Sinopse: A irritante sabe-tudo e o maroto, nem mesmo a guerra conseguiu separar o que havia sido profetizado (Hermione Granger x Sirius Black).

Notas da História: Plágio é crime; Título retirado da música Miss Conception, do Elvenking (banda de Power Metal italiana); Boa parte dos personagens pertencem a tia Jo.

Notas da Autora: Trabalhando com a possibilidade de Sirius não ter sido morto no Departamento de Mistérios. Boa leitura!

A Marriage Law Fanfiction.

Olá, bom, já posto esta história em outro site mas resolvi me aventurar por aqui agora, espero que gostem e aproveitem.

O n. 12 do Largo Grimmauld era um lugar peculiar aos olhos da castanha. Monstro sempre a ofendia por ser uma nascida trouxa. Lembrava-se da primeira vez em que viu a tapeçaria genealógica dos Black.

Alguns nomes, inclusive os dos Weasley, estavam queimados. O que mais chamava atenção era o de Sirius. Tinha ouvido uma ou duas histórias sobre o seu passado, sobre como tinha fugido de casa. De como havia ido parar em Azkaban,

Hermione notou que ele já estava recuperando parte do peso e do físico que tinha nas fotos. Os únicos sorrisos sinceros que tinha eram direcionados a Harry. Como sentia ciúmes desses sorrisos.

No começo pensou ser somente uma paixonite adolescente, como a que tinha tido por Vitor Krum; não admitia que isso ficasse ainda pior. Esse tipo de coisa era secundária no momento. Já era maior de idade e a guerra tinha acabado. A coisa não havia piorado, de fato, havia um pouco retrocedido pela falta de contato de ambos. Pelo menos até aquela noite.

Naquela noite fazia um ano em que o Lorde das Trevas havia caído definitivamente. A reunião estava marcada n'A Toca, todos estariam lá. Todos.

Se arrumou simples, com uma calça jeans reta, uma sapatilha marrom, uma camiseta de banda uma banda trouxa que havia ganho dos pais e um casaco leve. Aparatou em frente a casa, como gostava dos Weasley.

Rony havia tentado namorá-la depois da guerra, mas acabou começando a namorar Parvati e estava na Índia com ela. Ao entrar, reconheceu vários rostos. Remo Lupin, Tonks, Jorge, Fred, Angelina Johnson. Luna correu para abraçá-la, sendo seguida por Neville, Gina, Harry e Ron.

Muitas perguntas estavam sendo feitas, todos queriam saber um da vida do outro. Teddy corria pela casa, caçando o pulôver de Gina. A amiga estava terminando a escola e já estava na mira das Harpias de Holyhead. Harry estava fazendo o curso para ser auror. Pouca coisa havia mudado.

Ainda introvertida, foi a cozinha falar com Molly. Quando a matriarca dos Weasley a viu, correu os seus braços pela castanha. Era mais uma filha para a mulher.

"Hermione, não está se alimentando direito. Não pode ficar sem comer, querida, vai adoecer", falou enquanto apontava a varinha para um prato recheado de coisas gostosas, fazendo-o flutuar até a castanha.

Não adiantaria protestar, teria de comer, sem mas. Não se sentia a vontade para ficar na sala, todos a olhavam como se ainda fosse esquisita e irritante sabe-tudo.

Comeu em silêncio até que viu um cão negro entrando pela porta da cozinha.

"Almofadinhas, volte a ser Sirius, está dentro de casa e suas patas estão sujando o chão", falou a mulher em falsa zanga.

O cão se transformou em homem e começou a resmungar da prima.

"Hermione Granger! Quanto tempo não a vejo! Ainda está trabalhando no ministério?", ele tomou a mao dela na sua e beijou os nós dos dedos.

Ela estranhou a acessibilidade dele, mas não o afastou. Talvez o homem precisasse daquilo. Ele tirou um pergaminho do bolso e entregou a Molly. A Senhora Weasley leu atentamente e não havia mais uma gota de sangue em seu rosto. Poderia ser só algo muito forte para deixá-la daquele jeito. Hermione pediu para olhar e viu o selo do Ministério da Magia.

