Disclaimer:
O Anime Saint Seiya não me pertence, assim como seus respectivos personagens. Essa é uma obra de ficção, sem comprometimento com contextos histórico/culturais/religiosos da realidade(embora eu tenha tentado ser o mais fiel possível).
Oi gente! Estou prometendo essa fanfic a mim mesma há muito tempo, mas só recentemente tive tempo e inspiração para dar início ao projeto. Não sei se vocês se lembram, mas ano passado publiquei uma one-shot chamada "Luna" aqui no ffnet... Embora a fanfic que estou postando agora não esteja diretamente ligada com ela (não é continuação, não é a mesma personagem original, nada disso e tal), foi inspirada basicamente no mesmo assunto, vocês entenderão ao longo da fanfic.
... Que o espetáculo comece!
— Queimem a bruxa! — o homem trajado em vestes negras adornadas no peito com o enorme bordado vermelho de uma cruz bradou, e sem demora, dois enormes carrascos encapuzados atenderam o comando. Atearam o fogo nas toras.
— Esse não é o nosso fim... — a mulher de longos cabelos negros amarrada ao tronco fechou os olhos, sussurrando — um dia vocês pagarão por isso, eu lhes prometo! – reabriu os olhos castanhos avermelhados e encarou cada um daqueles trajando seus hábitos, cada mulher, homem e criança que lhe tacavam frutas e legumes podres. Em seu olhar uma chama diferente flamejava, nem mesmo o fogo inquisidor foi capaz de lhe arrancar um grito. Ao ser aos poucos tomada por ele, olhou ao lado as suas companheiras já chamuscadas, pressionou o lábio inferior com os dentes, furiosa.
— E com ela se vai o último suspiro pagão! — o misterioso homem que a sentenciou à morte ergueu um crucifixo aos céus. Os presentes gritaram e aplaudiram, glorificando aquele evento — Apenas um Deus existe nesse mundo, e somente aqueles que a ele temem serão bem-vindos no reino dos céus!
O fogo devorou-a por completo antes do cair da noite, entretanto, a sua promessa ficou a ecoar pelos bosques, montanhas e lagos até subir aos céus e tocar a face da pálida lua cheia, assim ela dizia:
"Um dia a grande soberana descerá dos céus à Terra e com sua vinda mostrará o seu poder a todos aqueles que um dia nos causaram mazelas. Assim, provará que a antiga crença jamais morreu ou morrerá! Todos que desonraram o seu nome hão de pagar!"
Saint Seiya – A saga lunar
Capítulo Um: Superlua
— Vejam o tamanho da lua! — Saori, sentada em uma cadeira de madeira no jardim da grande mansão apontou para o céu. Os quatro rapazes que sempre a acompanhavam fitaram o enorme astro de imediato.
— Já ouvi falar sobre esse fenômeno, chama-se superlua. — disse Shiryu, também admirado.
— Superlua? Nunca ouvi falar. — Seiya coçou a nuca, curioso.
— Algumas vezes a lua se aproxima mais do que o de costume da Terra durante o percurso de sua órbita, então podemos vê-la maior e mais brilhante do que o normal. — Shiryu explicou.
— Interessante... Mas, ao mesmo tempo, preocupante. — Hyoga se mostrou apreensivo.
— Ué, por quê? — Seiya perguntou.
— Eu não sei, Seiya. Faz tempo que não batalhamos contra outros cavaleiros ou deuses, temos vivido um longo tempo de paz sem qualquer tipo de anomalia... — O cavaleiro de cisne se explicou.
— Hyoga, algumas vezes a natureza é simplesmente fantástica, não precisa haver um motivo por trás disso. Outras vezes ocorreu esse evento em que a lua surgiu maior no céu e não coincidiu com guerra alguma. Acredito que, depois de tudo o que passaram e de todos os inimigos que derrotaram o que resta agora é uma vida de paz e normalidade, talvez seja bom acostumar-se com isso. — Saori sorriu — Sinceramente, nem sei o que vocês ainda fazem por aqui, nessa mansão... São livres, podem viver onde quiserem, podem viajar e conhecer o mundo...
— Saori. — Seiya a interrompeu. Pôs-se de pé ao lado de sua Atena e tocou-lhe uma mão — ficamos nessa mansão todos esses anos por livre e espontânea vontade. Não desejamos ir a lugar algum!
