''Você é como as estrelas: posso amá-las, mas não posso tocá-las nem tê-las.''
Draco olhava fixamente para a mesa da Grifinória. Lá estava ela, sorrindo, como sempre. Seu sorriso era como diamante. Uma de suas mãos brincava com uma cereja, e a outra acariciava os cabelos rubros da garota. Draco sorriu ao perceber que a cor dos cabelos de Ginny era extremamente idêntica a cor da cereja. A ruiva aparentemente percebeu que havia alguém a olhando, porque olhou diretamente na direção dos olhos de Draco. Os olhos dela eram cor-de-mel, e fitavam o loiro de um modo assustador. Assustador para ele, que via que ela o olhava com desprezo, e que esse olhar nunca mudaria. Ele sabia que ela nunca o olharia como olha para Potter. Draco via esse olhar todas as noites, em seus sonhos. Via a menina, pálida, com os lábios vermelhos tremendo em um leve sorriso. Via seus olhos brilhando como estrelas, via o amor dentro dela. Ele poderia passar horas só olhando para os olhos de Ginevra Weasley, que diziam tanto, tanto... Poderia viver eternamente só com aquele contato visual. Então, ele acordava. Ele acordava e tinha certeza que nunca veria aquele olhar. Ele sabia que não era só o sorriso de Ginny que era como as estrelas; A ruiva era uma estrela, por inteiro; Bela e intocável. E de certo modo, saber que ela nunca o amaria o deixava feliz. Draco odiava os cabelos ruivos. Odiava o sorriso de diamante. Odiava os olhos de estrela. Odiava toda a fragilidade de doçura de Ginny. E odiava mais ainda amar tudo isso, e não saber odiá-la, jamais. Ele odiava amar Ginevra Weasley.
