Janeiro de 2010.
(E só fui postar agora)
Resumo: 3x14 Swan Song. ''A voz rouca e baixa soou provocante e incrivelmente sexy aos ouvidos de Lorelai''. Versão alternativa para uma das cenas do episódio.
Beta: Carissinha
NOTA: Falas retiradas do próprio episódio em itálico.
NOTA 2: A fic foi escrita em um momento de surto enquanto estava na praia, no Ano Novo. Assistindo o DVD, a versão acabou surgindo na minha cabeça e eu tive que escrever. Nem ia postar, mas foi pra isso que eu entrei no mundo das fics: pra postar minhas ideias, não importa quão insanas e idiotas elas fossem. Então... Aqui está.
Espero que alguém goste.
Sinal
- Oi – ela entrou na lanchonete já procurando por ele com os olhos.
- Oi, quer café? – ele foi para trás do balcão, tirar os pratos na frente dela.
- Por favor, depressa. Vou para Manhattan no fim de semana e preciso comprar roupas de inverno.
- Você já tem roupas de inverno.
- Não tenho nada.
- Aqui faz tanto frio quanto em Nova York.
- Não é o mesmo.
- Exatamente o mesmo.
- Não tenho nada chique.
- Isso não é verdade. – ele replicou – Tem o casaco preto de caxemira.
- Está sujo.
- Mande lavar – ele disse, enquanto pegava um copo para ela.
- Também preciso de suéteres.
- Você tem um roxo. - ele começou a enumerar com os dedos – Um azul claro, o de três tons de vermelho, um monte de pretos que ficam bem com o casaco. E tem uma porção de cachecóis para combinar com as blusas.
Ela olhou para os lados, embaraçada e lisonjeada por ele se lembrar de suas roupas. Nunca um homem prestou tanta atenção ao que ela vestia desse jeito.
- Me deixe comprar umas roupas.
- Tudo bem – ele serviu o café enquanto ela se sentava – O que vai fazer em Nova York?
- Vou com um grupo. Vamos jantar e depois vamos a um show.
- Que show?
- Levittown, um musical novo.
- É pré-estreia. Só começa daqui a umas semanas.
- Uau. Bem informado.
- Nicole gosta do teatro. O escritório dela tem filial na Madison. Já fui até lá algumas vezes. – ele disse como se já estivesse de saco cheio da nova namorada, ou Lorelai estava escutando demais? – Vimos Hairspray semana passada.
- Não consigo imaginar você vendo Hairspray.
- Gostei mais de The Producers – o tom sarcástico por trás da verdade fez ela quase ter certeza do que pensara antes.
- Não é que ele é um fã da Broadway? – ela o olhou, divertida e admirada.
- Tem algum tempo sobrando?
- Um pouco.
- Tenho um ótimo livro com dicas de passeios históricos em Manhattan. Antes da Disney tomar conta. O do SoHo é muito bom.
- Adoro esse tipo de coisa.
- Está lá em cima, na minha cômoda, se quiser pegar.
A voz rouca e baixa soou provocante e incrivelmente sexy aos ouvidos de Lorelai. Tanto que a sobrancelha levantada e o sorriso de lado que ela deu a ele foram tão ambíguos quanto.
- Por que você não me mostra?
Ele sorriu, olhando-a de lado.
- Ceaser, eu volto já. – ele gritou.
Lor andou até o portal de acesso às escadas. Luke abriu a cortina e indicou o caminho, esperando ela passar. Assim que ela o fez e subiu os primeiros degraus, foi virada bruscamente.
Os lábios de Luke devoraram os seus, encostando o corpo no dela, prensando-a contra o corrimão. A mão dele agarrou levemente seus cabelos, mostrando a urgência de tomar a boca rosada para si.
Lorelai fazia sua mão passear por todo seu tronco, das costas para o abdômen, deste para o peito e pescoço. Ofegou de excitação quando sentiu a mão dele descer para sua coxa.
- Vamos subir? – a voz rouca voltou, sussurrando em seu ouvido, a língua passeando em seu pescoço.
Os pequenos beijos a faziam delirar. A boca dela estava entreaberta e os gemidos lhe escapavam facilmente. Quase não teve forças para balançar a cabeça afirmativamente. Subiram as escadas aos tropeços, rindo infantilmente da afobação em finalmente fazer aquilo acontecer.
Luke a fez girar, beijando-a apaixonadamente de novo, antes de abrir a porta bruscamente, andando com o corpo colado no de Lor. Um grito sufocado no outro extremo do apartamento os fez parar subitamente.
Jess e Rory, que antes estavam atracados e ofegantes no sofá, olhavam para Lor e Luke espantados. A mulher encarou Luke por uns momentos, antes de se virar sorrindo sem graça para a filha e, com a respiração entrecortada, dizer:
- Nós precisamos muito de um sinal.
FIM