— Ah, Seiya... — a jovem alargou o sorriso e suspirou alegre. Repousou sua outra mão sobre a dele e a afagou, acabou por cativar o sorriso de Pegasus — Obrigada, sou muito feliz por tê-los por perto!
— Pena que meu irmão não se juntou a nós... — Shun, cabisbaixo, desceu o olhar dos céus à grama do enorme jardim.
— Shun, Ikki é assim. Ele aprecia a solidão, devemos respeitá-lo. — Hyoga tocou-lhe o ombro.
— Eu sei, mas daria tudo para tê-lo aqui nesse momento, ao nosso lado, contemplando essa linda lua que surge dessa forma no céu sabe-se lá de quando em quando... — tornou a olhar a esfera branca e luminosa. — "Ikki, onde será que você está?" — pensou.
Mal saberia Shun de que seu irmão não estava tão longe quanto ele pensava. Na verdade, o homem se encontrava em um bar-lanchonete na mesma cidade a beber uma caneca de café quente e amargo.
— Aquele homem vem para cá todas as sextas-feiras, já repararam? — três garçonetes, juntas, cochichavam.
— Sim, eu reparei! — uma outra logo se prontificou a fofocar — Mas que diabos um homem como esse, em plena noite de sexta-feira, vem fazer em uma lanchonete às moscas? Pensei que esse tipo gostasse de festas de arromba, lugares badalados cheios de garotas bonitas!
— Será que ele não gosta da fruta? — enfim a terceira, mais maldosa, fez a piada.
— Ai não, diz que não! — as duas meninas que antes se manifestaram cobriram os rostos por vergonha e também por apreensão.
O pequeno sino dourado pendurado no alto da porta balançou-se violentamente, alguém chegava quase arrancando a porta envidraçada com sua entrada.
— Sinto muito pelo atraso! — uma jovem de baixa estatura, cabelos, sobrancelhas e cílios brancos como a superlua no céu e de pele quase tão pálida como seus fios, chegou arfando. Os poucos clientes que, entediados, se alimentavam ou bebiam quase pularam das cadeiras. Ikki, em um canto isolado abriu um meio sorriso.
Toda sexta-feira era a mesma coisa, ou a garçonete chegava atrasada fazendo um estardalhaço, ou derrubava um prato, um copo, o que fosse. De certo a garota sem jeito era atração daquele lugar para muitos frequentadores... Muitos dos poucos! E era exatamente o fato de poucas pessoas frequentarem aquele lugar que o agradava. Lá havia a paz de que ele precisava para refletir, e também, sentir-se confortável. A mesa que ele sempre escolhia para se sentar ficava ao lado da janela. De lá podia ver o movimento dos carros, das pessoas e nessa noite apreciar a grandiosa lua.
— Não sei por que ainda a mantenho como garçonete nessa espelunca! — o gerente deu a bronca de costume — Vá servir a mesa três — apontou para um bêbado sorridente que lhe acenava com a caneca vazia.
— Es-está bem! — a pobrezinha acatou, e desengonçada como era foi até o balcão, voltou trazendo outra caneca transbordando a cerva dourada na bandeja. Levou-a até o destinatário — Aqui está, senhor! — sorriu simpática, em seguida deu-lhe as costas para ver se havia mais fregueses precisando ser atendidos. Ia se afastando quando sentiu ser puxada por uma mecha de cabelo — Ai!
— Ei, albina, que tal conversarmos? — o bêbado a trouxe ainda mais para perto ao puxar-lhe mais o tufo ebúrneo.
— Senhor, eu sinto muito, mas tenho que trabalhar... — assustada, tentou delicadamente soltar os dedos dele de seus cabelos.
— Sente aqui! — com a outra mão puxou-a pelo braço.
— Não, por favor, está me machucando! — tentou se desvencilhar, mas era fraca. Acabou por cair sentada ao lado dele, e teve a cintura envolvida pela mão inconveniente do sujeito. O hálito dele quase lhe provocou náuseas — Me solte! — olhou para os lados esperando que alguém a ajudasse, porém os poucos que estavam lá achavam graça e nada faziam.
