Iniciando essa fic em homenagem ao meu amigo Pablo.
Dedico essa fic para você meu amigo;)
Espero que gostem.
Se puderem mandar reviews, agradeço.
Estavam quase todos na Casa de Áries, prontos para mais uma noitada.
Apenas faltava Saga, Kanon e Aldebaran, para o grupo estar completo.
Shura e Mascara da Morte já andavam de um lado para outro, tentando se acalmar sobre a demora dos companheiros.
- É a primeira vez que Aldebaran demora deste jeito – Afrodite comentou enquanto se apoiava em um pilar perto da saída.
- O que será que aconteceu?! – Shura resmungou.
Já a muito que a guerra contra Hades havia acabado. Na verdade, anos. A maioria dos rapazes já estavam na faixa dos 30, enquanto, os gémeos beiravam os 40, mas conservavam uma beleza juvenil sem igual, com um brilho maduro nos olhos, o que atraia muitas mulheres e até mocinhas que frequentavam o bar-discotéca, situado no final da rua principal da vila ao redor do Santuário. Era para lá que iam todas as sextas, e na qual Shura, Mascara da Morte, Miro e Kanon sempre voltavam acompanhados, enquanto os outros iam mais para mudar de ares.
Todos viraram a atenção para a porta avistando os Gémeos entrarem.
- Onde está o Aldebaran? – Saga perguntou, olhando para os lados.
- Não sei. E olha que ele mora na segunda casa, imagina se morasse na Casa de Peixes…
- Sim, sim... – Ouviram a voz estridente do Cavaleiro de Touro entrar pela sala – Já estou pronto…
- E como está!?! – Mu disse surpreendido.
- O que foi?
- Você não fica perto de mim, dentro do bar, hem?! – Shura brincou…
- Porque? – Aldebaran se surpreendeu – Está mal? – Perguntou olhando para si mesmo.
- Não – Kamus respondeu simplesmente, mas sem esconder o espanto – É que desse jeito você rouba as muchachas dele – Completou apontando para o Cavaleiro de Capricórnio, fazendo todos caírem na gargalhada.
Realmente estava bonito: Vestia uma calça jeans e uma camisa preta justa ao corpo musculoso. Seu cabelo estava maior, agora todo puxado para trás, e apanhado em um rabo-de-cavalo, batia-lhe na altura do ombro, dando-lhe um ar charmoso. Se só pela altura já chamava atenção, com aquele visual tiraria a atenção dos outros.
E era nisso que Shura e os de mais, ditos mulherengos do Santuário, pensavam com uma ponta de receio.
Aldebaran balançou a cabeça negativamente, com aquele sorriso de criança que não mudou nem um pouco nesses anos todos.
- No final elas preferem os baixinhos – Retrucou olhando para Miro, arrancando gargalhadas e fazendo o Cavaleiro de Escorpião estreitar os olhos.
Todos sabiam que Miro tinha um certo complexo com sua altura.
- Vai! Deixem o baix…digo, o Miro em paz – Dohko disse meio ao riso. Se aproximou do Cavaleiro de Escorpião, passando um braço no pescoço deste – E vamos logo – Completou arrastando o rapaz que não gostou da piada para fora da Casa de Áries, antes que este quisesse furar a "Muralha de Ouro" sem dó nem piedade.
Logo em seguida saíram os outros em um clima animado.
Era verão, e a noite estava agradável. A vila estava movimentada.
O grupo de cavaleiros seguia pela rua, sob a mira de olhares indiscretos de desejo e cobiça das mulheres e, de inveja e desdém por parte dos homens.
A maior parte desses olhares eram lançados para Afrodite, que seguia na frente do grupo de cabeça erguida e ar de superioridade. Fingia não reparar nesses olhares, pois seus conceitos de beleza estavam muito alem da realidade, o que o fazia sempre voltar para o Santuário sozinho e, as noites de Sexta, serem passadas sentado na mesa, junto com o grupo bem comportado, que não saia toda sexta e, que englobava: Dohko, Shaka, Mu, Kamus, de vez em quando Saga, quando este último bebia de mais, Aioria, que todos suspeitavam namorar com a Amazona de Águia e, no qual, não se atrevia nem a dançar com as meninas que vinham lhe pedir companhia e, Aioros, que custou a pegar o ritimo dos outros nestas saídas, mas que era extremamente "pudico" – Como Kanon lhe chamava, para sair com uma garota apenas por uma noite.