Por meio deste, informamos que todos os bruxos solteiros da Grã-Bretanha, em qualquer faixa etária após a maioridade, deverão se casar em no máximo trinta dias. A guerra levou muitos de nós, e precisamos continuar vivos. Pedimos que providenciem um par e os documentos necessários o mais rápido possível. Se não for possível, faremos um arranjo obedecendo todas as normas deste:

1. Puros-sangue: Preferível união com nascidos trouxa ou mestiços;

2. Mestiços: União em qualquer combinação, porém, sujeita a aprovação do conselho;

3. Nascidos Trouxa: Preferível união a puros-sangue e mestiços, sendo aconselhável a escolha de um puro-sangue.

Notícias como essa circulavam há meses, mas nada de concreto havia sido anunciado. O seu pergaminho deve ter chego ao mesmo tempo que o de Sirius, mas como não estava em casa para receber, não soube.

"Isso é injusto! Eu... Eu... Eu... Eu não sei como arranjar um marido puro-sangue! Isso estava sendo especulado há meses no ministério mas nunca se chegou a um consenso. E agora isso?", a castanha estava visivelmente abalada.

Alguns nomes passaram pela sua cabeça: Fred ainda estava solteiro, Carlinhos também. Mas a maioria já estava casada, ou pelo menos, compromissada. Rony se casaria com Parvati e Harry com Gina, Jorge agora namorava Angelina. Olívio Wood também estava solteiro, pelo que lembrava.

Um estranho aumento no tom da conversa sugeriu que outros pergaminhos haviam sido entregues pela lareira.

Hermione se levantou e foi de encontro às pessoas que estavam na sala.

"... Gina e eu já havíamos decidido mesmo antes dessa lei idiota começar a vigorar, só estávamos esperando o momento certo pra contar", falava Harry abraçado a Gina.

"Bom, então já que teremos que casar, Angelina Johnson, você aceita este pobre Weasley como seu marido forçadamente pela lei?", falou Jorge, se ajoelhando e arrancando risadas de todos. E não foi que ela aceitou?

Viu Fred e Carlinhos se afastarem. Ela acabou contando demais com isso. No momento, sentiu uma mão quente em seu ombro. Era Sirius.

"Podemos?", ele a chamou de volta a cozinha, deixando todo o alvoroço de lado.

Molly não estava mais lá, havia apenas uma torta de banana em cima da mesa com uma fatia faltando e um prato sujo. Ele fez para que ela se sentasse e ela atendeu ainda temerosa, não sabia o que aquele homem queria com ela.

"Bom, essa lei pegou muitos de nós desprevenidos... Ainda não decidi bem o que fazer, e você?", ele perguntou descontraído.

"Não temos escolha, é isso ou uma passagem só de ida para o mundo trouxa", ela sabia das consequências que isso implicava, não se casar. Se não se casasse, poderia ser expulsa da comunidade bruxa. "Já pensou em alguém? As minhas opções se esgotaram no momento em que os pergaminhos entraram pela lareira", ela sorriu triste.

"Você foi a minha primeira escolha", aquilo havia sido um baque, Hermione acabou por cuspir a cerveja amanteigada que bebia. "Pode parecer insanidade, mas é verdade. Hermione Granger precisa de um marido, e eu preciso de uma esposa também, nenhum de nós sai perdendo. O que me diz?", ele sorriu confiante.

"Preciso... De um tempo... Mas não demoro muito para lhe dar uma resposta", ela se levantou e aparatou no caminho.

Quando se deu conta, já estava na sala da sua casa. Não era muito grande, era um apartamento normal, para as suas necessidades. Ficava no Beco Diagonal, no mesmo prédio em que moravam Fred e Jorge. Descalçou os sapatos e foi ao banheiro no intuito de tomar um banho quente. Durante os minutos que passou debaixo do chuveiro, pensou realmente no que lhe havia sido proposto.

Não havia dito a ninguém que tinha uma queda por Sirius Black desde a adolescência. E agora ele pedia para se casar com ela por causa dessa maldita lei. Algo não se encaixava, ela sentia. Teria que descobrir.

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O que estava se passando na cabeça dele quando falou para Hermione Granger se casar com ele? Passou pela cabeça dele o mesmo que passou na cabeça de Lupin: não era certo alimentar tais sentimentos que sabia que desenvolvera por ela e ela por ele.

Hermione era uma menina bonita para ele, e foi ficando mais bonita com o passar dos anos. Só se deu conta de que algo crescia em seu peito durante a Batalha de Hogwarts, quando temeu que algo acontecesse a ela. Mas então ela o salvou de Antonio Dolohov quando ele lançou uma maldição da morte.

A guerra levou boas pessoas, mas ainda pode deixar muitas vivas.