— Acho melhor soltá-la. — apenas um, aquele que estava distante, se pronunciou. Todos o encararam. — Não me faça ir até aí. — Ikki avisou, tranquilo.
— E vai fazer o quê? — o freguês alcoolizado desafiou-o.
Ikki se levantou e, calmamente, andou até a mesa onde o homem e a garçonete estavam sentados. Sem esforço algum, ergueu o tolo pela gola e o atirou no chão. Em seguida, estendeu a mão à pobrezinha, que trêmula a segurou e usou o braço dele como apoio para levantar-se.
— Você está bem? — olhou-a sereno.
— Sim, muito obrigada! — ruborizada, agradeceu. Estava atônita não só com a violência que sofrera e com a atitude heroica do desconhecido, mas também com seu estranho calor. — "Que quente!" — pensou.
— Você, me escute! — apontou o indicador para o homem caído no chão — Pague a sua conta e vá embora daqui agora! Esse estabelecimento não é lugar para pessoas como você, e se o vir atacando uma garota novamente, não importa onde, não o privarei de levar uma surra, fique ciente! — a voz grave de Ikki soou tão imponente que o infeliz sentado no piso não pensou três vezes antes de levantar-se, pagar a conta e sair do local às pressas. Visto que o "perigo" se afastara, Fênix soltou o braço das mãos da menina albina e retornou à mesa onde estava confortável antes. A garota, por sua vez, não se conteve, persistiu a encará-lo com seus grandes olhos violetas. Precisou ser chamada à atenção para voltar ao trabalho.
"Que estranho" — Ikki pensou, passando a mão pelo braço — "por um momento, senti uma cosmo energia sutil emanar das mãos daquela menina... Será possível?" — olhou-a de canto, a lavar pratos e levar broncas. — "Não, deve ter sido impressão minha" — voltou a contemplar a grande lua resplandecendo do outro lado do vidro da janela. Terminara de tomar o café, poderia ir para casa se assim desejasse, todavia, de lá não poderia observar a lua como o fazia da lanchonete. Quis continuar a admirar o fenômeno daquele ângulo, estava mesmo sem sono e o bar-lanchonete ficava aberto noite a fora.
As horas iam passando devagar, enquanto isso ele relembrava de diversos momentos da vida. Sentia-se entediado, devia admitir. Há tempos que não sabia o que era lutar como um cavaleiro. Que saudades sentia da imponente armadura de Fênix adornando-lhe o corpo! Fechou os olhos e encostou a cabeça no estofado do banco, ficou nesse conforto durante uns instantes, até que o soar de um prato de porcelana em contato com a madeira da mesa rompeu-lhe a concentração e o trouxe de volta.
— O que é isso? — viu à sua frente uma pequena torta de limão e ao lado, garfo e faca prateados. Olhou para cima e lá estava a garçonete albina fitando-o.
— Fiz para você, é por conta da casa! — desajeitada, entrelaçava os dedos das mãos à frente do corpo, apertava o tecido da saia pregueada e batia os pequenos pés no piso em crise de ansiedade.
— Não precisava ter feito isso. — segurou os talheres — Bem, obrigado. — cortou um pedaço, preparou-se para provar o doce, ia levando-o à boca quando notou que ela ainda estava lá, de pé, encarando-o. — O que foi? — arqueou uma sobrancelha, um pouco incomodado.
— Ah, desculpe! — ela mordiscou o lábio inferior — é que quero ver a sua reação quando provar para saber se você vai gostar.
— Garota, você é meio esquisita! — confessou, arrancando um risinho dela — Está certo, deixe-me provar. — pôs um pedaço na boca, sentiu a massa amanteigada e o recheio desfazerem-se na língua, a torta estava no ponto de doce. — Você é boa nisso, devo admitir. A torta está ótima.
— Mesmo? — empolgou-se — Que bom que gostou! — ainda empolgada, sentou-se ao lado dele. — Posso ensiná-lo a fazer! As minhas receitas são secretas, mas a você posso ensiná-las! Você me salvou, logo, devo recompensá-lo!
— Não estou interessado em cozinhar, mas agradeço pela oferta. Agora, se me dá licença...
— Desculpe-me, estou sendo inconveniente... — abaixou a cabeça acanhada — Bem, vou deixá-lo a sós. Mas, posso fazer tortas para você sempre que quiser...
