Disclaimer: Bleach não me pertence (e agora todos se ajoelham e agradeçam a Deus por isso oo).

Aviso primeiro: Spoilers do capítulo 353, "The Ash". É primordial ter lido o capítulo para entender a fic.

Aviso segundo: É a minha primeira fic de Bleach, mas eu sei que isso pouco importa .-.

Aviso terceiro: Lacrima vem do latim e vocês já devem ter adivinhado que significa Lágrima.


Lacrima

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"Ó poderoso amor! que por alguns respeitos transformas um animal em homem e por alguns outros, tornas um homem em animal". (William Shakespeare)

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a.mor - sentimento de gostar muito de outra pessoa ou coisa, de forma a querer e fazer o bem para essa pessoa, ser vivente ou mesmo coisa.

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me.do – temor, apreensão, sensação de insegurança desesperadoraquanto a qualquer momento futuro.

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tris.te.za– sentimento de pesar, melancolia.

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Você não sabia ao certo descrever aquilo. Ela só era importante para você. Mas você não sabia por que, e você não entendia. E, depois de um tempo, você se acostumou com aquilo e parou de tentar entender.

E você também se acostumou a tê-la. Sempre por perto, sempre com você. E você não conseguia mais enxergar algo que não fosse daquele jeito. Ela com você. E você se perguntava se era mesmo verdade que já havia sido diferente antes. Se realmente houvera uma época em que você não estivesse com ela.

E ela tornou-se parte de sua vida. Por mais que você não quisesse aquilo, ela tornou-se parte da sua vida, parte de você.

Não te agradava o fato de ela não ser leal a Aizen-sama. Porque isso significava que ela ainda era leal aos amigos dela. Significava que era deles que ela gostava mais, não de você. E aquilo era muito incômodo. Você queria que ela deixasse de ser leal a eles. Se ela fosse leal a Aizen-sama, ela acabaria gostando de você, tanto quanto gostava deles, talvez.

E você se sentiu ainda mais incomodado quando viu o quanto ela se preocupava com eles. Tão incomodado que quis, de alguma maneira, mostrar a ela que não valia a pena se preocupar com aqueles amigos dela. E isso te rendeu um tapa. Mas não doeu em seu rosto. Doeu em outro lugar.

Um lugar que não deveria existir mais.

E então, aquele garoto disse que ou ele estava se tornando mais hollow ou você estava se tornando mais humano. E você não sabia a resposta – você não podia dizer quem estava se tornando mais o quê. Mas de uma coisa você estava certo: se era você quem estava se tornando mais humano, você sabia o motivo.

E ela se importava demais com aquele Kurosaki. E, no fundo, você sabia que jamais teria o lugar dele. Você sabia que ela nunca te olharia da mesma maneira. E aquilo era... Terrível. Uma sensação tão ruim, uma sensação de insignificância que parecia te esmagar.

E você queria acabar com ele. Fazê-lo sumir para que ela nunca mais olhasse para ele. Você não percebeu, mas estava começando a ficar ciumento. Ou talvez tenha percebido, mas sempre foi orgulhoso demais para admitir algo desse tipo.

E então, ela começou a gritar por socorro. Mas só havia você lá, e ela não tinha que ter medo de você, tinha? Mas ela estava assustada. Por sua causa. Você a assustava. Você não queria assustá-la. Você queria que ela pedisse sua ajuda, como pedia a do Kurosaki. Mas ela tinha medo de você, então não iria querer que você cuidasse dela.

Aquilo era terrível, porque se ela tinha medo de você, ela nunca te amaria. E você sabia que não devia querer o amor dela, mas você queria. E então você entendeu que, se chegara ao ponto de querer o amor dela, de querer protegê-la, era porque você a amava. Você não entendia – você não tinha um coração para amar. Mas você a amava. Independente de ter ou não um coração.

E então, tudo deu uma reviravolta terrível. Não, terrível não. Era excelente. Ela precisava da sua ajuda. Ela precisava da sua proteção. Porque todos os outros já estavam incapacitados demais para fazer alguma coisa. Só havia você para protegê-la. E você não se importaria em sacrificar tudo para fazer aquilo, para tornar-se importante para ela.

E foi exatamente isso o que aconteceu.

E você estendeu a mão para ela, achando que seria ignorado. Mas ela não te ignorou. Ela te olhou, e você pôde ver nos olhos dela que tudo, tudo aquilo havia valido a pena.

(Só é triste que você não tenha vivido o bastante para sentir o toque da mão dela)

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"... você está com medo de mim, garota?"

"Eu não estou com medo."

"Entendo."


N/A Bom, pessoalmente falando, eu tive que escrever isso depois de ler o capítulo da semana. Era impossível não escrever nada depois do capítulo fodástico que foi - para mim, óbvio - um dos melhores do mangá. E, admitamos, foi o momento mais UlquiHimístico que o Kubo escreveu. Para os fãs de UlquiHime, foi um prato cheio.

Enfim, eu cheguei à conclusão de que odeio o Kubo, porque foi filhadaputagem dele escrever esse capítulo. Cara, por que a morte de um "vilão" tinha que ser tão putaqueparivelmente linda? Podem apostar que eu vou passar um bom tempo emocionalmente abalada com isso (como a boa exagerada que sou).

Lembre-se: hoje é uma data santa. Portanto, você deve fazer boas ações e deixar reviews de montão :3