Autor: Sizca.
Título: Upside Down.
Beta: Becky Lestrange.
Sinopse: Eles esperariam mais, se necessário.
Observações: É a primeira, e espero que esteja boa.
Obrigada, Becky. Esta é para você.
UPSIDE DOWN
Por Sizca
— Não se preocupe, Sirius. James Potter ficará bem. — eu havia pedido à bruxa que me chamasse pelo primeiro nome, por mais estranho que isso lhe parecesse, porque não gostava de ser reconhecido como um Black. Já era ruim o bastante ter os traços mais marcantes da família espalhados pelo corpo. — Ele caiu de pouco mais de vinte metros, eu sei, mas providenciei uma poção que o fará ter alta em quatro dias.
— Quatro dias? — perguntei, um pouco espantado, buscando os rostos de meus amigos. Moony era o mais controlado entre nós, embora Wormtail não parasse de agitar as pernas como quem está ansioso. Olhando em volta, notei Lily Evans parada com Severus Snape na entrada da Ala Hospitalar, seus olhos verdes brilhavam de tristeza e culpa. Desviei o olhar imediatamente, com raiva, pois era por causa dela que James estava ali, desacordado. E trazer Snivellus era nada mais que um insulto a sua memória consciente.
— Sim, Black. Quatro dias. — cedi, era melhor não discutir enquanto não quisesse ser chamado de Black o tempo inteiro. Jamais deveria ter dito que não gostava disso, a bruxa certamente havia anotado o recado e sempre usaria meu sobrenome como algum tipo de ameaça.
— Tudo bem. — respondi, vendo-a se virar para dar uma última olhada em James e se retirar para sua sala, certamente concluindo que Prongs estava, na medida do possível, bem. Olhei para a porta mais uma vez: Lily e Snape não estavam mais ali. Ainda bem.
Passaram-se alguns minutos nos quais fixei meus olhos no rosto de James, então, Peter murmurou, como se não quisesse acordá-lo:
— É muito tempo, não acham? — voltei meus olhos para ele sem concordar ou discordar, esperando que falasse mais. — Quero dizer... Sem o James será estranho. Será como se nossas vidas estivessem de cabeça pra baixo. — Dei um meio sorriso, passando um dos meus braços sobre os ombros de Peter e abraçando-o. Vi Remus sorrir da mesma maneira quando o soltei.
— Tem razão. — disse, voltando-me para James, que certamente jamais teria outra chance de ver uma demonstração de afeto como aquela entre os marauders. — Mas nós vamos esperar por ele, não é?
Os outros dois concordaram e eu me senti internamente grato por ter amigos tão fantásticos quanto aqueles. Se caso algum dia um precisasse morrer pelo outro, este morreria sem hesitar; eu tinha certeza.