Kanon, Miro, Shura e Mascara da Morte, passavam pouco tempo na mesa, pois logo miravam uma "presa" e saíam a "caça" desta.
Aldebaran, com seu jeito simpático e extrovertido sempre arrumava amigos por onde passava, não parando, pelo menos por metade da noite, em um só lugar. Só quando estava muito cansado ia se sentar junto dos companheiros.
Sendo assim, já sabiam o que lhes esperava quando chegaram na frente da tal discoteca.
Quando chegaram no local que deveriam ficar, Kamus respirou fundo olhando para Shaka, antes de entrar. Não era sempre que vinha, pois sabia que ia se arrepender. Aquilo a que os outros chamavam de música, ele chamava de "bate estaca". Via aquele bando de gente dançando na pista, muitas vezes empurrando-se umas as outras… Aquela visão era o inferno para o francês que sabia que mal passasse pela pequena porta teria que caçar uma mesa na qual não se atreveria se levantar a não ser para ir embora. Não compreendia como os outros podiam gostar tanto daquilo, comparecendo toda Sexta-feira ali.
"Será que estou ficando realmente velho?" – Se perguntava.
Não, não estava. Shaka e Mu, tinham a mesma linha de raciocínio e, Saga…melhor, Kanon que era 8 anos mais velho, parecia ser 8 anos mais novo. "Irresponsável, que só ele" - terminou o pensamento.
Balançou a cabeça negativamente, fechando os olhos por segundo e, logo começou a caminhar para entrada. Sabia que não valia a pena se questionar sobre os interesses dos outros e muito menos se arrepender de ter ido para lá. Miro com certeza o arrastaria lá para dentro se o visse vacilar, como aconteceu varias vezes.
O Escorpião, a direita, do lado de Saga, apenas lhe fitava o amigo, com um sorriso, vendo o Cavaleiro de Aquário caminhar para dentro da discoteca, logo atrás de Dohko. Miro estava quase convencido que um dia Kamus, uma hora ou outra, ia ceder aos encantos de alguma moça e, teria companhia pelo resto da noite.
Ao pensar nosso ria sozinho. Era difícil imaginar Kamus com alguém, mas milagres aconteciam e ele queria estar por perto para ver esta cena tão inédita. Assim como Shura, que segurou no braço do Cavaleiro de Virgem e o direccionou para dentro. Talvez as intenções do Cavaleiro de Capricórnio fossem as mesmas que a do Cavaleiro de Escorpião: Desencaminhar os certinhos.
Ao contrário do que Kamus pensava, o local não estava tão cheio e não foi tão difícil encontrar uma mesa, onde o Cavaleiro de Aquário sentou rapidamente na companhia dos outros que foram puxando cadeira de outras mesas que também estavam vazias.
Aldebaran foi o único que logo foi para outra mesa. Um grupo de homens e mulheres acenaram assim que o viram entrar no local, o convidando para uma bebida.
O Cavaleiro de Touro disse um "já venho" e saiu de encontro ao amigos que se viam animados com sua presença.
- Até que não está tão cheio – Dohko comentou em um tom alto tentando se fazer ouvir através da música.
- É, mas a musica continua a mesma porcaria – Kamus disse.
- Para de ser chato, Kamus – Miro recriminou – É que ainda está cedo, mas daqui a pouco começa a movimentação – Disse com seu sorriso malicioso olhando para Mu, que baixou o olhar suspirando.
"Era bom de mais para ser verdade" – O ariano pensou.
E as previsões de Miro estavam certas. Não tardou muito para o local começar a ficar movimentado e irritantemente quente. E também não demorou para a rotina começar.