Havia encontrado com ela umas quatro vezes no ministério, andando pelos corredores com rolos de pergaminhos nos braços. Sempre se cumprimentavam com acenos discretos. Ela ainda vestia o mesmo casaco azul que usara na guerra. Quando Hogwarts fora reconstruída, alguns alunos voltaram desesperadamente para terminar o ano letivo e ela foi um deles. Sirius sentiu-se leve como uma pena quando fora inocentado de todos os crimes, era livre de novo.

Uma proposta o havia surpreendido também: Minerva McGonagall o havia chamado para ocupar o cargo de Professor de Transfigurações, visto que ele era agora também um animago autorizado. Relutou um pouco em aceitar, mas no final voltou para aquela que era a única que considerava o seu lar. Aplicaria os últimos exames na próxima semana. Lupin também havia voltado como professor de Defesa Contras as Artes das Trevas. Com Voldemort morto, a maldição do cargo morreu com ele.

Setes dias haviam se passado desde que foi à Toca. Agora só restavam vinte e um dias. Começou a pensar em outras opções, não haviam muitas. Preferia morar no castelo que no Largo Grimmauld.

Uma coruja marrom pousou em sua janela com uma carta no bico. Não recebia muitas cartas, geralmente era a sua prima Andrômeda que perguntava se necessitava de algo ou Harry pedindo algum conselho. Quando abriu o envelope, viu a letra caprichada e sorriu de lado.

Sirius Black, não sei ainda o que pensar sobre essa maldita lei, mas aceito sua proposta. Me encontre em dois dias para que possamos acertar tudo o que for necessário.

H. G.

Sentiu uma ansiedade no estômago e um frio na espinha ao mesmo tempo. Ela havia aceitado. No final da carta dizia que o encontraria no parquinho a algumas quadras da casa.

Dois que se passaram arrastando para Sirius. Não sabia se usaria a sua motocicleta trouxa, mas preferiu ir de Almofadinhas, despertaria menos suspeitas.

O cão saiu calmamente de casa no horário combinado. Ela já estava lá, sentada em um balanço. Ele se aproximou e lambeu a mão dela.

"Almofadinhas... Harry me disse que o pai dele sugeriu que você se transformasse em cão permanentemente. Por que não? Sempre escolhe aparecer como um Sinistro", ela afagou a orelha dele.

O cão olhou para os lados e constatou que não havia ninguém além deles ali, era domingo. Então ele voltou a ser homem. Vestia uma camisa de botões preta e um colete no tom mais escuro de azul e uma calça preta. Ele se sentou no outro balanço e riu da pergunta.

"Eu não me acostumaria a ser cão. Obrigado por ter aceitado minha proposta, isso beneficia a ambos", ele disse colocando as mãos nos bolsos. "Quando você quer ir ao Ministério para resolvermos isso?"

"Calma, precisamos primeiro definir algumas questões. Vamos morar aqui, no Largo Grimmauld?", ela perguntou decidida.

"Sim, se você quiser. Só evite passar perto do retrato de minha mãe, ela está passando dos limites ultimamente. Se quiser, pode ter um quarto só seu", ele falou um pouco receoso.

"Não me importo em dividir o quarto com você", a essa altura o rosto da castanha já estava bastante quente. "Tem pressa para ir ao Ministério? Molly gostará de saber que encontrei alguém depois de todos os berradores que me mandou", dessa vez ela riu.

"Bom, podemos ir semana que vem mesmo. Não temos tanto tempo assim, o ministério nos mandou outro pergaminho adicionando condições", ele bufou na última parte.

O ministério havia mando um novo pergaminho dizendo que assim que o casamento fosse oficializado, se contaria um ano para que a primeira gestação fosse confirmada e mais um ano para a segunda. Isso definitivamente tirou o sono de Sirius. Uma coisa é casar, morar juntos; outra é saber que a lei os obriga a ir para a cama. O homem ainda não estava pronto pra isso e provavelmente a castanha menos ainda.

Sirius tomou a mão de Hermione na sua. "Vai dar tudo certo, Mione", ele piscou e sorriu de lado.

"Sim", ela encostou a cabeça o ombro dele.

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Hermione aparatou durante a noite em frente a casa dos pais. Já estava bem escuro e sabia que eles estariam em casa. Girou a chave na maçaneta, quando entrou, sentiu a casa invadida pelo cheiro de bolo de cenoura. Descalçou o tênis e andou até a cozinha.