— Está bem, está bem! — disse impaciente.
Ela deu as costas, se afastou em pequenos passos, a encolher os ombros. Ikki enfim a observou mais atentamente. Os cabelos brancos pareciam refletir o brilho lunar da noite como uma longa e ondulada cortina que nas pontas quase formavam cachos, por pouco não se confundiam com a pele dela, extremamente pálida. Há pelo menos um mês a menina trabalhava na lanchonete e só agora ele a notava. Exótica, assim a considerou. Nunca vira uma pessoa albina à sua frente, apenas em imagens. Que importância isso tinha? Atentou-se a olhar através da janela como antes.
Durante a corrida madrugada, pediu mais algo para beber só para gastar tempo ali. Enquanto decidia se sair de Tóquio para conhecer outras cidades e países valeria à pena era observado pela menina que salvou. Se notara? É claro. Se importava? Não... Melhor, não muito. A superlua ao correr das horas gradativamente era encoberta pelas nuvens, o céu clareava como aviso de que o sol não tardaria a surgir.
— Eu preciso ir! — aflita a garçonete avisou ao gerente.
— Mas, você chegou atrasada! Deve cumprir com seu horário! — o gerente indignou-se.
— Eu sei, mas preciso ir! O sol está nascendo, o senhor sabe o que acontece comigo quando pego sol...
— E por que não trouxe a sua capa hoje?
— Me esqueci... — sussurrou envergonhada.
— Está bem, garota! Só hoje! Acho bom que chegue cedo essa noite, ou desconto de seu salário!
— Eu prometo, eu prometo!
— Leve uma sombrinha — o gerente da lanchonete tirou uma de um cesto e entregou nas mãos dela — só por precaução!
— Obrigada! — pegou a sombrinha azul-marinho e em passos largos deixou o local de trabalho.
Ikki também já estava de saída, descuidado acabou por trocar a noite pelo dia, sabia que não era saudável. Pagou a conta dos cafés que tomara e partiu. Assim que pôs os pés para fora da lanchonete avistou a menina a se proteger como podia debaixo do guarda-chuva, não andava ou corria, saltitava desengonçada, protegendo-se debaixo dos toldos que apareciam pela frente, dos telhados e outdoors. Coincidentemente, era o mesmo percurso de Ikki, mas ela estava à frente. Ele caminhava tranquilo, com as mãos para dentro dos bolsos da calça logo atrás.
Na direção oposta da calçada, vinha um homem trajando uma batina, também calmo. A menina, passando ao seu lado, acidentalmente esbarrou-lhe o ombro. Entretanto, o sujeito era tão rijo que com um simples esbarrar quem se desequilibrou foi ela.
— Desculpe-me padre! O senhor está bem? — preocupada, apalpou-lhe o ombro e ajeitou a gola do hábito, mais uma vez inconveniente. Ikki, aproximando-se, riu por dentro.
— Você! — o sujeito exclamou ao olhá-la — Deve ser você! — segurou-a pelos braços abruptamente, fazendo-a soltar o guarda-chuva. A brisa matinal levou-o até Ikki, apenas observando até o momento.
— Me conhece? — soou surpresa.
A batina clerical se desfez, no lugar dela uma armadura branca com crucifixos vermelhos cravados no peito e nos ombros se materializou. Tudo o que ela pôde fazer foi empurrá-lo na tentativa de soltar-se. Pobrezinha. As mãos do homem eram firmes, e o aço que as adornava espetavam-lhe os braços.
"O que é isso?" — Ikki freou os passos, e ainda que fosse um visível expectador, o padre-cavaleiro não se mostrou preocupado com a sua presença.
— Onde está a marca? — arrancou as mangas da roupa que a menina usava, levantou seus braços na marra, procurando.
— Que marca? — apavorada, estremeceu — Não sei do que está falando!
— Não importa! — soltou-a de súbito — Não adianta tentar fugir de seu destino! — advertiu ao vê-la engatinhar até a porta de uma casa, coberta por um toldo. — Está preocupada com o sol? — notou-a olhar o céu claro apreensiva. — Então é mortal? — riu — Assim fica mais fácil. Pois bem... — chamas arroxeadas materializaram-se nas palmas das mãos cristãs.
