cor podia se resumir a um branco perolado, algo tão límpido quanto um diamante lapidado.

Dean permaneceu parado, apenas observava, e segurava com força os braços de Sam, com medo de que ele se deixa-se levar, estava apavorado por ele, e sua atenção redobrada dizia para não solta-lo até porque não podia perde-lo, era seu irmão mais novo e seu melhor amigo.

A Mãe dos garotos tocou em suas faces com lágrimas em seu rosto, aquele espírito de luz estava ali apenas para abraça-los por uma última vez, sentir o toque de seus filhos agora crescidos e acalenta-los, então pondo fim a esse momento argumentou com todas as forças que lhe sobrara, algo devia ser dito e não podia deixar esse último momento que teria com seus filhos escapar entre os seus dedos.

- Tenho um último pedido para lhes fazer, eu posso não estar presente em suas vidas, posso não ter estado com vocês por todos esses anos como eu gostaria, nem ter criado ambos com todo o amor que eu guardava em meu peito, mas eu sei como se sentem, então não escondam nada um do outro, porque eu sei que enquanto estiverem juntos, serão fortes, e nunca estarão sozinhos, eu tenho certeza de que um dia vocês entenderão, e acredite nada é mais forte que esse amor que vocês sentem um pelo outro.

E assim desapareceu, do mesmo modo que o aroma adocicado que pairava sobre o ar, e o som que se pusera como fundo musical, as cores do celeiro também sumiram de forma a deixar a cor amadeirada tomar conta daquele lugar, e dando ao mesmo à visão de apenas mais um celeiro entre tantos, mas algo estava errado, e tudo o que acontecera, apenas confundira a ambos, o que ela queria lhes dizer? "Sam escondia algo?" Dean pensou, mas não teve coragem de perguntar nada ao mais novo, pois o mesmo deixava-se transparecer abalado, com seu rosto coberto por lágrimas, uma expressão tão triste, e que jamais havia sido presenciada, algo estava acontecendo e ele não conseguia nem ao menos entender, ou explicar.

- Sam você está bem?

Perguntou Dean enquanto que deslizava seus braços pelo corpo do outro, tão pálido quanto o espírito de sua mãe que aparecera a pouco, e tão gélido que parecia um cadáver, Sam não conseguia respirar, e aquele abraço forte e que o aquecia apenas piorou tudo, sim ele sentia algo, algo que há tempos estava intocado escondido no fundo da sua alma, e que agora o fervilhava, ele tinha medo do que aconteceria caso contasse, não, não podia se quer pensar na possibilidade de não ter aquele que sempre se pusera ao seu lado, seu irmão sempre fora seu porto seguro, e não podia perdê-lo, não aguentaria. E assim se deixou levar pelas emoções, se dando por vencido, e caindo de joelhos naquele chão de terra vermelha, deixando suas forças se esvaírem, enquanto que seus olhos ainda lacrimejavam com força e seu choro ecoava devido ao soluço que se apoderou de sua respiração.

- Sam... Por favor, me diz o que está acontecendo... Não chora, eu sou o seu irmão e sempre vou estar aqui... Por favor, eu não gosto de te ver triste, quero te ver bem... Por favor, não faz isso comigo.

Dean tentou de todas as formas acalmá-lo, porém nada resolveu, pois que o ele falara não foi compreendido pelo mais novo, seu entendimento não conseguiu chegar até o sentido certo daquela frase, fazendo com que aquelas palavras cortassem seu coração como uma faca sendo cravada em seu peito "Sou seu irmão" respondeu a todos os seus medos que antes estiverem guardados no lugar que agora se via destruído, e o mostrou que não, jamais teria mais do que o carinho fraternal de Dean, então um dia quando acordasse, veria ele ali, beijando alguém, cujos lábios não eram os seus, doando seu carinho a alguém que não seria ele, e ele seria esquecido, seria guardado em seu guarda-roupa e só sairia de lá quando o mesmo precisa-se dele, para chorar em seu ombro ou para resolver mais um caso pendente. Sam tentava de todas as formas recobrar suas forças, mas não conseguiu, se levantou, mas a tristeza ainda estava lá latejando em sua cabeça, porque algo que estava guardado no fundo da sua alma, foi jogado contra si com força e sem pesar, Dean tentou abraça-lo, tentou abarcá-lo em seus braços, mas sua tentativa foi inútil, o mesmo parecia um animal selvagem, se debateu e correu para o mais longe que pode, deixando o vento bater em seu rosto com ainda mais força, deixando a plantação de trigo ficar para trás assim como Dean que o seguia sem imaginar o que se passara, sem se quer entender toda a confusão que se encontrava na cabeça de Sam, ele apenas o seguia, com medo de que seu irmão fugisse, com medo de que o único que ainda estava do seu lado desistisse de sua presença, mas foi inútil, Sam conseguiu fugir.

Dean por um momento se sentiu deixado para trás, e com uma lacuna por preencher, algumas perguntas não foram respondidas, e foram se criando mais e mais dúvidas, enquanto que o mesmo procurava desesperadamente por seu irmão, dentre todos os hectares daquela plantação de trigo, e quanto mais o tempo passava, mais o loiro se sentia impotente, como se soubesse que já era tarde, então correu, como se necessitasse correr para permanecer vivo, como se aquela fosse de fato à última corrida da sua vida, quando chegou finalmente ao Impala preto, sentou-se e então passou a correr, usou toda a potência que o carro possuía, buscando de todas as formas encontrar o seu irmão, não conseguia se imaginar sem ele, ele que estivera sempre ao seu lado, sempre te apoiando ou não, rindo da suas piadas, e o abraçando quando preciso, não conseguia se quer pensar no que estava acontecendo, tinha que achar o seu irmão o que ele estava escondendo gora já não importava, ele poderia continuar ocultando tudo o que abrigava pelo resto da sua vida, mas sem ele Dean não conseguiria continuar, ele era o motivo do loiro continuar vivendo e sempre buscando por respostas...

Continua...