Shura que estava atento a uma moça morena de mini-saia, dançando na pista, deu um salto e foi de encontro a moça. Falou algo em seu ouvido e quando a moça virou lhe lançou um sorriso enorme, mostrando assim interesse e, dando sinal verde para o espanhol começar a dançar como seu par. Mascara da Morte, Miro e Kanon fizeram o mesmo quando suas "presas" estavam a vista. O grupo de sempre permaneceu sentado. Saga, estava sóbrio, mas preferiu ficar na mesa, apenas olhando e lançando sorriso para as moças que passavam pela mesa e lhe miravam cochichando.
Após algumas horas, Shura voltou para a mesa, sozinho, para o espanto de todos.
- Não tem nada de interessante aqui – Reclamou.
- E a morena…?
- Não me interessa – Shura disse olhando para a multidão que dançava na pista, procurando algo ou alguém. Os da mesa se entreolharam sem entender, alguns com um sorriso nos lábios.
Passados alguns minutos Aldebaran chegou com um copo de suco de laranja na mão. Todos sabiam que ele não bebia. Sentou na cadeira que Kanon havia puxado para si e decidiu animar a mesa. A final, seus amigos estavam muito calados.
Começou por provocar Shura, que a principio não gostou muito, mas logo entrou na brincadeira, provocando Mu em seguida. Poucos minutos depois estavam rindo e falando de assuntos banais e engraçados. Aldebaran sabia, como ninguém, como puxar assunto, conseguindo arrancar risada até de Mascara da Morte quando queria.
Estavam agora "avaliando" a moça que estava com Kanon. Este já devia estar um bocado alto, pois a moça não era nem por sombra aquilo que ele dizia que procurava.
- Quero ver se ele leva ela para casa – Saga disse rindo, já imaginando o dia seguinte quando o irmão acordasse e desse de cara com ela.
- Eu acho que ele não leva – Shaka desacreditava no que via.
- Ele realmente deve estar bêbado – Afrodite disse chocado.
- Eu também não acredito – Shura disse boquiaberto, mas sorrindo e, se acomodando na cadeira.
Não olhava para Kanon e sua companheira, olhava para o outro lado. Para a moça de Cabelos compridos castanho claro, pele bronzeada, olhos grandes, cor de mel. Devia ter 1.70 de altura e, estava vestida com uma calça jeans e um tope branco de alça fina e decote em "V". Tinha traços delicados e aparentava ser muito frágil. Pendurado no braço esquerdo tinha uma bolça e, um copo de Vodka na mão direita.
Esta se aproximou e sentou na cadeira que seria do Mascara da Morte, do lado de Aldebaran. Apoiou o copo na mesa bem em sua frente e fitou Aldebaran, que lhe olhava simpático, tentando lembrar se a conhecia e, de onde.
A moça ignorava os olhares perplexos dos presentes na mesa. Olhava seria para o homem enorme ao seu lado.
- Você vem sempre aqui? – Perguntou de repente.
Aldebaran custou a processar a pergunta em sua cabeça
- Sim – Respondeu ao fim de alguns segundos, sorrindo simpaticamente – Sexta…toda sexta-feira…
A moça apenas fez um sinal positivo com a cabeça, sem se importar com o sorriso do homem moreno, mantendo um semblante sério.
- Eu disse que não ia dar certo ficar perto do Aldebaran – Shura cochichou para Shaka que estava sentado do seu lado.
Shaka não respondeu, observava a cena atentamente.
Após alguns minutos a moça levou a mão para dentro da bolça que estava em seu colo e tirou um envelope no qual colocou-o na frente de Aldebaran. Este olhou o objecto por alguns minutos sem entende e, voltou a olhar a moça.
A morena fez um sinal na direção do envelope.
O Cavaleiro de Touro hesitou um pouco mas acabou por pegar o objecto e abriu-o tirando duas fotos de dentro deste.
Ao olhar a primeira foto, arregalou os olhos, surpreso com a imagem.
Continua…