— Ei, você! Deixe-a em paz! — a voz era reconhecível de longe, a menina que já havia se conformado com o fim arregalou os olhos e procurou de onde vinha. Bem ali, ao seu lado, destemido ele estava. Uma aura alaranjada como o fogo o envolvia, ela via. Aquela aura a aquecia.
— Escute, não sei quem você é. Claramente não é um ser humano comum, sinto a sua cosmo energia e vejo o quão avassaladora é. Entretanto, a questão que tenho a resolver nada tem a ver com você. Sugiro que saia do caminho para que evitemos um atrito desnecessário. — o cavaleiro misterioso alertou-o tranquilamente.
— Também não sei quem você é, sei que atacar uma garota que mal consegue se defender é uma covardia imperdoável, e eu, Ikki de Fênix, não permitirei que isso aconteça! — estava irritado.
— Que seja! — o outro deu de ombros e, sem dar quaisquer explicações a mais, lançou as chamas que tinha em mãos na direção dos dois — Chamas Celestiais!
— É só isso? — Ikki as apagou com as próprias mãos. Sequer trajava a armadura de Fênix e defendia-se com facilidade, ele próprio estava surpreso. — Vou mostrá-lo o verdadeiro poder do fogo! Ave Fênix! — a ave eterna materializou-se em fortes labaredas luminosas e engoliu o corpo do outro homem.
— Impossível! — gritou ao ser consumido pela entidade imortal. A vida lhe escaparia, era certo. Mas, antes, caído de joelhos, ainda teve forças para se pronunciar uma última vez – Tolo, ainda se arrependerá de tê-la protegido! — finalmente o corpo caiu, desprovido de vida.
— Fraco. —Ikki se aproximou e virou o corpo para cima, a cruz carmim fora o único atributo ileso. — A cruz cristã? O que isso significa?
— Você me salvou mais uma vez... — ela ainda estava lá, encolhida debaixo do toldo da porta.
— O que um homem desses poderia querer com uma garota como você? — analisou-a.
— Eu não sei... — encolheu-se ainda mais.
O cavaleiro de fênix se aproximou e agachou-se em frente a ela procurando algum traço suspeito nos olhos, na boca e no nariz rosados, nas pequeninas mãos, nos cabelos e cílios longos e claros. Não encontrou nenhum sinal óbvio, mas lembrou-se da energia serena que sentira quando teve o braço tocado pelas mãos dela no bar-lanchonete. Teria sido impressão? Para descobrir, segurou as duas mãozinhas e a puxou, levantando-a. Novamente sentiu aquilo, e então teve certeza de que ela não era uma garota normal. E ela, por outro lado, apreciou o calor da fênix no toque.
— Quem é você? — Ikki perguntou.
— Luna. — apertou-lhe as mãos quentes com as dela, trêmulas ainda, assim como suas pernas. Somente de pé percebeu que sua pressão arterial, por conta do susto, deveria estar muito baixa. De repente a visão ficou turva e uma forte vertigem tomou conta de seu corpo, as pernas perderam a firmeza e ela tombou nos braços de Ikki. Ele podia jurar que, através do pano da roupa de garçonete, mais ou menos na região do diafragma, uma meia-lua brilhara.
"E agora, o que faço com você?" – pensou e olhou para os lados. Lembrou-se de que o sol forte poderia causá-la mal, por isso resolveu levá-la ao único lugar onde certamente ela estaria segura enquanto ele tentaria desvendar quem desejava atacá-la e por que: a mansão Kido.
Notas da autora:
E assim termina o primeiro capítulo da minha saga de Cavaleiros do Zodíaco (sem fins lucrativos)!
Espero ansiosamente por reviews, gente! Quero saber se ficou bom, mais ou menos ou péssimo XD
Sim, vocês devem ter reparado que o nome da personagem principal dessa fic é o mesmo da personagem de minha fic Hentai - Luna. Como eu disse, aquela história nada a ver tem com essa, mas ficarei feliz se desejarem lê-la. É uma one-shot, é rapidinha a leitura (mais ou menos, é meio longa, mas vá lá)!
Por agora é só... "Beijinhos no Cosmo" (quem assistiu o vídeo no youtube vai rir que eu sei, quem não assistiu procure porque vale muito à pena)!