Fora abraçada calorosamente pelos pais. Sentia-se mal por não saber como contar que se casaria.

"Mamãe, papai, tenho algo a dizer", ela disse empurrando o pratinho do bolo suavemente. "Há alguns dias entrou em vigor uma nova lei no mundo bruxo. Todo e qualquer bruxo maior de idade que estivesse solteiro deveria se casar em no máximo trinta dias a contar do recebimento do seu pergaminho".

"Querida, como? Não está nem namorando, como vai casar?", o pai da castanha disse tirando os óculos para coçar os olhos.

"Eles exigem uma união para que a população bruxa não desapareça. Morreram muitos de nós durante a guerra", ela baixou os olhos.

Depois que os encontrou na Austrália, Hermione contou aos pais tudo o que acontece e sobre o feitiço de memória que os aplicou para que ficassem salvos. Não se pode dizer que eles aceitaram, mas entenderam o porquê de ela fazer isso.

"Eu já tenho alguém", ela surpreendeu com a fala.

"É aquele rapaz, Ronald Weasley? Eu sempre soube que formariam um bom casal", o Sr. Granger disse sorrindo.

"Não, pai, é outra pessoa. Ron se casou com uma colega nossa de Hogwarts, Parvati", ela estava tentando ser o mais cautelosa que conseguia com as palavras. Não queria assustá-los logo de cara dizendo que se casaria com um homem vinte anos mais velho que ela. "O nome dele é Sirius. Ele é um bom homem, de uma família tradicional e quase extinta. O conheço há alguns anos e sempre teve uma faísca entre nós", ela sentiu o rosto queimar quando disse isso. Ela sentia uma faísca, não tinha certeza se Sirius sentia também. Os pais nada disseram, ela já havia atingido a maioridade. "Vamos nos casar semana que vem e faremos uma pequena recepção n'A Toca. Gostaria que fossem", ela sorriu fracamente.

"Meu amor, nós vamos, não se preocupe", a sua mãe falou afagando os volumosos cabelos da castanha. "É muita coisa para decidir em pouco tempo. Temos que ver vestidos, o bolo, a música", a Sra. Granger enumerava enquanto derramava algumas lágrimas. Hermione as reconhecia como sendo um misto de apreensão e leve felicidade.

Tudo seria feito com calma, apesar de ter um casamento para planejar em uma semana. Saindo da casa dos pais, aparatou na frente da Gemialidades Weasley, por sorte ainda estavam abertos. Fred e Jorge havia se mostrado ainda mais unidos depois da guerra.

"Hermione, querida", falou Fred.

"Estamos quase fechando", disse Jorge.

"Mas se quiser, pode nos acompanhar em um jantar romântico", disse Fred dessa vez.

"Agradeço a oferta, mas se quiserem assistir algum filme, estou livre esta noite", ela disse piscando marotamente, entrando na brincadeira deles.

Hermione os ajudou a fechar a loja e caminharam até o prédio onde moravam. Subiram até o apartamento da castanha e se jogaram no sofá. Ela foi a cozinha e quando voltou, estava com uma garrafa de refrigerante e alguns sacos de salgadinhos nos braços. Colocou um filme trouxa chamado O Advogado do Diabo, um suspense.

"Mione, já encontrou alguém para se casar? Cátia e eu assinaremos os papeis amanhã", Fred falava suspirante.

"Sim, encontrei", ela disse rapidamente tentando fugir do assunto.

"Então quem é? Merlin, você vai se casar com Malfoy, por isso não quer dizer o nome dele?", Jorge colocou a mão no peito, em falsa ofensa.

"Sirius", a castanha falou baixinho. Pressionou os olhos, esperando algum tipo de reprovação da parte deles. Com Harry no curso de Auror e Ron viajando com Parvati, os gêmeos acabaram se tornando muito próximos dela.

"Até que enfim ele tomou uma atitude!", Fred vibrava. "Mione, amor, Sirius só fez o que tinha vontade de fazer desde que você atingiu a maioridade. Já estávamos cansados dele se lamentando pelos cantos pela doce amada", ele colocou o dorso da mão na testa, dramatizando a situação, rindo. "O seu escorregão por ele é correspondido".

Por alguns segundos, Hermione Granger ficou sem ação. Apenas movia os lábios como se fosse proferir algo. Não foi preciso Fred ou Jorge dizerem algo, apenas a abraçaram em sinal de parabéns.

"Esperem Molly Weasley saber disso", falou Jorge maroto.